D. Maria I

D. Maria I Mary del Priore




Resenhas - D. Maria I


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Mônica B. Lopes 18/03/2021

Maravilhosa!
Primeira biografia que leio e comecei bem, a escrita da Mary del Priore é muito fluída e boa de acompanhar. Sou uma curiosa da vida das rainhas e fui recompensada com a trajetória dessa mulher encantadora.
As últimas linhas desse livro me emocionaram.
Leiam! É um livro curto e muito bom.
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CrAsley0 01/11/2020

Uma aula de história!
Rainha sensata, religiosa devota, bondosa e carismática. Tristemente entrou para história como louca, por falta na época, de conhecimentos médicos que tratassem a depressão. Uma bela história, um belo exemplo de mulher que passou por tantas provações e tristezas com uma fé inabalável.
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Janaina Edwiges 01/06/2020

D. Maria I era mesmo louca?
Através de uma pesquisa bem fundamentada, a historiadora Mary del Priore desconstrói o mito de que a rainha D. Maria I era louca, investigando sua trajetória desde o nascimento, até sua morte no Rio de Janeiro aos 81 anos.

No século XVIII, a Igreja Católica era uma instituição muito poderosa em Portugal. As crenças e doutrinas eram difundidas e marcavam não apenas a vida dos monarcas como também a do povo. Muitas doenças eram vistas como punições de Deus ou ações do demônio. Imersa neste clima de intensa religiosidade, marcado pelas dualidades “pecado e santidade”, “Deus e o Diabo”, “expiação e salvação”, uma Maria ainda criança já assistia aos espetáculos organizados pelo Tribunal do Santo Ofício, em que “ardiam em chamas os inimigos da fé católica”. Assim, ela se tornou uma mulher extremamente devota e seguidora das práticas religiosas.

Maria ocupou uma posição que não seria admitida tão facilmente para uma mulher em uma sociedade extremamente patriarcal: a de soberana. Ela foi alvo de inúmeras pressões e conspirações (o próprio pai conspirou para que a filha não subisse ao trono). Seu reinado foi marcado por intrigas palacianas, traições e falta de apoio. Somado a tudo isso, a rainha vivenciou inúmeras perdas afetivas seguidas, que a colocaram em um contínuo estado de luto. Deste modo, Maria passou a demostrar, cada vez mais, comportamentos típicos do que hoje conhecemos como sintomas de depressão, alimentados por um excesso de culpa tremendo.

Este livro é uma leitura indispensável para quem deseja saber mais sobre a vida desta figura tão interessante para a história de Portugal e do Brasil!
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LetAcia811 04/07/2023

D. Maria I
Na época em que Portugal era uma das maiores potências europeias, d. Maria I se tornou a primeira rainha portuguesa. Sendo muito aclamada e desejada pelos seus súditos, determinada faria o que fosse preciso para manter bem a sua descendência e a sua coroa em pé e firme.
O livro é uma leitura fluida e muito rápida e tão bom ler esses relatos históricos com uma precisão de detalhes, até mesmo os mais sórdidos nos transportam aquela época pela riqueza dos detalhes.
D. Maria I é um exemplo de resistência e de força, mesmo com seu diagnóstico errado de louca, muito lutou pelo seu reino.
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Maiara.Alves 07/06/2022

Através de uma pesquisa bem fundamentada, a historiadora Mary del Priore desconstrói o mito de que a rainha D. Maria I era louca, investigando sua trajetória desde o nascimento, até sua morte no Rio de Janeiro aos 81 anos.

D. Maria I foi uma mulher incrível que, injustamente, entrou para a história como louca, sendo que na verdade, pelos tantos desgostos e tristezas que passou na vida, sofreu de uma grande depressão.

A escrita é leve e deliciosa, a autora usa excelentes fontes. Vale a leitura de cada linha.
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Mama 13/04/2020

Livro fascinante!
Como é triste ver como a história suja o nome de uma mulher pelo simples fato de o ser. Maria foi uma mulher muito religiosa, amorosa e sensível. Pagou pelos pecados do pai e herdou para a eternidade a alcunha de louca. Esse livro mostra muito bem o mito da mulher histérica, a inferiorização feminina, pois uma mulher em posição de poder não deve ser bem vista! Leitura muito boa!
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Marcone989 19/05/2023

De Louca não tinha nada.
Que bom poder redefinir conceitos sobre uma pessoa que foi injustiçada pelo tempo. Aqui temos um olhar real sobre uma mulher soberana, uma líder política e uma mãe exemplar, uma pessoa que passou por diversos traumas e problemas, mas mesmo com tantas adversidades foi capaz de consolidar seu governo sendo adorada por seus súbitos e respeitada pela sua corte. Uma figura que teve papel fundamental em diversos campos na história de Portugal e do Brasil. Louco somos nós por ignorarmos a importância de tamanha figura. Indico a leitura para quem quer sair do superficial e se aprofundar sobre a vida dessa personagem ímpar da historia.
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Gabi 08/09/2021

Demorei um pouco para terminar esse livro, achei muito cansativo e era jogado muitos nomes.
Esse livro mudou a minha visão sobre D.Maria I. Ela sempre foi vista como louca e coisas nesse sentido, com esse livro é compreensível o porque ela estava se comportando de um jeito diferente. Ela passou por muita coisa e teve que aguentar tudo por ser regente.
Eu gostei do livro, nunca tinha lido uma biografia, embora seja cansativo, é bem informativo e para quem, assim como eu, gosta de saber sobre árvores genealógicas ele é bem legal.
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Wolsey 25/01/2022

Maria, a piedosa, mas não louca!
Trabalho muito interessante da autora, capaz de mudar a imagem que se tinha da rainha Maria I de Portugal, antes Princesa do Brasil.
O livro demonstra a força e dedicação de Maria I, suportando o fardo da coroa, piorado sensivelmente pela influência nefasta do Marquês do Pombal e do clero.
A leitura flui facilmente e envolve o leitor numa história marcada por tramas, intrigas e arquitetamentos para ocupação do trono e para a manutenção da família real no mesmo.
A autora teve a sensibilidade de não aprofundar demasiadamente nos fatos, possibilitando uma leitura fluente e agradável, sem demérito do vasto trabalho de pesquisa, conforme se verifica das referências do texto.
Achei muito interessante e acabou por despertar minha curiosidade sobre outras obras da autora.
Recomendo a leitura.
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Jeff.Rodrigues 11/11/2019

Resenha publicada no Leitor Compulsivo
Ávido leitor de materiais sobre história, sempre me incomodou a forma como a corte portuguesa foi moldada no imaginário brasileiro, principalmente em obras de alto alcance popular como filmes e minisséries. Desrespeitosa com parte importante da nossa formação como nação, a construção de figuras como o príncipe glutão ou a princesa ávida por sexo, notadamente D. João VI e Carlota Joaquina, mostram o quanto somos imaturos com nosso passado. Visões contrárias, seja política ou idelogicamente falando, fazem parte do processo, contudo parece ser mais fácil partir para a ridicularização, para a crítica simples. A consequência acaba sendo a formação de pessoas (cidadãos) com total falta de noção sobre períodos importantes para nós enquanto país.

É nesse contexto que se insere a curiosa figura de D. Maria I, resumida de forma bem direta como “a louca”. Nunca tinha parado seriamente para pensar nela como uma governante. Sendo bem sincero, a figura dela sempre foi de alguém marginal, justamente pela definição de “louca” que parece servir para resumir toda a sua vida. Injusta visão, talvez pela escassez de material disponível sobre seu período à frente do reino. A partir da leitura de D. Maria I – As perdas e as glórias da rainha que entrou para a história como “a louca”, a percepção muda de figura e minha galeria pessoal de majestades ganhou nova personagem.

Na prosa deliciosa de Mary Del Priori, a biografia de D. Maria I é uma grata viagem pelos tempestuosos mares navegados por uma mulher fruto e vítima de seu tempo. Criada em um Portugal, e numa corte, fervorosamente católicos e sob as influências de um pensamento religioso em que Deus era um juiz a anotar pecados e distribuir punições, Maria, como inúmeras outras mulheres, viveu uma fé professada com medo. Uma primeira característica a moldar a futura governante: não se tomam decisões sem pesar o lado da Igreja, dos padres, de Deus.

Por outro lado, a figura da mulher como suprema governante de um reino não era tão bem vista pelos nobres portugueses. Assim, a Maria religiosa tinha pela frente o obstáculo do machismo. Mesmo com figuras femininas fortes no comando de algumas nações, Portugal não se sentia à vontade em ter uma mulher decidindo seu futuro.

“Não era louca, mas, por força da Igreja da época, sentia-se louca. Considerava-se pecadora e culpada. E, como tantas místicas, dava assim sentido à sua dor”.

Esse é o contexto em que D. Maria I vai reinar. E para além dele, virão se somar uma série de tragédias familiares que pouco a pouco vão lhe tirar o prazer de viver. Loucura? Não. Depressão? Certamente. Vítima do atraso da medicina em não conhecer as “doenças da alma”, Maria vai sofrer baques, perdas e desgostos que vão minar sua alegria com o mundo e fazê-la se trancar cada vez mais em um mundinho particular. Mais fácil resumir tudo à loucura…

Interessante extrair da leitura de D. Maria I a descoberta de uma governante amada pelos portugueses e que no tempo em que reinou, feliz, soube olhar para seus súditos, se aproximar deles e receber carinho e adoração. Descobrimos com esse livro não uma rainha, mas uma mulher que governou para os seus, dentro de sua crença e com seus erros e acertos. Uma mulher forte derrotada pela enfermidade de tantas perdas. Uma mulher que injustamente resumimos como uma louca, mas que tem muito a nos ensinar sobre os desafios enfrentados e/ou superados pelas mulheres de séculos passados. Mais uma daquelas leituras fundamentais para corrigir nossa visão distorcida sobre a corte portuguesa e para nos mostrar a força de personagens que são um pouquinho também brasileiros e que influenciaram nos rumos de nosso país.

“Conhecia apenas ‘a louca’. Hoje conheço uma mulher”.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2019/10/22/resenha-d-maria-i-mary-del-priori/
Sergio330 06/12/2019minha estante
Parabéns pela resenha , gostei bastante .


Alipio 07/07/2020minha estante
excelente resenha. Eu estou querendo ler sobre essa oersonagem. O detalhe que a Biógrafa é muito contraditória. sobre a biografia do Jose bonifácio. em uma entrevista ele afirma que Bonifácio era intelectual, poliglota, estudou na Europe


Alipio 07/07/2020minha estante
em outra entrevista ela afirma que o Bonifácio era um falso intelectual, "passeou" pela Europa, mal falava inglês/ Francês ( até debocha: meio calabresa), enfim: Diz e desdiz...como confiar????




Tiago 13/12/2023

Os demônios de Mary (e não de Maria)
A história de vida da grande rainha Maria I de Portugal e Brasil é fantástica e inspiradora. Valeria muitos mais livros escritos pra que pudéssemos nos aprofundar na mente e no espírito dessa mulher que foi a primeira soberana de Portugal e a primeira monarca europeia a pisar no Novo Mundo. Quisera que o mercado brasileiro pudesse acolher a literatura escrita em Portugal sobre ela, mas infelizmente esse nosso mercado é bem limitado.

Tão limitado que temos que nos render à péssima prática historiográfica de Mary del Priore. Péssima, porque nem de longe pretende trazer ao leitor a voz real da personagem retratada. Não, traz ao leitor uma personagem traduzida na sua voz, cheia de preconceitos e de visões deturpadas.

O primeiro problema do livro é o excessivo ímpeto, ou necessidade, de retratar Portugal como um país atrasado e supersticioso por causa da Igreja e da Inquisição. Esta visão, felizmente, já foi superada pelos historiadores mais novos e sérios. Não é o caso da autora desta biografia. Assim, passa páginas e páginas tentando chocar o leitor com historietas sobre como Portugal era um poço escuro de medo, credulidade e refém do clero.

Mas o mais grave não é sequer esta postura desatualizada. O pior é ter essa postura para analisar uma das mais religiosas rainhas de Portugal, aquela que levou sua fé católica até o mais extremo da vida. Ora, se a historiadora não consegue ter a humildade intelectual de receber sem preconceitos o ponto mais importante da vida do seu biografado, e pelo contrário embola fatos, conceitos e doutrina numa massa heterogênea de falsas ideias sobre o catolicismo, essa historiadora não está pronta para a missão a que se propôs. Infelizmente nem todos tem a postura intelectual de um Jacques Le Goff, que, apesar de não ser católico, conseguiu absorver de coração aberto todo o universo cultural/espiritual de São Luís da França e criou uma biografia magistral em todos os aspectos.

Além disso há os erros factuais. Dizer que D. João VI seria "coroado", quando a cerimônia de coroação estava completamente ausente da tradição portuguesa já é grave pra um historiador. Dizer, por exemplo, que o corpo de D. Pedro Carlos foi levado para Lisboa enquanto o cadáver do infante repousa sereno no Rio de Janeiro já ultrapassa o real do imaginário, pra não usar palavras mais pesadas.

Mas a história da rainha louca, da rainha santa, da rainha do Sagrado Coração, esta é luminosa. Quisera ela ser escrita no futuro por escritores mais capazes. Viva Maria!
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Alipio 22/08/2020

Maria I
A historiadora Mary Del Priore, traz nesta obra, uma abordagem importante sobre a conturbada vida de Maria I, marcada na história como "Maria, a louca".
Desde a tenra idade, foi educada e modelada na fé católica, fomentou projetos de catequização que foram estendidos aos povos indígenas da colônia brasileira
Apos a norte de seu pai, D. José, se torna a D. Maria I, rainha de Portugal e d'além mar. Foi a primeira mulher em Portugal a exercer o poder absoluto de direito.
Com grandes modificações no cenário mundial: Revolução industrial, independência das colônias na América do Norte, mudanças políticas na França e alianças politicas e econômicas entre grandes potências, Maria têm pela frente a missão de solucionar os problemas de Estado, entre eles se livrar do grande inimigo do povo, clero e aristocracia: o Marquês de Pombal, ministro do recém falecido rei D. José.
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Após a morte de seu marido, Maria se sente abatida, isolada e desmotivada. Perdas afetivas sobrevém para aumentar ainda mais a sua dor. É atormentada por sentimentos de culpa pelos pecados no injusto massacre cometido por sua familia no processo dos Távoras, levando-a a depressão que na época, era compreendida como sendo obras demoníacas ou loucura.
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Por força de crenças misticas, um sistema religioso que mais oprimia do que libertava e a incapacidade de diagnosticar precisamente muitas enfermidades, atribuindo doenças como castigo divino por pecados cometidos, Maria é esteriotipada como " Maria, a louca"
Essa obra, com certeza ajudará a muitos a terem uma melhor compreensão dos comportamentos de uma mulher que foi importante para a historiografia de Portugal e do Brasil

@livros.historia
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Pe. Jeferson 30/12/2021

Ela tinha tudo pra ser santa...
Biografia de D. Maria I, cognominada "a louca". primeira rainha (efetivamente reinante) de Portugal.
A autora, por vezes se mostra um tanto crítica à fé católica, mas ainda assim o livro me parece recomedável.
Dona Maria I é personagem que deveria ser muito melhor conhecida por sua importância na história de Portugal e do Brasil.
Foi uma monarca muito amada por seu povo e muitojusta em relação a seus deveres diante do povo e diante de Deus. Mulher de grande fé, teria tudo para se juntar ao coro das Santas Rainhas se não fosse mal direcionada espiritualmente durante o aparecimento de sua enfermidade. Dona Maria provavelmente sofria do que hoje chamamos "depressão", mas a falta de zelo de seu confessor, que poderia tê-la ajudado muito, na verdade intensificou seus escrúpulos e sua desesperação. Ao menos é o que se entendo do que nos narra a autora.
Outra parte bastante interessante é a divergência de D. Maria com o Marquês de Pombal e sua ideologia liberal-maçonica.
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