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Contos Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - Contos


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Bruninha 24/03/2022

As histórias do livro em si são boas e gosto também de algumas críticas que o Machado de Assis trouxe, porém pelo falo do português ser de época, tornou a leitura muito cansativa e demorada. Esse cara gosta de uma tragédia né?
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Carolina 07/08/2020

Bendita pandemia!
O bom dessa pandemia é poder colocar os [vários] livros que estavam na fila de espera na lista de lidos. Acho que esse livro comprei em meados de 2013/14...
Mozinho 07/08/2020minha estante
Eu tenho esse livro, mas confesso que não consegui ler, tentei umas 3 páginas; E desisti já há alguns anos. Talvez eu tente desta vez ; )


Carolina 07/08/2020minha estante
Leia um conto por dia! Talvez assim dê certo pra vc :)))


Mozinho 07/08/2020minha estante
Obrigada, irei fazer isso ?




Mariane 25/01/2021

Traz excelentes contos do Machado, mas o melhores são a causa secreta, o alienista, o enfermeiro e a cartomante. São realmente muito bons!
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Marina.Sales 09/01/2021

Machado de Assis é genial , são narrativas curtas que falam do cotidiano e da sociedade de modo irônico.
hrpereirasp 09/01/2021minha estante
Achei "O Alienista" e "A Cartomante" os mais legais desse conjunto... hahah e você, qual curtiu?


Marina.Sales 09/01/2021minha estante
Também adorei esses !




Camila.Dias 25/04/2021

Ler Machado de Assis é sempre uma ótima experiência
Esse é meu primeiro contato com os contos do autor, já tinha lido alguns romances.
Gostei dos contos de forma geral, alguns mais, outros menos, como é comum em coletâneas de contos.
É possível perceber a ironia do autor na maioria dos contos. Essa que é uma característica bastante presente em suas obras.
Os meus contos favoritos foram a Igreja do Diabo e Pai contra Mãe.
Recomendo a leitura, ainda mais para aqueles que querem conhecer mais da nossa literatura e da obra do nosso maior escritor.
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Rosa Santana 25/04/2011

O ESPELHO
O que temos em O Espelho é um tipo de narrativa chamada de encaixe.

Ou seja: um narrador observador começa a nos contar os fatos, descreve-nos o cenário, fala-nos dos personagens que estão a discutir e aí nos conta de um que se mantém distante, que não se pronuncia... Ele (Jacobina) é conclamado a participar da discussão, mas, como não é afeito a esse tipo de ação , toma a palavra e começa a narrar sua experiência e se assume então como um segundo narrador, que conta sua própria história. No final, o narrador um, que se afastara, reassume a voz narrativa.

Gerárd Genette diria que Jacobina é um narrador autodiegético ou seja, aquele que relata suas próprias experiências como personagem central da história. O narrador um seria, na concepção de Genette, heterodiegético: aquele que relata fatos que lhe são estranhos no sentido de que ele não os vivenciou. Ou: ele não integra nem integrou, como personagem, o universo diegético em questão.

Se fôssemos representar em forma de gráfico poderíamos desenhar um retângulo (a narrativa de Jacobina), dentro de um outro, mais amplo representando a narrativa aquele narrador que detém a “voz narrativa” mas que, em um determinado momento, cede-a ao alferes. Por isso esse tipo é chamado de “narrativa de encaixe”.

Tenho a acrescentar que Jacobina, o narrador dois, conta a sua história e se revela como sendo uma pessoa pronta, acabada. Ele não aventa a possibilidade de discussão! Alguns exemplos:

. Não discutia nunca; e defendia-se da abstenção com um paradoxo, dizendoque a discussão é a forma polida do instinto batalhador, que jaz no homem, como uma herança bestial; e acrescentava que os serafins e os querubins não controvertiam em nada, e, aliás, eram a perfeição espiritual e eterna.

.” - Nem conjuntura, nem opinião, redargüiu ele; uma ou outra pode dar lugar a dissentimento, e, como sabem, eu não discuto”

.” - ... Espantem-se à vontade; podem ficar de boca aberta, dar de ombros, tudo; não admito réplica”

"Sozinho no sítio pôs-se triste, nem comia, "sentia uma sensação inexplicável... como defunto andando, um sonâmbulo, um boneco mecânico." Por que? Porque ele precisava de outros à sua volta, para bajulá-lo. Era a adulação, a bajulice que ele recebia do outro que definia sua personalidade. Sem ninguém por perto, ele tb era ninguém... ou seja: um desprovido de espelho... Que era tanto aquele objeto grande na parede, mas que era tb o outro objeto, aquele falante que o rodeava, que o bajulava...

Jacobina demonstra ser uma pessoa que, não admitindo réplicas, não admite o outro como pessoa, como sujeito, apenas o vê como bajulador, como um medalhão, teoria que MA expõe no conto “Teoria do Medalhão” - presente nesse mesmo livro. Ele se julga, como os serafins e os querubins, a perfeição eterna...

O Espelho, nesse conto, distancia-se daquele descrito por Manuel Bandeira:

"Espelho, amigo verdadeiro
tu refletes as rugas, os meus cabelos brancos"


Também daquele de Cecília:


"Eu não tinha esse rosto de hoje
assim calmo, assim triste, assim magro...
... nem esse lábio amargo."

Porque aqui, ele apenas reforça o externo. Busca a aparência. E, diga-se: a aparência que revela o "corpo sarado", a roupa que será bem apreciada pelos outros, que dará status; Aqui é visto não como uma volta para o interior, mas apenas para refletir o externo: a farda e o que ela representa: a máscara, o eu social de cada um, que, como diz Fernando Pessoa, já estava "pegada à cara"

Enfim, o conto mostra que o indivíduo acaba por se transformar naquilo que aparenta, como se fosse impossível exibir impunemente essa ou aquela máscara e depois se desfazer dela...


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TEORIA DO MEDALHÃO

Sobre esse conto, é importante ressaltar a técnica usada por MA: o narrador se afasta, para criar o chamado “tipo dramatizado”, ou seja não há descrição do cenário, dos personagens, não há a mediação do narrador. Isso para que não haja suspensão das cenas. É no discurso das personagens que o espectador/leitor vai montando o cenário, assim como vai, também, apossando-se do conceito do que seja o “medalhão”. Esse termo (medalhão) é, em nenhum momento, definido diretamente. Pelo contrário, é do conjunto que nasce o verdadeiro medalhão, tal como o entende o pai. Assim é que no tempo preciso de uma hora, da noite de 05 de agosto de 1875, dia do aniversário de Janjão, o “professor” frustrado que quer ver concretizado o seu sonho no filho, recolhe-se, (das 23 às 24 horas) com ele, ao quarto - espaço de recolhimento propício e necessário para a aula que será ministrada.

É dessa maneira que o pai traça ao filho um retrato em branco e preto de uma realidade sem retoques: ambição, mesquinharia, interesse, oportunismo, cumplicidade, egoísmo surgem aos olhos do leitor revelando um ser humano sem idealizações, ou cuja idealização é, única e meramente, dar-se bem na vida.

Assim também o pai mostra que sucesso, prestígio, fama, dinheiro - que deveriam ser resultados secundários de ações positivas – convertem-se em finalidade absoluta das ações ou: elas são o valor-em-si. Por isso ele cita Maquiavel aquele que diz: os fins justificam os meios. O dinheiro, o sucesso, a fama(...) justificam quaisquer atos perpetrados, pois o importante é que eles sejam obtidos!!!

Outro fato interessante é o de que os vinte e um anos, na verdade, é passagem da adolescência para a maioridade, e a “aula” é o rito de passagem para que o agora "maior" reja sua própria vida, siga seu próprio caminho segundo o que lhe acaba de ser ensinado!

A ironia machadiana se dá, sobretudo, porque o medalhão que o pai busca e define para o filho é um **personagem-tipo, que, na verdade, é o homem interesseiro, bajulador que visa a subir na vida a qualquer custo.

**personagem-tipo é, para a Teoria da Narrativa, o personagem que representa toda uma série de pessoas. Segundo essa mesma teoria, por isso, esse personagem é chamado de plano, porque é desprovido de profundidade. Ele se contrapõe ao redondo.


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Srtª Kelly 23/04/2010minha estante
Adorei :)




Bia 25/03/2021

Memória do Rio
Amo Machado de Assis e comprei esse livro em minha primeira e única viagem ao Rio de Janeiro, então ele traz muitas memórias e uma conexão ainda maior com Machado.
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nala 11/04/2023

Prazerosa
Se a Alana de 10 anos atrás soubesse que hoje leria histórias do Machado de Assis como se estas fossem a coisa mais gostosa escrita na humanidade, com certeza não acreditaria. Realmente adoro, não acho cansativo, nem pelo fato de o português ser um pouco diferente e com a linguagem mais rebuscadinha. É simplesmente um livro de história romanceado e na visão de um exímio escritor.
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tortajulia 19/06/2022

Adoro o Machado de Assis e estava muito interessada para ler os contos produzidos por ele. Acho muito envolvente a narrativa que ele conduz, trabalhando muito o lado psicológico dos personagens. O conto que mais gostei foi "O Espelho", seguido de "Pai contra Mãe" e "A Cartomante". Esse último me lembrou um pouco de "A hora da Estrela" da Clarice Lispector. Recomendo! Machado é completo na sua plenitude!!

"Minha solidão tomou proporções enormes. Nunca os dias foram mais compridos, nunca o sol abrasou aterra com uma obstinação mais cansativa. As horas batiam de século a século, no velho relógio da sala, cuja pêndula, tic-tac, tic-tac, feria-me a alma interior, como um piparote contínuo da eternidade."
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Catarine Heiter 10/07/2020

Esta edição de contos de Machado de Assis da editora Ática, traz nove contos completos do autor e uma parte de um conto (devidamente sinalizado); além da ‘vida e obra’ como leitura complementar. Os contos aqui apresentados não correspondem a apenas uma fase da carreira de escritor do autor e nem todos foram selecionados das famosas coletâneas existentes. Temos aqui um conto selecionado para a coletânea Histórias sem Data (Cantiga de esponsais), três contos da coletânea Várias Histórias (Conto de escola, Um apólogo e A cartomante) e dois contos da coletânea Páginas Recolhidas (O caso da vara e Missa do galo). Os demais são contos avulsos. Este conjunto proporciona ao leitor a experiência de percepção de várias características da escrita machadiana, sem perder o ritmo, e mescla, de forma equilibrada, contos mais compridos com outros muito curtos! Meus contos preferidos foram Conto de escola e A Cartomante. Já sou fã do autor e sou suspeita para falar, mas com certeza este livrinho aguçou a minha curiosidade pelos outros contos deste mestre.

A leitura deste livro foi motivada pelo Desafio DLL 2020, na categoria Livro de Contos
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Ruannita 28/02/2021

Contos incríveis como remédio infalível para ressacas literárias.
Decidi ter sempre um livro de contos à postos para qualquer sintoma se ressaca literária e optei por essa seleção de contos. O meus preferidos são "O espelho", "A cartomante", "Um homem célebre", "O caso de vara" e pra mim o mais visceral de todos foi o conto "Pai contra mãe".
Estou maravilhada. Pretendo ler mais contos de Machado de Assis. Nessa edição da L&PM POCKET depois de cada conto segue-se uma pequena resenha de vários professores literários.
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Sami43 15/04/2022

Machado de Assis e seus contos que intrigam, provocam, refletem e envolvem. Personagens que em poucam páginas provocam risadas, nojo, reconhecimento e, acima de tudo, surpresa.
Algo que amo na escrita são os absurdos. Fico chocada ao ler a audácia, a crítica. Prende o leitor de forma surreal.
A edição conta com:

A Cartomante
A relação de incredulidade em Camilo e ingenuidade em Rita formam dois opostos. Ao ir a uma cartomante, o futuro se prevê: porém, ao contrário do que se imagina, o leitor recebe muito mais do que apenas uma história de amor.

Uns braços
Inácio, de 15 anos, trabalha e vê braços maravilhosos. A primeira paixão alinhada com a falta de maldade faz o foco de sua paixão ficar confusa e restrita quanto a seus sentimentos.

Conto de escola
Garotos e a escola. Episódio de desrespeito do aluno (ou do professor?). Como as escolas devem ser, se não entediantes, frustrantes e repressoras? Ele só deseja a liberdade.

O alienista
Doutor Bacamarte abre uma clínica psiquiátrica. Quando seus métodos começam a acolher gente demais, a população se revolta ? mas como dizer não à ciência?

O espelho
Explicando a teoria de almas exteriores e interiores. O que somos? Um ser de espírito, porém um ser físico ao mesmo tempo. E podemos ser algo mutável além de nós mesmos.

Um homem célebre
A música acompanha a época. A época acompanha a música. E o músico se vê em tal dualidade, de forma que não faz nada além de se entregar a ambos.

A causa secreta
O homem que cura tem muito mais a esconder. E quando seu bizarro segredo é descoberto, seu amigo e sua mulher ficam assustados. Mas não sabem o que fazer. E a dor será vista.

Todos os contos são muito fluidos e proveitosos. Sabem aproveitar suas temáticas, e têm leitura prazerosa.
Quanto à edição, acho que os comentários não foram bem colocados. Recomendo ler "Várias Histórias" e os outros contos separadamente.
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Lucas 23/05/2024

Machado é Machado, né!
Não há que se duvidar da maestria de Machado de Assis. Contos muito bem desenvolvidos e que em poucas páginas já nos faz enxergar toda a vida da personagem! A cartomante foi um tiro!
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Daniel1841 26/09/2020

Genial
Não sei porque demorei tanto a entrar no mundo dos contos de Machado. Não vou dizer que todos são ótimos ou que me empolguei com a leitura de todos dessa coletânea, mas chuto uns 80% de aprovação.
Apenas leiam Machado, pois o cara é genial.
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