Resenhas - Melhores contos de Lima Barreto

raivadomundo 08/09/2022

:)
A atualidade de seus contos e personagens me deixa de boca aberta. Certamente, ler esse livro foi uma montanha-russa. Sai de contos f*dásticos para histórias tão enfadonhas que me rendeu uma soneca grande. Entendi sua proposta e todas as críticas sociais. Ele consegue criar um cenário próprio (Como o brilhante "Harakashy e as escolas de Java", que é tão assustador quanto 1984) e personagens únicos. Surreal. Perfeito.
ps: Lima Barreto era um escritor preto com uma história de vida que renderia um filme. Viveu no finalzim do século 19 e é considerado um dos escritores pré-modernistas brasileiros. :)

Henggo 10/06/2023

Brasil atual
Compilação de contos de Lima Barreto que espelham a realidade do Brasil no final do século XIX e início do século XX, mas que, lidas sob um olhar mais atento, são peças históricas de um país que continua com os mesmos problemas. Os textos mergulham em críticas contra o tom de frivolidade dos jornais, o modo como o título de "doutor" virou salvo-conduto para a arrogância l, e a disparidade social que parece nunca ter fim. Essa antologia mostra como Lima Barreto é capaz de pescar nuances e destrinchar os pormenores da sociedade. Isso é algo único.

Biblioteca Álvaro Guerra 18/04/2019

A importância de Lima Barreto (1881-1922) na literatura brasileira tem sido objeto de sucessivas reavaliações. A oralidade despojada de seus textos e o tom memorialista e de crônica jornalística foram duramente criticados por contemporâneos como José Verissimo e, ao mesmo tempo, serviram de atrativo para as vanguardas modernistas. Embora tenha morrido cedo, aos 41 anos, Lima Barreto deixou uma importante produção de romances, crônicas e contos. Com organização, introdução e notas de Lilia Moritz Schwarcz, esta edição reúne os 149 contos do autor, resgatados por meio de pesquisas em manuscritos, edições originais, jornais e revistas da época. Tanto os contos menos conhecidos quanto alguns mais famosos, como "A Nova Califórnia" e "O homem que sabia javanês", ressaltam o aspecto autobiográfico que, segundo a organizadora, perpassa toda a carreira de Lima Barreto. Testemunha ocular das convulsões políticas e sociais da República Velha, Lima Barreto foi um dos primeiros escritores a assumir sua negritude no Brasil. Ativista simpático ao anarquismo, descendente de escravos e protegido do Visconde de Ouro Preto, inseriu-se no mundo intelectual mas foi considerado um escritor de segunda categoria. Análises posteriores, como a do professor Antonio Candido, diriam que Lima Barreto é um autor "vivo e penetrante". E sua inclusão tardia no cânone dos grandes ficcionistas da língua portuguesa seria apenas uma das muitas contradições que caracterizaram sua vida e obra. Ao rever sua produção literária cem anos depois da publicação de Recordações do escrivão Isaías Caminha, seu primeiro romance, o que vemos é o gênio rebelde eternizado pela fúria quixotesca de Policarpo Quaresma e nas manifestações mais livres e reveladoras de seus contos.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788526000810

Yuririn 03/05/2022

pelos 2 primeiros contos eu achei que não ia gostar muito desse livro, mas depois os textos ficaram bem mais interessantes e nos do final eu ri um monte hahahah. Apesar de contos não ser muito a minha praia, eu amei a maioria dos que tem no livro, eles são envolventes e criam certinho as cenas na cabeça (tem boa escolha de palavras). Acho q só tinha lido o "clara dos anjos" desse autor, mas agora fiquei com vontade de ler várias outras obras dele, principalmente depois de ter lido a parte biográfica que tem no final desta edição.


Minhas observações sobre os contos:
-um especialista: não tão agradável de ler/chocante principalmente por ser o q começa o livro
-o filho da gabriela: traços autobiográficos?
- a nova califórnia: remete a alquimia
-"o homem que sabia javanês" e o "harakashy e as escolas de java": falam do povo javanês
-"um e outro" e "lívia": me lembraram levemente das epifanias da Clarice Lispector
-miss edith e seu tio: lembra "casa de pensão" de Aluízio Azevedo
-como o "homem" chegou: enfatiza o tamanho do Brasil e as dificuldades de acesso aos lugares na época, lembra o voto de cabresto, preconceito, desorganização e troca de favores
-cló: cita castas indianas, carnaval e roda de música com algazarra e "cantorias bárbaras"
-adélia: não entendi o propósito, mas ok hahah
-mágoa que rala: o melhor e mais engraçado conto do livro, narrado no período do D. João VI (hospício, traços autobiográficos?)
-uma v*gabund*: parte engraçada quando ele fala da bebida (traços autobiográficos?)
-sua excelência: final inesperado

rafa_._cardoso 16/11/2022

Contos excelentes
Gosto muito de contos e aqui temos para todos os estilos: curtos, mais longos, com romance, mentiras, tragédia, um toque fantástico e tudo o mais.

Leitura gostosa e que passa bem rápido (li em partes pra não acabar haha)

Vale muito a leitura

Spalidoro 26/05/2013

Compilação de vários contos de Lima Barreto, como A nova Califórnia, O homem que sabia javanês, Miss edith e seu tio, Uma vagabunda e Lívia.

Carme 28/11/2022

Contos
Leitura surpreendentemente atual.
Alguma palavras dificultam a compreensão, mas nada que atrapalhe a a apreensão da essência do pensamento do autor.