Filosofia do Cotidiano

Filosofia do Cotidiano Luiz Felipe Pondé




Resenhas - Filosofia do Cotidiano


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Marcelo 10/01/2023

Irônico
O livro consta de uns 25 textos curtos do Pondé sobre a filosofia do cotidiano. São textos mais ou menos independentes e curtos. Por que não são independentes? Primeiro por que o próprio autor indica a leitura do primeiro capítulo como necessário para abrir a mente para a leitura dos outros, em que ele relata os significados do termo acordar, e sua relação com o pensamento filosófico. E entre os textos a algumas correlatos, por exemplo, um relato de que uma questão relacionada seria tratada posteriormente ou foi tratada anteriormente, então poderá ser importante fazer uma revisão do texto citado, por exemplo.
Interessantes para uma leitura diária, mas talvez não tanto para ler ou ouvir (no meu caso) tudo de uma vez. A leitura compassada, traz reflexões, até porque a posição do autor é bem radical e provoca contestações, entretanto a exposição a tantos deboches e pensamentos limitantes sobre os outros traz.um certo cansaço. No início do livro, o autor indica a necessidade do pensador filosófico se abstrair de suas ideologias e pensamentos, fazendo uma análise ampla das possibilidades. Ele tenta fazer algo assim na discussão dos temas, detalhando opções de caminhos que as pessoas podem tecer sobre determinadas situações, entretanto, ele se refere á essas pessoas de modo a menosprezar um entendimento e muitas vezes generaliza posicionamentos e comportamentos.
Dentro desta proposta de leitura diária de um capítulo ou dois, recomendo a leitura, mas não como livro de cabeceira. Definitivamente não recomendo o áudio, apesar de ser feita pelo próprio autor, este faz uma leitura sem muita expressão e sentimento, com muita ironia e sarcasmo, não trazendo o adicional da entonação e dificultando a interpretação do discurso. Quem já viu suas palestras ou comentários na Cultura, percebe que esta é sua forma no cotidiano de expressar. Uma pena.
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Romeu Felix 19/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro "Filosofia do Cotidiano: Um Tratado Sobre Questões Menores" apresenta uma coletânea de ensaios e crônicas do filósofo brasileiro Luiz Felipe Pondé. O autor utiliza a filosofia para refletir sobre questões que são comuns no cotidiano das pessoas, tais como a relação com a tecnologia, a banalidade do mal, a obsessão pela felicidade e a necessidade de buscar a autenticidade na vida.

O livro é composto por 11 capítulos, cada um abordando um tema específico. O primeiro capítulo, "O Mal-Estar na Modernidade", discute a crise de sentido que atinge a sociedade contemporânea. Em seguida, em "A Filosofia e as Coisas Pequenas", Pondé defende a importância de refletir sobre os aspectos mais cotidianos da vida.

Nos capítulos seguintes, o autor aborda temas como a necessidade de solidão para a reflexão, a importância da saudade, o papel da tecnologia na sociedade atual, a relação entre felicidade e infelicidade, a importância da morte para a vida, a banalização da violência e a busca pela autenticidade.

Em cada capítulo, Pondé utiliza conceitos filosóficos de autores como Nietzsche, Heidegger e Schopenhauer para analisar questões do cotidiano e oferecer perspectivas críticas e reflexivas sobre a vida contemporânea.

Conclusão:

"Filosofia do Cotidiano: Um Tratado Sobre Questões Menores" apresenta uma abordagem diferente da filosofia, ao trazer reflexões sobre temas que são comuns no cotidiano das pessoas. O livro é uma leitura acessível e interessante para aqueles que desejam refletir sobre a vida de maneira mais profunda e crítica, utilizando conceitos filosóficos para analisar questões aparentemente banais.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Michelle Trevisani 29/03/2019

Vamos filosofar?
Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim! Que tal um pouco de filosofia para começar a o dia? A resenha que trago hoje é deste lançamento da Editora Contexto, do filosofo e professor Luiz Felipe Pondé, que nos convida em textos curtos a refletir e discutir pequenas questões de nosso cotidiano em forma de filosofia. Na verdade esse livro soa bem como um bate papo mesmo, onde o autor expõe seus pontos de vista - aqui abro um parenteses para dizer que o Autor muitas vezes não é imparcial, e ele tem todo o direito disso, numa conversa onde a gente lê o que ele escreve e tira nossas próprias conclusões do que se é lido. Eu gosto muito de livros assim porque gosto de refletir - e super normal a gente concordar com muita coisa, mas também questionar e não concordar com outras, afinal um livro de filosofia serve justamente para isso.

Pondé vai flutuar então pelos temas mais presentes de nosso mundo atual: vai discorrer bastante sobre temas como família, estar ou não acompanhado, filhos (há umas discussões bem interessantes sobre isso), sobre o paradoxo da beleza a qualquer custo, sobre política e democracia, sobre envelhecer e se sentir cada vez mais sozinho nesse mundo agitado e que prolonga nossa existência cada vez mais, etc.

O livro está recheado de assuntos para todos os gostos. E é uma leitura leve, os temas são expostos em no máximo três páginas o que torna a leitura bastante dinâmica. O autor é bastante claro, não é prolixo em suas explanações, permitindo que qualquer leitor pouco acostumado a esse tipo de leitura possa acompanhar tranquilamente os textos.

Para quem busca algo fora do comum e com reflexões estilo café da manhã, para te despertar para o dia e te fazer refletir um pouquinho mais sobre os aspectos mais cotidianos da vida, esse livro é uma ótima alternativa. Recomendo a leitura.

Leia o restante da resenha no meu blog >> LIVRO DOCE LIVRO.

site: https://meulivrodocelivro.blogspot.com/2019/03/resenha-filosofia-do-cotidiano-de-luiz.html
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Lina DC 21/04/2019

Muito bom!
"Filosofia do cotidiano" é uma obra composta por 25 capítulos que dialogam sobre situações, como o próprio título diz, cotidianas.

Com uma linguagem bem simples e textos inteligentes e até mesmo provocativos, o autor Luiz Felipe Pondé, discorre temas como família, filhos, a busca pelos padrões de beleza e até mesmo sobre política.

"Afinal de contas, por que acordar? O sentimento de rotina vem à sua mente assim que aquela fronteira entre o sono e a vigília se torna mais clara. Em meio às memórias da noite e do dia anteriores, sua alma (seria ela imortal ou apenas um emaranhado de substâncias químicas?) busca a segurança do dia amanhecido. A luz sempre traz repouso para quem sofre de alguma forma de medo." (p. 13)

O autor traz de forma descontraída debates inteligentes, que fazem com que os leitores pensem e discutam sobre cada tema abordado.

"Todos buscam o desapego hoje em dia. As redes sociais estão cheias de frases feitas sobre desapago. Desapego combate o colesterol, ajuda a emagrecer, eleva o espírito - ainda que você pague em 10x no cartão a viagem para o lugar em que você desapegará. Em se tratando das redes sociais, não há lugar pior para se buscar o desapego: as redes são o espaço por excelência do apego compulsivo presente na economia dos likes. O tema do desapego é, sim, um clássico na filosofia e na espiritualidade. E, sim, é uma coisa séria. E sim, faz bem ao cotidiano de uma pessoa buscar formas de desapego. A questão é: desapegar do que e como?" (p. 79)

A Editora Contexto realizou um ótimo trabalho com essa edição. Os textos são apresentados em vários formatos, alterando de acordo com o seu conteúdo e chamando a atenção visual do leitor. Para os fãs de livros reflexivos e filosofia, sem dúvida, essa é a indicação perfeita.

"Vivemos num momento de ativa participação do debate político via mídias sociais. Elas são como assembleias em rede, e toda assembleia é pobre em repertório e vocabulário. Quem já esteve numa sabe. A participação política em mídias sociais intensifica a polarização dos ódios, mas não garante a participação institucional. Pelo contrário, as redes tendem a desqualificar a democracia representativa, privilegiando o populismo. Mas, independentemente das mídias sociais, a participação qualificada na política não parece ser o cotidiano verdadeiro dos eleitores. As pessoas gostam de passar a imagem que estão inseridas na política, mas as pesquisas empíricas parecem apontar para outro quadro." (p. 95)

site: http://www.alempaginas.com/
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Milca 25/03/2019

Gostei, recomendo
Faz algumas semanas que recebi da Editora Contexto - nova parceira do blog - o livro "Filosofia do Cotidiano". Preciso dizer que fiquei um pouco receosa de ler quando vi que era do Luiz Felipe Pondé por causa das posições políticas dele. Porém, não quero JAMAIS ser o tipo de pessoa que só lê aquilo que concorda 100%.



Mesmo discordando de vários pensamentos dele, acho importante não viver em uma bolha, afinal, não é só o meu pensamento que está certo - ou errado.

Em "Filosofia do Cotidiano", mais recente livro do Luiz Felipe Pondé, são abordados os assuntos mais triviais do dia-a-dia e nos leva a refletir a respeito de coisas que fazemos e normalmente não nos damos ao trabalho de pensar sobre.

Algumas frases do livro são bem dolorosas de ler, já que elas vão vem na dura realidade. Particularmente adoro filosofia e é algo que deveria estar mais presente na vida de todos nós. Como ele diz em determinado momento, a "filosofia está mais ligada ao despertar do sonambulismo" e isso dificilmente nos deixará feliz.

Seguindo uma linha de pensamento bastante conservadora, o escritor propõe um pensamento acerca de vários assuntos tanto voltados para a religiosidade, e o fato de as pessoas se manterem céticas, questões sociais e familiares.

Ao dizer a expressão "despertar do sonambulismo", ele quer dizer algo como deixar de lado nossos dogmas para, assim, enxergar a realidade. Acredito que seja mais ou menos como um psiquiatra que tem a ciência e sua crença em algum ser superior, ele não vai misturar os dois mesmo porque nem todo paciente é igual.

Concordo com esse fato e não é porque eu acredito que Deus existe que simplesmente vou ignorar a física, a ciência e todos os conhecimentos conquistados ao longo de décadas. Essa é a ideia de despertar.

No que diz respeito a questões sociais e familiares, confesso que li os capítulos 5 e 12 com muita raiva. Lembram quando o vice-presidente declarou abertamente que uma criança que cresce sem um pai, uma figura masculina, tende a se envolver com a criminalidade (mais ou menos assim)? Pois bem, aqui, Pondé deixa clara a sua concordância.

Quando o assunto é empoderamento feminino, ele faz parecer que mulheres que decidem tocar a vida sozinhas são solitárias. Claro que ele aponta os dois lados, mas acho que é uma questão bem delicada para explicar em duas páginas.

No geral, se trata de uma ótima leitura, com 24 capítulos curtos - cerca de duas páginas e meia - em que é possível tirar muita coisa boa. Precisamos estar abertos a várias opiniões, afinal vivemos em uma democracia e em um país livre.

É impossível agradar a todos o tempo todo. As divergências servem para crescimento, desde que colocadas de forma saudável.

site: https://www.sabeoinverno.com/2019/03/livro-filosofia-do-cotidiano-luiz.html
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douglaseralldo 27/03/2019

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE FILOSOFIA DO COTIDIANO, DE LUIZ FELIPE PONDÉ OU SOBRE PEQUENAS COISAS QUE CAUSAM GRANDES PROBLEMAS
1 - O primeiro desafio da leitura da obra de Pondé talvez seja descobrirmos se estamos ou não dentro de um publico que ele deseja ou queira como leitores, pois sua ironia e provocação aos que chama de "inteligentinhos" mais do que polemizar, acaba na verdade restringindo o contraditório, uma conduta autoritária bastante danosa à discussão intelectual. Digo isso, porque essa postura acaba reproduzindo o mesmo problema da esquerda, a ruptura de diálogo, a incapacidade de romper as próprias bolhas de afirmação, pois que, ao provocar e rechaçar o possível contraditório como veremos em muitos momentos de seu texto é como se matasse sua abordagem ao debate, como reflexo possíveis melindres em mesmo aqueles que não estejam entre os supostos "inteligentinhos" escrachados pelo autor, castrando dessa forma qualquer problematização de seus argumentos. Isso significa dizer que (embora o sejam em geral os textos) Pondé parece querer falar apenas e tão somente a um público bastante específico, e para além disso escreve sugerindo - ou desejando - que determinado público sequer o leia. Nesse rechaço, talvez não perceba que pode melindrar mesmo o leitor imaginado, de algum modo "forçado" a concordar com seu ponto de vista;

2 - Dito isso e, sem saber qual tipo de leitor seria na imaginação de Pondé (posso apenas assumir-me uma leitor progressista e antiautoritário), neste post singelo procurarei tão somente tratar de algumas abordagens nesta publicação que de acordo com o próprio autor "o cotidiano nem sempre é tomado apenas por essas questões profundas. E nem só delas vive o homem, mas também das banalidades. Muitas vezes, ele é tomado por questões "menores", e é a elas que nos dedicaremos aqui" destaca Pondé, convergindo ainda para os ares distópicos de sua construção de futuro dizendo que "o cotidiano tenderá a ser mais pobre no futuro. Mais entediante e previsível" assumindo ele a condição de discutir as pequenas e não grandes questões na respectiva publicação;

3 - E trata-se bem disso o presente livro. A tentativa de discutir e debater as "banalidades" do cotidiano, partindo de perguntas norteadoras como por que acordar? ou se é melhor viver na realidade ou na fantasia? a questões como o eleitor real, os "dramas" contemporâneos da sociedade pós-consumo, bem como certa centralidade e preocupação na apatia juvenil, aos olhos do autor, um problema epidêmico. Sobrando espaço para debater, inclusive, algo que lhe beira quase como uma fixação patológica pelo sexo na hora do expediente e e abordagens sobre mulheres, que tirando algumas assertividades, noutras beiram a misoginia e o machismo, mas disso pretendo falar na parte final deste post;

+: http://www.listasliterarias.com/2019/03/10-consideracoes-sobre-filosofia-do.html

site: http://www.listasliterarias.com/2019/03/10-consideracoes-sobre-filosofia-do.html
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Fran 13/06/2021

Uma conversa sincera sobre o cotidiano
Pondé, de forma muito direta e sincera, escreve neste livro sobre as ?questões menores? que permeiam e o ocupam os nossos pensamentos no dia-a-dia. Chama de ?questões menores? pois menos complexas do que as ideias de grandes filosofos, Deus, a origem da vida, por exemplo. Porém, são questões igualmente sérias, apenas mais ?banais?, como a educação dos filhos, autoestima, amadurecimento, empoderamento feminino, efeito das redes sociais, infatilização do adulto, propósito e outras mais. Questões essas que estão presentes no cotidiano de todos e, portanto,merecem nossa reflexão.
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