No enxame

No enxame Han B.C.
Byung-Chul Han




Resenhas - No enxame


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Fernanda.Kaschuk 12/02/2019

A ascenção da psicopolítica na era digital.
Para além da autopublicidade de intelectuais da atualidade, o filósofo coreano Byung-Chul Han, sendo suficientemente afastado das redes sociais e com uma grande bagagem de experiências e leituras filosóficas, se preocupa em manter o olhar afastado desse excesso de informações digitais para justamente poder observar com cautela os riscos psíquicos dessa aglomeração de pessoas e ideias, ou como o próprio se refere: o enxame. Na sociedade observada por Foucault, falávamos sobre biopolítica e a dominação das massas, no entanto para Han, o termo "massa" se torna obsoleto uma vez que massas são formadas por almas, e o indivíduo contemporâneo narcísico é completamente vazio de experiência de espírito uma vez que se encontra primordialmente fechado em si. Assim, nos encontramos em um enxame absoluto, onde diversos indivíduos narcísicos se aglomeram para acumular informações divergentes a fim de extravasar, mas jamais dialogar ou trocar vivências. Da mesma forma, a "manipulação das massas" acontece agora através da violência interna do indivíduo do enxame que é senhor e escravo de si ao mesmo tempo. As redes sociais servem de ferramenta para o controle de informações de organizações, a manutenção do poder se dá pelo controle psíquico de Narciso que se expõe por vaidade e se entrega por inocência à uma tempestade de capital.
Douglas 09/01/2021minha estante
Excelente resenha!


Gustavo.Moura 04/02/2022minha estante
E cá estamos nós comentando em uma rede social ?


Levi131 07/04/2024minha estante
Uau, excelente resenha!
E cá estamos realmente em uma rede para comentar kkkk!




Max 13/09/2023

No enxame...
Byung-Chul Han em mais este livro no modelo "pílula" em volumes pequenos, solução encontrada pelo autor para facilitar a digestão de suas ideias, funciona muito bem.
Aqui o tema são as interações das pessoas com o meio digital.
A profundidade e embasamento, característica do autor, permite uma boa compreensão das suas provocações. A despeito delas achei esse volume pouco inspirado.
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Guilherme 22/09/2023

Muito bom
Lendo esse livro do Byung-Chul Han penso que somos como os sapos que colocados numa panela com água que se aquece aos poucos morrem cozidos antes de sentirem que a água ferve. Uma análise direta e de forma simples sobre a era digital que vivemos, em que aponta várias mudanças de paradigmas, e que muitas das vezes nem percebemos que estamos inseridos. O título faz total jus ao livro. Vale muito a leitura.
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Pablo Paz 29/04/2024

No lugar das Massas, o Enxame
No lugar do Big Brother o Big Data. No lugar da sociedade do controle, a sociedade da transparência. No lugar da disciplina, o desempenho. No lugar da confiança, a desconfiança. No lugar das Massas, o Enxame.

Saem as Massas, típicas do século XIX e XX, para dar lugar ao Enxame, típica da sociedade da informação. A diferença crucial entre "massa" e "enxame" é que a primeira, para o bem ou para o mal, quando formada, ganha alma: o indivíduo perde-se, funde-se nela, com algum objetivo em comum. No enxame, ao contrário, não é possível criar um nós. São como aquelas moscas que se juntam para devorar algo (cultura do cancelamento, compartilhamento de fake-news) e, logo após, se espalharem novamente.

Eis um trecho: "No panóptico digital não é possível nenhuma confiança? ela não chega nem mesmo a ser necessária. A confiança é um ato de fé [Glaubenakt], que se torna obsoleto em vista das informações facilmente disponíveis. A sociedade da informação descredita toda crença. A confiança torna possível relações com outros sem conhecimentos precisos sobre eles. A possibilidade de uma aquisição rápida e fácil de conhecimento é prejudicial à confiança. A crise de confiança atual é, vista desse modo, também medialmente condicionada. A conexão digital facilita a aquisição de informação de tal modo que a confiança, como práxis social, perde cada vez mais em significado. Ela dá lugar ao controle. Assim, a sociedade da transparência tem uma proximidade estrutural à sociedade de vigilância. Onde se pode adquirir muito rápido e facilmente informações, o sistema social muda da confiança para o controle e para a transparência. Ele segue a lógica da eficiência." (pp. 76-77)

O Enxame representa a passagem da Biopolítica - a docilização e vigilância dos corpos pelo Panóptico e suas instituições corretoras - para a Psicopolítica: a dominação da psique pelo Big Data sem nenhuma necessidade de vigilância ou coação externa.
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Islaniodantas 02/11/2023

É um livro muito bom que vai nos levar a muitas reflexões sobre a nossa sociedade atual da tecnologia em que vivemos.
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EmilyCaetano 08/09/2021

Poderia ser melhor
Durante todo o livro o autor dialoga com muitos outros autores, porém o diálogo é raso e as vezes inexistente a ponto de parecer apenas jogado numa tentativa vazia de justificar suas falas.
Em certos momentos ele brilha, como em sociedade do cansaço(livro que felizmente li antes desse, pois não me arriscaria em outro do autor se esse fosse meu primeiro contato). Em outros momentos ele parece apenas estar pensando enquanto escreve sem digerir o que põe no papel.
Porém ainda é uma leitura interessante, ele levanta questões pungentes(questões que ele mesmo responde não dando muito espaço para reflexão, mas ok), que geram reflexão, que conversam com o contidiano e a realidade atual. Han é um autor do nosso tempo e como tal responde a ele de forma competente, mesmo com todas as problemáticas que tive com o livro ainda sinto como uma leitura válida.
Mas para resumir: poderia ser melhor.
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Math 17/06/2020

Entre likes e timelines
O livro levanta muitas questões, mobilizando reflexões bem direcionadas sobre os temas da atualidade. Suas metáforas e interpretações são potentes, mas nem sempre dá pra levar 100% a sério, pois elas não parecem ser francas quando postas em relação. A vibe de "diagnóstico" do presente, que pairava em "A sociedade do cansaço", tornou-se, em "No enxame", uma ~cansativa lamentação pelo que deixamos de ser. Essa busca Heideggeriana pelos sentidos originários impede que "o novo diagnosticado" possa significar algo além de "mutilações do que era". Esse sentimento (ligado ao originário) de nostalgia impede que o luto (ligado ao poder-ser-outro) renove, resignifique. Não adianta lamentar que [a partir da internet das coisas] "as coisas que anteriormente eram mudas, começam, agora, a falar" (p. 97), por exemplo. Afinal, como assim elas não falavam, cara pálida? Você mesmo afirmou, usando Heidegger, que era através das mãos que "escutávamos" as coisas, em outras palavras (p. 59). As coisas vibram em outras frequência hoje, tudo bem. Vibram em frequências que trazem consequências negativas para a existência. Sim, tudo bem, mas não só isso.

O que era "não somos mais assim", comparando os dois textos ja citados, tornou-se "poxa, que pena que não somos mais assim!!!"

Enquanto um mobilizador de reflexões, "No enxame" é cirúrgico. Enquanto posicionamento, a atualidade aqui beira um "não merece ser vivida".

Desculpa, Byung, eu só tenho essa atualidade. Embora eu odeie facebook, instagram e skoob, encontrarei no digital, seja lá entre likes e timelines, poder de resistência. E tenho dito.

Olinda, pandemia 2020.
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Filippini 10/03/2022

Como disse Caetano:
"Se você tem uma ideia incrível
É melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão"
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Patricia 09/06/2022

Seres digitais
Tudo o que publicamos é passível de ser empacotado e vendido em forma de dados. Somos explorados digitalmente, não só durante o tempo de trabalho; o que cedemos é ?toda a pessoa, a atenção total, inclusive a própria vida?.
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Thalita234 06/06/2021

Impresionante
Como terminar de ler isso aqui e não ficar desesperada? Leitura um pouquinho difícil, é necessário persistência. Tem tanta coisa importante que nem sei por onde começar, só digo uma coisa LEIAM e estejam cientes do que está por vir.
Thalita234 06/06/2021minha estante
*Impressionante kkkk




Laura2508 10/01/2021

Somos uma abelha operária nessa colmeia gigantesca...
É um livro com muitas referências, comparações e oposições. Eu amei! Um bom exemplo
para as questões digitais atuais, os limites e quantidades da informação que permeiam nosso meio social. Perfeito para expandir minimamente o conhecimento sobre a área e, ainda, desfrutar da tomada de consciência sobre os malefícios inconscientes em que estamos submetidos diariamente.
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Marcelo 19/03/2023

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
O livro "No Enxame" de Byung-Chul Han é uma obra que aborda as mudanças ocorridas na sociedade contemporânea, marcada pelo excesso de informações, hiperconectividade e individualismo. O autor faz uma análise crítica do modo de vida atual e propõe uma reflexão sobre o papel do indivíduo na sociedade.

O livro é dividido em três partes: "Enxame", "Transparência" e "Exaustão". Na primeira parte, Han utiliza a metáfora do enxame para descrever a sociedade atual, na qual os indivíduos são como abelhas, agindo de forma autônoma, mas ao mesmo tempo interligados em uma rede de comunicação. Ele também discute a importância da transparência, que se tornou uma exigência social, mas que ao mesmo tempo pode ser opressiva.

Na segunda parte, o autor aborda a questão da transparência em relação à privacidade e à intimidade. Ele argumenta que, na era da transparência, a privacidade se tornou um luxo e a intimidade é cada vez mais difícil de ser alcançada. Han também discute a relação entre transparência e poder, mostrando como a transparência pode ser usada para controlar e manipular as pessoas.

Por fim, na terceira parte, o autor fala sobre a exaustão, que é uma consequência do modo de vida atual, marcado pela busca constante por produtividade e eficiência. Ele discute como a exaustão pode levar à depressão e outros problemas de saúde mental, e argumenta que é necessário repensar o modo como vivemos para evitar a exaustão.

"No Enxame" é uma obra densa e complexa, que exige atenção do leitor para compreender as ideias e argumentos apresentados pelo autor. No entanto, é uma leitura extremamente relevante para quem deseja compreender as mudanças ocorridas na sociedade contemporânea e refletir sobre o papel do indivíduo nesse contexto.
edu basílio 19/03/2023minha estante
bacana sua resenha, celo. tenho vontade de descobrir a obra desse autor; as questões de que ele trata correspondem a minha percepção (alarmante) sobre o mundo no geral indo ladeira abaixo... tenho medo de 1) não compreender a linguagem e 2) sair das leituras ainda mais pessimista do que tenho me sentido com a humanidade.


Marcelo 19/03/2023minha estante
Amigo, em relação ao ponto 1) fique tranquilo pois a linguagem é bem acessível. Talvez um texto ou outro um pouquinho mais complexo, mas no geral as obras dele são bem acessíveis.
Em relação ao ponto 2) talvez ela de fato tenha algum impacto. Ele de fato aborda temas sobre a exploração do tempo, da forma como exploramos nossas forças até o cansaço, o impacto das redes sociais, etc?. Mas acho que não te deixará pessimista, mas sim reforçará suas percepções


edu basílio 19/03/2023minha estante
obrigado por esse retorno atencioso e detalhado, celo. a balança voltou a pender um pouquinho pro lado do "vou descobrir a obra dele" :-)


Levi131 07/04/2024minha estante
Outra grande e excelente resenha. Perfeito.
Os outros livros dele está na lista hahaha.




Ramon98 08/09/2023

Entardecer no Mar de Dados
A esfaziamento do eu para o enxame é explicita na obra de Han. A desesperada tentativa de se expor e se destacar no meio da massa provoca o enxame, que como uma revoada de abelhas tenta ferroar seu alvo em busca de atenção. Han demonstra que estamos buscando a todo momento essa aprovação tanto no meio social quanto no trabalho. Toda atividade que fazemos tem que ser registrada, como uma forma de dizer "olhem, eu estou vivendo", mas será mesmo? Olhamos o mundo através de telas. Até quando estamos frente a ele, usamos uma parede virtual para registrá-lo. A vida contemplativa se perdeu, só ficou o ruído.

Han em nenhum momento diz que teremos salvação dessa nova maneira de viver conectado, mas oferece, em meio a esse pessimismo tecnológico, maneiras de nos esquivar. Talvez a maior delas seja o "Vazio". É radical, mas a maneira como nos entregamos a esse enxame também é. Sair para caminhar pela manhã faz bem à saúde, mas sair para caminhar pelo caminhar é religar a infância, quando brincávamos simplesmente por brincar. Nenhuma meta deveria ser preenchida. O Vazio, nesse caso, é sagrado em si mesmo!
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Doug 17/03/2021

Panorama de como a tecnologia transformou e vem transformando nossas vidas em todos os aspectos.
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