Edson Camara 27/06/2020
O MELHOR DE ASIMOV COMPROVA SUA GENIALIDADE.
São 28 contos, o mais antigo de 1942 e o mais recente de 1986, são 44 anos deste mete brilhante discorrendo pela mais pura ficção cientifica abrangendo temas diversos sobre a humanidade.
Os contos não seguem uma ordem cronológica no livro, é mais ou menos uma divisão por tema. Fiz uma pequena síntese de cada conto, sem spoilers, para quem desejar se aprofundar mais. Também registrei o título original e o ano de publicação de cada conto.
CONTO 1 UM DIA
Um dia, o primeiro conto, conta a triste história de um robô primitivo que descobre que o ser humano o trata com crueldade, mas ele descobre um segredo importante e daí em diante só passa a repetir, quando está sozinho, um dia... um dia... um dia...
Título original: Someday de agosto de 1956
CONTO 2 AMOR VERDADEIRO
Conta a história de um programa de computador que alimenta o cérebro de um robô que se apaixona e procura seu amor verdadeiro, sua alma gêmea e com isso reflete sobre o ser ideal e a complexidade de encontrá-la. Asimov puro.
Título original: True love de fevereiro de 1977
CONTO 3 ESTRANHO NO PARAÍSO
Dois cientistas, humanos, resolvem criar um cérebro eletrônico baseado no comportamento humano e instalá-lo em um robô ambientado para viver no planeta Mercúrio. Após a realização da missão eles se deparam com um cérebro livre e feliz vivendo em um paraíso, longe da humanidade. O dilema está em interromper ou não essa felicidade através do pequeno controle que eles têm sobre este cérebro novo e feliz.
Título original: Stranger in Paradise de julho de 1973
CONTO 4 O MELHOR AMIGO DE UM GAROTO
O garoto nascido na Lua colonizada, ambientado a vida sem gravidade e com roupas especiais, vive sua infância tranquila com seu cachorrinho positrônico carinhosamente chamado de Robobo. Seu pai o resolve surpreender e lhe traz da terra um cachorrinho de verdade, mas o garoto ensina ao pai que seu Robobo é tão importante para ele e o ama de uma forma que só quem nasceu na Lua entenderá."
Título original: A Boy's Best Friend de março de 1975
CONTO Nº5 PENSE
Finalmente os cientistas conseguiram experimentar com sucesso a telepatia entre eles com ajuda do computador, após o sucesso do experimento, eles começaram a debater sobre as consequências de liberarem este conhecimento, quando as ondas cerebrais do que ainda estava conectado começou a receber outra mensagem telepática, desta vez, não entre eles e sim de Mike, o computador.
Título original: A Boy's Best Friend de setembro de 1977
CONTO Nº6 PONTO DE VISTA
O cientista trabalhando em casa descobriu que seu computador errava de vez em quando, seu filho matou o problema, como o computador estava aprendendo ainda, se comportava como uma criança, e precisava relaxar e brincar entre tarefas, feito isso o cérebro eletrônico não errou mais."
Título original: Point of View de julho de 1975
CONTO 7 O PEQUENO ROBÔ DESAPARECIDO
Excelente conto onde a Dra Susan aparece, só que com o sobrenome diferente, Calvin ao invés de Klein, mas decididamente é a mesma mulher. A mesma Psicologa roboticista que aparece na coletânea Eu, Robô. Este conto parte da premissa que um robô foi programado com apenas metade da primeira lei da robótica: A parte que diz: ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal. ( a primeira lei completa diz o seguinte: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal. O objetivo era impedir que os robôs evitassem que engenheiros se submetessem a uma pequena carga de raios gama, inofensiva para os humanos, mas fatal para o cérebro dos robôs. Entretanto, esta medida causou inúmeros problemas devido um robô que desapareceu, mesclando-se aos robôs não alterados, como resolver isso sem sacrificar todos os robôs? A maestria de Asimov vem à tona neste conto que para mim é o melhor do livro até o momento. Para relembrar as três leis da robótica são: * 1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal. * 2ª Lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei. * 3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis."
Título original: The little lost robot de março de 1947
CONTO 8 SONHOS DE ROBÔ
Eu sonhei ontem à noite – disse LVX–1, calmamente. Susan Calvin ficou em silêncio, mas seu rosto vincado de rugas, pleno de sabedoria e de experiência, teve um estremecimento...
Este robô vinha sonhando em liderar sua espécie para uma revolução. A Dra. Susan alertada sobre o fato tomou uma decisão radical. Excelente conto que mostra as consequências da inteligência artificial mal administrada.
Título original: Robot Dreams de 1986
CONTO 9 ROBÔ AL- 76 EXTRAVIADO
Jonathan Quell franziu as sobrancelhas, preocupada...
Sua pergunta seguinte foi quase astuta:–Como se chama o meu chefe de setor? Payne engoliu em seco e raciocinou rápido. Em tom magoado respondeu:–AL, você me ofende com essa desconfiança. Não posso dizer o nome dele. As árvores têm ouvidos. AL-76 examinou muito sério a árvore mais próxima e respondeu:–Não têm.
Por mais bem programado que um robô possa ser, Asimov mostra aqui neste conto que eles não conseguem raciocinar de forma abstrata.
Título original: Robot AL-76 Goes Astray de fevereiro de 1942
CONTO 10 OS INCUBADORES
Neste conto Asimov volta ao tempo presente (tempo dele na época que escreveu este conto) e demonstra o pânico e o nervosismo das grandes potências com relação a uma hecatombe nuclear. Os cientistas viviam sobre pressão para descobrir formas mais agressivas e mais defensivas para seus países.
A preocupação de quem administrava estes gênios era constante e Asimov mostra nets conto a quão catastrófica podia ser.
Gostaria de saber qual o índice de suicídios, desde 1945, entre cientistas nucleares. E quantos deles abandonaram esse trabalho para se dedicar a outros tipos de trabalho científico, ou mesmo abandonaram de vez a ciência.
Não. Sempre existem aplicações não militares. Naturalmente, cada pessoa tem suas próprias razões para abandonar esse trabalho. Há um sujeito que largou tudo, segundo me disse, porque não podia dormir à noite. Disse que toda vez que apagava a luz ouvia os gritos das cem mil pessoas que morreram em Hiroshima. A última vez que ouvi falar nele, ele estava trabalhando como balconista numa loja de roupas.
Título original: Breeds There a Man...? de junho de 1951
CONTO 11 A HOSPEDEIRA
Um cientista de outro planeta, outra civilização vem fazer um trabalho e hospedar-se na casa de uma cientista da terra, cujo marido é policial de uma divisão espacial.
Este argumento se estende e fica mais complexo à medida que se vai descobrindo as reais intenções do cientista alien. Asimov já mostrava neste conto sua imaginação para criar civilizações de outros planetas e suas características como um prenuncio de sua obra máxima: Fundação.
É um conto longo, mas de final surpreendente o que é característica de Asimov também.
Título original: Hostess de maio de 1951
CONTO 12 SALLY
Este é um conto de 1953, ou seja, 67 anos atrás. Asimov já havia previsto o automóvel autônomo, sem motorista, só que ele foi além e criou uma entidade inteligente. 100 anos no futuro 2053, ele previa, ninguém mais dirigiria na terra, os carros inteligentes haviam tomado conta.
Um homem rico ao morrer criou uma fundação para receber os carros antigos que iriam ficando obsoletos e o seu motorista cuidava de seus carros como fossem pessoas. Sally era um modelo esportivo, preferida de todos.
"Pode-se dizer que sim. Sally era um conversível 2045 com um motor positrônico Hennis-Carleton e um chassi Armat. Tinha as linhas mais sóbrias e elegantes que eu já vi em qualquer modelo. Durante os últimos cinco anos ela tinha sido minha favorita. Eu era capaz de qualquer coisa por Sally. Durante todo esse tempo, nenhum ser humano tinha sentado ao seu volante. Nem uma vez sequer."
Uma revolução se inicia, causada pela cobiça e ganância de um outro personagem que causa a união destes carros, que são robôs afinal, o que leva a infinitas possibilidades. O conto encerra com esta premissa.
Título original: Sally de 1951
CONTO 13 VERSOS NA LUZ
Uma senhora rica tinha uma coleção de robôs, já velhos, cheio de pequenos defeitos, ela não os deixava consertar porque dizia que eles haviam adquiridos trejeitos individuais em suas programações aos quais ela estava acostumada.
Um dos robôs em especial, o mais velho, só conseguia desempenhar pequenas tarefas domésticas e uma especial.
Durante um evento em sua casa, para mostrar esculturas de luz que esta senhora fazia, um engenheiro amigo o quis fazer um favor e atualizou e ajustou a programação do velho robô.
Ajustou-o? – perguntou com voz aguda – mas foi ele que criou as minhas “esculturas-luz”. Foi o ajustamento defeituoso, o desajuste, que você jamais conseguirá restaurar… aquele… Foi uma grande desgraça que ela estivesse mostrando sua coleção naquele momento e que a adaga com cabo cravejado com pedras preciosas, procedente do Camboja, estivesse sobre o tampo de mármore na mesa em frente dela. A fisionomia de Travis também se distorceu: – A Sra. quer dizer que, se eu tivesse estudado o estranho cérebro positrônico dele, eu poderia ter aprendido… Ela avançou com a arma com demasiada rapidez para alguém detê-la. Ele não tentou se esquivar ao golpe. Há quem diga que foi ao encontro dele – como se quisesse morrer.
Título original: Light Verse de outubro de 1973
CONTO 14 O FURA-GREVES
Conto publicado a primeira vez em 1957. O Fura-Greves narra sobre preconceito e discriminação. Ambientado em um planeta distante onde uma casta superior depende diretamente do trabalho de um único semelhante, lhe oferecendo conforto e segurança, mas o excluindo totalmente do convívio da sociedade, a ele e sua família. Asimov mostra o que a falta do sentimento de pertencimento pode causar em um indivíduo e suas consequências. Mesmo ao entrar em greve e provocar perigo de subsistência a toda a raça que depende dele, não consegue a tão sonhada coexistência. A forma como a elite lida com o problema é surpreendente.
Título original: Strikebreaker de 1957
CONTO 15 VITÓRIA INVOLUNTÁRIA
"-Nós, de Júpiter, não suportaremos a existência de vermes!
Publicado a primeira vez em 1942, este conto é muito engraçado, o humor de Asimov vem à tona aqui, ri muito lendo este conto. O enredo narra a visita de três robôs da terra que visitam Júpiter para entender se os jupterianos tinham força e tecnologia para invadir e destruir a terra. os três robozinhos, ZZ1, ZZ2 e ZZ3 administram a situação com muito bom humor, driblando o alto complexo de superioridade dos jupterianos. Asimov descreve nesta história que aparências e impressões, às vezes, são mais vitais e importantes do que a realidade.
Título original: Victory Unintentional de agosto de 1942
CONTO 16 A MÁQUINA QUE GANHOU A GUERRA
Neste conto Asimov debocha dos grandes, sofisticados, gigantes e caríssimos super computadores. Depois da ganha a guerra, dois homens importantes se juntam para conversar, um responsável pela programação e fornecimento de dados e o outro responsável por tomar decisões baseadas nestes dados. Depois de muita troca de confidências e ações tomadas no meio da guerra, agora ganha, o que toma as decisões, mostrou a máquina alternativa que ele usava para dirimir as dúvidas geradas pelos dados. Mostrou ao outro uma moeda, na palma de sua mão.
Título original: The Machine That Won the War de outubro de 1961
CONTO 17 O QUE OS OLHOS VEEM
A humanidade avançou tanto que renunciou a seus corpos físicos, e seus sentidos. Um casal tentava lembrar como era quando tinham corpos, mas não lembram mais. Saudade e melancolia, entretanto, ainda persistem.
"Os olhos da cabeça despedaçada da Matéria ainda brilhavam com a umidade ali depositada por Brock em forma de lágrimas. A cabeça da Matéria fez então o que os Seres-energia não podiam mais fazer e chorou por toda a humanidade e pela frágil beleza dos corpos que eles tinham descartado um dia, um trilhão de anos atrás."
Título original: Eyes Do More Than See dezembro de 1966
CONTO 18 O ESTILO MARCIANO
Este conto se passa em futuro distante quando a terra já havia colonizado o planeta Marte e este já estava em sua terceira geração de marcianos humanos descendentes de terráqueos. Marte era uma civilização avançada que já dominava as viagens interplanetárias, mas não tinha água, fundamental para sobrevivência e que servia como combustível para os foguetes interplanetários dos marcianos terrestres. Toda água consumida em Marte era importada a um custo astronômico da Terra. Tudo ia bem até que a terra comunicou que não mais venderia água para Marte pois suas reservas finitas estavam baixas. Os marcianos humanos conseguiram resolver o problema e passaram a vender água para a terra, pois tinham descoberto uma fonte inesgotável de água nos anéis de um planeta próximo. O problema da água foi resolvido ao estilo marciano.
Título original: The Martian Way de novembro de 1952
CONTO 19 DEMOCRACIA ELETRÔNICA
A história se passa no distante futuro de 2008, este conto foi originalmente publicado em agosto de 1955 (título original Franchise). Nele um supercomputador, de posse de todos os dados dos eleitores e das eleições passadas passou a conduzir a eleição de políticos com base em único voto, de um único eleitor escolhido pelo próprio computador. Conceito interessante dado a forma como o computador escolhia e direcionava a forma como este eleitor representaria todos os outros eleitores. Mas um genial alerta do futuro dado por Asimov, atual até os dias de hoje.
CONTO 20 O PIADISTA
Neste conto Asimov joga com um conceito interessante aqui. Imagine se o senso de humor humano fosse um experimento alienígena para medir o comportamento e reações da humanidade em cima de determinados assuntos. A ideia é que todas as piadas existentes foram implantadas na cabeça de algumas pessoas que as espalhariam e despertariam determinadas reações através do humor nas pessoas. A conclusão do conto é inesperada, como praxe em Asimov.
Título original: Jokester de dezembro de 1956
CONTO 21 A ÚLTIMA PERGUNTA
O bom de ler Asimov é que ele vai lhe surpreendendo à medida que o livro vai prosseguindo. Este conto, até agora, é o mais brilhante e impressionante, em minha opinião.
O argumento é que o ser humano sempre questionou a sua finitude, e passou a questionar a finitude do universo, mesmo com trilhões de anos a frente. A cada geração, de humanos e computadores mais avançados, a mesma pergunta era feita: “Há como interromper a entropia?” e a resposta era a mesma: “DADOS INSUFICIENTES PARA UMA RESPOSTA LÓGICA”. Até que os trilhões de anos se passaram e finalmente a energia e o universo se apagaram para sempre, até que o último computador finalmente conseguiu dados suficientes para responder à pergunta, só que agora não havia ninguém para ouvir.
Título original: The Last Question de novembro de 1956
CONTO 22 UMA ABELHA SE IMPORTA?
Outro enredo fantástico. Enviado para terra a bilhões de anos e implantado em um ovo, um ser intergaláctico acompanhou a evolução dos seres do planeta terra até chegar à humanidade. Acompanhou, interferindo aqui e ali, até os humanos conseguirem tecnologia suficiente para enviar um foguete ao espaço. Esta entidade se escondeu e foi lançado ao espaço. De onde conseguiu finalmente o impulso que faltava para retornar a sua galáxia e ao seu planeta natal. Seu lar.
Título original: Does a Bee Care? De junho de 1957
CONTO 23 A SENSAÇÃO DE PODER
Jehan Shuman foi o responsável em criar e programar os computadores que comandavam as forças militares por todo o planeta de uma determinada potência. Insatisfeito com a dependência das máquinas, criou uma forma de calcular ele mesmo os números necessários sem depender de computadores. Infelizmente ao notar que os líderes dirigiam seu conhecimento para o mal e para a dominação, tomou uma decisão e atitude ríspida. Levou seu conhecimento consigo porque tinha poder para isso.
Este conto parece meio ingênuo e sem sentido hoje, mas, lembremo-nos que foi escrito há 63 anos.
Título original: The Feeling of Power de fevereiro de 1958
CONTO 24 MEU NOME SE ESCREVE COM S
Neste conto Asimov volta ao tema de raças superiores alienígenas fazendo testes e experimentos com a raça humana. O enredo é simples, dois alienígenas fazem uma aposta que um deles conseguiria mudar a vida de uma pessoa e interferir na história do planeta atuando em momento de sua vida. O cientista Zebatinsky foi persuadido por sua mulher através de um numerologista a mudar seu nome para Sebatinsky, causando com isso grandes tormentos para o homem e seu trabalho, uma vez que este era um cientista nuclear. Só no finalzinho do conto descobrimos a razão que motivou os aliens. Asimov no mais puro estilo.
Título original: Spell my name with an S de Janeiro de 1958
CONTO 25 O GAROTINHO FEIO
Lá para o meio do século 21, os cientistas criaram uma máquina do tempo, uma forma de trazer algo ou alguém do passado para o presente.
Seu primeiro experimento foi trazer um homem de Neandertal, uma criança. A ideia era trazer um ser ainda em formação para melhor estudá-la e adaptá-la. Foi contratada uma enfermeira para cuidar do garoto, esta logo percebeu que apesar de feio para os padrões das crianças ditas normais era inteligente e logo aprendeu os costumes humanos, a ler, pensar e fazer perguntas. A enfermeira se afeiçoou ao garoto como um filho e quando o experimento caminhou para o final e os cientistas quiseram devolver o garoto, já civilizado, ao seu passado de origem, o sentimento materno da enfermeira aflorou e um desfecho inesperado acontece. O final deste conto é inesperado, poderoso e lhe deixa reflexivo. O objetivo de Asimov foi alcançado.
Título original: The Ugly Little Boy de setembro de 1958
CONTO 26 A BOLA DE BILHAR
O que acontece quando dois amigos crescem juntos, se desenvolvem, e como adultos, se amam e se odeiam ao mesmo tempo? Um desenvolve uma carreira acadêmica e científica brilhante, chegando a ganhar dois prêmios Nobel. O outro se transforma em um industrial inventor que põe em prática as teorias do amigo e com isso se torna muito rico e poderoso.
A única coisa que os une é uma eventual partida de bilhar, no qual os dois são exímios jogadores.
O industrial anuncia a criação de uma máquina capaz de realizar a gravidade zero, o cientista contesta divulgando que isso é impossível. Mas no final, a máquina realmente é concebida e para provar o industrial convida o amigo para uma partida de bilhar em gravidade zero. O que ocorre a seguir é que a teoria da gravidade zero é provada e a sua prática também. Ao concluir o experimento, entretanto, o inventor é atingido por uma bola de bilhar a velocidade da luz, que parte de um ponto onde não deveria haver gravidade e o inesperado acontece. Mas, você vai ter que ler o conto para saber.
Título original: The Billiard Ball de setembro de 1966
CONTO 27 A ÚLTIMA RESPOSTA
Murray Templeton morre. E se descobre no vazio, onde sua consciência e uma voz travam um diálogo. Ele como cientista ateu indaga sobre a existência de Deus, Céu e Inferno. A voz diz que não é nada disso, e que o havia escolhido a sobreviver eternamente por sua capacidade de pensar. O enredo do conto é sobre o infinito, o eterno, e o que acontece após a morte. Asimov brilhantemente cria uma alternativa, não confortável, mas que dá muito o que pensar. Pensar requer tempo, e na eternidade o que não falta é tempo. Mais uma vez estamos entregues nas mãos de aliens, só que este é onipresente e infinito. A última resposta é o que definiria o final do conhecimento, a derradeira questão respondida causando o final do infinito.
Título original: The Last Answer de janeiro de 1980.
CONTO 28 PARA QUE ESQUEÇAMOS
John Heath era um homem comum, trabalhando em uma grande empresa farmacêutica tinha consciência que não evoluiria em sua carreira. Estava noivo, prestes a se casar, e intranquilo quanto ao futuro. Convidado a integra um experimento secreto da empresa, tomou uma injeção que o dotou de uma super memória. Porém o mediano John se tornou uma pessoa perigosa para sua empresa, sua super memória o transformou em perigo para seus superiores que tentaram reverte a situação. Em perigo consegui ser resgatado a tempo por sua noiva, e passou. Comportar-se de forma “normal” até que aprendesse a usar seu super poder em favor da humanidade e não fosse mal entendido. Mas uma lição de Asimov sobre o comportamento humano, quando submetido a experiências novas tem sempre um final inesperado.
John passou a ser um mediano dotado de super memória, gerenciado por Susan, sua noiva, inteligente o suficiente para mostrar-lhe como usufruir de seu poder sem se prejudicar e causar transtorno a outros.
Título original: Lest We Remember de fevereiro de 1982.