Sabrina 07/10/2020Esse livro da @autenticaeditora e? uma edic?a?o bili?ngue, o que foi essencial pra na?o perder a caracteri?stica do ritmo e som da li?ngua inglesa em Joyce, ele possui 40 epifanias e a relac?a?o das notas e pontuac?o?es acercas delas fica apenas ao final, indico ao leitor que se deixe levar mesmo pelo mal entendido, a na?o compreensa?o, aquilo que na?o e? logo de ini?cio dado, porque assim e? possi?vel um mergulho ao processo de Joyce com a escrita, com o olhar a um fato cotidiano colocando-o nesse outro lugar passi?vel de vir fazer parte da sua ficc?a?o.
As epifanias podem conter certos temas de determinado momento da vida do escritor, como as que o seu irma?o indica terem sidos escritas apo?s ou durante a doenc?a da ma?e e morte de um outro irma?o. No entanto, e? fundamental dizer que as epifanias na?o sa?o escritos ou memo?rias autobiogra?ficas. Joyce inclusive utiliza algumas delas em seus textos a posteriori, coloca o tema da morte, da sexualidade, do inferno, etc, como questa?o ou parte desse mergulho profundo a partir de um fragmento do cotidiano, de um momento tido como simples ou corriqueiro.
As epifanias esta?o presentes em diversos textos do Joyce, talvez Finnegans Wake seja o mais conhecido, pelo pro?prio processo de um texto na?o finalizado e que segue ?uma lo?gica outra? na sua construc?a?o ao longo dos dezessete anos de escrita. Em Ulysses elas tambe?m se apresentam por diversas vezes durante a jornada e em Stephen Hero onde inclusive a definic?a?o acerca do conceito se faz presente no texto. No entanto, na?o e? um conceito simples e muito menos como parte do texto joyceano. O texto complementar da Ilaria Natali nesse livro e? muito bem referenciado para quem se interessa me navegar mais nos escritos joyceanos.
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