Luciana.Santos 06/04/2017
“UM ROTEIRO CHEIO DE SUSPENSE E EMOÇÃO, AVENTURA DO COMEÇO AO FIM!
Neste romance, André Vianco volta a explorar o sobrenatural. Em Sementes no Gelo, o leitor ingressa no mundo de espíritos atormentados, impedidos de reencarnar. Muitos se enraivecem e lançam sua fúria sobre todos que lhe chamam atenção e interpõe seus caminhos.
Um detetive, por acaso, desvenda os mistérios em torno destes espíritos, tornando-se o inimigo número um das perigosas entidades”.
Bom, essa é a promessa do livro. No entanto, pra mim, ficou um pouco a desejar. A história é interessante, tem uma trama que nos induz a um questionamento em alguns trechos do livro, sobretudo, acerca do quão a Ciência e os avanços da mesma podem vir a influenciar/comprometer uma evolução espiritual. Até aí tudo bem, mas com o desenrolar da história, me senti um tanto incomodada, não sei se seria essa a palavra ideal. Parecia que o autor queria a todo custo me convencer daquilo e mesmo as cenas que pediam um ar mais profundo de mistério e medo, não me provocaram tal sensação.
Confesso que o começo da história é envolvente, sim. O autor descreve algumas cenas de uma forma tão detalhada que me deixou bem inquieta, mas com o tempo, as coisas pareceram um pouco previsíveis. Fiquei esperando aquele “fator X” e não apareceu.
Contudo, é um livro com uma escrita que flui bem e com pontos bem relevantes. Gostei da forma como os diversos pontos de vista sobre o assunto são apresentados. Até que ponto a fé em algo pode cegar algumas pessoas ou até mesmo levá-las a cometer atos que parecem insanos e totalmente irreais? Até que ponto a ilusão ou expectativa de algo pode transtornar/transformar o cotidiano de alguém? Afinal de contas, o que é real? O que nos preenche? Até que ponto o que existe no mundo metafísico, influencia ou interfere em nosso cotidiano? No que você acredita?
Existem pessoas que acham que seu ceticismo é intacto e inabalável, outras, no entanto que acreditam em tudo e outras, porém que acham que tudo pode ser possível, mas mantêm um ar de desconfiança.
De que categoria você faz parte?
Eu prefiro não duvidar de nada, mas mantendo meus olhos bem abertos... Rsrs...