Nati 12/02/2020
Fui tapeada
Eu tenho uma tradição natalina, todo ano em dezembro, escolho um livro natalino para ler perto da data do Natal. E no ano de 2019, não foi diferente. O meu livro natalino não precisa ser romântico, mas se for ainda melhor.
Então, pense o nível de loucura que se abateu sobre mim, quando eu vi essa capa. Sério, parecia perfeição demais: dezembro, Natal, neve e um romance beeem fofo. Eu realmente, tenho que parabenizar o profissional que concebeu essa capa, ela é maravilhosa. Quando vi a capa, li a sinopse, decidir na hora que seria a minha leitura natalina do ano.
Entretanto, a história de Laurie, não foi o que eu pensei que seria. O livro vai narrar a história de Laurie, que em dia perto do Natal, enquanto voltava para casa ver um cara sentado no ponto de ônibus, então os olhares se cruzam e acontece aquela mágica que só em livros e filmes acontece, aquela conexão instantânea, aquela paixão por alguém que nunca disse nem oi.
Será que ninguém pensa que pode ser um serial killer?
Maaaas, Laurie se apaixona e fica doida atrás do cara.
Laurie tem uma melhor amiga, Sarah, que é a garota mais diferente da Laurie que pode existir, ela é glamourosa, popular, tem um brilho impossível de se ignorar, além de ser muito legal. E nem estou dizendo que Laurie não é bonita nem nada, ela é, mas Sarah é daquelas pessoas que todos notam em um ambiente.
Só que ( e não é spoiler, a não ser que você seja do tipo que não gosta de saber nada da trama antes de ler, e se for este tipo de pessoa, nem continue lendo) em um dado dia, um ano depois, buscas quase encerradas pelo carinha do ponto de ônibus, onde é que o tal carinha aparece?!
Na casa da Laurie e da Sarah, sendo apresentado pela Sarah como o novo namorado dela.
Disso aí já dá para saber com que tipo de história estamos lidando. Contudo, o que me incomodou nesse livro não é exatamente esse quase triângulo amoroso feito pela Laurie, Sarah e Jack, que é o nome do carinha do ponto de ônibus.
O que mais me incomodou é a passagem de tempo do livro. Há situações que se justificam por um tempo, mas não por tanto tempo.
Eu não questiono as escolhas da personagem principal quanto a Sarah, eu tenho dificuldade de magoar Sarah e para mim ela é só uma personagem, imagina se fosse minha amiga.
Entretanto, eu tenho dificuldade de assimilar e justificar aquilo tudo durante todo aquele tempo. E para entender do que eu estou falando tem que ler e se ler e quiser discutir, eu vou amar, é só chamar.
Mas o pior de tudo é que eu achei que no meio as coisas estavam indo até bem, os personagens crescendo, amadurecendo, principalmente Laurie. E no fim, há aquele final. Novamente, o que estragou tudo foi o tempo.
Ainda assim, tomando cuidado com as expectativas, que a capa gera, quem curti histórias de amor, cujo o amor é de aço inoxidável, e que não muda nunca, vai gostar do livro. Porque mesmo eu, tendo uma senhora lista de coisas que não gostei na história, tenho que admitir que a narrativa prende, que flui muito bem e que na pior das hipóteses ao menos você vai gostar da Sarah.