O Mundo Pós-Ocidental

O Mundo Pós-Ocidental Oliver Stuenkel




Resenhas - O Mundo Pós-Ocidental


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João 03/06/2021

Excepcional argumentação baseada em pesquisa extensiva e grande conhecimento de causa do Prof Oliver Stuenkel. Leitura essencial para desmistificar as inevitáveis alterações no jogo da política global no século XXI, possibilitando assim adequação às mesmas.
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Fernando.Mazeo 22/03/2021

Ascensão da China
Este livro, relata como que por que a China, principalmente, está acendendo a posição de superpotência. Isto longe de ser uma grande novidade histórica, apenas reforça a importância que o país teve ao longo de toda história.?
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Aspimp 22/06/2023

Ótimo para entender o mundo de hoje - e aquele que virá no futuro.
É sempre estimulante embrenhar-se pela primeira vez em uma área de conhecimento até então desconhecida. Foi exatamente esse o meu sentimento ao ler “O mundo pós ocidental” de Oliver Stuenkel. Ainda que a geopolítica seja um assunto rotineiramente nos jornais, existe uma fundamentação teórica por trás das relações internacionais que o leitor não consegue apreender se apenas acompanhar as notícias.
Oliver apresenta neste livro um rápido apanhado da história mundial à luz das relações entre os países e o primeiro ponto que fica evidente é a absoluta anomalia que foram os últimos 30 anos sob o domínio da influência de apenas uma super potência. A crescente e cada vez mais aberta tensão entre Estados Unidos e China sinaliza o retorno à uma época em que haverá disputa pela liderança da ordem mundial.
Após esta rápida recapitulação do passado, o livro se propõe a analisar as atuais iniciativas da China em diversos aspectos que podem eventualmente confrontar ou substituir a hegemonia dos Estados Unidos: finanças, comércio, tecnologia, diplomacia, infraestrutura e defesa. A partir deste panorama, Oliver faz algumas suposições de como pode ser o futuro. Analistas inclinados à perspectiva ocidental tendem a pintar como catastrófico uma ordem mundial liderada por qualquer país que não seja os Estados Unidos. Neste ponto, o autor discorda de seus pares e argumenta que não há evidência que o declínio americano iria eventualmente levar ao conflito entre nações. Stuenkel não vê a China assumindo a ordem mundial com a mesma hegemonia que os Estados Unidos mantiveram recentemente. O cenário mais provável é que a influência de um ou outro país seria maior de acordo com a seara em que ela se insere; se na área militar, comércio, soft power ou diplomacia.
Importante ressaltar que as relações internacionais, assim como outras ciências humanas, tem visões de mundo contrastantes; portanto, a leitura de qualquer obra carece de algum contexto sobre o que pensa o autor. Isto é para dizer que este livro tem “lado”, o que não é nenhum demérito; muito pelo contrário. Oliver apresenta ao leitor qual é a disputa teórica que existe no campo das relações internacionais e qual a leitura da qual ele se aproxima.
Existe, entretanto, uma ressalva. Os acadêmicos que comungam dessa visão não alinhada ao ocidentalismo frequentemente aludem à uma nova ordem mundial multipolar, em que o poder seria compartilhado por diferentes potências emergentes. Naturalmente, parece mais salutar que não haja um único país ditando as regras do xadrez mundial, portanto, é comum esta visão de mundo gerar simpatia entre leigos. O próprio título do livro sugere isso: “O mundo pós ocidental – potências emergentes e a nova ordem mundial”. No entanto, o que fica muito evidente lendo o livro – e ainda mais pelo noticiário internacional na última década – é que na verdade o que existe é uma disputa entre Estados Unidos e China. Tentar colocar em um mesmo patamar Pequim junto à Brasil, Rússia, África do Sul ou Índia é mero exercício retórico que não encontra evidência na realidade.
Apesar deste reparo, eu recomendo este livro a quem desejar e informar mais sobre este assunto, que a cada dia que passa se torna mais presente em nossa vida.
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Felipe 25/05/2020

O livro apresenta de maneira clara, como o sistema internacional tem se comportado com a ascensão de países emergentes e suas consequências para a ordem global.
Com maior ênfase na China, já que é a única que apresenta um plano de política externa mais consistente, Stunkel nos mostra como o Ocidente tem encarado esse crescimento como algo que tende a ameaçar os privilégios das grandes potências.
Num primeiro momento, percebemos que a ordem global atual foi construída a partir de conhecimentos provenientes de todos os cantos do globo, porém, foram apropriados como ideias ocidentais. Essa retórica possibilita que o Ocidente veja com alarmismo a ascensão de outras potências menores.
De forma geral, a criação de outras instituições e grupos que servem como alternativa aos tradicionais criados pelo Ocidente (BRICS, IBAS, NDB) estão abrindo caminho para uma multipolaridade e democratização das questões globais.
Fica a lição também, de como o Brasil vem perdendo protagonismo em sua diplomacia, desde a sua retirada na pauta sobre a Responsabilidade ao Proteger, e ainda mais na atualidade, com decisões totalmente diferentes das tradicionais que levaram o país a ter destaque no cenário internacional, como mediador de questões ambientais, por exemplo.
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Marco.Baptistini 07/08/2022

Questionamento da Visão Ocidentocentrica
O livro é baseado em 4 grandes argumentos:

1 - Critica à Visão ocidentocentrica das relações internacionais, no sentido de que atores não ocidentais ajudaram a construir a ordem vigente

2 - A ascensão econômica do resto do mundo (países emergentes) vai permitir que eles aumentem sua capacidade de soft Power, sobretudo a China, através do ganho de poder econômico (Hard Power)

3 - Potências emergentes estão construindo em silêncio uma ordem paralela, que visa complementar as instituições internacionais de hoje

4- Potências emergentes, lideradas pela China, continuarão a investir nas instituições existentes e a acatar a maior parte dos elementos da ordem liberal, porém buscando privilégios que antes eram só reservados as Potências ocidentais, em maior medida os EUA. Excepcionalismo americano seria recriado por Potências emergentes, em maior grau a China.
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godoi 04/10/2018

Mundo pós 2016
O livro é muito bom, acerta em analisar tendências demográficas e econômicas de longo prazo. Contesta os teóricos da hegemonia e dos sistemas mundo, mas sem veemência, afirmando uma alternativa ao invés de criticar. Mas é impossível não sentir o peso de ler um livro publicado em 2016, escrito antes da eleição do Reino, no fim de 2018, às vésperas da ascensão do fascismo brasileiro. O mundo muda, as vezes bem mais rápido do que se espera.
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Vanessa 20/04/2022

O livro apresenta reflexões sobre o que podemos esperar do mundo e de uma nova ordem onde as estruturas ocidentocêntricas não cabem mais. Se no último século o protagonismo dos EUA na influência mundial é tão evidente, não podemos deixar de considerar os países de influência mundial de séculos passados e as novas economias em crescimento. Alguns autores acreditam que uma nova ordem em que o unilateralismo norte americano não vigorasse traria um caos, mas esse é um ponto bastante questionável.
O primeiro capítulo ?O nascimento do ocidentocentrismo? o autor aborda as questões relacionadas a forma que a visão ocidentocentrica de mundo interfere na visão distorcida da influência que países não ocidentais tiveram na história mundial e no papel internacional contemporâneo.
O segundo capítulo ?Deslocamentos de poder e a ascensão do resto? trata do crescimento econômico e de influência de países orientais, em especial a China, que vem crescendo com rapidez e aponta para uma nova ordem mundial bipolar.
O terceiro capítulo ?o futuro do soft power? o autor levanta a questão se países emergentes irão aumentar o soft power à medida que passem a ter maior presença global. No entanto, têm-se observado que países emergentes embora exerçam soft power em determinados momentos e em alguns outros países ainda não alcançam o nível de soft power ocidental.
Quarto e quinto: ?Rumo a uma ordem paralela? nestes dois capítulos o autor mostra de que forma países emergentes vêm construindo uma ordem paralela que atualmente completa, mas que pode vir a substituir algumas organizações internacionais, como o NBD (Novo Banco de Desenvolvimento) liderado pelo Brics. Esses arranjos não questionam a validade da ordem existente, mas atuam paralelamente à ela.
No último capítulo: ?O mundo pós-ocidental? o autor encerra com reflexões de como será a estrutura pós-ocidental construída em cima da ordem paralela que está surgindo.
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Félix 03/01/2023

Pra quem não faz RI é bom, já pra quem faz...
Livro do professor Oliver Stuenkel é bem geral e não chega nem perto de se aprofundar sobre as problemáticas e os desafios que as nações vão enfrentar no tabuleiro geopolítico do século XXI
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LisboaPB 29/07/2023

Muito bom como eu esperava. E concordo com cada palavra do Stunkel. De fato o Ocidente põe terror achando que os países emergentes irão desestabilizar o mundo.
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Isabelle 12/09/2021

Tentando voltar devagarinho com minhas leituras... Escolhi esse livro pra dar uma quebra na rotina. Gostei bastante, trouxe um ponto de vista bem interessante e pertinente para a área das R.I.
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psam 01/11/2023

Muito atual, explica o que estamos vivendo
Para quem gosta de Geopolítica e Relações Internacionais o livro é uma verdadeira aula que nos ajuda a entender a complexidade do cenário global atual. Partindo de fatos históricos, o Prof. Stuenkel explica a evolução e os movimentos dos blocos e das grandes potências econômicas e militares nas últimas décadas. Mesmo tendo sido publicado em 2018 continua muito atual.
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