Crônicas de espada e feitiçaria

Crônicas de espada e feitiçaria Gardner Dozois




Resenhas - Crônicas de espada e feitiçaria


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_thegreatsimpsina 21/02/2022

Gostei bastante desta coletânea de contos e pessoas que curtem histórias de espada e feiticeiraria podem gostar bastante deste livro, obviamente tem contos são melhores que outros oq que é normal e isso vai de cada um, mas devo dizer que boa parte das histórias me agradou e minha favorita foi a do George R.R. Martin que fala sobre o reinado do filhos de Aegon I, esse conto foi mt bom e me fez sentir saudades de Westeros e suas historias.
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Acervo do Leitor 23/07/2018

Crônicas de Espada e Feitiçaria | Resenha | Acervo do Leitor
RESENHA – CRÔNICAS DE ESPADA E FEITIÇARIA

Não há nada mais encantador que a literatura fantástica com seus mundos e realidades alternativas. Dentro deste imaginário o que mais nos fascina é o aço das lâminas, o feitiço dos magos e o fogo da garganta dos dragões! Independente se são tramas apresentadas através de longas jornadas ou pequenos fragmentos de momentos contados em histórias curtas como contos, a “magia” que faz arder nossos corações está sempre presente. As vezes de forma suave e branda, outras intensas como esta antologia, com as labaredas que derretem ferro e rochas de Balerion “O Terror Negro”, o maior dragão que já existiu!


“- Por que nós matamos? Por que agimos como a garra dos poderosos?
– Nós somos a nevasca de inverno se lançando sobre uma casa apodrecida por cupins. Apenas acelerando a decadência do velho poderemos produzir o renascimento do novo. Somos a vingança de um mundo cansado.” “

É sempre muito desafiador e complicado resenhar um livro de contos, ainda mais quando são dezesseis histórias. Alguns optam por comentar algumas tramas apenas, deixando de fora sua totalidade, eu prefiro apresentar tudo, de forma breve, mesmo correndo o risco de ser superficial. Porem, seguindo a “metodologia” de nosso blog, darei uma visão geral do que trata cada narrativa e no final apresentei minha impressão sobre a coletânea como um todo.
Crônicas de Espada e Feitiçaria | Resenha | Acervo do Leitor” – Você tem um talento, daria uma boa ladra.
– Eu sou filha de um general.
– É mesmo? Então já é uma ladra.”

Conto 1 – Carregado de ironia acompanhamos a tarefa de um ex-espadachim, agora um ferreiro de prestígio, no desafio de forjar a melhor espada do mundo para um jovem inocente em busca de guerra, vingança e fantasmas do passado. Conto 2 – Uma história de dor, escolhas e lamento envolvendo uma aldeia vítima de sequestros e pilhagens dos Navios Vermelhos que deixam seus “Forjados” para dizimarem os parentes que ficaram para trás, com a participação especial de Fitz Cavalaria da “Saga do Assassino”. Conto 3 – Na China antiga uma jovem é resgatada da morte para se tornar uma aprendiz de assassina que transita entre véus de realidades diferentes, que vê em sua “formatura” um dilema que a partirá ao meio ao questionar quem são os verdadeiros vilões desta história. Conto 4 – Capanga de um poderoso feiticeiro que após trinta anos de serviços fracassa em sua última missão, com medo de seu mestre, foge para um condado onde servirá de embaixador/mensageiro em uma jornada de enigmas visando sua liberdade e sobrevivência fazendo uma estranha amizade com um demônio. Conto 5 – A serviço do imperador romano um agente misterioso, amaldicoado e narcisista se infiltra em uma taverna para investigar um levante contra o império em busca de um misterioso objeto, e acaba enfrentando transmorfos poderosos. Conto 6 – Jovem aprendiz de advogado, envolvido em adultério, se aventura em caçar um homicida em potencial e se vê envolvido em um intrincado jogo na corte real cheia de conspirações. Conto 7 – Poderoso rei morre deixando sete príncipes que entram em guerra pelo trono vago, mas em sua morte o regente une sua alma à uma lâmina através de um mago gerando uma busca por este artefato, principalmente por parte de um dos filhos do rei, o príncipe esquecido. Conto 8 – Um neto enlutado corre atrás da lendária espada de seu avô que todos anseiam possuir pelo envolvimento da mesma na lenda de Beowulf.


“Aenys (Targaryen) confiava em todos; Maegor (Targaryen), em ninguém.”

Conto 9 – Uma dupla inusitada de um explorador e seu boneco que trabalham para o “Conselho do Tratado de Segurança do Mundo” unem forças com uma feiticeira para destruir um deus caído considerado o Devorador de Almas. Conto 10 – Uma breve incursão de um espadachim forasteiro deixando os duelos profissionais de lado para viver na clandestinidade como um ladrão e a repercussão dessa decisão em sua vida. Conto 11 – Um ex-aventureio conta a história de quando tentou pegar o maior tesouro do mundo da caverna de um dragão se deparando com o ouro do tolo. Conto 12 – Dois ladrões terão que negociar com uma serralheira enlutada a abertura de um cofre roubado em troca do assassinato de quem matou seu marido. Conto 13 – Uma serva do Rei, um cavaleiro de metal e um ex-militar espadachim partem em buca de um mistério em uma ilha inóspita encarando criaturas como vespas gigantes e acabam encontrando uma louca neta de um rei mumificado. Conto 14 – Um pistoleiro viciado em “pó dos deuses” (droga) aceita partir em busca de um forasteiro devido sua crise de abstinência e acaba encontrando um deus acorrentado e um jogo mortal onde servirá para um estratagema maior. Conto 15 – Uma história nórdica envolvendo um viking clamando por vingança contra um rei que usa uma espada mágica forjada por anões brutalmente assassinados. Conto 16 – A triste história dos filhos do poderoso Rei Aegon I Targaryen que conquistou Westeros em uma disputa insana por poder e pelo Trono de Ferro.



“O sangue do dragão deve permanecer puro, determinava a sabedoria ancestral.”

SENTENÇA
Essa antologia editada pelo Gardner Dozois (1947 – 2018) é um prato cheio para qualquer amante de Fantasia. Todo livro de contos corre o risco de possuir poucas boas histórias que “carregam” o restante da obra, mas não é este o caso. Apesar do destaque para os três contos iniciais e para o maravilhoso conto inédito de George R.R. Martin envolvendo o início da dinastia Targaryen como regentes absolutos de Westeros a obra não possui nenhuma história dispensável ou enfadonha. Não digo que é uma tonelada de diversão pois são apenas quinhentas páginas, mas como certeza um encerramento mais que digno para uma carreira tão brilhante como a deste escritor e editor. A pessoa Gardner Dozois pode estar saindo de cena, mas sua contribuição a literatura fantástica será eterna, e esse livro é a prova disso.

site: http://acervodoleitor.com.br/cronicas-de-espada-e-feiticaria-resenha/
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Luvale 25/03/2023

Uma bela coletânea
O subgênero de fantasia espada e feitiçaria é incrível, fica em primeiríssimo lugar nos subgêneros da fantasia mais incríveis pra mim (só perde pra fantasia urbana).

Tem essa pegada de bem contra o mal, de personagens com a moralidade em tons de cinza, nada preto e branco, com ambiguidades em diversos dilemas. Guerreiros, magos, espadachins, ladrões, reinos e mistérios, tudo isso junto da melhor forma possível

Os contos desse livro foram extremamente bem escolhidos, todos com um desenvolvimento bem interessante e que, apesar de curtos, todos são extremamente satisfatórios e cativantes. Na minha opinião não teve nenhum conto ruim, mas claro que alguns se destacam mais.

Os meus favoritos foram:
"Uma trilha longa e fria"
"O Melhor homem vence"
"Quando fui um salteador de beira de estrada"
"A fumaça de ouro e glória"
E claro, o conto do George Martin, que já me deixou na ansiedade pra ler fogo e sangue, "Os filhos do dragão"

Recomendo pra todos os fãs do gênero de fantasia e de espada e feitiçaria.
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Alê 05/10/2021

Para fãs de Espada e Feitiçaria.
Crônicas de Espada e Feitiçaria é um livro excepcional para aqueles que desejam conhecer e se aventurar pelo gênero de Espada e Feitiçaria, um subgênero de Fantasia que abandona o heroísmo e a clara dicotomia de bem versus mal para dar espaço a histórias sangrentas de traição, mentiras, e a heróis questionáveis, muito mais interessados em conquistar glória, riquezas e renome do que trazer algum tipo de resolução positiva para o mundo no geral.

Gardner Dozois fez um trabalho excepcional em reunir contos que prendem, surpreendem e chocam o leitor: curtos o bastante para serem aproveitados rapidamente, porém bons o suficiente para deixar o leitor mais do que satisfeito.

Um dos grandes chamativos do livro é a novela inédita do próprio George R.R Martin, "Os filhos do dragão", que apesar de "literalmente" estar estampada na capa do livro, não fica a frente dos outros contos espetaculares que compõem a coletânea, entre os quais vale a pena ressaltar:

"O melhor homem vence", por K.J Parker, conto simplesmente espetacular que abre o livro, com uma história seca, cínica e brutal de um aposentado espadachim, agora obcecado em seu trabalho de forjar. Um dos favoritos entre os meus favoritos por sua excelência em contar uma história simples mas totalmente cativante pelo protagonista bizarro.

"A espada do destino", por Matthew Hughes, outro concorrente a ser um dos melhores contos, que fala de um medroso, porém sagaz bandido que decide ir contra as rédeas do destino usando puramente a sua sagacidade para escapar das garras de seus atormentadores.

"'Sou um homem muito bonito', disse Apollo Crow", por Kate Elliot, história cujo protagonista consegue nos fascinar e ao mesmo tempo enganar, da mesma forma que engana os outros personagens do conto, usando nada mais que seu carisma e sua magia.

"Uma trilha longa e fria", de Garth Nix, um conto épico sobre a brutal caçada a um deus tenebroso.

"A fumaça do ouro é a glória", de Scott Lynch, uma história absolutamente épica sobre um grupo de aventureiros egocêntricos em busca de ouro e glória; disparado um dos melhores contos do livro e talvez até mesmo o melhor, uma leitura absolutamente obrigatória que define perfeitamente tudo que Espada e Feitiçaria deve ser.

E, por fim, "Cachoeira", de Lavie Tidhar, uma história brutal que nos leva para o gênero de Pistola e Feitiçaria, uma junção de velho-oeste com fantasia, num conto rápido e cínico, cujo protagonista é a essência do "herói" de Espada e Feitiçaria, viciado, enganador e interesseiro.

Crônicas de Espada e Feitiçaria é a coletânea essencial para o gênero, demonstrando claramente seus pontos mais fortes e cativantes e uma leitura recomendadíssima tanto para leitores de fantasia de primeira viagem quanto para veteranos.
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Murilo.Justino 25/09/2021

Muitas histórias boas... Outras nem tanto. Certamente a última adiciona mais um aspecto do reinado dos Targaryen ao repertório de histórias das Crônicas de Gelo e Fogo.
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Kalyne @oreinodaspaginas 17/01/2019

Resenha
Crônicas de espada e feitiçaria
Você sabe o que são de fato as crônicas? Basicamente são histórias que refletem a vida social, os costumes, a política e o cotidiano. Fatos históricos nem sempre verídicos que não apresentam ordem de seguimento cronológica. As crônicas se assemelham as antologias, que são uma coleção de trabalhos literários agrupados por temática, autoria ou período. E na obra Crônicas de espada e feitiçaria, temos dezesseis histórias que se assemelham pelos períodos e situações narradas.
Gardner Dozois, um brilhante autor de ficção cientifica, teve a ideia absurdamente incrível de juntar dezesseis grandes escritores que trabalham há muitos anos com o subgênero da literatura fantástica, e criar uma antologia repleta de histórias de magia e feitiçaria.
"Nós somos a nevasca de inverno se lançando sobre uma casa apodrecida por cupins - respondeu ela. - Apenas acelerando a decadência do velho poderemos produzir o renascimento do novo. Somos a vingança de um mundo cansado." (p. 87)
Eu não tenho o habito de resenhar um conto, os acho tão curtos que fico receosa de acabar soltando algum spoiler que desencante a experiência de algum leitor. Então prefiro falar das minhas próprias experiências com esse livro.
Confesso que o que me atraiu de imediato foi o conto inédito do meu querido George R. R. Martin, sobre o universo de “As crônicas de gelo e fogo” (vocês não sabem como amo imensamente essa história. Porem o conto dele era o ultimo, fiquei com medo das histórias se interligarem de alguma forma e me vi obrigada a ler todas as quinze antes.
E preciso confessar outra coisa: ainda bem que tomei essa decisão. Os contos são incríveis, alguns melhores do que os outros, mas todos belos em sua forma. Seja o pupilo determinado em busca de um mestre que o auxilie em sua vingança, a decisão de uma jovem moça que tem sua aldeia invadida e precisa decidir se lutará ou não contra alguém que ama, ou a jovem que é seqüestrada de casa para se tornar uma assassina, todos os contos possuem sua singularidade que os fazem ser especiais.
"... teoricamente toda guerra é diferente, tão individual e única quanto um ser humano; cada guerra tem pais que influenciam, mas ela cresce e segue sua natureza e gera seu filhos." (p. 25)
Obviamente o meu preferido foi Os filhos do dragão, do Martin. Muitas curiosidades e questionamentos que eu tinha há alguns anos, foram sanados com esse conto. Os Targaryen são a minha segunda família preferida de Westeros (alô Starks), e saber mais sobre eles foi uma experiência incrível.
Se eu recomendo? Com toda a certeza meu caro leitor. Venha conhecer essas dezesseis histórias surreais sobre magia e feitiçaria que vão aquecer o seu coração.
"No quadragésimo oitavo ano depois da Conquista, diante dos olhos dos deuses, dos homens, e de metade dos Senhores de Westeros, o Alto Sertão da Vilavelha pôs na cabeça do jovem príncipe a coroa de ouro que havia pertencido ao seu pai e o proclamou Jaehaerys da Casa Targaryen, Primeiro de seu nome, Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens e Senhor dos Sete Reinos." (p. 505)



site: http://oreinodaspaginas.blogspot.com.br/
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Mirele 27/02/2020

Um conjunto de contos bem diferentes entre si
Gostei do livro, mas senti que muitos contos se arrastaram demais. Entretanto, tive boas surpresas na leitura. Alguns autores que não conhecia me pareceram fantásticos. Gostei principalmente dos contos da Elizabeth Bear e do Lavie Tidhar. Esse último, principalmente, me deu muita vontade de procurar mais sobre.
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Tutu 20/07/2022

É bão
Muitas histórias boas de autores incríveis, um bom livro para conhecer a escrita dos autores e buscar mais deles e seu gênero.
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Brina.nm 05/11/2018

Quero mais histórias desses autores!
"É verdade que segundo a antiga lei romanda as mulheres são proibidas de atuar como magistrados e sacerdotistas e obter triunfos, símbolos de poder ou espólios de guerra. Mas o que é a lei senão palavras escritas por nãos? O que a mão faz pode ser feito ou desfeito à medida que os tempos mudam e as filosofias ganham novos caminhos. Este é o nosso caminho, se desejarmos seguir por ele."


Cronicas de Espada e Feitiçaria é uma coletânea de histórias organizada por Gadner Dozois, que tem uma história muito pessoal com o gênero. Na pós guerra não era comum ter histórias fantasticas publicadas para um publico mais jovem, de forma mais acessível, e Gadner sempre gostou de histórias fantasticas, até que um dia ele encontrou uma coletêtanea chamada Swords & Sorcery (espada e feitiçaria) e foi ali que ele pode conhecer histórias incríveis como Conan, o Bárbaro, e outros autores de renome hoje em dia. Ele foi fisgado pelo gênero, e desde então começou a acompanhar o surgimento desse 'sub-gênero' da fantasia e como ela acabou se tornando tão popular em pouco tempo, e como acabou ficando esquecida após o surgimento da fantasia épica, histórias mais longas e que geralmente tinham continuações (como Tolkien).



Mas, no final dos anos 90 as coisas começaram a mudar, talvez por conta do sucesso de Game of Thrones, o gênero 'Espada e Feitiçaria" acabou voltando a ativa, se distanciando um pouco da 'fantasia épica' por ser mais áspero, real, com personagens que não são nem vilões nem mocinhos, mas possuem ambos os aspectos, e é claro com uma pitada de magia, e assim o gênero se fortaleceu e hoje em dia está cada vez mais forte, ganhando novos autores a todo momento e com diferentes estilos de personagens e histórias.



O livro traz histórias curtas de diversos autores consagrados no ramo da fantasia épica ou também como é chamado o gênero Espada e Feitiçaria além dos mais conhecidos como Robin Hood e George RR Martin eu pude conhecer alguns autores brilhantes que ainda não são publicados aqui no Brasil pelo que eu vi na pequena biografia de cada um mas que com certeza se fossem lançados aqui eu seria uma das primeiras a comprar e ler os livros, principalmente por poder conhecer um pouquinho de suas escritas e ficar completamente apaixonada.



Algumas histórias são mais curtas outras mais completas algumas apresentam o final aberto mas o que eu pude reparar é que na maioria delas há uma personagem feminina muito importante ali na história às vezes elas não são protagonistas mas muitas vezes os todas histórias mostram as mulheres em uma posição importante e isso eu achei muito bacana, principalmente sendo neste gênero, que no princípio era mais centrado em personagens masculinos, mas como os tempos estão mudando cada vez mais estamos vendo personagens femininas fortes em histórias de fantasia, principalmente as 'épica/espada e feitiçaria'



É claro que não vou falar de todas as histórias que contém no livro, se não iria perder a graça para vocês lerem, então vou citar algumas que se destacaram positivamente e algumas que me deixaram intrigada.



"Nós dizemos "as guerras", mas há um segredo. Só há uma guerra. Ela nunca termina. Ela flui, assim como o metal branco e quente sob o martelo, e junta-se com a última guerra e a guerra seguinte para formar uma fita contínua. Meu pai foi para as guerras, eu fui para as guerras, meu filho irá para as guerras, e o filho dele depois, e será o mesmo lugar."


Uma das histórias que eu mais gostei foi A Garota Oculta. Nessa história somos apresentados a uma cultura diferente, pois ela se passa na China, e eu nunca havia lido nada que se passasse nesse país, principalmente desse gênero de fantasia medieval. Adorei as mitologias inclusas na história, e como a protagonista é esperta e empoderada, eu fiquei louca para saber mais da jornada da jovem ou qualquer outro texto da autora. Outra que me ganhou profundamente foi Eu sou um homem bonito, que me surpreendeu completamente a cada página.



Todas as histórias possui esse aspectos de Espada e Feitiçaria ou seja são fantasias mais medievais, épicas que incluem guerreiros, magos, espadas, magia, personagens reais e todo esses detalhes do gênero, rico e em detalhes, mesmo sendo histórias curtinhas.



A Espada do Destino apesar de não ser uma protagonista Feminina eu gostei pelo fato de como a história foi construída são coisas que eu não posso falar para vocês na resenha porque cada história tem mais ou menos umas 40 páginas, porém você percebe que a história foi muito bem trabalhada então eu fiquei muito curiosa de ler livros desses autores, porque envolve envolve Magos e eu adoro esse tipo de histórias, sempre com personagens muito inteligentes que de certa maneira são humildes e conseguem grandes conquistas.



"Você desaponta com seu raciocínio convencional. (...) De que as mulheres não podem fomentar uma revolução. Na verdade, elsa são as mais perigosas quando provocadas."


Uma das histórias que me chamou bastante atenção, mas que não foi uma das minhas preferidas foi O Triunfo Da Virtude, pois apesar de ser uma uma história do gênero fantasia, ela também é um toque de romance de época, com uma ambientação mais clássica e elegante (como em outros romances de época que já conhecemos) com Viscontes, Chás intrigas de relacionamentos e tudo mais, porém mesmo com esse ar diferente ela não foi uma das minhas favoritas do livro. s



E é claro que eu precisava falar sobre a história do R.R. Martin. Aqui a gente vai conhecer a história dos Filhos Dos Dragões é uma história que se passa muitos muitos anos antes dos livros de Game of Thrones, e eu achei muito interessante porque os Targaryen são a família que eu mais gosto. Aqui o conflito se inicia quando o rei Aegon primeiro Targaryen casa com suas duas irmãs, e vocês se vocês acompanham Game of Thrones vocês sabem que casamento entre irmãos é uma treta muito grande na época que se passa a série, então imaginem 300 anos atrás. Essa foi uma das histórias que mais gostei pois como não acompanho muito os livros, ver como os Targaryen governavam tantos anos atrás, toda a treta com a Fé dos Sete por causa dos incestos, ver as intrigas entre os parentes, foi incrível, eu já estava morrendo de saudades desse universo, e poder conhecer nomes tão famosos e importantes para a história geral de Game of Thrones só me motivou ainda mais a voltar a ler os livros e ler também todos conteúdos extras que citam esse universo.



"Pela primeira vez desde a Perdição de Valíria, dragões se enfrentaram nos céus enquanto tratava-se também uma batalha na terra."
Se você gosta de uma leitura de fantasia medieval, de crônicas de espada e feitiçaria eu recomendo muito esse leitura, por que são histórias curtas muito bem construídos, ambientadas e que vão despertar a vontade de você de conhecer esses autores (principalmente os não publicados aqui) e mais do gênero. Eu acredito que o objetivo desse livro tenha sido cumprido com louvor e agora eu espero que a Leya publique algum desses autores aqui principalmente a dos contos que citei, porque foi foram os que eu mais gostei e eu quero muito conhecer mais livros deles.

site: http://www.stalker-literaria.com/2018/11/resenha-cronicas-de-espada-e-feiticaria.html
Fernando Sousa 24/12/2019minha estante
Comprei pq estou louco para ler mais fantasia, principalmente contos.




Orlando 26/02/2019

O Livro É | Crônicas de espada e feitiçaria
O livro Crônicas de Espada e Feitiçaria, editado/organizado por Gardner Dozois trás um belo aperitivo para os fãs da literatura de fantasia, sobretudo para os que querem uma leitura ágil e que não se estenda por uma imensa saga composta por tomos e tomos de centenas de páginas.

A literatura de Fantasia é repleta de subgêneros, sagas, personagens marcantes e reinos repletos de magia, criaturas poderosas, artefatos místicos, guerras, espadas e seres sedentos por poder e dentre esses muitos subgêneros fantásticos merece destaque – e muito respeito dos fãs – o subgênero “Espada e Feitiçaria” (Sword and Sorcery, no original), que se tornou amplamente popular pelas obras de Robert E. Howard, sobretudo através de seu célebre Conan, O Bárbaro.

O subgênero “Espada e Feitiçaria” é marcado por um leque bem característicos de elementos fantásticos, aliando bastante violência física, batalhas sanguinárias, magos poderosos, artefatos místicos e o sobrenatural, com direito a criaturas fantasmagóricas, demônios, invocações, poções mágicas, cultos ou seitas arcanas agindo nas sombras.

Tudo isso era comum nas aventuras do já citado Conan, O Bárbaro, e de conhecimento até mesmo dos não-leitores de Fantasia, sobretudo por conta das HQs de Conan amplamente difundidas ao grande público pela Marvel Comics, mas também por outros personagens como Solomon Kane, também criação de Howard, ou por Michael Moorcock com seu personagem Elric de Melniboné.

Tido como um dos grandes pilares que cimentaram a base do gênero de Fantasia, influenciando inclusive nomes como J.R.R Tolkien, o subgênero “Espada e Feitiçaria” se espalhou e contaminou, no bom sentido, o gênero de Fantasia de modo geral, impregnando aqui e ali, em conjunto ou fracionadamente, suas características de forma sutil, velada, escancarada, tímida ou simplesmente como legado criativo para novos voos.

A verdade é que muito do que se tem hoje na Literatura Fantástica se deve ao o subgênero “Espada e Feitiçaria”. E, antes de prosseguir, quero frisar que ao me referir à Literatura Fantástica, me refiro especificamente à Fantasia denominada High Fantasy, aquela com magos, reinos de mundos distantes, mas que guardam características similares aos reinos eurocêntricos medievais da Terra, com dragões, elfos, anões, espadas mágicas, artefatos místicos etc. Faço a distinção pois é injusto esquecer que a Literatura Fantástica tem um amplo leque de outras vertentes de Fantasia como o Realismo Mágico/Fantástico, por exemplo.

Bom, dito isto, o que quero frisar nesse texto sobre o livro Crônicas de Espada e Feitiçaria após esse pequeno preâmbulo é sua importância não somente como livro em si mesmo, mas também como uma bela e rica homenagem ao subgênero “Espada e Feitiçaria”.

O trabalho empreendido por Dozois neste livro é digno de grandes elogios, não só pela organização, mas pelas excelentes escolhas de autores e textos para compor a coletânea publicada pela Editora Leya.

Os melhores e maiores nomes da Alta Fantasia estão presentes aqui, com textos ou inteiramente inéditos e criados apenas para esta coletânea ou com textos que se passam em um pequeno espaço cronológico de alguma de suas sagas maiores, trazendo nomes de personagens ou de localidades já conhecidas de seus fãs de longa data.

Não sou profundo conhecedor da Literatura de Fantasia, entrei no segmento há pouco tempo e li poucas coisas e poucos autores, minha amostragem não é, por assim dizer, muito confiável se você, leitor, veio até aqui procurando uma resenha extremamente embasada, não, aqui eu me atenho muito mais ao que aprecio numa leitura de modo geral: um bom texto, narrativa com fluidez, bom desenvolvimento de personagens em conjunto com bom desenvolvimento da trama da narrativa, ideias criativas e claro, aspectos fantásticos que me agradem ou no conceito ou na execução.

Claro que seria injusto cobrar de crônicas ou contos ou textos relativamente curtos todos esses aspectos muito mais comuns em romances e obras longas, mas ainda assim foi possível durante a leitura aplicar a maioria desses aspectos para analisar Crônicas de Espada e Feitiçaria como um todo composto por pequenas partes distintas, mas que tem uma ligação temática entre si que acaba por alinhar tudo e dar uma identidade única à obra.

CRÔNICAS DE ESPADA E FEITIÇARIA | MUITOS MUNDOS, MUITAS VOZES, MUITAS AVENTURAS

Como disse antes, o trabalho empreendido por Dozois nessa obra é muito bom, tanto quanto o que o autor realizou em outras coletâneas (Mulheres Perigosas, por exemplo). Aqui o leitor, e acredito eu, possa ser um leitor iniciante na Fantasia ou um veterano, vai encontrar uma grande amostragem do que há de melhor em termos de textos e autores fantásticos em atividade atualmente, alguns já conhecidos e publicados por aqui, outros não.

Você vai encontrar histórias com a essência do o subgênero “Espada e Feitiçaria”, onde realmente a espada e a feitiçaria são os elementos centrais da história, você também vai encontrar histórias em que tanto a espada quanto a feitiçaria vão estar em segundo plano, mas suas respectivas funções se farão indispensáveis para a condução narrativa, em outras você verá ou a espada ou a feitiçaria como foco, mas os elementos fantásticos caros ao o subgênero “Espada e Feitiçaria” estarão lá, como o sobrenatural, a magia negra e a necromancia. Há até mesmo uma incursão por uma grande aventura Steampunk para roubar um cofre cujo segredo vale todos os riscos... e o que dizer de um singelo conto que se passa no mesmo universo da lenda de Beowulf? Excelente para dizer o mínimo.

Dozois também ousa em algumas de suas escolhas e arrisca pôr aqui e ali contos que são de “capa e espada”, com absolutamente nada de fantástico em suas histórias no sentido mágico/sobrenatural da coisa e, a meu ver, são essas histórias as mais fracas do livro, pois destoam e muito do tom épico e mágico contido na maioria das crônicas do livro.

Em contrapartida, um dos grandes pontos altos do livro fica por conta da crônica “Cachoeira”, de Lavie Tidhar que não é um “espada e feitiçaria", mas sim um “Pistolas e Feitiçaria” (Guns and Sorcery), subgênero amplamente difundido pela épica saga Torre Negra de Stephen King. Nessa crônica somos levados a percorrer um estranho mundo onde as pistolas e a magia dividem o palco com estranhas divindades em torno das quais se erguem cidades inteiras e velozes pistoleiros são consumidos pelo vício numa droga profana.

Nesse mundo criado por Tidhar, acompanhamos o pistoleiro Gorel de Goliris, viciado na droga Beijo Negro, produzida pelas secreções dos estranhos deuses que habitam esse mundo. Vagando numa missão cujo patrono Gorel desconhece a identidade. O pistoleiro sonha em reencontrar a lendária Goliris, sua cidade natal há muito desaparecida e de onde partiu ainda muito jovem.

A história é simplesmente um belíssimo delírio, repleta de boas ideias, conceitos magníficos, ótima narrativa e deixa aquele gostinho de “quero mais” que a boa leitura sempre deixa em nós. E sim, nele se encontram não só ecos da inspiração da Torre Negra de King, mas muitas similaridades narrativas.

Mas para não ser injusto com outros contos, vale abrir espaço para alguns considerações sobre eles, algo que normalmente acho complicado, porque eu pelo menos opto pro frisar as boas qualidades do que meu gosto pessoal acha bom, o que não significa que é bom para outros leitores. Porém não tenho como evitar o expediente, já que numa coletânea, as partes acabam influenciando o todo... então, vamos lá.

Temos o já citado “Cachoeira” e ao lado dele, em minha singela opinião, tem amplo destaque o conto de abertura de Crônicas de Espada e Feitiçaria intitulado “O Melhor Homem Vence”, de K.J Parker, onde acompanhamos um jovem que contrata os serviços não de um bom ferreiro, mas do melhor ferreiro de todos. Uma bela narrativa, cheia de humor negro irônico e mordaz, cheio de uma ironia fina requintada de uma sutil crueldade divertida.

Intercalando com a narrativa, o ferreiro protagonista nos dá belas e valorosas lições sobre a forja de uma boa espada e de como usá-la com eficácia, sem falar em suas excelentes orientações para um bom duelo. “O Melhor Homem Vence” abre com chave de ouro... ou melhor, com espada de ouro a coletânea.

Já no segundo conto, da autora Robin Hobb eu não senti tanto interesse e empolgação assim, achei meio lento e muito parado, por se situar num mundo já construído e cimentado pela autora, acho que o conto perdeu força e “originalidade” em sua execução, não é ruim, longe disso, mas acho um tanto cômodo demais um autor pegar algo de sua própria produção e meio que jogar aqui e ali para alguma coletânea, ao invés de produzir algo realmente do zero e mais contido.

Claro, você pode me jogar em face que o material de "Gorel de Goliris" é oriundo de um universo já estabelecido também, mas a diferença é que Tidhar me pareceu mais focado em narrar uma aventura fechada em si mesmo que se situa em seu universo maior, já Hobb me pareceu apenas pegar “qualquer coisa” e entregar a Dozois para que ele não a perturbasse mais. E antes que algum fã me apedreje, acho a autora excelente e adorei Navio Arcano que me despertou para ir atrás da Saga do Assassino também.

Já em “A Garota Oculta”, de Kim Liu, temos uma lindíssima narrativa de tons orientais, envolvendo assassinas treinadas em um reino onírico e místico que existe por trás do véu da realidade que percebemos. Roubada de seu lar, a protagonista precisa ludibriar suas próprias companheiras se quiser se libertar desse estranho fardo. Dominar a espada e outras artes de combate é essencial para uma última missão.

Dotado de uma narrativa cheia das nuances da cultura oriental, “A Garota Oculta” flerta com as místicas espadas orientais, a disciplina dos guerreiros assassinos e um mundo de sonhos de onde saem guerreiras bruxas que sequestram meninas para treinarem na arte de matar.
Já no conto “A Espada do Destino”, de Matthew Huges, toda a seriedade, sisudez e lirismo são deixados de lado. O conto é divertidíssimo, muito mais que uma narrativa de "Espada e Feitiçaria", a história narrada pelo escritor é uma irônica paródia ao próprio gênero fantástico e seus inúmeros clichês: espadas mágicas conscientes, magos rivais, reis com sede de poder, demônios falantes, criaturas mágicas, um ladrão atrapalhado e sem muita vocação para o ofício ao qual foi designado...

“A Espada do Destino” poderia ser uma daquelas típicas “histórias de roubo de artefato mágico”, mas o humor de Huges tira toda e qualquer perspectiva dessa abordagem clichê resultar em apenas isso: apenas uma história de roubo.

O conto é cheio de passagens irônicas e tiradas mordazes com tudo que há de mais comum, banal e clichê nas narrativas fantásticas, inclusive umas tiradas que fariam alguns fãs de fantasia corarem ante o sarro tirado inclusive com eles mesmos.

Ironicamente, o conto “A Fumaça do Ouro é Glória” de Scott Lynch é justamente o contrário de "A Espada do Destino": uma típica história de roubo... uma daquelas que um ladrão se junta a uma comitiva onde cada membro é dotado de uma habilidade especial e que juntos podem empreender o maior roubo já contado numa taverna de beira de porto.

Lynch é inventivo, apesar de não ter lido ainda nada do autor, aqui ele me pareceu extremamente versátil em sua narrativa, dando um ritmo bem dosado ao conto, nos dando personagens interessantes enquanto vai gradativamente nos relevando suas intenções para com eles.

Apesar de ser uma típica aventura de “dungeos & dragons", “A Fumaça do Ouro é Glória” tem bons conceitos, uma boa narrativa e bastante ação e aventura, sem falar nos muitos bons conceitos que o autor se utiliza ao lado de uma penca de clichês funcionais como as armadilhas a se superar, os enigmas a se revelar, a canção dentro da canção a ser apreendida, o dragão que guarda o tesouro, os guardiões mortos-vivos mantidos pela magia deste dragão, a magia necessária para sobrepujar outras magias e por aí vai.

O leitor velha guarda de Fantasia já viu com certeza tudo isso e mais um pouco, no entanto não deixa de ser uma bela e ágil narrativa de aventura e que tem todos os elementos necessários para despertar o interesse dos iniciantes para mergulhar nos mundos da Fantasia. Da toda aquela sensação de uma bela partida de RPG de fim de semana.

“Hrunting”, conto escrito pela autora C.J Cherryh, é uma excelente expansão do épico Beowulf, envolvendo o resgate da lendária espada Hrunting; espectros do passado, espíritos aprisionados e toda a tônica envolvendo os acontecimentos da lenda. A escrita é bonita e a cadência narrativa do conto é perfeita, é uma das crônicas mais bonitas e singelas da obra, não focando-se somente nas questões de combates ou uso de magia, mas sim no contexto e na moral de sua narrativa. Não conheço Cherryh, mas já está no hall de autores a se procurar mais obras.

O conto "O Triunfo da Virtude", de Walter Jon Williams, foi pra mim um dos menos fantasiosos e um dos mais fracos da coletânea, nada de mundos ou espadas mágicas, nada de espectros fantasmagóricos, maldições, magos, espadas poderosas ou amaldiçoadas... ou seja, nada de “espadas e feitiçaria”.

Há sim um reino, uma traição, uma conspiração, tentativa de assassinato, adultério, uma investigação e uma narrativa muito bem conduzida que, mesmo sem muita ação ou grandes duelos, é uma leitura agradabilíssima e grande qualidade textual.

Só que destoa demais da proposta do livro e perde força diante de outras narrativas mais divertidas e criativas. Poderia integrar facilmente uma coletânea de “capa e espada” e seria um grande representante, se estivesse fora deste Crônicas de Espadas e Feitiçaria, ninguém notaria sua ausência.

No conto “Quando fui salteador de beira de estrada”, escrito pela autora Ellen Kushner, foi também outro destoante dentro da coletânea e o que menos me agradou dentro dela. Não é ruim, só incorre exatamente no mesmo expediente de “O Triunfo da Virtude”, sendo apenas outro “capa e espada” deslocado numa coletânea de “espadas e feitiçaria”. Poderia sair do livro e dar lugar a outra narrativa e não faria falta. Repito, não é ruim, só destoa do coletivo.

No conto “O Enigma de Colgrid”, de Rich Larson, somos levados através de uma narrativa Steampunk primorosa, percorrendo os becos, ruelas e canais de uma cidade industrial da era do vapor; tráfico de drogas exóticas, um cofre com um segredo e um mecanismo complicadíssimo de ser aberto, uma dupla de ladrões talentosos e uma serralheira em busca de vingança contra o novo Manda-Chuva das ruas e fábricas.

Excelente história guiada por uma narrativa bem cadenciada, com bons momentos de tensão e ação. É um dos meus contos favoritos da coletânea.

E aqui, há a grande cereja desse delicioso bolo: o conto de Garth Nix, "Uma trilha longa e fria", simplesmente é excelente.

Sua narrativa ágil e um tanto frenética, aliada com conceitos fantásticos como magia, caçadores de divindades, deuses rebeldes, magos, espadas que aprisionam entidades em suas lâminas, guerreiros espadachins versados nas artes arcanas, bonecos feiticeiros, magos charlatões...
Tudo isso se misturando numa caçada a uma divindade que se alimenta da alma de tudo que é vivo num raio de quase 200 metros e, ainda por cima é capaz de criar tempestades de neve ao seu redor, o que torna a caçada ainda muito mais complicada para Sir Hereward e Mr. Fritz, respectivamente o guerreiro versado nas artes místicas e seu fantoche feiticeiro...

Tudo neste conto exala diversão, ação, tensão e ótimas ideias, tudo embalado numa narrativa ágil e até certo ponto frenética, onde podemos ver um pouco do mundo de Sir Hereward e Mr. Fritz que estão em outras aventuras escritas por Nix. E aqui eu sei que posso ser cobrado sobre aquela questão de recorrer a coisas prontas para compor esta coletânea.

Calma, Nix tem um material autocontido aqui, uma caçada completa com começo, meio e fim e mesmo que a dupla de protagonistas e seu mundo sejam criações de livros maiores e sagas mais complexas, a dinâmica da caçada pontual funciona muitíssimo bem aqui.

Sem falar que também é uma oportunidade e tanto para os que se interessarem pelo mundo mágico de Nix. Acabo de "eleger" esta a melhore crônica do livro.

Por outro lado a narrativa do livro escrita pelo aclamado George R.R. Martin, autor das Crônicas de Gelo e Fogo, é de longe o conto mais arrastado, desprovido de emoção e sem nenhum grande momento narrativo dentro da coletânea.

Seus personagens não tem aprofundamento e não passam de um punhado de nomes pra mim, nomes esses que se sucedem entre nomes de pessoas e nomes de lugares, se alternando com conspirações para matar esse ou aquele personagem que você não vai lembrar nem quem é, aí vem umas mortes, revoltas e depois repete-se tudo novamente num longo e entediante "registro histórico" estéril de emoções, boas ideias, conceitos e aventura.

É uma típica história curta feita para agradas aos fãs da Guerra dos Tronos, mas para mim, nem um pouco fã desta saga e de seu autor, definitivamente pareceu só um atrativo mesmo para catapultar o interesse dos fãs de Martin nesta coletânea especificamente. Como narrativa em si, acho que deixou a desejar.

Com tantos contos muitos bons e excelentes antes do conto de Martin, a situação só complicou. Houve aventura, houve romance, houve batalhas épicas, personagens interessantes, divertidos, melancólicos, odiosos ou apaixonantes e tudo isso não estava no que Martin nos entregou... Há quem goste? Há sim, mas definitivamente não sou um desses e a leitura sofrida deste conto do autor só me reforçou a aversão que tenho ao seu estilo e ao seu universo de gelo e fogo. Saísse da coletânea, não faria falta.

Além destes contos a que dei destaque, há outros na coletânea que, com absoluta certeza, tanto o leitor velha guarda quanto os novatos irão se deleitar, não é objetivo meu detalhar muito nem os que citei e nem os que não citei justamente para deixar a descoberta e aprofundamento por conta dos aventureiros da leitura. Afinal, é isso que cada um de nós busca não é? Sua própria aventura.

Sempre achei complicado escolher só os melhores em minha opinião e não falar dos que não gostei, então pontuei um tanto de cada uma dessas categorias e ainda deixei em aberto outros para que você, leitor, possa descobri-los diretamente no processo da leitura e sem nenhuma impressão de terceiros.

CRÔNICAS DE ESPADA E FEITIÇARIA | SUMÁRIO

Abaixo segue o sumário da coletânea com os contos citados com destaque em negrito.
• Introdução, de Gardner Dozois
• O melhor homem vence, de K.J. Parker
• A espada do pai, de Robin Hobb
• A Garota Oculta, de Ken Liu
• A Espada do Destino, de Matthew Hughes
• “Sou um homem bonito”, disse Apollo Crow, de Kate Elliott
• O triunfo da Virtude, de Walter Jon Williams
• A Torre Ilusória, de Daniel Abraham
• Hrunting, de C.J. Cherryh
• Uma trilha longa e fria, de Garth Nix
• Quando fui salteador de beira de estrada, de Ellen Kushner
• A fumaça do ouro é glória, de Scott Lynch
• O enigma de Colgrid, de Rich Larson
• A maldade do rei, de Elizabeth Bear
• Cachoeira, de Lavie Tidhar
• A espada Tyraste, de Cecelia Holland
• Os filhos do Dragão, de George R.R. Martin

CRÔNICAS DE ESPADA E FEITIÇARIA | GARDNER DOZOIS, UM LEGADO

Gardner Dozois (1974-2018) foi um grande autor de ficção científica e conquistou diversas vezes os prêmios Hugo, Locus e Nebula e tem longo histórico como editor de revistas de Sci-Fi e organizador de coletâneas e antologias diversas.

Dozois ficou 20 anos à frente da editoria da célebre Asimov’s Science Fiction e publicou vários livros em parceria com George R.R. Martin, entre eles Caçador em Fuga e Mulheres Perigosas, ambos publicados pela LeYa e As Crônicas de Marte e O Príncipe de Westeros e outras histórias, lançados pela Editora Arqueiro.

Dozois faleceu no dia 27 de maio de 2018 por condições complicadas de saúde, o autor tinha 70 anos e sua longa história dentro da Sci-Fi e da Fantasia são seu legado para autores e leitores ao redor do mundo.

CRÔNICAS DE ESPADA E FEITIÇARIA | FICHA TÉCNICA
• ISBN: 978-85-441-0723-2
• Formato: 16 x 23 cm
• Número de páginas: 512
• Ano de lançamento: 2018
• Gênero: Fantasia

site: https://www.pontozero.net.br/2019/01/23/o-livro-e-cronicas-de-espada-e-feiticaria
Fernando Sousa 27/12/2019minha estante
Já li 3 contos e estou adorando.




spoiler visualizar
Cleo 07/09/2019minha estante
Acho que o dragão da capa é das crónicas de gelo e fogo 5.


ATHOS 21/09/2019minha estante
Dração ne? agora que percebi, eu achei que era um mostro Observador de D&D




Rabello 01/02/2020

Depois de algum tempo (os estudos estão tomando muito meu tempo hehehe) terminei esse livro que me chamou atenção pelo título a capa belíssima e pelos autores dos contos.
São 16 contos que abrangem o título do livro, mas não foi a maioria que me agradou. Os dois primeiros contos primorosos. Robin Hobb tem meu coração e K. J. Parker nos traz em pequenas páginas uma fodastica história. Os demais achei mais ou menos e sem sal. Tio Martin não me agrada com sua história narrada por um arquemestre tirada de livros antigos do começo dos 7 reinos.
Recomendo o livro mas não digo que será a melhor leitura que você terá.
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Feehsousa 30/03/2020

Crônicas de espada e feitiçaria
Esse foi o primeiro livro de contos de diferentes autores que eu li e posso dizer que valeu muito a pena. Todos os contos aqui são muito bons, alguns melhores que outros, mas no geral todos memoráveis.
De todos os autores da lista eu conhecia uns 4 ou 5, mas após ler o livro eu fiquei com muita vontade de conhecer outras obras desses autores que pra mim até o momento eram desconhecidos.
Eu diria que a única parte ruim do livro está na sua tradução/revisão da segunda metade do livro ( pois a segunda metade do livro, exceto o conto do George R. R. Martin, é traduzido por outro tradutor) apresenta muitos erros de tradução que eu pensava, como deixaram isso passar? Erros como por exemplo: nove e vinte anos.
Retirando esse problema o livro é excelente e se você gosta do gênero espada e feitiçaria fica aqui uma recomendação.
Fernando Sousa 24/05/2020minha estante
Adorei esse livro




Davi.Lima 30/09/2020

Finalmente terminei meu primeiro livro de crônicas
Esse enorme livro me encimou bem mais do que lutar com espadas e resolver dramas pessoais ( que de acordo com o livro é cortando a cabeça de todo mundo ). Eu descobri que livro de crônicas são bem chatos e que não dá pra ler de uma vez e sim uma crônica por dia. e assim eu terminei uma por uma
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