Queria Estar Lendo 30/07/2020
Resenha: As Elizas
As Elizas é um thriller psicológico escrito por Sarah Shepard, mesma autora da aclamada série Pretty Little Liers. Publicado pela editora Harper Collins, o livro promete uma trama cheia de mistérios e surpresas.
Eliza inicia a história no hospital após o que sua família considera ter sido mais uma de suas tentativas de suicídio. Mas ela tem certeza de que não tentou se matar. E, se isso for verdade, como então foi parar no fundo daquela piscina?
Esse é o plot principal de toma a trama, entender o que - ou quem - levou Eliza a se afogar. Mais do que saber se alguém de fato tentou matá-la, é preciso descobrir por quê iriam querer fazer isso.
Sendo uma potencial (ou seria oficial) alcoólatra e com o histórico suicida que carrega, é muito difícil convencer sua família a ficar do seu lado. O sentimento de proteção por parte de seus pais e irmã é grande, principalmente porque Eliza se recuperou de um tumor no cérebro a menos de um ano.
De acordo com os médicos, o tumor era aquilo que lhe impulsionava os instintos suicidas, estes sempre acionados pelo medo e a sensação de perseguição. Suas recentes falhas de memória e o sentimento de estar em perigo se assolam a intuição de que sua família possa estar escondendo coisas sobre sua vida. Tudo isso contribui para um estado geral de paranoia e confusão, que é onde Eliza se encontra ao decorrer do livro.
Em paralelo a tudo isso, somos apresentados As Dots, livro escrito por Eliza e que está prestes a ser lançado. Na história conhecemos Dot e Dorothy, uma criança e sua amada tia, que precisam lidar com as crises de convulsão que a menina vem sofrendo e as quais os médicos não conseguem identificar a fonte.
Dorothy é uma personagem romantizada pelos olhos ingênuos da sobrinha, quase um ser fantasioso de tão fantástico que é. Dot por sua vez é alguém entregue à paixão pela figura da mulher mais velha, não há ninguém que ela ame mais no mundo.
Para um livro que se divide entre a vida e Eliza e a de suas personagens, é importante notar que o livro dentro do livro é infinitamente mais interessante do que a trama que acontece em tempo real. Os mistérios que envolvem as Dots e que depois escorrem para a realidade de Eliza, são um prato cheio para o leitor se deliciar.
Com um começo lento e confuso, a história vai tomando uma crescente e a cada novo detalhe sendo acrescentado à história das Dots é um novo passo no grande mistério que é a vida de Eliza. Até o momento que ficção e realidade se encontram de maneiras inesperadas, e tudo o que era real pode não ter mais sentido. A verdade pode ser mais fantasiosa que a própria ficção.
As Elizas é um livro lento e que te prende sem que você perceba. Não conseguia parar de ler, mas não sentia como se realmente me importasse ou tivesse me apegado. Ainda não sei como me sinto quanto a ele, eis meu nível de confusão. Mas foi uma boa leitura, me manteve entretida.
Por fim, gosto particularmente do final. E de como todas as dicas estavam lá o tempo todo. Pontos por isso, foi uma grata (nem tão) surpresa!
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