A gorda

A gorda Isabela Figueiredo




Resenhas -


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Jéssica 12/07/2023

O livro narra a historia da protagonista que desde pequena é gorda e como essa característica influencia sua autoestima e relacionamentos
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Marcos Scheffel 13/01/2019

a prosa poética corajosa de Isabela Figueiredo
Tinha ouvido falar da autora em um Globo News Literatura. Os trechos e comentários que ouvi sobre Cadernos de Memórias Coloniais e A Gorda me despertaram o desejo pelas duas leituras.
Li primeiro o Caderno de Memórias Coloniais e adorei o livro que recebeu muitos elogios e muitas críticas em Portugal, pois a autora trazia uma visão crítica sobre o racismo de seu pai que trabalhara em Moçambique durante o período colonial e sobre o papel exercido por estes "colonizadores".
Fui ler A gorda com muitas expectativa movidas por esta leitura anterior. Achei o primeiro capítulo do livro excelente, mas depois a leitura foi travando, mais à frente voltou a me interessar com capítulos igualmente fortes pelo relato dramático de uma pessoa rejeitada por conta da obesidade, mas que também analisa criticamente seus preconceitos. Este me parece ser o grande pulo do gato de Isabela Figueiredo em ambos os livros: ver-se também preconceituosa em uma sociedade marcada por preconceitos, esterótipos, lugares de poder - que são acionados conforme a nossa conveniência.
Também ficou mais clara a estrutura do livro que é dividido pelos cômodos da casa e por outros espaços significativos como a escola onde estudou. As mesmas histórias são contadas / retomadas por diferentes perspetivas a cada capítulo / cômodo da casa. A vergonha do seu corpo gordo, o tenso relacionamento com David, a relação complexa com seus pais etc.
Importante também destacar que, apesar da personagem se chamar Maria Luisa (personagem narradora), o livro traz memórias da autora misturadas com ficção, naquilo que se tem chamado de metaficção. Tudo isto numa prosa poética e extremamente subjetiva.
A impressão final que fiquei do livro foi muito boa e muitas passagens me emocionaram e me fizeram lembrar de situações em que tive atitudes preconceituosas ou que sofri com elas.
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Camillo2 29/03/2024

Uma temática incrível, porém com uma leitura cansativa
Esse é aquele tipo de livro que tenho um pesar em dar uma nota mediana, justamente pela temática ser maravilhosa e super necessária, mostrar a realidade de uma mulher gorda, em uma sociedade que presa mais do que tudo o corpo feminino perfeito, é representar diversas mulheres que se encontram em tal situação, de se sentirem inferiores por causa de seu corpo, como a própria protagonista fala, se sentir apenas um "pedaço de carne".
Infelizmente, tem muitos capítulos mornos, é uma escrita cansativa e que não é nada como um livro em que você quer ler mais e mais (demorei um mês pra ler esse livro por causa disso), mas apesar dos pesares, eu recomendo para alguém que esteja disposto a ter uma leitura cansativa, porém com a recompensa de abordagens significativas sobre o padrão de corpo imposto as mulheres.
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Faluz 17/11/2022

A Gorda - Isabela Figueiredo
Romance delicioso, bem escrito com ideias elaboradas de maneira cômico/poéticas. Uma leitura imersiva que vai exigindo a nossa atenção de maneira envolvente.
O título nos sugere uma expectativa que na realidade não se sustenta. Ao iniciarmos a leitura nos parece um dilema exclusivamente sobre uma força de vontade que não se impõe. µas na realidade a personagem é sim uma pessoa de determinação.
O livro se apresenta em capítulos com a epígrafes sobre os cômodos da casa que a personagem mora desde a juventude. E de maneira divertida apresenta uma Epígrafe sonora com músicas tão díspares mas que falam sobre amores impossíveis.
Destaca-se a beleza de construção das ideias que Isabela consegue fazer num texto que tem narrativa não linear e que nos toca profundamente.
Livro delicioso de ler.
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Silvio 16/11/2022

"... romance tão engraçado quanto cruel..." Não tem nada de cruel, muito menos de engraçado! A protagonista é mulher gorda e mais nada. Ela estudou, trabalhou, viajou, passeou, namorou, transou como todas as demais. Alguns percalços, alguns reveses na vida como todo mundo; o fato de ser gorda em (quase)nada atrapalhou sua vida. Sofreu algumas gozações, algumas rejeições, mas nada excepcional. Que gordo, magricelo, careca, baixinho, usuário de óculos, etc. e tal nunca passou por uma situação semelhante? Quem nunca se desentendeu com os pais, namorado(a), patrão, professores?
Trechos extremamente repetitivos, tipo: "...vá embora, acabou, deve ir embora, acabou aqui, vá embora porque deve ir, assim que tem que ser, vá embora que acabou..."!!
Longos trechos com grandes e muitos desvios de assunto; inicia falando sobre algo e passa a falar sobre muitas coisas totalmente diferentes sem ligações entre si.
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Luisa Aguiar 25/10/2022

Incrível
A gorda

É um livro sobre a vida da minha meia xará, Maria Luisa. Seu corpo, sua casa, seus pais, seu amor, sua solidão, seu desamor, sua inteligência, sua gordura, seu lugar no mundo, sua falta de lugar no mundo.

É também sobre Moçambique, Portugal, racismo e preconceitos. Sobre não pertencer, sobre desaparecer,  ser engrenagem da sociedade, não mudar, sonhar, ter pesadelos, perder, tentar se achar. É triste.

Isabella Figueiredo consegue misturar tempos passados e presentes de uma maneira brilhantemente desorganizada. Que maneira incrível de escrever. Fecho as páginas já com vontade de ler mais livros dela. Li caderno de memórias coloniais, amei.

Não tem outro, acabo de procurar... torço para que o próximo esteja sendo escrito.
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Carollice 04/04/2024

Pra refletir sobre a vida
É um livro denso, por isso demorei muito pra terminar de ler. A história é bem tocante e a forma de narração deixa isso aflorado. As vezes pode ser maçante e outras instigante, tal como a vida.
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Jamila 09/08/2020

Achei que era uma coisa, mas era outra
Quando adquiri o livro, fiquei empolgada pelo título, achei que iria focar na questão do peso.
Mas ao longo do caminho percebi que o peso era mais uma questão de pano de fundo.
Mas mesmo assim, gostei muito da narrativa. Em alguns momentos se arrasta, mas nada que prejudique a leitura.
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Lusia.Nicolino 09/01/2020

"Mera ficção e pura realidade"
Maria Luísa emagreceu 40 quilos. Viveu a experiência de ser gorda em um mundo onde só o “homem tem direito a ser grande”, como ela define.

Isabela nos alerta já no prefácio: na história, tudo é mera ficção e pura realidade, já que ela mesma, como a sua personagem, se submeteu a um procedimento de redução de estômago.

Conhecer Maria Luísa, suas venturas e desventuras é uma delícia. A construção da história, sem pieguices ou lamentações, é um encontro com a realidade pautada na inteligência e bom humor, no que pode ser decidido e no que é consequência daquilo que não controlamos. Uma escrita fluída, inteligente, leitura muito prazerosa.

Os cômodos da casa onde vive A Gorda dão nomes aos capítulos. Personagem nada caricato, profundo, verossímil. Como seu corpo é sua morada, somos convidados a entrar e é preciso tomar cuidado para não pisar, não sujar, não errar o caminho, não deixar rastro. Há um ir e vir no tempo, outros personagens que vão imprimindo suas marcas e a quem amamos ou odiamos. Por nós ou por ela?

Além da pressão estética, óbvia desde o título da obra, há espaço para abordar temas como política, racismo, imigração, sem militância ou bandeiras fincadas. Você vai amar conhecer essa mulher, que além de tudo, ama os cães. Ganha também uma playlist, descubra!

Quote: “Ganho assim o tempo necessário para o distanciamento e desapego, porque o que fica longe da vista se vai inexoravelmente afastando do coração. Não está nas minhas mãos. É a lei da sobrevivência.”

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Thais.PantaleAo 17/03/2024

Registrando para não esquecer
Foi o sexto livro do ano e, provavelmente, o menos preferido. Porém, certamente, o que mais me atravessou.
Esse livro me atravessou de tantas formas e em tantas fragilidades que vai de menos preferido para o mais importante até aqui.
Uma leitura difícil tanto em sua construção, cheia de palavras que nunca tinha visto, quanto como espelho refletindo um monte de coisas que não gostaria de encarar.
No fim, de tanta angústia enclausurada em 204 páginas, terminei a história satisfeita e mais distante dos paralelos entre nós, apenas feliz de ter aprendido um tanto e de tê-lo feito parte da conquista de uma meta pessoal? um livro por mês, e esse já é o sexto do ano.
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Marina412 21/07/2022

Um livro extremamente interessante, porém, ao meu ver, faltou aprofundar mais na vida da protagonista.
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Inês Montenegro 22/05/2019

"A estrutura é curiosa: em vez da divisão por capítulos propriamente ditos, temos partes da casa. Cada secção começa por descrever, numa mancha gráfica distinta à do restante texto, qual a posição do compartimento em questão na planta geral da casa. Penso ter sido a intenção que, nas secções que lhe correspondem, o espaço da casa naquela divisão textual seja usado, recordado, ou encarado como o local de evento importante e /ou com algum hábito que ali se marcou, e que a protagonista recordará, mas nem sempre essa ligação é evidente ou perceptível na narrativa geral. (...)"

Opinião completa em:

site: https://booktalesblog.wordpress.com/2019/05/22/a-gorda-isabela-figueiredo/
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7aura 10/05/2024

A Gorda
O livro acerta em não pesar prolixamente a história da personagem principal com floreios, reflexões e boas metáforas, entretanto, muitas informações desnecessárias de personagens enfadonhos são apresentados com mais destaque do que o necessário. As cenas de relações íntimas não são bem escritas e, na minha visão, apresenta uma descrição carnal quase animalesca. Sou leitora de Isabela Figueiredo e recomendo o livro Caderno de Memórias Coloniais que é superior em narrar com majestade e verosimilhança um racismo colonial e uma trama envolvente.
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Aline Marques 24/12/2018

Aprisionada pelo preconceito [IG @ousejalivros]
Dar-se-á o futuro como o imaginamos.

E caso não o faça, como amadurecer e enfrentar o presente que agora invade os cômodos da vida que construimos para nós?

Maria Luísa é uma moça cheia de personalidade e sonhos. Filha amada, aluna exemplar e cidadã em formação, compreende, desde cedo, que o mundo não a aceita como é e, portanto, deve se contentar com o que lhe for entregue, independente do que for.
Sua posição política (e social) é clara e não teme extravasar sua voz, enfrentando com altivez determinação tudo o que lhe desagrada. Seu corpo não recebe o mesmo tratamento, constantemente a relembrando de todos os padrões que jamais alcançará e de todo o espaço que passou a ocupar.

"[...] Todo esse discurso confirmava a minha impossibilidade de inclusão no mundo feminino. Eu não era uma mulher, mas uma massa disforme de carne sem valor."

Figueiredo, com um humor mordaz e uma sagacidade admirável, explora a vida e aparência de sua personagem, entregando uma história tão atual quanto poderia ser, provocando o leitor a rever antigas perspectivas e aguçar o olhar para novas situações que, direta ou indiretamente, afetam o tal do futuro que imaginou para si.

Os maneirismos da língua portuguesa de Portugal são um impasse para leitores que não estão acostumados, influenciando o ritmo da leitura e a compreensão total do texto, mas não é algo irremediável. A opção da editora em não traduzí-lo aproxima a protagonista das mãos que suportam o peso de sua narrativa, transportando-o para um lugar cultural e socialmente distinto, valorizando ainda mais a experiência.

Um livro como nenhum outro, capaz de enfrentar toda uma geração mantida pelas aparências, confessando aquilo que obstinadamente insistimos em calar.
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Pamela.Baena 19/12/2018

Um livro dolorido.
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