Tanques e togas

Tanques e togas Felipe Recondo




Resenhas - Tanques E Togas


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gangafefe 28/11/2022

Santos
Nunca conheci um santo em minha vida, e em Tanques e Togas, Felipe Recondo expõe que ele também não os encontrou pesquisando sobre o STF durante os anos de repressão militar. Os Ministros foram, como todos nós, demasiadamente humanos, ambiciosos, covardes, gananciosos, soberbos, extremamente litúrgicos e protocolares, mostrando assim as vicissitudes que a espécie possui como um todo.

Assim como também foram generosos, caridosos e humanos, dentro do possível, em um esquema de concessões e retrações, visando à manutenção do STF funcionando como possível, concedendo os remédios nas situações adversas que se construíram quando as garantias constitucionais caíram.

Com tudo isso, percebo que o jogo institucional é assim, um tanto engraçado e um tanto indispensável, para manutenção e funcionamento do que é a vida política humana, as duas propriedades do ser humano, de ser sagrado e profano, convivendo diretamente com as engrenagens que a espécie inventou para si.
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Josué Brito 14/02/2021

Leitura para tempos sombrios
Cada nova alvorada política traz medos e ameaças para uma democracia tantas vezes combalida e levada ao chão por aqueles que dizem a defender contra "corruptos" invisíveis ou visíveis. Em 2021, mais uma vez nossa democracia é ameaçada. Desta vez, por um governo armamentista liderado por um presidente desequilibrado e um congresso composto por velhacos aproveitadores. A quem recorrer? Ao STF, afinal é ele o guardião da constituição e um baluarte dos direitos fundamentais.
A história, contudo, mostra que o STF nem sempre foi esse refúgio. Quando não fora conivente aos golpismos, dele foi um subordinado pela força das armas.
Durante a ditadura de 1964-1985, o STF não possuía meios de se defender da interferência do executivo. Seus juízes, Victor Nunes Leal, Evandro Lins e Hermes Lima, foram apeados de suas cadeiras diante de um tribunal silente, uma verdadeira repartição do Planalto.
Este grandioso livro do jornalista F. Recondo é um retrato único sobre uma nuance pouco explorada que é a atuação do tribunal durante os anos de chumbo. Literatura necessária para os tempos de hoje. É um lembrete de como as armadas e o executivo nunca devem se confundir, afinal o poder é muito sedutor e algum dia alguém pode requerer as armas do tribunal. Temo, diferente do contexto do presidente Ribeiro da Costa, que, nos nossos tempos, o golpista há de requerê-las ao primeiro tiro de canhão.
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Michel Pinto Costa 18/03/2022

O Brasil era, é e será sempre cansativo
O livro traz boas histórias e eventos importantes do Supremo Tribunal Federal durante a Ditadura Militar.
A divisão dos 3 poderes no país era desequilibrada.
Com o STF frágil, muitas vezes havia a necessidade de baixar a cabeça para proteger o órgão.
Ao contrário de hoje, em que o STF se fortaleceu a pendeu a balança dos poderes para o seu lado, em razão da incapacidade do Legislativo ser protagonista dos debates da sociedade e do Executivo ser mero personagem político com interesse tão comente em Poder.
Analisando comparativamente os personagens do livro com os personagens pós-2000, mudou o equilíbrio, mas os interesses pessoais continuam sobressaindo ao público.
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Joaquim 08/04/2019

Bela pesquisa
Uma obra que nos ajuda a compreender o STF de hoje, bem como os tempos da ditadura militar. Uma pesquisa jornalística competente e imparcial, que traz momentos dramáticos da Corte nos obscuros tempos ditatoriais.
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luanivea 23/09/2022

Li para um grupo de estudo e achei bem interessante ler sobre o que aconteceu com o stf durante a ditadura.
Achei algumas coisas confusas durante a leitura, mas curti bastante, principalmente a discussão do livro, foi esclarecedora.
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Ale Giannini 02/10/2018

Essencial
Essencial para que você conheça os bastidores do golpe militar e o papel do judiciário

Não pretendo ler mais do autor. Achei cansativo.
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Romeu Felix 24/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro "Tanques e togas: O STF e a ditadura militar - Arquivos da Repressão no Brasil" de Felipe Recondo, conta a história da atuação do Supremo Tribunal Federal durante o período da ditadura militar no Brasil. A obra apresenta uma pesquisa minuciosa dos arquivos da repressão, que foram abertos ao público em 2011, e analisa as decisões do STF e o comportamento dos ministros em relação aos abusos cometidos pelo regime militar.

Fichamento:

Capítulo 1 - O golpe e a ditadura
O primeiro capítulo aborda o contexto político que culminou no golpe militar de 1964 e as primeiras medidas do regime instalado. A atuação do STF durante o período pré-golpe é analisada, assim como a composição do tribunal durante a ditadura.

Capítulo 2 - Ato Institucional nº 2
O AI-2 foi um dos principais instrumentos do regime militar para consolidar o poder. O capítulo descreve a reação da sociedade civil e a postura do STF em relação ao ato.

Capítulo 3 - Atuação do STF durante a ditadura
Este capítulo é dedicado à análise das decisões do STF em relação aos casos de violação dos direitos humanos cometidos pelo regime militar. São apresentados casos emblemáticos, como a prisão de estudantes da Universidade de Brasília e a repressão à guerrilha do Araguaia.

Capítulo 4 - Ameaças ao STF
O quarto capítulo trata das ameaças que o STF sofreu durante a ditadura militar e as estratégias adotadas pelos ministros para preservar a instituição.

Capítulo 5 - A abertura política e a redemocratização
O último capítulo apresenta o processo de abertura política e a redemocratização do Brasil. A atuação do STF durante a transição é analisada, assim como as consequências da ditadura para a justiça brasileira.

Conclusão
Na conclusão, o autor sintetiza os principais pontos abordados no livro e faz reflexões sobre a importância da análise da atuação do STF durante a ditadura militar para a compreensão da história do Brasil.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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