Resenhas - Odisséia

Joao.Gabriel 17/01/2023

Odisseus - aquele que se enfurece, colérico. Diferente de sua mentora: Atena, que é a Deusa da Sabedoria.
Em Latim, se chama Ulisses, que etimologicamente significa "aquele que foi ferido na coxa". E a coxa, como símbolo, representa a carne humana e seus instintos primitivos. Talvez por se tratar do maior músculo corporal, retém ali a maior parte da carne. Dizem que Dionísio nasceu da coxa de Zeus, também.
Ou seja, a Odisseia é:
História de todos os seres humanos voltando para sua verdadeira identidade espiritual, sua essência.
Em uma breve aula, de Lúcia Helena Galvão, essas interpretações são entregues.
E não consigo discordar.

Por ser um mito, dá pra entender como Homero, o aedo, transforma essa narrativa épica em uma narrativa particular multiversal. É o mito do Ser enquanto errante e perdido entre suas entranhas instintivas, atravessando o poderoso Posêidon que o balança e faz parar em ilhas de conhecimento pessoal e espiritual.
Por isso ecoa até hoje e sempre irá ecoar.

Golbery 14/01/2023

A falta que faz um GPS
Gente, é brincadeira! Eu só não me contive e soltei essa loada do GPS!

Elogio demais essa edição da Penguin Companhia. Com certeza comprei outros livros desta coleção. A tradução faz a leitura fluir.

Sabemos que no original são versos e que Homero é poesia. Muita coisa se perde na tradução mas eu gostei bastante desta versão.

Outro ponto é que é bem mais gostosinho ler a Odisseia do que a Iliada. Acredito que aprendi um bocado sobre a cultura grega antiga lendo esses dois livros. Recomendo demais!

Lu 07/01/2023

Uma mão na roda.
Tenho dificuldade com poesias.
Esse livro adaptado em prosa foi uma mão na roda!
A leitura é simples e as aventuras e desventuras do Ulisses são muitas.
Leitura divertida.

Andrey 06/01/2023

"são eles, pela sua loucura, que sofrem mais do que deviam!"
A Odisseia narra os vários acontecimentos posteriores ao fim da guerra de Troia e, principalmente, as dificuldades sofridas por Ulisses (o Odisseu) ao tentar retornar para sua terra, Ítaca. Ademais, está inclusa no poema a chamada "Telemaquia", na qual contemplamos o amadurecimento do filho do feérico Ulisses de mil ardis, Telêmaco, guiado numa empreitada pela deusa de olhos esverdeados, Palas Atena ? também mentora de seu pai.

Quanto ao enredo todo, é possível afirmar, junto ao professor José Monir Nasser, que esta é uma obra quase que cinematográfica, hollywoodiana, uma vez que nos imerge completamente na história e dá asas à imaginação, desenhando em nossas mentes todos os cenários criados pela pena de Homero. Cada canto gera uma diversidade de sentimentos, porém, não imaginei que a alegria predominasse durante grande parte da leitura; houve momentos em que gargalhei com as peripécias e astúcia do Laertíada. Malditos sejam os "intelectuais" pedantes que transformam livros como este em grandes tratados filosóficos com interpretações absurdamente complexas, quando, na verdade, são apenas estórias imbuídas de divertimento, tradições e costumes ? obviamente, também repletas de beleza e qualidades literárias superiores à totalidade dos best sellers contemporâneos.

Quanto à forma narrativa, como bem destaca Erich Auerbach em "Mimesis", é magnificamente feita em primeiro plano; mesmo em meio às inúmeras digressões apresentadas, o poeta não traz as reminiscências do passado tratando-as como tal, todavia, faz com que as enxerguemos ocorrendo no presente momento, como se todo relato fosse um acontecido contemporâneo. Ademais, o estilo homérico não deixa espaço para lacunas: todos os personagens (aos quais não faltam patronímicos e epítetos), acontecimentos e locais são detalhados de maneira bela e precisa; não há elemento insignificante o bastante para não merecer ser mencionado com maestria.

Sem sombra de dúvidas, a leitura da Odisseia, uma estupenda comédia (no sentido original da palavra, a saber, quando as coisas saem como o esperado), mostrou-se como sendo demasiadamente mais simples que a da trágica e magnífica Ilíada. Ainda, posso afirmar que minha admiração pelos épicos cresce exponencialmente a cada livro. Portanto, me vejo na obrigação de adicionar a segunda epopeia do extraordinário aedo à minha lista de favoritos... Fundamental e essencial.

Vanessapnasc 02/01/2023

Ok
A tempos queria ler este livro, criei bastante expectativa. E creio que por conta disso o mesmo não me arrebatou como esperava?
A versão que li é Poc também, as histórias são sensacionais e o apelo visual que a narrativa conduz é excelente! Mas é isso.

Jadgy 31/12/2022

Um clássico é um clássico
É um livro de aventuras, dependendo da tradução pode ser difícil de ler, mas tem alguns textos fluidos para quem nunca leu uma epopéia.

Porsani 31/12/2022

Clássico dos clássicos
Livro atemporal, clássico dos clássicos. Excelente leitura, boa construção dos personagens e do enredo... Recomendo

plenitudinis 31/12/2022

O poema cantado por Homero é uma experiência intrigante para quem como eu não possui o costume de ler esse tipo de narrativa. Apesar da dificuldade interpretativa que muitos versos, elegantemente elaborados, provocam, a edição - rica em conteúdo - possui todos os meios para orientar o leitor, desde a intro sobre as consequências da guerra de Tróia na jornada de Odisseu, a relação dos personagens, notas do tradutor nos mais de vinte cantos, ao posfácio sobre Homero e a autoria da epopéia. Não há muito que eu possa dizer de um manuscrito grego épico e reconhecido a não ser recomendar a edição da Ubu, tão bem organizada e traduzida.

Alê Guimarães 29/12/2022

Clássico na gênese do nome
Odisseia é um clássico, pois dimensionou a estrutura da narrativa ocidental. A fonte onde todas as ficções foram beber e ainda é forte e inspiradora.

João 28/12/2022

Livro ótimo, porém estrutura ruim
Pelo mesmo motivo de "Ilíada", foram 4 estrelas. A história é muito boa e, particularmente, é menos difícil de entender em comparação com o anterior. Faltaram pelo menos as traduções no rodapé, fora isso o livro é muito bom.

Edoarda 20/12/2022

Enquanto a Ilíada é repetitiva em muitos momentos, a Odisseia é simplesmente deliciosa, por ter uma cadência de fatos decorridos com o ardiloso Ulisses (ou, originalmente, Odisseu). Certas desventuras são tão curtas na narrativa que dá dó - e a vontade que fosse um livro de prosa, não poesia.

Patti Vieira 19/12/2022

"...que palavras atravessam a barreira dos teus dentes."
Uma leitura que me envolveu muito, mas, para quem não tem o hábito de ler, pode ser um pouco cansativo, pois se trata de um poema épico do século VIII a.C. É muito interessante perceber a cultura grega da época, seus costumes, suas crenças nas divindades da mitologia grega e como estes, por sua vez, traçam o destino de Ulisses. Uma epopéia que inspirou e influenciou muitos outras obras da literatura ocidental por séculos e que até hoje permeia narrativas e o imaginário coletivo.

Mp28Rangel 12/12/2022

Excelente obra da literatura clássica!!!
A Odisseia é a continuação da história da Ilíada (A guerra de Tróia), onde o personagem principal no livro, Odisseia conhecido como Odisseu, também chamado em algumas versões como Ulisses busca após 10 anos de luta na região de Tróia retornar juntamente com seus companheiros a ilha de Ítaca. Porém, devido a um descontentamento por parte do deus Poseidon com o rei da Ilha de Ítaca, no caso, com Odisseu, ele e seus companheiros passarão por diversas situações que vão deixar as suas vidas sempre próximos da morte em praticamente todos os momentos. Curiosidade... Daí surge o termo: "Estou vivendo uma odisseia". Essa frase, entre outras nos dias atuais são usadas para expressar a ideia de algo longo e difícil.
Em suma... O livro é excelente!!! Leitura perfeita para quem gosta de mitologia, em especial a mitologia grega.

samucacn 09/12/2022

A Odisseia, assim como a Ilíada, é um poema elaborado ao longo de séculos de tradição oral, tendo tido sua forma fixada por escrito, provavelmente no fim do século VIII a.C. A linguagem homérica combina dialetos diferentes, inclusive com reminiscências antigas do idioma grego, resultando, por isso, numa língua artificial, porém compreendida. Composto em hexâmetro dactílico era cantado pelo aedo (cantor), que também tocava, acompanhando, a cítara ou fórminx, como consta na própria Odisseia (canto VIII, versos 43-92) e também na Ilíada (canto IX, versos 187-190).

O poema relata o regresso de Odisseu, (ou Ulisses, como era chamado no mito romano), herói da Guerra de Troia e protagonista que dá nome à obra. Como se diz na proposição, é a história do ?herói de mil estratagemas que tanto vagueou, depois de ter destruído a cidadela sagrada de Troia, que viu cidades e conheceu costumes de muitos homens e que no mar padeceu mil tormentos, quanto lutava pela vida e pelo regresso dos seus companheiros?. Odisseu leva dez anos para chegar à sua terra natal, Ítaca, depois da Guerra de Troia, que também havia durado dez anos.

A trama da narrativa, surpreendentemente moderna na sua não-linearidade, apresenta a originalidade de só conservar elementos concretos, diretos, que se encadeiam no poema sem análises nem comentários. A análise psicológica, a análise do mundo interior, não era ainda praticada. As personagens agem ou falam; ou então, falam e agem. E falam no discurso direto, diante de nós, para nós ? preparando, de alguma forma, o teatro.Os eventos narrados dependem tanto das escolhas feitas por mulheres, criados e escravos quanto dos guerreiros.

A influência homérica é clara em obras como a Eneida, de Virgílio, Os Lusíadas, de Camões, ou Ulysses, de James Joyce, mas não se limita aos clássicos. As aventuras de Ulisses, a superação desesperada dos perigos, nas ameaças que lhe surgem na luta pela sobrevivência, são a matriz de grande parte das narrativas modernas, desde a literatura ao cinema.

Em português, bem como em diversos outros idiomas, a palavra odisseia passou a referir qualquer viagem longa, especialmente se apresentar características épicas.

Leciane.Castilho 03/12/2022

Ilíada
Esse livro, até o momento, é o mais especial da minha vida. ?
Homero narra nos cantos todas as batalhas heróicas e os conflitos divinos de uma forma tão linda que você se sente em uma viagem, acompanhando tudo que houve em Tróia como se estivesse lá e fizesse parte da tripulação.
Mas o ponto alto pra mim foi a dor de Aquiles pela perda de Patroclo. :(
Nunca li nada mais bonito e romântico que o luto do grande herói por seu companheiro, É LINDO, confesso até que chorei, não por tristeza, mas por ser realmente emocionante e atemporal.