Achados e Perdidos

Achados e Perdidos Luiz Alfredo Garcia-Roza




Resenhas - Achados e Perdidos


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Claire Scorzi 22/09/2009

Título bem escolhido
O título não poderia ser mais adequado: Achados e perdidos. Ao longo do romance, tudo se perde e se acha: pessoas, objetos, esperanças, objetivos... A exemplo do que fez em "O Silêncio da Chuva", também aqui Luiz Alfredo Garcia-Roza usa o recurso de cruzar crimes com intenções diferentes por indivíduos diferentes; ou seja, uma ocorrência policial que poderia ser simples, mas que se complica porque se mescla a subtramas e interesses vários.
Como sempre, Garcia-Roza consegue escapar das frases feitas e mantém um ritmo invejável na narrativa: esta não é abrupta, privilegiando a ação em prejuízo da criação de atmosfera ou da verossimilhança dos personagens, nem tampouco é recheada de pausas e caprichos estilísticos que podem "soar bem" para um certo tipo de crítico - mas que tornam a história policial arrastada e até chata. Não: ele mantém seu ritmo, seu 'timing' com perfeição. As páginas finais são devoradas em busca da solução e pela ansiedade que a leitura nos transmite, uma boa qualidade num romance policial.
A notar, apenas, duas coisas: algumas repetições de informação que parecem desnecessárias (uma falha na revisão final?), deixando o livro menos enxuto do que poderia; e uma suspeita que me assaltou ao terminar a leitura: aqui, como em "Uma janela em Copacabana" os envolvimentos eróticos do detetive Espinosa parecem obedecer a um destino fixo: se a mulher com quem Espinosa se deita é moralmente questionável - adúltera ou prostituta - seu destino é um só: ser assassinada. As outras escapam. Moralismo do autor? Ou inconscientemente esse deseja 'apagar' as transgressões do seu protagonista matando as mulheres com quem errou? Fica a dúvida. Um pouco menos de disponibilidade sexual do herói - ao menos, um pouco de mais critério - soaria melhor. E não deixaria uma impressão dúbia.
Érika dos Anjos 22/09/2009minha estante
Fico feliz que vc também tenha se tornado fã do Garcia-Roza. Vc já viu o filme Achados e Perdidos? É apenas 'levemente' baseado no livro, mas eu gostei. Principalmente, pq tem o meu amado Fagundes em ótima forma! Se puder dê uma olhada. Beijos


Wenceslau_Teixeira 09/03/2013minha estante
Excelente resenha. Eu havia adquirido o livro por já ter lido outro livro do Luiz Alfredo e ter gostado muito. A resenha da Claire fez ele pular a fila !

Sds bibliofilas

Stanislaws




Thiago275 04/11/2022

O que importa não é o final
Noite de sexta-feira em Copacabana. O ex-delegado Vieira sai quase completamente bêbado de um restaurante. Ele está acompanhado de Magali, uma prostituta com a qual tem uma espécie de “amizade colorida”. Ao entrar no táxi que vai levá-los para casa, nenhum dos dois percebe que a carteira de Vieira cai no chão.

Ela vai ser encontrada por um menino de rua, que pega apenas o dinheiro, não se importando com os documentos que estão ali. Ele larga a carteira novamente e outra pessoa vai encontrá-la. E essa pessoa sim vai usar os documentos do ex-delegado.

No outro dia, Magali é encontrada morta em seu apartamento, amarrada com o cinto de Vieira. O ex-policial alega não se lembrar de nada por causa da bebedeira. E o Delegado Espinosa, amigo de Vieira, vai ter que descobrir se o assassinato tem ligação com uma série de acontecimentos estranhos, como achaques a traficantes daquela região, a morte de meninos de rua e o uso dos documentos perdidos feito por alguém misterioso.

Esse é o segundo livro policial de Luiz Alfredo Garcia-Roza, publicado pela primeira vez em 1998. Gostei mais da leitura desse romance do que da estreia do autor, O Silêncio da Chuva. Mas também percebi que a graça dos livros de Garcia-Roza não está na solução do mistério, mas sim no clima noir que ele consegue impor a Copacabana, mesmo em meio às tempestades de verão.

O Delegado Espinosa também tem um charme todo especial. Para nós, leitores, é muito fácil se identificar com o protagonista, que também é um amante dos livros. Em certo ponto da história, por exemplo, ele reflete sobre como a organização da sua biblioteca está terrível e em como ele está precisando urgentemente de uma estante nova. Quem nunca?

Por fim, para os fãs do gênero, é muito bom ler romances policiais ambientados no Brasil, em que a estrutura policial é precária (quando não corrupta), o trânsito é caótico, os bares servem coxinha e você nunca sabe em quem pode confiar.
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Gabi 09/03/2023

Mazelas que ninguém quer ver, mas todos conhecem
Garcia-Roza foca naquele Rio de Janeiro triste que todos fingimos não ver, mas que incomoda. Meninos de rua, fome, desolação, prostituição, corrupção policial, mazelas da sociedade, questões sociais. E como muitos "pagam os patos".
É o segundo livro que leio de uma estória do inspetor Espinosa. Realmente, está mais pra inspetor ou investigador do que delegado. O desenrolar é muito amarrado, mas a estória é boa. Achei a explicação da principal morte meio jogada, final abrupto demais. Esperava mais, confesso. Mas dá pra refletirmos bastante sobre os assuntos abordados no livro.
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Fabio Shiva 17/01/2011

Aprendi muito com esse livro.
Não posso dizer que minha leitura foi imparcial, pois a leitura foi focada nos aspectos técnicos, mais que na história em si. Ler um romance policial brasileiro é uma oportunidade rara de aprendizado.

Foi um interessantíssimo passeio pelo grande salão dos espelhos. Percebi melhor meus próprios erros e acertos.

Sobre a narrativa de Garcia-Roza, penso que o seu encanto vem de uma certa qualidade onírica com que os acontecimentos vão se sucedendo. Os fatos não são encadeados por uma cadeia lógica de causa e efeito, mas como que pela vontade inconsciente do sonhador/escritor, em um jogo bem mais instigante que o da tradicional adivinhação policial. Como personagens de romance, os atores da história muitas vezes parecem bidimensionais. Como personagens de sonho, no entanto, adquirem profundidades insuspeitadas, de múltiplos e ambíguos simbolismos.

“Tão pouco índio, mas tão brasileiro!” – Já dizia Manuel Bandeira.

Viva Garcia-Roza!!!

(17.01.11)

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Lanny 24/01/2023

Reviravolta
O livro me fez pensar por vários caminhos, e me fez "des-pensar" esses caminhos também... e no final acaba sendo uma surpresa esperada. A cada página a curiosidade cresce em saber qual a ligação entre os crimes. No geral, eu gostei!
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Ricardo256 07/08/2022

Muito bom!!
Luiz Alfredo Garcia-Roza foi um escritor de romances policiais e esse foi o primeiro livro que li do autor. Simplesmente achei maravilhoso! No início eu fiquei bugado em algumas partes mas depois que você entra na história você só quer sair com o desfecho do assassinato. É um livro ambientado na região de Copacabana no Rio e é um noir brasileiro de muita qualidade. Achei o livro muito bem escrito, inclusive as cenas picantes do livro. A carga de suspense e é tão grande que você chega eletrizado até a última página do livro. Amei a experiência de conhecer o autor. Quero ler outros livros dele!
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@lipecelli 26/01/2024

5 estrelas pro Espinoza e também pro Vieira, que personagem. Segundo livro da série, vou intercalar com outros, mas devo terminar esse ano. Nacional q vale a pena a leitura.
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Igor.Banin 22/06/2020

Intrigante
Uma trama complexa que se amarra de forma magistral no final.
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Dani.Giardin 24/06/2020

Bom
Achei bom, não tão bom quanto ?uma janela em Copacabana?. O autor tem o dom de fazer a gente querer ler mais e rápido para saber a trama! Acho um ótimo passatempo!
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sotnasallim 09/05/2021

Gosto muito da escrita do Luiz Alfredo, mas não posso negar que em alguns momentos acho um pouco cansativa. Ele é bem detalhista e o Espinosa não é o típico detetive que só pega casos super especiais, sem rotina, só surpresas. O Espinosa trabalha em uma delegacia, lida com o dia a dia de um delegado de polícia, o que às vezes se torna um pouco arrastado.

Mas, de todo jeito, a história é cheia de reviravoltas, como em qualquer livro do Espinosa, além de ter críticas sociais muito bem pontuadas nos momentos certos. É o tipo de livro que te faz pensar, ficar apreensivo e criar teorias mirabolantes.

Só uma pontuação que talvez chamem de spoiler: eu prefiro o Espinosa depois que ele conhece a Irene. Ele solteiro é impressionante como em todos os casos ele se atrai por duas mulheres envolvidas no caso (pelo menos em O Silêncio da Chuva e nesse também é assim), daí ele consegue ficar com uma, mas endeusa a outra que ele não consegue ficar. O tempo todo ele fica comparando essas duas e isso me incomodou bastante nos dois livros, achei desnecessário.
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Heloiche 22/01/2021

Policial recheado de brasilidade
Definitivamente me apeguei ao detetive Espinosa do Garcia-Roza. Nesse livro novamente uma história policial super intrincada que começa com um pequeno crime mas que ganha ramificações inesperadas. Os casos são de uma brasilidade que os torna muito familiares( infelizmente) .
Vale muito a leitura.
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kaatyane 07/01/2023

Ninho de cobras
Não foi o que imaginei. Confuso, personagens nada envolventes.
Muitos personagens que deixava a história mais confusa de entender!
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Jess 21/04/2022

???
Oiii

É o terceiro livro que leio dele, sendo o segundo livro da trilogia gostei achei uma leitura bem fluida você vai lendo e nem percebe irei ler os outros e recomendo.
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Cláudia 09/02/2017

Descobrindo Garcia-Roza
Leitura dentro do prazo do meu desafio 2016, mas a resenha só consegui fazer agora, um mês depois. Culpa da correria do dia-a-dia!
Meu primeiro contato com Luiz Alfredo Garcia-Roza! Apesar de ler muitos comentários sobre seus livros, e a maioria ser positiva, desconhecia seus livros. Triste, porque li "Achados e Perdidos", Editora Planeta de Agostini, e venho aqui confessar: "por que Santo Deus, não descobri Garcia-Roza antes? Aonde eu estava esse tempo todo?"
Gostei demais. É nesses momentos que me vejo refletindo o quanto nossa literatura é rica e tem pessoas ainda que subestimam isso.Tem muita coisa boa no mercado! E engraçado que Garcia-Roza não é tão recente assim, mas por ironia do destino ainda não tínhamos nos encontrado. Agora, virei fã e vou correr atrás do tempo perdido. Vou providenciar mais livros do autor para encantarem minha estante.
Aposto todas as minhas cartas que ele vai fazer parte dos meus livros favoritos da nossa Literatura.
"Achados e Perdidos" é o segundo livro da série Espinosa, uma série de investigações que tem sempre como cenário o Rio de Janeiro.
O livro marca o retorno do investigador policial Espinosa, que já aparecera no livro anterior do autor. "O Silêncio da Chuva". O recém promovido delegado continua o homem reservado do tempo da delegacia da praça Mauá, no centro do Rio.
Neste livro, Vieira, um delegado aposentado, se vê envolvido na morte da namorada, uma "garota da noite", e no desaparecimento de um menino de rua que tem muitas informações para dar à policia.
O ritmo da narração é frenética. Tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, e você vai vagando pelas ruas do Rio de Janeiro e "quase" que se sente em casa, de tão impressionante descrição do autor.
A história é muito bem resolvida no final de tudo. Personagens vão aparecendo, desaparecendo, surpreendendo!
Adorei a maneira como Garcia-Roza vai crescendo com a história. É um livro que conheci agora, mas já estou correndo atrás dos outros exemplares, apesar de muitos já estarem esgotado e sei que só vou encontrá-los em Sebo, mas vamos lá!!!
Recomendo muito. Descubram Espinosa, decifrem Espinosa! Deem uma chance a nossa Literatura. Para quem gosta de romances policiais, fica a dica!!!

site: http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com.br/2016/10/descobrindo-garcia-roza-resenha.html
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Gláucia 28/05/2018

Achados e Perdidos - Luiz Alfredo Garcia-Roza
O assassinato de uma prostituta (Magali) envolve Vieira, policial aposentado e amigo de Espinosa que assim acaba se envolvendo no caso. Outros crimes paralelos começam a pipocar e não se sabe se tem ou não relação com o primeiro caso. Cabe a Espinosa descobrir e de quebra livrar seu amigo que é suspeito por ter sido o último a ver a moça viva.
Leitura divertida e descompromissada, valeu mais pela figura do detetive que pela trama em si.
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