A bibliotecária de Auschwitz

A bibliotecária de Auschwitz Antonio G. Iturbe




Resenhas -


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Núbia Cortinhas 10/04/2023

Fazendo a diferença mesmo estando no pior lugar.
Ainda estou impactada com esse romance baseado na vida real de Dita Adlerova. Essa menina tcheca com fogo nos olhos, pernas de garça e com um coração cheio de força, esperança, coragem e ternura.
  
   Dita é levada para Auschwitz juntamente com os seus pais. Designada para o Bloco 31, onde funciona uma escola informal liderada por Fredy Hirsch, que é uma figura inspiradora que exerce uma grande liderança e é admirado e respeitado por todos. Ele, através da observação, convida Dita para se tornar a bibliotecária do Bloco 31, responsável por 8 livros clandestinos.

   Através dessa menina cativante e da escrita fluída iremos perceber a importância e o valor da literatura num dos momentos mais sombrios da humanidade. Apesar do tema doloroso, essa história é repleta de personagens admiráveis que nos emocionarão e nos ensinarão lições profundas.

   Ao final dessa trama avassaladora o autor nos presenteia, sim, ele nos presenteia sem perder o ritmo com o Epílogo e com a Etapa Final, fechando tudo com chave de ouro que é o Anexo, permitindo-nos saber o que aconteceu com alguns personagens depois da Guerra. Aconselho a ler com atenção, anotando os nomes e fazendo o "quem é quem"  para não correr o risco de esquecer ou confundir os nomes com as personagens ( não são muitos, porém os nomes podem se tornar um pouco confusos no decorrer da história ) .
  
 
"O que a literatura faz é o mesmo que acender um fósforo no campo no meio da noite. Um fósforo não ilumina quase nada, mas nos permite ver quanta escuridão existe ao redor."
WILLIAM FAULKNER, citado por Javier Marías

"?A vida, qualquer vida, dura muito pouco. Mas se conseguimos ser felizes, ao menos por um instante, terá valido a pena.
?Um instante! Tão pouco tempo assim?
?Muito pouco. Basta ser feliz pelo tempo que um fósforo leva para acender e apagar.

Dita fica em silêncio e pondera quantos fósforos se acenderam e apagaram em sua vida. Foram muitos, ela não é capaz de contá-los. Foram muitos pequenos momentos em que a chama brilhou, inclusive na mais absoluta escuridão. Alguns desses momentos se deram quando, em meio ao maior dos desastres, ela abriu um livro e mergulhou nele. Sua pequena biblioteca é uma caixa de fósforos."
Vanessa.Castilhos 10/04/2023minha estante
Esse livro, apesar de triste, deve ser lindo!! Obrigada pela resenha, Núbia! Ficou ótima ?


CPF1964 10/04/2023minha estante
Sua resenha ficou espetacular, Nubia. Parabéns ???.


Michela Wakami 10/04/2023minha estante
Arrasou.???????????


Núbia Cortinhas 10/04/2023minha estante
Obrigada, Vanessa. A história é triste mas vale a pena, muitas lições, personagens incríveis.


Núbia Cortinhas 10/04/2023minha estante
Obrigada pelo convite para ler essa obra, Cassius! Se não fosse vc, eu não leria esse ano.


Núbia Cortinhas 10/04/2023minha estante
Obrigada, Michela! ??


CPF1964 11/04/2023minha estante
Nubia nós que agradecemos a sua participação. ??


Michela Wakami 11/04/2023minha estante
Núbia ???




Cinara... 26/04/2021

"...Eles têm nas mãos algo estritamente proibido em Auschwitz e podem ser condenados à morte se forem descobertos. Esses artefatos, tão perigosos que portá-los é motivo de pena máxima, não disparam nem são objetos pungentes, cortantes ou contundentes. O que tanto temem implacáveis guardas do Reich são apenas livros: livros velhos, desencarnados, desfolhadas e quase desfeitos. Mas são perseguidos, condenados e vetados de maneira obsessiva pelos nazistas. Ao longo da história, todos os ditadores, tiranos e repressores, fossem arianos, negros, orientais, árabes, eslavos ou de qualquer outro tom de pele, defenderam a revolução popular, os privilégios das classes nobres, os mandamentos de Deus ou da disciplina sumária dos militares. Qualquer que fosse sua ideologia, todos tiveram algo em comum sempre perseguiram os livros como verdadeira sanha. São muito perigosos, fazem pensar.

De fato, a cultura não é necessária para a sobrevivência do homem; apenas o pão e a água. Com pão para comer e água para beber o homem sobrevive, mas só com isso a humanidade inteira morre. Se o homem não se emociona com a beleza, se não fecha os olhos e põe em funcionamento os mecanismos da imaginação, e se não é capaz de fazer perguntas e vislumbrar os limites de sua ignorância, é homem ou mulher mas não é pessoa. Nada distingue de um salmão, de uma zebra ou de um boi almiscarado."

Tema difícil, mas muito bem escrito, muito fluído. Necessário!
O que eu posso falar mais sobre? Essas pessoas passaram o inferno na terra. Todo livro que leio sobre a segunda guerra me deixa impressionada com a capacidade que o ser humano tem de matar, guerrear e ser um bando de estúpidos.
O amor que a Dita tem pelos livros é de fazer chorar.
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Arthur 22/01/2022

Perseverança acima de tudo.
Fato: mais um triste livro sobre Auschwitz, campo de concentração, mortes, personagens Interesantes e esperança onde nunca se imagina que terá. Vale a pena a leitura, porque há uma ótima continuidade, pontos de vistas diferentes e detalhes na medida certa, não sendo cansativo.
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Heloisa.Chaim 20/01/2021

Incrível
Leitura envolvente do início ao fim, rico em detalhes, apresenta uma sensibilidade ao contar detalhes que nos faz viver o momento como se estivéssemos lá. Já li vários livros sobre o tema, mas poucos mexeram comigo desta forma. Super recomendo a leitura, mas já saiba que é uma leitura cheia da dura realidade da segunda guerra.
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Guilherme Dehon 23/07/2023

A Bibliotecária de Auschwitz...
Baseado na história de Dita Kraus sobrevivendo às agruras no campo de extermínio de Auschwitz, onde era a Bibliotecária do Bloco 31...

O início da história é um povo cadênciado, moroso, porém há várias passagens interessantes, frases, pensamentos que causa impacto...

"O que a literatura faz é o mesmo que acender um fósforo no campo no meio da noite. Um fósforo não ilumina quase nada, mas nos permite ver quanta escuridão existe ao redor."

"Quando as pessoas são arrebanhadas, marcadas e sacrificadas como animais, chegam a acreditar que são quadrúpedes. Rir e chorar faz com que se lembrem de que ainda são pessoas."

"O atleta mais forte não é o que atinge a meta antes. Esse é o mais rápido. O mais forte é o que se levanta cada vez que cai. O que,, quando sente dor nas costas, não para. É aquele que, quando enxerga a meta bem ao longe, não desiste. Quando esse corredor atinge a meta, ainda que chegue em último, é um vencedor. Às vezes, mesmo que você queira, não está em suas mãos ser o mais rápido, porque suas pernas não são tão compridas ou seus pulmões são mais limitados. Mas você sempre pode escolher ser o mais forte. Só depende de você, da sua vontade e do seu esforço. Não vou pedir que vocês sejam os mais rápidos, mas vou exigir que sejam os mais fortes."

"Esconder as coisas significa arrastar dia e noite uma bola de ferro pesada presa ao tornozelo."

Há um momento em que a história parece fugir do contexto e fica um pouco cansativa, com alguma lembranças das personagens e passagens de outras obras... Muitas divagações.

Porém, logo essa parte fica para trás e do meio ao desfecho, parece uma outra história.

A tensão é quase palpável e a cada página virada é uma batida mais forte do coração.

O autor conseguiu, apesar de um certo exagero, casar bem o que fantasia com fatos históricos, e entregou uma obra muito interessante.

Tive certo receio para ler este livro e também para continuar após o início da leitura...

Bom, apesar de ser uma temática muito forte e que sempre deixa um "rastro" em que lê, é algo que todos deveriam conhecer.
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Mi Rubin 06/06/2024

Eu sempre acho que já li coisas pesadas ao limite sobre o Holocausto, mas eu ainda me impressiono à cada livro que leio.

Dita, apesar de não gostar de ser chamada de heroína, fez feito incríveis no barracão 31 e mesmo sendo tão jovem, acalentou muitos.

Agora quero ler o livro escrito pela própria Dita, e imagino o quanto será ainda mais pesado, sem a parte da ficção...
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Bruna 26/02/2020

Que livro! Quem ama livros sobre Holocausto deve, de imediato, colocar este livro como meta de leitura!
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Carine.Soares 31/12/2020

Por mais cruel...por mais difícil, gosto de entrar nesse mundo da guerra, pois acredito que assim, esse cenário não é esquecido, acredito que não possa ser esquecido, deve sim ser lembrado não só por todo sofrimento e sim pela força e coragem dessas pessoas, as vezes reclamamos tanto...por tanta coisa inútil...e ao lermos histórias assim é como se fossemos sacudidos e levados de volta à realidade ! Só tenho uma coisa a acrescentar: leiam essa magnífica obra ...ela nos leva a sair da nossa zona de conforto.
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Estevam.Moraes 19/12/2021minha estante
Que livro incrível! Sobreviver a esse período foi por si só uma coisa extraordinária, essa resenha capta bem isso!! Por mais resenhas desse nível! ?




Elisabete Bastos @betebooks 31/07/2018

Romance ficção
O livro é um romance de ficção, que teria sido inspirado em um experimento nazista o bloco 31 para creche em Auschwitz, no qual o judeu Hirsch como líder transforma o lugar lúdico e de ensino para centenas de crianças e Dita é uma adolescente que cuida de 8 oito livros.

Ocorre que o autor jornalista faz uma trama, na qual Mengele passeia no campo assoviando canções, que às vezes afaga crianças.... No final, existe até uma cena que Anne Frank e sua irmã estão morrendo de tifo....

O autor afirma que teve um encontro com Dita, quando ela tinha 80 anos, ou seja o livro pronto.

Um exemplo, o Tatuador de Auschwitz, a autora mantém entrevistas por mais de 5 anos com o sobrevivente, portanto, o livro transborda emoções em cada página.

O livro da Bibliotecária transborda a mão do jornalista com o fito de ser best seller.

Portanto, não gostei.
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Nayonara 15/04/2022

O autor conta tudo com uma riqueza de detalhes, talvez por ter de fato conhecido a intitulada bibliotecária
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JanaAna 11/07/2020

Triste, como já se espera
O livro conta a história de Dita Adlerova, uma jovem que viveu os horrores de uma guerra, mas participou de um momento muito honroso sendo a responsável pelos objetos proibidos: os livros.
Dita se tornou a bibliotecária do campo familiar, onde funcionava uma espécie de escola. Apesar de tamanho sofrimento, sua relação com os livros a tornava um ser extremamente corajoso. Corria perigo para fazer os livros chegarem aos professores e também para torná- los invisíveis.
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dieizon 16/05/2022

Luta pela sobrevivência
Nesse livro vemos o sofrimento de quem enfrentou os campos de concentração alemães na pela de uma criança que teve de se adaptar e se agarrar ao imaginário de seus livros para superar o medo, a fome, as morte e o insuportável da condição humana para voltar a ter sua vida e dignidade de volta.
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edwarda79 09/07/2022

"Valentes são os que sentem medo!"
Eu confesso ainda estar muito maravilhada com essa obra, sentindo uma diversidade de sentimentos.

Comecei a leitura porque me interesso muito pelos fatos da Segunda Guerra, sendo uma grande admiradora de Anne Frank, o que não me restava dúvidas: eu preciso conhecer a Bibliotecária de Auschwitz. E eu conheci.

Edita Adlerova me mostrou que a coragem jamais deve morrer em meio ao medo e ao caos, as perdas e as vitórias, acreditar que existe mais de um caminho a ser seguido.

O livro conta como Dita foi levada para o campo de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, após ter sido forçada a deixar a sua vida em Praga por um crime terrível: ser judia. Ela e os pais foram para o gueto em Terezín, em seguida para o campo de concentração, onde Dita trabalhou ao lado de Freddy Hirsch, com a missão de cuidar dos livros. A maior riqueza e a maior bomba de Auschwitz. Em seus primeiros meses, seu pai faleceu muito adoentado, não suportando mais o próprio corpo. Com o passar do tempo, Edita e a mãe se mudaram muitas vezes. Foram para a Alemanha, Hamburgo, trabalharam em fábricas até serem enviadas para o campo de Bergen-Belsen, onde trabalhavam com outras mulheres. Nesse mesmo campo, no mesmo barracão, sofria de tifo a jovem Anne Frank, a qual não era amiga, mas que a viu morrer aos delírios da terrível doença. Mais tarde, conheceríamos a jovem através da obra publicada por seu pai: O Diário de Anne Frank. Mas, em um abençoado dia, um grupo de soldados britânicos invadem o barracão e anunciam o fim da guerra. "Vocês estão livres." Liesl foi levada para um hospital de campanha para que pudesse se recuperar, mas ao decorrer dos dias a sua situação apenas piorava, levando-a a morte. Dita achou "injusto" a mãe "esperar" a guerra acabar para poder morrer. Decidida, ela volta para casa. Se é que ainda tinha uma. Conhece o amor de sua vida e formam a sua família feliz.

Obrigada, Dita Kraus por me apresentar a sua história, os seus medos e os seus segredos. Sei que hoje está feliz em sua casa, sua morada. Gostaria que Anne também tivesse tido a mesma sorte. Aposto que seriam grandes amigas.

Me despeço dessa obra com um dos trechos que mais me marcaram. Apesar de terem sido muitos, este aqui tem algo em especial...

"? Então vamos rezar.

? Tente.

? Você não vai rezar?

? Rezar? A quem?

? A quem poderia ser? A Deus. Você também deveria fazer isso.

? Centenas de milhares de judeus rezam a Deus desde 1939 e ele não escutou ninguém.

? Talvez não tenhamos rezado o suficiente, forte o bastante para que ele nos escute.

? Ora, Margit. Deus sabe se pregamos o botão de uma camisa no sabá para nos castigar e não sabe que estão matando milhares de inocentes e que outros milhares são mantidos como prisioneiros e tratados piores do que cães? Acha mesmo que ele não sabe?

? Não sei, Dita. É pescado questionar Deus.

? Bom, então sou uma pecadora.

? Não fale assim! Deus vai castigá-la!

? Mais?

? Você vai para o inferno.

? Não seja ingênua, Margit. Já estamos no inferno."
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