Catálogo de perdas

Catálogo de perdas João Anzanello Carrascoza




Resenhas - Catálogo de perdas


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Maria.Helena 05/05/2018

Que beleza.
Um livro delicado, que fala das diversas perdas que permeiam nossas vidas. Cada capítulo - cada " perda" - é representado por um maravilhoso trabalho fotográfico.
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Wal - Ig Amor pela Literatura 16/02/2019

Tudo que vai ficando pelo caminho...
Catálogo de Perdas. Um livro sobre delicadezas, tristezas, ausências, silêncios, um livro sobre perdas - efêmeras ou definitivas. A associação de fotos cheias de sensibilidade, feitas pela Juliana Carrascoza, com textos saídos da mente, não menos sensível, do João Anzanello Carrascoza. Uma foto, um texto, muitos sentimentos.

Domingo, eu lia esse livro e coincidentemente visitava minha cidade natal. Essas fotos foram feitas na rua em que eu morava na minha infância, mas essa não é mais a mesma rua – encantos foram perdidos no caminhar do tempo. Observo cada detalhe e não vejo eu e meus amigos correndo nos mágicos pega-pegas das noites enluaradas, o passado raptou aqueles pequenos encantamentos. Minha antiga casa, ah minha casa... não existe mais. Outra construção se ergueu, mas cadê minha janela?, ela também se perdeu nas horas que ficaram esquecidas naquele pretérito cheio de sonhos. A janela sumiu, era de lá que eu via a rua viver, era debruçada naquele peitoril que eu também enxergava a feira, via passar o vendedor de jabuticaba, brincava com Ambrósio que vagava com sua doce loucura por vezes tão incompreendida... era ali que eu mirava a alegria desfilar sem trégua.

O livro fala disso - a vida passa e aos poucos vamos deixando muitos afetos nas bermas dos nossos caminhos, mas às vezes um velho paralelepípedo faz a realidade tropeçar e todas essas lembranças voltam para reavivar saudades já aparentemente esquecidas.

No texto chamado “Chá de Camomila”, a filha conta que a mãe não tinha vastos conhecimentos,não entendia de muitas coisas do mundo, mas sabia tudo à respeito dela – “Minha mãe não sabia nada das leis da física; nem dos motivos da crise econômica do país; nem de livre docência, mas sabia tudo de mim. Quando eu voltava da faculdade, desanimada, ela fazia uma xícara de chá de camomila. Colocava-a à minha frente e permanecia em silêncio, a me mirar com seus olhos de mar aberto."

Lembrei do meu pai,analfabeto funcional, mas graduado na faculdade de dar todo o amor do mundo para mim e minha irmã.Os textos nos remetem a muitas lembranças - um livro lindo, feito por quem entende os mistérios da alma, poesia desfilando em prosa e imagens belíssimas.
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Chris Silveira 26/01/2021

O melhor de Carrascoza... De novo!
Eu havia dito que Diário das Coincidências era a obra do Carrascoza que eu mais tinha gostado, mas depois de ler este Catálogo de Perdas tenho novo preferido. É uma obra tão singular, com um projeto gráfico diferenciado. São contos sobre dor, luto, perdas, dispostos em ordem alfabética, segundo seus títulos. Cada conto acompanha uma foto. Esteticamente agradável, literariamente potente.
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Fabricio.Macedo 30/05/2022

É assim a vida. Vêm os ganhos e junto deles as perdas. Para cada pessoa numa proporção. Há ganhos e perdas bons e outros nem tão bons; ruins ou quase isso. Alguns ganhos vêm para o mal. Assim como há perdas para o nosso bem. É a vida. Leitura leve e reflexiva. Contos que passeiam entre a ficção e a realidade.
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Leandro Emanuel 03/01/2023

Simplesmente emocionante
Este é um trabalho delicado e muito bem executado pelos autores, um casal, composto por um escritor e uma fotógrafa, que unem o elemento gráfico e descritivo, de modo a construir um conceito definido pela palavra: SENTIR.

Por mais frio que seja o leitor, essa coletânea de contos explora todos os lados e tipos de perdas, fazendo com que seja inevitável sentir. Dor, saudade, identificação, orgulho ou qualquer sentimento que o possa fazer chorar.

Cada uma das histórias é única e real, mesmo que na prática não sejam inspiradas ou dedicadas a um acontecimento fatual. Isso significa que a captura de momentos cotidianos é aqui um exímio trabalho.

Pode ser um ótimo livro de cabeceira pelo cunho simples e rápido das narrativas, recomendo a leitura para cada pessoa que se arrisque a estar vulnerável por uma linda experiência literária.
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