Maris 04/01/2010
Agatha Christie escreveu mais de oitenta livros. Eu me pergunto se ela conseguiu a proeza de fazer com que todos eles fossem tão surpreendentes quanto os que li até agora. Este aqui, claro, não é uma exceção. Tanto que, como quase sempre nas obras dela, não consegui prever o final. Infelizmente não posso falar muito sobre a trama sem estragar surpresas, mas creio que nada me impede de falar sobre a estética dele, que por sinal é um de seus pontos fortes. Os romances policiais de Agatha são bons quando ambientados em qualquer lugar, com quaisquer personagens, mas é sempre mais empolgante quando ela faz escolhas interessantes esteticamente, como em A Noite das Bruxas e todo o clima de Halloween num vilarejo afastado, e agora neste com milionários russos, dançarinas russas, jóias russas, ladrões russos, tudo criando uma atmosfera de frieza, arrogância, ganância... Onde um assassinato parece até... inevitável.