Fernanda631 31/07/2023
O Mistério do Trem Azul
O Mistério do Trem Azul foi escrito por Agatha Christie e foi publicado em 29 de março de 1928.
A rainha do crime sempre consegue me enlaçar em suas histórias, e sou completamente apaixonada pela genialidade do nosso detetive Hercule Poirot que mais uma vez me fez ficar vidrada em toda a trama, que sempre é bem elaborada.
Já pensaram na herança maligna que uma joia famosa carrega?
Logo no início, Ruth Kettering, uma americana linda e mimada, ganha o Rubi "Coração de Fogo" de seu milionário pai, Rufus Van Aldin. Ruth não é feliz no casamento onde só o fez por obrigação, seu marido Derek que só se casou com ela pelo dinheiro e que não largou o lado aventureiro, atualmente para ajudar arrumou um amante.
Assim como outras pedras preciosas, o "Coração de Fogo" carregava uma história de tragédia e violência. E desta vez não foi diferente.
O pai de Ruth inconformado com tudo isso propõe a filha que ela exija a separação, mas para Ruth não seria fácil, pois ela tem um amante, seu antigo amor de adolescência que foram separados pelo pai por ele ser um trapaceiro, porém seu marido sabe e poderá usar essa informação.
Na viagem do famoso trem azul Ruth é assassinada e vários personagens importantes são inseridos nessa etapa. Além do assassinato os rubis foram roubados e as suspeitam caem em cima do amante e do marido já que ambos sairiam ganhando com o ocorrido.
Todo o plano estaria bem formulado se nosso Poirot não estive na mesma viagem e a pedido do pai de Ruth começasse a investigação.
Paralela a história de Ruth, também conhecemos a doce e tranquila inglesa, Katherine Grey, que sempre teve uma vida simples até receber uma herança generosa de sua antiga patroa. Com a ideia de aproveitar a um pouco mais a vida, Katherine embarca no luxuoso Trem Azul onde terá seu destino selado por um encontro que mudará sua vida para sempre.
Um misterioso assassinato seguido de roubo do "Coração de Fogo" chega ao alcance do já aposentado Hercule Poirot, e ele simplesmente não consegue ficar de fora das investigações.
Poirot inicialmente está no caso como um acompanhante da polícia francesa, mas logo entra no caso como um investigador particular, sendo contratado por Van Aldin para descobrir quem matou Ruth. Como sempre, a lista de suspeitos vai aumentando ao longo da narrativa e a maneira como a escrita ergue os álibis e os possíveis motivos para cada um garantem uma enorme diversão para o leitor, que também consegue aproveitar uma camada romântica se desenvolvendo paralelamente à investigação. Outra discussão explorada aqui é a cobiça em diversos grupos sociais e como ela se manifesta ou é alimentada por diferentes tipos de pessoa. Em última análise: o que cada um desses indivíduos é capaz de fazer para conseguir integrar um ciclo social influente ou colocar as mãos em muito dinheiro?
Eu senti o início da história bem lento. A narrativa continua com uma escrita fácil e gostosa de ler.
O desfecho acabou ficando bem emocionante e senti aquele gostinho de indignação que sempre sinto ao ser feita de boba com os livros da Agatha.
Essa trama é mais leve, porem contém muitos personagens o que é ideal para confundir as teorias, eu tive várias suspeitas e uma delas estava correta, mas a desenvoltura que a rainha tem em escrever sempre torna o desfecho surpreendente.