O Navio Arcano

O Navio Arcano Robin Hobb




Resenhas - O Navio Arcano


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Thiago.Barros 25/04/2024

Bela obra de arte
Essa obra de arte é o primeiro livro da segunda trilogia deste mundo criado pela escritora, Robin Hobb. A primeira trilogia é a "Saga do assassino" e a segunda é "Os mercadores de navios-vivos".

O respectivo livro contém uma estória que faz o leitor "navegar" nas páginas. Com ótimos personagens e questões que são bem trabalhados pela escritora.

Agora é pesquisar para ter o segundo livro.
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Henrique 02/12/2023

O Navio Arcano
Primeiro livro da segunda trilogia da Robin Hobb dos mercadores de navios vivos que faz parte da saga do assassino e tenho que dizer QUE LIVRO MEUS AMIGOS QUE LIVRO Robin vem pra mostrar com esse livro que ela tem muito mais potencial pra fantasia do que a gente imaginava essa trilogia se passa no mesmo universo do Fitz protagonista da primeira trilogia mas não exatamente no mesmo lugar já que se passa em outro continente e só temos algumas menções aos seis ducados mas esse por enquanto é o melhor livro que a Robin já escreveu o jeito como ela conduz a narrativa aqui é simplesmente viciante e embora os cap em sua maioria sejam longos não é tão cansativo como foi na primeira trilogia aqui achei que ficou muito mais fluído a história ela soube desenvolver melhor os personagens e os plot e os mistérios que ela coloca faz você ficar quebrando a cabeça pra saber pra onde essa história vai eu gostei muito de acompanhar a maioria dos personagens como Althea a protagonista desse livro achei ela muito carismática o pobre do Wintrow que só sofre ? mais tem toda a minha proteção e o Brashen também que pode ser um possível interesse amoroso da Althea mas nada certo ainda já outros personagens me deram um ranço absurdo como Kyle pai do Wintrow e Kennit o capitão pirata mas acho o objetivo da autora era justamente esse fazer a gente sentir ódio por esses personagens e o que dizer do final desse livro é simplesmente insano o que a Robin fez aqui o melhor final que ela já escreveu até agora eu tava lendo assim ??? simplesmente sem acreditar e o último capítulo eu fiquei só o meme da Nazaré sem entender nada o que vai sair disso agora ROBIN O QUE VOCÊ TA FAZENDO COMO DIRIA SHELDON EU NÃO PRECISOU DORMIR EU PRECISO DE RESPOSTAS KKKKKKK enfim recomendo a todos que dêem uma chance a esse livro maravilhoso e se você foi um dos que parou na primeira trilogia porque achou cansativo de uma chance a esse prometo que não vai se arrepender é um livro sensacional e com certeza é 5?+??.
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Gabriel 29/10/2017

♫ Bebei amigos, Yo-ho! ♪
O comentário ao autor Orson Scott Card, autor do clássico de ficção científica O Jogo do Exterminador, onde ele diz que "Robin Hobb provavelmente definiu o padrão para o romance moderno de fantasia adulta", mostra-se a cada leitura da autora cada vez mais acertado. Proeminente escritora de Fantasia desde a publicação de O Aprendiz de Assassino, sua obra na verdade nunca foi escrita com o objetivo de redefinir o gênero nem de quebrar os “clichês”, como vemos outros nomes como Brandon Sanderson tentar fazer, mas dentro dos limites que a própria autora se propõe seus romances ainda assim se destacam por não trazerem tanta ação como comumente se encontra em outras obras desse estilo literário, mas um forte foco nos personagens e no desenvolvimento de suas características mais intrínsecas. Em O Navio Arcano, então, Robin Hobb mostra mais uma vez porque é uma escritora sólida com uma vasta gama de qualidades.

Se em sua primeira série A Saga do Assassino a autora não havia priorizado tanto a construção de seu mundo, nessa nova obra que se passa ainda assim no Reino dos Antigos Robin Hobb estrutura os principais elementos de maneira muito mais sólida, dando-lhes efetivamente maiores papéis na movimentação da trama. Navios, piratas, monstros marinhos, batalhas navais, assalto a embarcações, mercadores, magia, caça a animais e religião são componentes que o leitor irá se deparar no primeiro volume da trilogia Os Mercadores de Navios-Vivos. Junto a essa carga mais aventuresca, todavia, a escritora não deixa de tecer abordagens a temas importantes como a escravidão e seu horror, ignorado pelo homem sedento de poder, o machismo na sociedade, crise familiar, criação dos filhos, a saudade daqueles que já partiram, e a administração de todos esses problemas, econômicos, de relacionamento, e pessoais, por pessoas sujeitas a pressões e falhas.

Um outro item que chama a atenção é a mudança de estilo dessa trilogia, da narrativa em primeira pessoa da Saga do Assassino para a trama em terceira pessoa com múltiplos pontos de vista, fato tal que não diminui em nada o encanto proporcionado pelo texto bem redigido da autora, de ritmo lento é verdade, mas atrelado aos mínimos detalhes e ao psicológico dos protagonistas, tanto humanos como os navios-vivos. Mais uma vez temos personagens bem construídas como Wintrow, Brashen, Ronica ou Malta, uma das qualidades centrais da escritora, que faz com que em certos momentos antagonistas como o pirata Kennit tomem atitudes que são mais louváveis, moralmente falando, do que o posicionamento dos "heróis" da história. Robin Hobb não cai, salvo algumas características de alguns protagonistas, na repetição de ideias da Saga do Assassino, mas muito pelo contrário, ela aproveita que o meio em que os personagens estão inseridos é outra realidade da do Fitz para fazer outras abordagens, como o relacionamento turbulento dos integrantes da família Vestrit, entre a avó e a neta, entre irmãs, esposo e noiva, ou pai e filho. São tramas de pequena escala recheadas de nuancias, mas cujo reflexo num indivíduo apresenta grande poder em suas atitudes.

São esses elementos juntos que fazem de O Navio Arcano uma obra essencial para leitores de Fantasia. Muito mais do que a história principal do navio-vivo Vivácia e a família dona da embarcação que leva o título do livro, temos aqui uma trama sobre uma geração em crise, seja na família, como na economia de uma região em mudança, ou nos valores morais de uma sociedade corrompida pela ganância iniciada pelos seus líderes. Do mais subjetivo para o coletivo, Robin Hobb pontua bem cada elemento que trás nessa história que não se resume a entretenimento, mas também é um romance a margear em discussões altamente relevantes. Poderiam ser tiradas cinquenta páginas de sua primeira parte, mas as temáticas abordadas, jamais.
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Tamirez | @resenhandosonhos 02/08/2018

O Navio Arcano
Eu me tornei uma admiradora da obra da Robin Hobb quando li sua outra trilogia, a Saga do Assasino, composta por O Aprendiz de Assassino, O Assassino do Rei, A Fúria do Assassino, todos já resenhados por aqui. Essa segunda trilogia se passa dentro do mesmo universo, mas em outra parte do mundo, não sendo necessário ter lido a outra. Entretanto, os Seis Ducados são mencionados aqui, e dentro do mundo da autora, ela intercala as séries que envolvem o Fitz (três, até o momento), protagonista da primeira trilogia, com outras duas que não o envolvem, sendo Os Mercadores de Navios-Vivos uma delas. Ao total, são cinco séries que coexistem e se completam.

Primeiro preciso dizer que piratas e navegação marítima são algo completamente novo pra mim em livros de fantasia. A enormidade das coisas que li se passa em terra firme e em alguns casos já explorei os céus, porém nunca os mares. E, como foi incrível desbravar esse novo cenário e aprender dentro do contexto exposto aqui. São vários nomes, terminologias, situações e ramificações em alto mar, que são belamente descritos por Robin Hobb. Ao fim de O Navio Arcano eu praticamente conseguia me enxergar parada em meio ao convés com todas as movimentações ao redor.

Aliás, acho que esse é um ótimo ponto para começar a descrever o quanto a escrita da autora está bela. Há passagens incríveis e reflexões magníficas. E, mesmo que não haja nada demais acontecendo, há trechos em que parece que vocês está lendo poesia, de tão bonita que são as descrições e a condução das palavras escolhidas. E, mesmo esse não sendo uma leitura mega fluída e suas mais de 800 páginas cobrarem seu tamanho, não há com rejeitar a história ou não ficar curioso para saber onde tudo isso vai dar.

“Ter consciêcia de um feitiço é a proteção mais forte contra ele, qualquer que seja.”

Se tem algo que Hobb sabe fazer muito bem é criar expectativa para coisas que já prevemos há tempos. Sabe quando você sabe o que vai acontecer e mesmo assim fica ansiosíssimo sobre aquilo? Então. E não estou dizendo que a trama é previsível em seu todo, mas há alguns pontos onde é sim possível compreender onde aquilo vai dar, o que não é previsível são todas as voltas que a história ainda vai dar pra chegar até lá.

São quase dois anos que se passam entre o começo da narrativa e seu fim. Os personagens evoluem, as navegações são demoradas, há uma série de pequenas situações que vão costurando a narrativa central até termos uma teia de acontecimentos que não podem mais ser desvinculados. E, há um grande mistério aqui. Há uma parte do livro que vemos pelos olhos de Serpentes Marinhas, que buscam algo, seguem algo, farejam algo.

Além disso, há uma discussão bem importante sobre a escravidão, já que os navios de escravos são uma realidade aqui. Há um comércio fortíssimo e uma desumanidade que desponta pela forma como eles são transportados e tratados ao longo da jornada. E, claro, de até que ponto vai a influência, o poder e, porque não, os sentimentos de um navio-vivo, que fala, pensa e age em prol da família que o detém, mas que consegue se vincular a uns mais forte que a outros.

“Mulkin conseguia se lembrar de coisas, tinha memórias de um tempo anterior a tudo o que estavam vivendo.”

Sobre os personagens, digo que fui da admiração à pena, e dela ao rancor e dele novamente a algo que ainda não sei o que é no que diz respeito a Althea. Ela é um tipo de pessoa muito vívida que vai através do momentos, reagindo às situações, fardada do privilégio e se dispindo dele, encontrando coragem, voltando a fraquejar, voltando a ter algo a subir a cabeça, depencando de novo. A jornada dela é uma montanha russa. Enquanto isso, Kennit foi uma surpresa. Achei que ele seria um vilão, e até tem atos nesse sentido, porém, meu apreço pelo personagem foi crescendo, pois ele é astuto, inteligente e capcioso. Tenho certeza que ainda há muito por vir.

Preciso deixar um adendo aos meus dois favoritos: Brashen e Estalão. O primeiro era imediato de Ephron, mas foi rebaixado pelo novo capitão, porém ele vai crescendo dentro da história e se torna uma peça importante e por vezes engraçada. Já Estalão é um navio-vivo que está encalhado depois de ter feito muitas viagens e ter retornado vazio sem ninguém a bordo. Alguns dizem que ele enlouqueceu e outros estão de olho em sua madeira. Os diálogos dele com as pessoas que vão ter com ele são ótimos e podemos compreender um pouco mais sobre a natureza desses ” seres”.

A Vivácia era um navio-vivo. A quilha tinha sido entalhada 63 anos antes, uma longa viga de madeira arcana.”

Mesmo eu já tendo caminhado por esse mundo, essa parte é completamente desconhecida pra mim. São novas lendas, novas formas políticas. Temos muitas ilhas que são governadas por uma certa autoridade, mas que também se auto administram com regras diferentes. Há a ameaça da destruição das tradições com uma onde de novos navegadores, há a escravidão, a incerteza e aquele bom e velho mistério sobre um dezena de elementos que estão aplicados nessa história.

O Navio Arcano foi uma leitura deliciosa, mesmo que lenta. Pra quem é fã de fantasia assim como eu, é uma recomendação com certeza. Desbravar essa história proporciona ao leitor uma aventura e tanto, e que está apenas começando!

site: http://resenhandosonhos.com/o-navio-arcano-robin-hobb/
Poly 18/12/2020minha estante
Isso sobre mudar constantemente os sentimentos pelos personagens aconteceu comigo também. Embora eu tenha sim um interesse e goste muito do núcleo da Althea, o núcleo que envolve Ronica, Keffria e Malta me cativou muito, o que é estranho pois eu não simpatizei muito com nenhuma das três (talvez um pouquinho com a Ronica).




Thiago Araujo 30/05/2020

Um legítimo vira-página
Sabe aquela sensação de parecer que está assistindo a um filme ao invés de ler um livro? Era o que acontecia ao ler o Mercadores de Navios Vivos. As páginas se passavam às dezenas sem ao menos eu perceber.

Um livro espetacular. Um calhamaço que não tem uma página que possa se dizer dispensável. Uma leitura deliciosa a cada capítulo.

A vida difícil de mercadores e marinheiros se cruzam com a de piratas, em meio a mundo cheio de magia e mistérios. Não tem como uma premissa dessa dar errado na mão de Robin Hobb. Sou cada vez mais fã dessa autora.

Que a aventura de Vivácia continue tão esplendorosa nos próximos livros!!!
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leobupi 30/03/2021

Em uma palavra: perfeito
O Navio arcano é tão bem escrito que o leitor se sente dentro do barco e praticamente consegue sentir o balanço das ondas.
O livro conta historias paralelas que durante todo o tempo parece que vão se juntar

Primeiro sobre a autora: Alguns autores dizem que a Robin redefiniu o gênero de fantasia para adultos e eles não podem estar mais certos. Ja li a Saga do Assassino de Robin Hobb e, durante a leitura do navio arcano, me lembrei do motivo pelo qual adoro a escrita dela. A quebra de expectativas e reviravoltas, vários momentos que fazem o coração do leitor acelerar e o sentimento de que os personagens praticamente reais em uma imersão completa no mundo de fantasia.

Os personagens são incriveis. Althea, Wintrow, Vivacia, Kennit, Malta, Kyle, Brashen......
todos os personagens possuem as próprias motivações e desejos, esses sentimentos deixam cada um deles com uma sensação de "realidade". Os vilões se justificam e entram na categoria de vilões que nós amamos odiar e, no caso desse livro, sentimos vontade de joga-los para as serpentes
Os arcos de Althea e Wintrow são emocionantes, várias vezes senti vontade de abraçá-los e dizer que vai ficar tudo bem

Esse livro, sem sombra de dúvidas, entrará no meu top 3 do ano
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Christmas 21/03/2020

Me vê ai um Oscar pra esse livro rss
Esse foi meu primeiro livro da autora, e preciso dizer que foi sensacional, cheio de aventuras e de acontecimentps de cair o queixo, é impossivel deixar sua leitura de lado, a cada pagina Rob faz você se apaixonar ou odiar mais um personagem, mesmo tendo um final previsivel ainda assim o "Como" irá acontecer lhe deixa excitado para que aquilo aconteça logo! De longe o Navio Arcano é atualmente um dos meus livros preferidos e que me fez despertar uma paixão pelo universo dos piratas!!
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George. 24/11/2020

Não é tudo isso, mas a trilogia é promissora
Robin Hobb nos traz uma história original e cheia de detalhes.

Se por um lado temos o interesse de saber como uma simples embarcação se torna um navio vivo, por outro criamos expectativas sobre os personagens, mas que por vezes não são alcançadas (ainda) nesse primeiro livro.

Fiquei um pouco decepcionado com os personagens não tanto cativantes e também faltaram momentos emocionantes e com alto grau de expectativas e tensão (a la George Martin).

A trilogia é inegavelmente promissora, mas ainda assim, não achei o primeiro livro tão bom assim.
Poly 15/12/2020minha estante
O mesmo aconteceu comigo. Talvez por ter terminado a Trilogia do Assassino com uma ótima impressão da autora ou por ter ouvido tantos elogios a esse livro eu comecei a ler com muita ansiedade. O que eu notei no decorrer da leitura é que esse é um livro de início mesmo, de conhecer os personagens e entender como essa parte do mundo dos Antigos funciona. Pra lá do meio do livro eu percebi que alguns núcleos estavam caminhando para um ponto de encontro que será mais explorado nos próximos volumes.


George. 19/12/2020minha estante
Isso que percebi também.
Mas por um momento eu pensei que esse encontro entre os personagens principais fosse ocorrer no meio do livro, mas só aconteceu parcialmente no final do livro




cavaleiro_da_leitura 18/12/2021

Um grande livro de fantasia, não só pelo seu tamanho mas também pela qualidade.
Um livro sobre tradições e promessas, família e herança,  sobre o poder e a força de vontade, tudo isso repleto de mistérios, segredos, magia e pirataria.
Robin Hobb como sempre cria um universo rico em detalhes com um nível de profundidade muito complexo sem ser cansativo, além de criar cenas de batalhas e tensões de forma incrível, nos levando a mergulhar nem um mar de aventuras que incluem até mesmo navios com vida própria!
Personagens cativantes, ação, tensão, mistério e grandes reviravoltas são apenas alguns dos ingredientes que este ótimo livro tem!
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Roberto Ramos 03/04/2020

Em breve farei resenha
Em breve farei resenha
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GeL 27/11/2021

Resenha para o blog Garotas entre Livros
Hey pessoal, fantasia na área! Prepara que se esse é o seu gênero favorito, você com certeza vai adicionar esse livro à sua TBR.

O Navio Arcano era um livro que estava na minha lista de leituras há bastante tempo, porém ele estava muito caro e eu queria a edição física. Uma promoção na livraria e voilá, lá estava eu com o meu livro. Ele faz parte do desafio 12 livros para 2021, com mais de 800 páginas eu pensei que demoraria um tempinho para finalizar, mas não foi o que aconteceu. Em uma semana e meia eu devorei o livro, ele dominava meus dias, meus sonos kkkk e vou contar um pouco sobre o enredo para vocês agora.

O livro vai girar em torno da família Vestrit e seu navio-vivo Vivácia. Os Vestrit fazem parte das famílias que fundaram e colonizaram o litoral amaldiçoado. Seus antepassados enfrentaram muitos desafios para colonizar a região e como recompensa, receberam o monopólio do comércio dos produtos encontrados ali e o principal, os Navios-Vivos.

Os Navios são feitos de madeira arcana, são encantados e estão ligados à família que o encomendou. Para ganhar vida é necessário que três gerações da família morram dentro do navio. Vivácia está prestes a chegar nesse momento, Ephron Vestrit, o capitão do navio, está morrendo, e quando Vivácia chega em Vilamontes, todos se organizam para levar Ephron até seu navio, pois ele tinha ficado um ano em terra convalescendo e durante esse período, seu genro Kyle é quem estava no comando de Vivácia.

Quando o fatídico momento da morte de Ephron está para acontecer, todos se surpreendem quando ele cede o controle total dos bens da família em terra e Vivácia para sua filha mais velha Kéffria. Ephron tinha duas meninas, Kéffria sendo a mais velha, casada com Kyle e mãe de três filhos. Althea era a mais jovem e a que desde cedo partia com o pai em suas muitas viagens a bordo do navio, onde ela também trabalhava. Todos esperavam que Althea fosse, naturalmente, a próxima capitã ou no mínimo a dona do navio, quando isso não acontece, o jogo muda totalmente e a família Vestrit não será mais a mesma.

Vários plots vão ser desenvolvidos a partir dessa ruptura familiar, Vivácia ganha vida e passa a ser comandada por Kyle, que aproveita para começar a agir como um ditador entre os membros da própria família, ditando o modo como cada um deveria agir. Althea, como uma mulher de personalidade forte, não concorda com as decisões do cunhado e parte em busca de uma solução para reaver seu navio. Junto com Brashen, outro marinheiro que trabalhava na Vivácia e que foi expulso após a morte de Ephron, ela vai viver uma aventura de crescimento e conhecimento. Althea é a que mais cresce durante a história.

Em paralelo, nos conhecemos Winthrow, filho mais velho de Kéffria e Kyle. Ele cresceu longe da família pois estava estudando para ser sacerdote de Sá, a entidade que todos criam e serviam como deus. Por conta da morte do avô ele é enviado para casa e se vê no meio da disputa familiar pelo controle de Vivácia e acaba sendo obrigado a embarcar no navio e viajar nele, já que era necessário que um Vestrit sempre estivesse a bordo durante as viagens. O plot do Winthrow é um dos mais complicados, gostei muito do personagens, mas ele me fez passar muita raiva também.

Em terra temos outro lado da família Vestrit, as mulheres da família que naturalmente ficam responsáveis por resolver tudo. Nesse cenário conhecemos Ronica, viúva de Ephron e matriarca da família, ela lida com todos os problemas financeiros e tenta de todas as formas conter as percas financeiras que a cada dia são maiores. Conhecemos mais sobre a Kéffria que aparentemente era uma mulher deslumbrada e um tanto ressentida com a família, mas aos poucos essa percepção vai mudando conforme ela ganha mais destaque na história. Aqui também conhecemos Malta, a adolescente chata e inconsequente da família kkk. Malta é uma decepção a cada página…

Como se todas essas tretas familiares não fossem o suficiente, ainda temos Kennit, um pirata com sonho de se tornar rei. Kennit é um cara que se define por sua sorte, o que ele deseja acontece porque ele confia que vai acontecer e que sua sorte não o abandonará. Ele é aquele vilão que não é vilão, um cara obviamente de caráter duvidoso, que engana com sua personalidade manipuladora e conquista o leitor com seu carisma.

Ao longo do livro vamos ver cada personagem enfrentando seus próprios dilemas e desafios, a história vai ganhando uma proporção cada vez maior e apesar de algumas situações serem previsíveis, outras são inesperadas e surpreendentes. A Robin cria personagens muito reais, com falhas de caráter, que erram e acertam, que nos fazem torcer e nos decepcionam algumas páginas a frente. Esse é o trunfo de seu livro e de sua narrativa.

Ela traz um profundo conhecimento da vida dentro de um navio, não só de um navio mercante, mas de outros também. Terminei a leitura sabendo muito bem a hierarquia dentro de um navio, obrigada Robin!

Navio Arcano é fascinante, apesar de ser longo, a narrativa é fluida e envolvente. Dá vontade de ficar lendo sem parar de tão bom que é. Como o Martin diz na capa do livro, “é assim que livros de fantasia deveriam ser escritos”, e eu não poderia concordar mais. Robin Hoob dá uma aula de como bons livros devem ser escritos.

Minha única ressalva é que a sensação que tive ao finalizar o último capítulo é que o livro não tinha acabado, como se eu fosse virar a página e continuar lendo. Parece que o livro não acaba, como se a autora tivesse escrito toda a trilogia de uma vez e dividiram em três livros porque um único volume estava com, sei lá, 2500 páginas kkk. Pois é, fiquei com gostinho de quero mais… rs.

Bom, agora os direitos de publicação estão com a editora Suma, e eles informaram que a previsão de lançamento é para 2022, vamos torcer para que isso aconteça mesmo. Fica aqui a minha indicação, O Navio Arcano já entrou para o top 10 das melhores leituras de 2021. Leiam!

site: https://www.garotasentrelivros.com/2021/11/resenha-385-o-navio-arcano.html
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Camila 11/05/2020

SALVA NA QUARENTENA
Imagine uma escritora tão talentosa em contar histórias que, quando tu começa a ler o trabalho dela, pode sentir-se sendo puxado totalmente para as páginas do livro. Imaginou?
O talento dela é tão grande que, quando tu é forçado a parar de ler, quase sente baque ao voltar ao mundo real. (Esse mundo é caótico,mergulhado na quarentena, o ano é 2020)
Tu pode até se perguntar que feitiçaria que te arrastou tão dolorosamente daquele universo e te trouxe de volta ao mundo real com tanta força que fica até chateado.
Imagine, que esse mesmo escritora use seu dom para não apenas criar paisagens vívidas e críveis, mas personagens tão bem estruturados que tu acaba desenvolvendo sentimentos sérios sobre eles, se você os ama de verdade ou os odeia o suficiente para se inspirar e não querer chegar ao final da trajetória apenas acompanhar e seguir a onda.
Certamente, essa escritora deve ser bem conhecida não é mesmo?

Infelizmente, Margaret Astrid Lindholm Ogden, ou Robin Hobb, como é mais conhecida, parece não receber esse tipo de atenção. E, no entanto, ela regularmente publica suas sagas épicas desde 1995 nos eua.

Seus romances exigem investimentos de tempo o mais curto chega a meras 416 páginas, enquanto o mais longo é mais do que o dobro do tamanho, com 960 páginas. Em uma citação de capa da edição de "O Aprendiz de assassino" o próprio George R.R. Martin declarou que o trabalho de Hobb é "Fantasia, como deveria ser escrita". (Martin ainda declara na íntegra que seus livros são "diamantes em um mar de falsos brilhantes".)

Fiquei muito curiosa sobre isso. Por que mais pessoas não entraram nessa série complicada e fascinante? Ela simplesmente não está recebendo o mesmo tipo de imprensa que outros escritores? As capas não estão atraindo nenhuma atenção? Porque as pessoas simplesmente não estão nessa fantasia épica agora?

É difícil de engolir o valor desse livro não está nada acessível! Como tornar essa obra popular? Como fazer que a saga ganhe mais leitores? Se nós não conseguimos nem comprar esse livro? Tive a sorte de achar na @estantevirtual se não... O que leva a outra questão como vão lançar o segundo livro da saga "O navio insano"?

(Curiosidade! Hobb publicou o primeiro de sua saga, O Aprendiz de Assassino em 1995, um ano inteiro antes de Martin publicar A Guerra dos Tronos!)

Apenas um desabafo misturado com resenha, mas em que outro lugar podem me ouvir? Obrigada amigo(a) desconhecido (a) do Skoob.

Se tu não está familiarizado com Hobb e está pronto para perder (investir) muitas horas do seu tempo (e potencialmente experimentar todo o espectro de emoções) me permita oferecer alguns motivos para considerar a possibilidade de pegar seus livros.

A segunda trilogia de "O Reino dos antigos" lançada pela editora Leya em 2017 (A primeira a saga do assassino) se passa em um novo local e com um elenco totalmente novo de personagens. Começando com "O Navio Arcano", aprendemos sobre "Navios vivos" - navios feitos de madeira arcana com a capacidade de se tornarem vivos depois que três gerações do sangue de uma família derramarem seu sangue em seus decks.

Althea Vestrit sempre acreditou que herdaria a preciosa embarcação de sua família, até que seu cunhado... enfim uma pedra na bota. Agora ela deve encontrar uma maneira de reconquistar o navio e salvar sua família de cometer um erro fatal.

Se está procurando uma série COMPLETA, épica, longa e em camadas, não pode fazer nada melhor do que vagar pelo mundo de Hobb e montar acampamento. Você vai rir, chorar, jogar coisas e, provavelmente, chorar novamente. Pelo menos, essa foi a minha experiência fiz meu mate, coloquei a playlist no spotify de "PIRATAS DO CARIBE" e fui salva da quarentena transportada para esse mundo incrível.


site: @fatoselivroscm
Rhuana.Catarina 13/07/2020minha estante
Amei tua resenha ?




Jellinek 23/02/2021

Um livro fascinante.
Demorei muito para ler este livro, e agora que finalmente o concluí posso dizer que é "maravilhoso".
Este livro me fez sentir mais uma vez o quão divino é ler. "Ler é vida"
Uma escrita majestosa capaz de nos fazer reagir com inúmeras emoções em diálogos empolgantes de personagens intrigantes. Cheio de aventuras, drama e até um toque d suspense.
Melhor livro de fantasia que li este ano. #recomendo
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Luzia67 23/01/2021

Uma história incrível. Aventuras, dramas, amores. Fantasia. Queria ler o segundo livro. Tô na expectativa.
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Acervo do Leitor 31/01/2018

O Navio Arcano – Os Mercadores de Navios-vivos #1| Resenha
Piratas, magia antiga, navios-vivos, mercadores tradicionais, novos e ambiciosos. Serpentes marinhas sanguinárias em busca de ascensão, uma família de respeito navegando pelo caos, um capitão ambicioso e um amor improvável, uma morte na família que abala o futuro, esperança, determinação, covardia, coragem, rebeldia, escravidão, mudanças… Cidades belíssimas, com suas ruas estreitas cujo esgoto é navegado por doenças e podridão. Estas são as características deste livraço de “apenas” 860 páginas. Um livro que trespassa gêneros e alcança a plenitude através de uma escrita apaixonante como um amor inocente, cruel como a dura realidade e com um desenvolvimento tão profundo que somente a maturidade e a experiência podem proporcionar. Este é o Navio Arcano, primeiro livro da nova trilogia de Robin Hobb.

“O tempo foi remodelado. Aceitamos isso para misturar as essências de nossos próprios corpos e criar novos seres, que receberam nova vitalidade e novas forças. Para realizar o ciclo ancestral de união e separação e crescer mais uma vez. Para renovar nossos corpos.”

Ao contrário da Saga do Assassino, onde a autora dedica suas energias quase que exclusivamente à figura do bastardo Fitz, Navio Arcano é muito mais abrangente em um cenário muito maior e rico. Se na primeira trilogia, pouco sabíamos sobre os inimigos, nesta saga vamos acompanhar todos os lados. Somos testemunhas de crueldades e de conquistas. O preto, branco e o cinza são as cores que pintam o cenário. O sangue é a fronteira da alma e as lágrimas a saída da dor. Robin Hobb não se prende a um único tema, ela abraça diversos com maestria. Que escrita viciante. Todas as peças são montadas e desmontadas numa cadência a seu bel prazer.

Althea Vestrit é uma mulher que passou toda sua infância em um navio que ainda espera pelo seu despertar, o navio-vivo chamado Vivácia foi comprado por sua família há duas gerações atrás, sendo sua dívida ainda pendente para os próximos anos. Althea sempre sonhou que herdaria o controle da grande embarcação, e juntos pudessem explorar as riquezas dos mares e enfrentar os temores das tempestades. Entretanto, quando seu pai e capitão Ephron Vestrit vem a falecer e deixa a herança para sua filha mais velha Keffrit, e consequentemente para seu marido Kyle Porto – um homem ambicioso que é capaz de cruzar qualquer limite para atingir seus objetivos -, Althea se vê numa encruzilhada que lhe irá entortar os rumos de sua vida. Em paralelo a isso, vemos os efeitos colaterais que afeta a família Vestrit: vamos acompanhar Ronica, a grande matrona, perdida em seus próprios planejamentos, e a rebeldia de Malta que a levará a caminhos traiçoeiros. Brashen, marinheiro de confiança da família Vestrit, torna-se persona non grata para Kyle, e precisará enfrentar seu destino da forma como ele se apresentar. Do outro lado da moeda teremos a companhia do capitão Kennit e sua busca pela afirmação e estruturamento de seus planos para se tornar um líder notável entre o povo. Vamos acompanhar Wintrow Vestrit, que herdará o lugar de Althea no Vivácia, mesmo contra sua vontade. Estalão é um navio-vivo, que vive encalhado nas praias de Vilamonte após uma série de tragédias custarem sua liberdade e sua confiança frente aos marinheiros. Há uma infinidade de personagens e situações. Todas muito bem desenvolvidas. É impressionante o quão bem a autora constrói cada um deles, sempre de maneira natural e humana.

“Olhe só para você – rosnou Kyle, e Wintrow olhou para baixo, um pouco confuso, com medo de ter sujado a roupa. O pai empurrou sem ombro. – Não estou falando do seu manto de sacerdote, estou falando de você. Olhe só para você! Tem idade de homem, mas corpo de um garoto e inteligência de marinheiro de água doce. Não consegue nem sair do próprio caminho, então não tem como sair do caminho de outro homem.”

Uma grande questão para os leitores, é a necessidade ou não de já ter lido a Saga do Assassino para se aventurar por estes mares traiçoeiros do Navio Arcano, a resposta é: não, não há – até o momento – nada de relevante trazido da trilogia anterior para esta. Obviamente existem algumas referências e citações, mas todas muito sutis e naturais. Pelo menos até este livro a história se estrutura por si mesma. Mas, que fique bem claro, a qualidade imensa da Saga do Assassino e de sua importância para o gênero em conjunto com a genialidade da autora são motivos mais do que suficientes para você se aventurar pela vida de Fitz, um dos personagens mais bem desenvolvidos da Literatura Fantástica.

“Nós dois somos atraídos um pelo outro, mas a raiva que ele sente da situação o faz resistir à conexão. E tenho vergonha de buscá-lo tantas vezes com os pensamentos.”

SENTENÇA

“O Navio Arcano” é um dos maiores lançamentos da Literatura Fantástica deste segundo semestre. Um livro que já conquistou o mundo, agora chega para conquistar o coração dos leitores brasileiros. Uma história tão rica e com uma profundidade tão grande, que poderíamos ficar falando dela por horas a fio. Navio Arcano segue a mesma fórmula da Saga do Assassino, O livro não é recheado de batalhas épicas ou reviravoltas impressionantes, tudo é desenvolvido de maneira mais natural e cadenciado. O último terço do livro reserva as maiores surpresas deste primeiro volume, e o final… o final te fará aguardar ansiosamente pela sua continuação. Há muita magia escondida sob os mastros portentosos e inigualáveis de uma embarcação construída com madeira arcana. Uma obra densa e igualmente expansiva. Simplesmente genial!


site: http://acervodoleitor.com.br/o-navio-arcano-resenha/
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