O lado invisível da economia

O lado invisível da economia Katrine Marçal




Resenhas - O lado invisível da economia - Uma visão feminista


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Lauren / Biblioteca de Lilith 03/01/2020

Uma visão feminista da economia
O pensamento feminista tem o poder de nos fazer repensar antigas estruturas e conceitos pré-determinados ou ideias equivocadas enraizadas que oprimem. Ele nos coloca diante de novas reflexões e questionamentos nos fazendo olhar para o mundo sob outra perspectiva, de forma mais madura consciente e menos egoísta, principalmente repensando o patriarcado. O Livro O lado invisível da economia – uma visão feminista contribui para estas reflexões.

Citações:
“A mulher recebeu a tarefa de cuidar dos outros, não de maximizar seu próprio ganho. A sociedade lhe disse que ela não pode ser racional porque o parto e a menstruação a amarraram ao corpo, e o corpo foi identificado como o oposto da razão.”

“As mulheres nunca tiveram permissão para ser tão egoístas como os homens. Se a economia é a ciência do interesse pessoal, como a mulher se encaixa nela? A resposta é que o homem teve permissão para representar seus interesses, e a mulher ficou representando o frágil amor que precisa ser conservado. Senso excluída. “

“Os frutos do trabalho masculino podiam ser armazenados em pilhas e medidos em dinheiro. Os resultados do trabalho feminino eram intangíveis”.

“A mulher se tornou “corpo” para o homem poder ser “alma”. Ela ficou cada vez mais atada a uma realidade corpórea para que ele pudesse se libertar dela.”

“Na realidade, a renda obtida fora de casa pode ter um impacto nas relações de poder dentro da família e , por sua vez, influenciar as escolhas. A mamãe tem menos poder de decisão porque papai paga as contas.”

“A vida dos homens é valiosa. A vida das mulheres é valiosa em relação à dos homens.”

“O trabalho das mulheres é um recurso natural que não achamos que precisamos levar em conta. Supomos que sempre existirá. É considerado uma infraestrutura invisível e indelével.”

“Correr riscos excessivos é o que quebra os bancos e gera crises financeiras, então será que os homens não têm hormônios demais para cuidar da economia? Outros estudos mostram que mulheres tem a tendência pelo menos igual à dos homens a correr riscos, mas só quando estão no meio de seu ciclo menstrual. Será que o problema com os banqueiros é que eles são como mulheres ovulando? Qual a ligação entre o ciclo de negócios e o ciclo menstrual?”

“A economia não tinha a ver com dinheiro. Desde o início, tinha a ver com o modo como vemos as pessoas. Fundamentalmente, a economia era a história de como nos comportamos para lucrar em uma situação determinada. Em todas as situações. As consequências não tem importância.”

“Enquanto a linguagem humana é usada para descrever o mercado, a linguagem do mercado é cada vez mais usada para descrever as pessoas. A economia se tornou gente, e nós nos tornamos a economia.”

“Os recursos do mundo são limitados, e isso leva à disciplina porque as pessoas são forçadas a competir para sobreviver. Soluções de mercado e grandes abismos sociais são, portanto, uma forma de manter tudo em ordem. Se as pessoas conseguirem o que precisam sem ser forçadas a competir, então não haverá uma razão para serem disciplinadas. “
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kitski 10/03/2021

O Lado Invisível da Economia
um livro sobre economia numa perspectiva diferente, que abrange as mulheres e traz a luz os obstáculos. é uma leitura necessária.
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Mi 18/02/2021

Perfeito
O segredo mais bem guardado do feminismo é quando uma perspectiva feminista é necessária na busca por uma solução para nossos principais problemas econômicos. Essa visão está em tudo, de desigualdade a crescimento populacional a benefícios ao meio ambiente e ao dilema dos cuidados que logo será enfrentado por muitas sociedades que estão envelhecendo. O feminismo diz respeito a muito mais do que ?direito das mulheres?. Por enquanto, apenas metade da revolução feminista aconteceu. Adicionamos as mulheres e mexemos. O próximo passo é perceber que essa mudança foi enorme e de fato mudar nossas sociedades, economias e políticas, adaptando-as ao novo mundo que criamos. Despedirmo-nos do homem econômico e construirmos uma economia e uma sociedade com espaço para um espectro maior do que significa ser humano.
Não precisamos chamar de revolução; em vez disso, podemos denominar de melhoria.
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Tianna0 10/12/2023

Para homens e mulheres
"O lado invisível da economia" traz aspectos básicos da economia para um lado pouco explorado no campo. O trabalho de cuidado feito por mulheres e que sustentam a economia vista realmente como tal.

Para fazer a discussão a autora apresenta autores, pensadores e conteúdos considerados essenciais na história das ciências econômicas atuais. Pontuando questões e pontos de vista não hegemônicos.

É um ótimo livro para entender melhor o trabalho de cuidade que é imposto socialmente como papel das mulheres. E como os homens tbm não são os homens econômicos, racionais, que são representados nas teorias e modelos econômicos.
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hspaiva_ 01/09/2021

Muito perspicaz
Katrine Marçal escreve muito bem esse livro e passa muito claramente a sua ideia. Livro muito bom e com muitas ideias boas e "insights" para enxergar a ciência econômica de outra forma. Minha crítica ao livro é que a autora acaba sendo repetitiva em alguns capítulos.
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Mary Stella 02/12/2022

Excelente leitura
Excelente abordagem a respeito do quanto o trabalho de cuidado, exercido majoritariamente por mulheres, é ignorado pela economia de modo geral na história das sociedades. O referência maior do livro foi exatamente o uso que o próprio Adam Smith fez dos serviços de cuidado de sua mãe até a morte dela, enquanto desenvolvia sua ideia de mão invisível do mercado, invisibilizando também o trabalho das mulheres da vida do homem econômico.
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Bárbara 13/02/2023

E a mãe do Adam Smith?
O melhor questionamento desse livro, pra mim, foi esse: "e quem fazia a comida e lavava as roupas do Adam Smith?" Por que o trabalho invisível das mulheres não entra nas equações econômicas?

Já chega de levar em conta conceitos ultrapassados que colocam o homem no centro do universo e da economia. Já passou e muito da hora de incluir as mulheres e o seu trabalho de cuidado não-remunerado ? de crianças, doentes e idosos ? nas políticas públicas de estado. Está na hora de atualizarmos a forma como se pensa e se administra a economia de um país.
Mapplehead 13/02/2023minha estante
ótimo questionamento mesmo. A força invisível do trabalho doméstico precisa começar a ser valorizada. A falta de valor monetário faz as pessoas ignorarem as horas gastas nisso.




Andressa Klemberg 31/07/2020

Maravilhoso
Livro muito importante para pensarmos o feminismo na economia. A exclusão e a desigualdade da mulher em termos econômicos. Também os papéis feminino e masculino que foram artificialmente criados, além de trazer explicações muito fáceis de entender sobre crises e a teoria do homo econômico.
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Cibele 04/04/2022

Ótimo
Um choque de realidade sobre todo o trabalho feminino que nunca é contabilizado, mas que a estrutura da sociedade se alicerça sobre.
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Juliana 22/09/2022

Por que quase não vejo falarem sobre esse livro?
A escrita é muito clara, em certos momentos até repetitiva. Mas traz reflexões e informações mto importantes.

Algumas citações:

?O feminismo sempre teve a ver com o dinheiro. Virgínia Woolf queria um teto todo seu, e isso custa dinheiro?

?A garota de 11 anos que anda 15 quilômetros todas as manhãs para pegar lenha para a família tem um papel importante na capacidade de desenvolvimento econômico de seu país. Mas esse trabalho não é reconhecido. A garota é invisível nas estatísticas econômicas.
No cálculo do PIB, que mede a atividade econômica total de um país, ela não é contada. O que ela faz não é considerado importante para a economia. Nem para o crescimento. Dar à luz, criar filhos, cultivar um jardim, cozinhar para seus irmãos, ordenhar a vaca da família, costurar roupas para seus parentes ou cuidar de Adam Smith para que ele possa escrever A riqueza das nações... Nada disso conta como "atividade produtiva" nos modelos econômicos padrão.

Fora do alcance da mão invisível, há o sexo invisível.
A autora e feminista francesa Simone de Beauvoir descreveu a mulher como "o segundo sexo". É o homem que vem primeiro.

Ele define o mundo e a mulher é ?a outra?, tudo o que ele não é, mas também aquilo de que ele depende para poder ser quem é.
Para poder ser importante.
Assim como existe um ?segundo sexo?, existe uma ?segunda economia?. O trabalho tradicionalmente executado por homens é o que conta. Ele define a visão de mundo econômica. O trabalho da mulher é ?outro?. É tudo o que ele não faz, mas de que depende para poder fazer o que faz.?

?Não há nada na biologia de uma mulher que a torna mais adequada ao trabalho doméstico não remunerado. Ou a se esgotar em um emprego incrivelmente mal pago no setor público.?

?Alguém tem de preparar um bife para que Adam Smith possa dizer que esse trabalho não conta.?
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n.aty 01/04/2023

Melhor leitura do primeiro trimestre!
Mostrando a economia sob um viés feminista, foi uma proposta extrema interessante e que de fato nos da vontade de entender e questionar quais os fundamentos dessa mesma economia e para quem ela foi feita de fato.
a inserção das mulheres nesse mercado é bem mais do que somente participação ativa e sim uma obrigatoriedade, valorizar os diversos cargos exercido por mulher (no doméstico e profissional) é um dos pontos chaves do questionamento da autora e eu achei genial como foi feito

5?
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Karli Souza 14/04/2020

Necessário...
Esse é um daqueles livros que mereciam mais leitores, para todos aqueles que se interessam por economia e feminismo, aqui temos um bom encontro, é ainda melhor para estudantes de economia, já que o livro apresenta grandes preceitos da ciência e várias afirmações de sua teoria e história de pensamento. O livro inicialmente me surpreendeu bastante, é divertido e sagaz, a autora desperta a reflexão do leitor e faz uma dura crítica a ciência econômica e em especial ao homem econômico, foi muito proveitoso; apesar do final ser um pouco arrastado, o livro é muito necessário para ter uma análise diferente, profunda e perspicaz sobre um lado invisível da sociedade e como a economia é grande responsável por isso. Além disso, reforça o tipo de profissional que um economista não deve ser. Simplesmente leia.
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FM 04/05/2020

Uma obra que só tem a acrescentar coisas boas.
Com o objetivo de trazer mais " luz " , sobre o papel das mulheres no desenvolvimento da sociedade , a jornalista, economista e escritora sueca Karine Marçal faz um apanhado de todo o século XX e desse início do séc XXI, e , lança o seu olhar sobre ( segundo a visão dela) os equívocos da economia neoliberal "pautada por uma visão masculina", tem levado o mundo a se aventurar em escolhas que se pautam pela competição da Racionalidade Vs O corpo.
Seu livro, marca sua posição, ao Buscar desconstruir a imagem de nomes importantes do pensamento liberal, como Milton Friedman ( Nobel de economia de 1976) e Adam Smith, escritor do Clássico A riqueza das Nações.
Embora seu livro, tenha como propósito dar mais voz e visibilidade a presença e as contribuições femininas na economia, a maior parte da obra destaca e dá visibilidade os erros e equívocos mascu-capitalistas ( e aí, sou eu falando, e não a autora) ,e como o capitalismo moderno se utiliza desses erros para criar novos "cases de sucesso" e se reinventar.
No entanto no é uma obra inspiradora que conseguiu mudar a minha visão sobre o papel das mães e dos pais, que deixam de seguir suas vidas em prol da família e do futuro da nação.
Vale muito apena ler este livro. Recomendo.
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Bruna Rosa 21/02/2021

Trabalho doméstico não remunerado
Um ótimo livro pra entendermos como funciona a lógica capitalista que invisibiliza o trabalho doméstico.
Fala muito mais sobre economia do que eu imaginava e em alguns momentos eu "viajei" no assunto.

Mas no geral, é um ótimo livro. Gostei bastante. Está na lista dos melhores livros feministas que já li até agora.
Dica para complementar a leitura: não deixe de ler também Calibã e a Bruxa.
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Tais Caires 05/04/2022

A economia é dependente da exploração das mulheres
O lado invisível da economia - uma visão feminista, Katrine Marçal
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O título desse livro merecia uma análise semiótica: o lado invisível são as mulheres, que são o grupo que compõe o feminismo. A visão feminista seria portanto considerar esse grupo nas análises econômicas, para que elas possam, finalmente, ser baseadas na realidade
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"Se quisermos uma imagem precisa do mercado, não podemos, por exemplo, ignorar o que metade da população mundial estão fazendo metade do tempo" (p. 174)
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A leitura deste livro é fácil, rápida e a escrita é bastante provocativa. E ainda que não se saiba muito sobre economia é bastante claro, os exemplos trazidos pela autora são bastante simples
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Com a leitura deste livro ficou evidente, para mim, que a economia foi baseada em uma sociedade que ignora a existência das mulheres, aliás, que pressupõe o trabalho doméstico não remunerado, que coube às mulheres, como desimportante, podendo portanto ser ignorado nas teorias econômicas. Ou seja, a economia acaba por não ser capaz de incluir mulheres em suas teorias porque é baseada na sua exploração. Em outros termos, a economia é dependente daquilo que ignora: o trabalho do cuidado feito pelas mulheres
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"O trabalho tradicionalmente executado por homens é o que conta. Ele define a visão de mundo econômica. O trabalho da mulher é 'o outro'. É tudo que ele não faz, mas de que depende para poder fazer o que faz" (pg. 26)
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Talvez a grande tarefa do feminismo seja propor maneiras de mudar a sociedade, economias e políticas, adaptando-as ao mundo que queremos viver, em que mulheres não sejam vistas como "o outro", mas sim como humanas.
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#amoraefeminismo
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