A mãe de todas as perguntas

A mãe de todas as perguntas Rebecca Solnit




Resenhas - A mãe de todas as perguntas


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Giovanna_ 16/07/2021

É pesado mas é necessário
Gostei do livro. A escrita de Solnit é bem tranquila, fácil de entender e o livro flui rapidinho. Basicamente, está composto por uma série de ensaios que a autora produziu em um determinado período, e que falam sobre as questões relacionadas aos papéis de gênero, aos silêncios que são impostos pelo patriarcado aos homens e mulheres e de como estamos tentando, enquanto sociedade, contorná-los. Também achei bastante interessante o fato de que o livro está cheio de dados, percentuais e exemplos práticos e bastante atuais das problemáticas que Rebecca Solnit aborda. Enfim, é uma leitura rapidinha, mas que toca em alguns pontos sensíveis, levando em conta que fala muito sobre as diferentes violências as quais estamos expostas todos os dias.
Heloisa.Agibert 15/12/2021minha estante
Uma escrita fácil e necessária nos tempos que vivemos.




Jubalinhas 09/03/2024

Feminismo contemporâneo em evolução
O texto é claro e fluido, com uma visão didática do feminismo contemporâneo em evolução e processo.
A violência é bastante presente, o que pode causar desconforto, mesmo com as boas intenções da autora.
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Queria Estar Lendo 11/05/2018

Resenha: A mãe de todas as perguntas
A Mãe de Todas As Perguntas, livro que reúne 12 ensaios de Rebecca Solnit - publicado por aqui pela Companhia das Letras, que nos cedeu o exemplar para resenha - traz reflexões sobre as novas formas de feminismo e, para isso, começa com um ensaio sobre a maternidade de Virginia Woolf até uma reflexão sobre o filme Giant.

Depois de ler Os Homens Explicam Tudo para Mim, Rebecca Solnit já tinha me conquistado ao colocar em palavras coisas que eu só sabia sentir. Com A Mãe de Todas as Perguntas, então, ela abrange a discussão do feminismo e nos leva por novos caminhos questionadores e em mais situações esclarecedoras.

Abrindo o livro com o ensaio que dá nome a obra, a autora discute como a ideia da maternidade é tão enraizada na construção do que é feminino que vê-se a falta dela como algo prejudicial. O ensaiou inicia em uma palestra de Solnit sobre Virginia Woolf, que não foi mãe, mas deixou grandes obras para a posterioridade - mas de alguma forma, os questionamentos ao fim da palestra pareciam sempre retornar ao fato dela não ter sido mãe e como isso pode ter sido prejudicial a ela. O que não só reforça um estereótipo - "toda mulher sonha em ser mãe" e "você só conhece o amor depois de ter um filho" ou ainda "você é incompleta até ter um filho" - como tira o foco real da discussão: o trabalho de Woolf.

"O silencio foi o que permitiu que os predadores atacassem ao longo das décadas, sem impedimentos."

E é algo feito constantemente, tirar o foco do trabalho de uma mulher, por mais genial que seja, para apontar sua aparência, sua capacidade, sua feminilidade, etc.

E é assim que Rebecca dá o tom ao seu texto, tão rico em exemplos e, ainda que em tons acadêmicos, de fácil compreensão. A autora não tem a pretensão de dizer que escreve para quem pouco sabe sobre feminismo, mas o faz mesmo assim. Seus exemplos, a forma como costura os textos para que tudo faça sentido e seja compreendido de forma simples, ao meu ver, cria uma grande aproximação entre nós, que não fomos para a academia estudar feminismo, e ela, que escreve sobre o assunto há mais de vinte anos.

Novamente me vi passeando por seus ensaios e aprendendo, descobrindo tantas coisas novas e outras que agregavam a conhecimentos já adquiridos. Mas também me deparei com algumas opiniões que eu não concordo completamente, como seu otimismo ao dizer que finalmente entramos em uma era onde a voz da mulher importa, um ponto que eu não enxergo exatamente dessa forma - algo que aprendemos é que nossa voz importa quando somos um número grande o suficiente, do contrário ainda caímos na mesma rotina de descredito e depreciação, como a autora também reforça ao relembrar que apenas 3% dos estupradores julgados e condenados cumprem pena.

Também aconteceu de alguns artigos parecerem datados, já que ela resolve falar sobre a importância de ter homens apoiando o movimento. Embora eu concorde com ela - do contrário a gente tem que matar os homens do mundo tudo e tem uns aí que eu amo mesmo - senti que eles perdem um pouco a força ao citarem celebridades que foram denunciadas por abuso e assédio sexual durante a campanha do Times Up no ano passado. Um fail que a gente perdoa porque Rebecca não vê o futuro e achou que dava para confiar nos caras, né.

"O silêncio protege a violência. Sociedades inteiras podem ser silenciosas - e, como aconteceu com o genocídio armênio na Turquia, falar sobre os crimes pode se tornar perigoso ou ilegal."

Mas fora esses pequenos desencontros de opinião, foi difícil encontrar um ensaio que eu não tenha gostado muito, porque Solnit passeia por diversos âmbitos falando da força e da presença feminina nos livros, no cinema, na sociedade em geral.

Destaco aqui alguns dos ensaios que mais me marcaram, como o primeiro, Uma Breve História do Silêncio, que mesmo que não tenha nada de breve, elucida bastante sobre a histórica maneira com que as mulheres tem sua voz silenciada e como esse é todo o objetivo da violência de gênero, como isso pode até mesmo ser visto como uma forma de nos desumanizar. Até quando inclui o silêncio masculino seu foco é nas mulheres, mostrando como não há simetria nos dois casos, uma vez que as mulheres não se beneficiam do silêncio feminino - mas os homens encontram benefícios no silêncio masculino, a famosa "brotheragem".

"O silêncio e a vergonha são contagiosos; a coragem e a fala, também."

Em Feminismo: Chegam os Homens eu estava esperando por todo um discurso sobre a importância de deixarmos eles fazerem parte desse movimento ou dar algum tipo de lugar de fala a eles (e eu realmente estava com medo disso), mas em vez disso Solnit volta a falar do lugar deles como apoio, e não centro do movimento, e sobre as formas como eles podem apoiar, sempre com o foco nas mulheres.

Com Oitenta Livros que Nenhuma Mulher Deveria Ler e Homens me Explicam Lolita entramos no campo da literatura e a forma como ela constrói seu argumento e expõe o machismo intrínseco nas obras - e nos seus defensores - é uma resposta muito certeira.

E, por fim, O Caso do Agressor Desaparecido, que fala sobre como a sociedade inventa mil e um motivos para os casos de agressão (física e sexual) contra as mulheres, como o consumo de álcool, até apagando a responsabilidade (e quase a existência) do agressor, é um grande tapa na nossa cara e bem podia ser um textão meu no facebook, visto a forma maravilhosa como pôs em palavras aquelas coisas que eu sempre quis dizer e nunca soube como.

E ao longo de todo o livro, ainda, Rebecca Solnit continua insistindo na importância de dar nome as coisas e usarmos os nomes corretos, para que não venha a existir confusão. Para que estupro não seja chamado de "ato sexual indesejado", por exemplo, lembrando que "o diagnóstico é o primeiro passo para a cura" e que não podemos combater aquilo que não tem nome, pois não ter nome é não ser reconhecido, não ter sua existência levada em consideração.

"Um livro sem mulheres costuma ser considerado como um livro sobre a humanidade, mas um livro com mulheres em primeiro plano é tido como livro de mulher."

A Mãe de Todas as Perguntas é repleto de textos sagazes e completamente acessíveis - basta que você saiba ler para compreender. É um livro que, mais uma vez, mexe com a gente e nos faz refletir desde o nome que damos as coisas até feminicídios. Nos deixa perguntando "por que isso ainda está acontecendo?" e nos instiga a ir mais longe.

Se você leu Os Homens Explicam Tudo para Mim, eu indico esse livro. Se você não leu, eu também indico. Se você quer leituras feministas, eu indico esse livro. Se você acha que o feminismo não é mais necessário, INDICO AINDA MAIS ESSA LEITURA, PELAMOR DE @DELS, SAI DESSA.

Resultado final é que eu indico. Leia, dê de presente, esqueça no transporte público, indique no clube do livro, e mais do que isso, converse com as pessoas a respeito dele e dos temas levantados aqui. Por favor, por favorzinho.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/05/resenha-mae-de-todas-as-perguntas.html
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Auud Herself 13/10/2020

Este é um livro que todos precisam ler. É inspirador, assim como tudo que Rebecca Solnit escreve.
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Vic Moro 14/01/2021

Rebecca Solnit é diferenciada!
Comprei o livro por uma indicação de um colunista da Revista Piauí! E, sinceramente, foi a melhor dica de leitura que já recebi!
A escrita de Solnit é clara, concisa, esclarecedora e informativa.
E é um livro pra se ler em uma sentada, valendo muito a pena o investimento!!
Comprei, recentemente, o seu outro livro "Os Homens Explicam Tudo Para Mim" e pretendo ler quando tiver um tempo!
Recomendo (e se a Piauí recomendou, né? rsrs)!!
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Renata (@renatac.arruda) 09/02/2018

Esse livro é uma pancadaria - eu parei e voltei do início várias vezes até engatar. Alguns ensaios eu já havia lido em inglês na internet (aqueles sobre literatura são bem famosos), mas ler tudo reunido assim exigiu um pouco de fôlego, porque incomoda. Quem acompanha a produção feminista contemporânea através das redes está familiarizado com todos os temas tratados aqui pela Rebecca Solnit, o diferencial é que ela procura fazer análises bem ponderadas, sérias mas com bom humor, munida de dados e bagagem teórica em uma linguagem acessível. A primeira parte do livro é a mais afiada; a segunda, um pouco menos, discordo bastante da perspectiva dela sobre literatura, mas entendo que sua provocação seja necessária.

É um bom ponto de partida para quem quer entender melhor de onde vem e o que deseja o feminismo contemporâneo, principalmente pelos ensaios estarem recheados de referências que valem a pena ser pesquisadas.

Publicado em: https://prosaespontanea.blogspot.com.br/2018/02/drops-mae-de-todas-as-perguntas.html

site: https://prosaespontanea.blogspot.com.br/2018/02/drops-mae-de-todas-as-perguntas.html
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Ise 05/04/2021

Ensaios com reflexões importantes sobre o papel das mulheres na sociedade, maternidade, o combate à cultura do estupro, misoginia e outros.
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Livrismo_ | Por Natacha Agata 30/09/2020

Excelente
Um livro sobre os feminismos (sim: no plural). A?s vezes ficamos muito presas(os) naquele feminismo cla?ssico formulado por mulheres brancas da classe me?dia. Esse livro retira essa viseira e levanta outras pautas, incluindo o feminismo para homens.?
?
Ale?m deste, temos discusso?es sobre o feminismo negro, queer, trans e tantos outros. Com uma discussa?o mais ampla, como a trazida nessa obra, conseguimos notar a diversidade das pautas pra cada uma dessas vertentes, bem como a importa?ncia de elas existirem.?
?
Quanto a? autora e a? escrita, sou suspeita pra falar. Virei fa? ainda no meu primeiro contato com ela, a partir do livro ?Os homens explicam tudo pra mim?. Nessa obra mais recente, Solnit se mante?m fiel ao seu estilo, com o senso de humor pro?prio e escrita clara, acessi?vel a todos os pu?blicos.?
?
O tipo de livro que se le? rapidinho pela fluidez, tema e objetividade. Sempre e? uma o?tima experie?ncia ler as maravilhosidades de Rebecca Solnit!

Para mais conteúdos como este, me siga no Instagram: @livrismo_
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Drica Feitosa 04/01/2021

Meu primeiro contato com a autora
É um compilado de textos publicados da autora, mas mesmo assim se torna relevante pela profundidade e conhecimentos sobre o tema.
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Adriana Scarpin 15/11/2017

Gosto muito da Solnit, é o segundo livro que leio dela e me apetece o modo que usa a linguagem de maneira mordaz para falar de coisas muito sérias.
O primeiro ensaio (e mais longo do livro) é um pequeno tratado sobre o silenciamento feminino dentro da sociedade patriarcal, Solnit destrincha todas as formas de silenciamento, desde o simples interromper frases numa conversa banal até deliberações da ordem da escuta masculina ao não levar em consideração até uma mulher dizendo não durante o estupro.
Os demais ensaios (bem menores) tratam de literatura, cinema, feminicidio, antropologia, entre outras coisas, todos embasados a partir de uma leitura misógina da mulher na sociedade e bem desconstruídos com a verve da Solnit. Livrão.
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Gabi 01/09/2020

"Precisamos parar de contar essa
história da mulher que ficava em casa, passiva e dependente, esperando seu
homem. Ela não estava ali esperando. Estava ocupada. Ainda está."
Esse é meu segundo contato com a escrita da autora e sigo encantada com a forma direta e fácil de entender que ela aborda temas sérios e importantes. Gostei bastante do livro e recomendo muito.
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Rute31 07/08/2021

Reflexões Sobre os Novos Feminismos
Gosto muito da escrita e das reflexões de Rebecca Solnit desde a leitura de Os Homens Explicam Tudo Para Mim. A leitura flui bem, e a autora inclui relatos de sua própria experiência, o que enriquece os textos e, pelo menos para mim, em alguns casos, gerou muita identificação.

O livro é composto por ensaios sobre diferentes temas, que Rebecca compôs ao longo do tempo, sobre violência de gênero, silenciamento, homens e feminismo, literatura e mulheres, entre outros. Gosto muito da clareza dessa autora.
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Artemis 01/12/2022

"Existimos numa somatória de diversas espécies de silêncio "
A escrita feminista de Solnit é primorosa pela sua versatilidade,seus ensaios apesar de intelectuais,são sensíveis e de fácil compreensão, algumas passagens mesmo dolorosas e realistas,também deixam espaço para um humor afiado e moderno. Os ensaios de "A mãe de todas as perguntas" não deixam nada a desejar,são concisos,cativantes,práticos e profundos,sem dúvida uma das melhores leituras do meu ano.
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Dani 17/10/2021

Meu presente de aniversário
Sempre edificante ler Rebecca Solnit
E agora tenho todos os seus livros graças a esse presentão dado pelo marido.

O tema central é o silenciamento das mulheres.
Ela expõe melhoras e nas coisas que ainda é preciso melhorar para que tenhamos mais voz.
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Adrienne 08/06/2021

Com certeza vale a leitura
Gostei da maneira que a autora abordou o feminismo, especialmente, quando falou sobre a questão do silenciamento das vítimas. Trouxe histórias que foram veiculadas pela mídia para dar corpo aos dados e argumentos.
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