marcelinho 12/07/2021
O Reino de Ponta Cabeça, foi um dos primeiros livros que li, e seus ensinamentos ainda se mantém vivos dentro do meu coração. Donald Kraybill mostra para os leitores, como o reino de Deus está entre nós, está em cada cristão, chamado para servir.
Kraybill, usando os 4 evangelhos, mostra que o reino de Deus já está aqui, embora ainda não em sua plenitude, mas já estamos vivendo no reino, sendo mordomos do Rei. Ele usa o contexto da Palestina antiga para falar que, o reino é atual e eterno. A Palestina, no tempo de Jesus, estava em tensão por diversos motivos. Ditadores, revolucionários, e tantas outras coisas no epicentro do maior acontecendo do mundo: a vida e instalação do reino de Deus, e a morte de Jesus. Ele fala como Jesus rejeitou a ideia de ser um libertador político, religioso e econômico. Fazendo assim seu reino de ponta cabeça. Ao invés de seguir as regras humanas, totalmente ímpias e impessoais com o próximo. Ele mostra como o reino dele é na política, como é sua religião e seu modo econômico.
O que me impressionou nesse livro, é como ele tratou a tradição do jubileu, e mostra como o Jubileu estava vivo nas palavras de Jesus, e como como o Jubileu deve está vivo em cada cristão. Como cada um de nós, deve lembrar de éramos cativos, prisioneiros, escravos. E Cristo nos libertou. Mostra como devemos tratar o próximo, com a perspectiva do jubileu. Como devemos usar nosso dinheiro. Como devemos servir o próximo através da sua política da bacia (João capítulo 13), lavando os pés uns dos outros, servindo sem esperar nada em troca. Certamente esse livro é uma ótima introdução ao estudo do reino de Deus, e como estamos inseridos nesse reino.
Deixo vocês com o próprio kraybill: " Jesus era um revolucionário ao violar as leis do sábado, criticar os gananciosos, comer com os pescadores e provocar os fariseus. Sua mensagem do reino ameaça o poder de grupos com interesses pessoais. Os Romanos o consideravam uma ameaça a sua falsa tranquilidade política. Os saduceus de direita o odiavam porque ele condenava sua lucrativa operação no templo. Os fariseus progressistas criticavam seu desrespeito pela suas leis de pureza ritual. E os que lutavam pela liberdade não suportavam sua conversa sobre sofrimento. A tentação de usar a violência era difícil de esquecer. Porém, endossar a violência teria negado toda sua plataforma de um amor que sofre [...] Ele chamou ao arrependimento."