A Ilusão do Tempo

A Ilusão do Tempo Andri Snaer Magnason




Resenhas - A Ilusão do Tempo


147 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


Fabio Pedreira 15/02/2019

A Ilusão do Tempo
Fantasia, ficção científica e fábula, uma combinação inusitada que deu muito certo.

Obs: Você irá encontrar muito a palavra “tempo” nesse texto, mas assim como ele… é inevitável.

Marcando o tempo (Sinopse)
Quando as coisas não vão nada bem e os economistas preveem uma enorme crise financeira, a família de Vitória - assim como o resto do mundo - decide se esconder em suas misteriosas caixas pretas à espera de tempos melhores. No entanto, após vários anos, a caixa de Vitória se abre e a menina se vê em uma cidade em ruínas.

Sem rumo, ela caminha por prédios e ruas tomadas por florestas e animais selvagens, até chegar à uma casa onde várias crianças se reúnem em torno de uma senhora para ouvir a história de um rei ganancioso que conquistou o mundo, mas desejava conquistar o tempo. Para poupar sua bela princesa dos dias escuros e sombrios, normais ou sem valor, ele a coloca em uma arca mágica transparente como cristal, mas tecida com uma seda de teia de aranha tão densa que o próprio tempo não consegue penetrar.

Vitória aos poucos percebe uma conexão entre sua própria história e a do reino mágico. Junto com seus novos amigos, ela precisa encontrar uma forma de consertar o mundo antes que seja tarde demais.

Aproveitando o tempo
A ilusão do tempo começa com Vitória, uma garotinha que quer apenas passar mais tempo com seus pais, seja assistindo filmes, saindo para tomar um sorvete ou algo do tipo, o importante é aproveitar os momentos juntos.

Porém, seus pais andam muito preocupados com a situação do país, coisa que se agrava com a notícia dos Economistas de que uma grande crise está por vir. A salvação é uma caixa produzida pela TIMAX onde seu tempo é preservado e você pode esperar dentro dela até a crise passar.

Essa é a solução encontrada pelos pais de Vitória assim como pelo resto do mundo. A consequência disso é devastadora, já que quando a caixa de Vitória se abre ela se depara com uma cidade invadida pela florestas, bichos e casas em ruínas. Tudo devido ao fato de todos estarem “dormindo” em suas caixas.

Vitória então encontra um garoto que a leva até uma casa habitada por outras crianças e uma senhora. Essa senhora chama-se Rosa e ela tem uma história para contar. É a história de um rei e sua filha (Obsidiana), onde o rei após fazer certas coisas (que não irei contar para não dar spoiler) fica obcecado em preservar sua única filha, bem mais precioso, protegendo-a das garras do tempo, fazendo assim com que ela saia da arca que a protege apenas em dias considerados perfeitos, para que Obsidiana não gaste seus minutos preciosos com coisas ruins.

Em um mundo cada vez mais corrido, onde a frase “tempo é dinheiro” se faz cada vez mais presente e pais passam menos tempo com seus filhos, A Ilusão do Tempo é um tapa na cara da sociedade. O livro inteiro constrói críticas em relação à como quando corremos em busca de ganhar tempo ironicamente acabamos por perdê-lo

As pessoas cada vez menos param para aproveitar coisas simples da vida. Levantamos, vamos trabalhar e ao chegar em casa já estamos cansados, restando apenas dormir para no outro dia retomar a rotina, com a desculpa de que precisamos trabalhar para ter as coisas e nos sustentar. Mas do que adianta ter as coisas se não se pode aproveitá-las? E até que ponto aquilo realmente é importante?

Muitas pessoas se apegam a bens materiais e esquecem de aproveitar o tempo com com as pessoas que estão ao seu redor. Um grande exemplo disso é o rei Dímon, que em sua busca por vencer o tempo e aproveitar suas conquistas, acaba não aproveitando os momentos que deveria passar com sua filha, sem contar a privação que provoca a jovem Obsidiana ao trancafiá-la na arca.

A loucura de Dímon é tão grande que ele não consegue perceber como vai envelhecendo enquanto Obsidiana continua da mesma forma. Fazendo um paralelo ao quanto vamos perdendo oportunidades na vida por passar muito tempo preocupado com o que não é importante.

E assim, com várias passagens marcantes, lições e reviravoltas A ilusão do tempo vai conquistando o leitor a cada página, se tornando um daqueles livros impossíveis de parar de ler até que esteja de fato finalizado. Muitos personagens cativantes em uma mistura de gêneros literários que deu mais do que certo.

Se você é criança deve ler para aprender lições de como valorizar o tempo, se você é jovem deve ler para aprender que o tempo não é tudo, se você for adulto deve ler para aprender a dar tempo ao que realmente importa e se for idoso será uma ótima leitura para pensar no tempo que passou e lembrar que ainda dá tempo sim de fazer muita coisa.

Analisando o tempo
Em relação a edição da Morro Branco eu só tenho que elogiar. Perfeita, letras ótimas, detalhes no livro de encantar, uma capa muito bonita e de quebra um marcador que vem junto com qualquer livro da editora. Para que mais?

Tempo bem gasto
E é isso. A Ilusão do tempo é um livro que no meu entendimento deveria ser leitura obrigatória para todo mundo. Um livro incrível, gostoso de ler e divertido, com uma mensagem excelente de plano de fundo contada de forma magistral. Com certeza eu favoritei esse livro e posso dizer que sua leitura é sim um tempo bem gasto.

Bjs, abraços e até a próxima.
Thaís Damasceno 15/02/2019minha estante
Esse livro é tão delicado S2


Fabio Pedreira 16/02/2019minha estante
Sim. Muito.


Ana Carol 17/03/2019minha estante
Tua resenha me convenceu a comprá-lo.... fez lembrar o livro "momo e o senhor do tempo", tu já leu?


Fabio Pedreira 17/03/2019minha estante
Hey. Ainda não li não. Mas já vou procurar para dar uma olhada. Tenho certeza que você não vai se arrepender de comprar esse livro.




Carol 20/06/2021

Boa surpresa
Há muito tempo uma leitura não me prendia tanto! É um livro de fantasia que faz uma releitura de um conto famoso, mas que sobretudo nos leva a pensar no tempo como o que fazemos juízo dele, nem vilão, nem mocinho, só o tempo...
comentários(0)comente



Youko 09/02/2019

Como vencer o tempo?
O que mais me tocou nesta história foi o fato de terem tirado a única coisa mais preciosa de uma criança: o direito de viver. Demorou para eu entender a intenção do autor, até lá, eu quase tive um treco de tanta aversão às pessoas do reino que prendiam Obsidiana. Por quê? Ela era só uma criança...

Essa imersão e personagens cativantes fez com que o autor se saísse muito bem durante a trama. Você quer saber mais. Você se vê atado à vida de Obsidiana e anseia para que ela se liberte e fuja de sua realidade. Você entra na história. O autor consegue te prender diante das páginas, até o fim, com excelência.

Apesar de achar que os primeiros capítulos podem parecer confusos e, para mim, assim foram, ele traz lições sobre a sociedade e como ela funciona. Sobre como corremos contra o tempo e como sempre estamos tentando vencê-lo, sendo que é impossível.

É um infanto juvenil muito bom, não apenas que explora a fantasia, mas que também mistura a ficção científica. Aborda de maneira simples, sem muitos detalhes de como as duas funcionam entre si. Achei que está foi uma parte pouco explorada, mas como o gênero não requer muito, acho que está aceitável.

Leitura leve, fluida, imersiva e que vai te prender até o final.
comentários(0)comente



Tami 09/08/2021

Você dominaria o mundo apenas se dominasse o tempo
Adorei o livro. No início ele lembrou o conto da branca de neve, mas depois a história tomou seu próprio rumo. Achei que o sentido por trás da história muito inteligente e nos faz pensar o que fazemos com o nosso tempo: estamos aproveitando ou apenas desperdiçando-o? Se pudéssemos controlá-lo, faríamos as coisas diferentes?
Enfim, leitura fluida, rápida, bem desenvolvida e com aquele final que te deixa reflexivo.
comentários(0)comente



Lia 16/01/2023

É um livro mto bonito, tem um passo bem lento.
Achei interessante que o livro traz a sensação de que tão me contando uma história e n que eu que to lendo uma história
É uma historia dentro da história
comentários(0)comente



Vinicius 18/01/2023

Magico
Muito bom a historia traz uma moral muito boa eu só senti falta do livro intercalar um pouco mais as duas histórias e final foi muito corrido porem foi bem emocionante
comentários(0)comente



Marcelo.Castro 26/12/2021

Um conto de fadas contemporâneo
Uma história extremamente delicada, que pode até ser vista por alguns como infantil, mas com uma mensagem subjacente extremamente profunda e conectada com o nosso mundo contemporâneo. Uma leitura calorosa com valorosas lições a serem aprendidas.
comentários(0)comente



Acervo do Leitor 02/02/2018

A Ilusão do Tempo de Andri Snaer Magnason | Resenha
O que pesa em seu coração? O que mais você valoriza? Relacionamentos, estabilidade ou apenas tempo o bastante para adquiri-los. Não são poucos aqueles que correm tanto atrás de algo que acabam apenas se preocupando com as milhas percorridas, não os feitos realizados no percurso. É fácil se perder, mesmo sabendo onde se quer chegar. Se perder nos meandros, desejos vazios e armadilhas da vida. Na verdade tudo que importa deveria ser conquistado apenas com amor, pois aquilo que pode ser comprado não têm valor real. Esta fantástica fábula é sobre ilusões. Como corremos atrás a vida inteira do que é passageiro e vazio. É sobre uma princesa “dorminhoca”, um rei triste, um rapaz apaixonado, um mundo em colapso e sobre você.

“Ela queria ver os dias cinzentos para compreender os dias ensolarados.”

E se você pudesse pular o tempo? Se mediante uma crise financeira, um mal tempo, ou a ansiedade do por vir, você pudesse encurtar uma “espera” ou simplesmente saltar pelas dificuldades da vida? Agora é possível! Com a tecnologia das caixas fabricadas pela “Timax” você não precisa mais sofrer. O que era apenas um sonho tornou-se realidade. O sonho de um mundo onde não há mais necessidade de se viver o “agora” se este o angustia. A família de Vitória está desesperada. Uma grave crise financeira se aproxima, visando pular a mesma seus pais compram três caixas “Timax” para hibernarem até tudo melhorar. Apenas Vitória desperta. O futuro é desolador. Ruínas e o vazio. Selva e animais invadiram as cidades e apenas poucas crianças circulam por este horror. Somente as palavras de uma idosa chamada Rosa pode acalmar seus corações e trazer esperança. Suas histórias remetem a um tempo muito distante, a terra mágica de Pangeia e sua misteriosa princesa Obsidiana. Porem, na doçura de sua fábula encontra-se a chave para a sobrevivência da humanidade.

“É bom estar em silêncio com um amigo.”

No tempo antes do tempo como o conhecemos, três misteriosas irmãs confessam e ensinam um poderoso encantamento a um jovem que concede ao mesmo a capacidade de controlar os animais. Dotado deste dom este jovem domou camelos, cavalos, bois e aves que o auxiliaram na formação do Reino da Pangeia. Após gerações encontramos o apaixonado monarca Dímon no trono. Com seu animais sobre controle e seu reino em paz, ele só têm olhos para a linda “Luz da Primavera”. Disposto a largar todo seu reino por seu coração, ele acabou encontrando morte e vida no nascimento de sua filha Obsidiana. Uma linda e jovem princesa que carregava em seus frágeis ombros a responsabilidade pela felicidade do rei. Mas poucas coisas podem ser tão esmagadoras quanto expectativas irreais. Seduzido por promessas de um reino maior e poderoso ele parte rumo a uma jornada vazia por acúmulo de terras e riquezas utilizando seus animais domados. Conforme seu reino se expande seu coração se aperta. Ele precisa garantir e eternizar a felicidade de sua filha. Ele precisa ganhar tempo para todas as suas realizações, assim oferece metade de tudo que é seu para aquele que garantir imortalidade a sua princesa. Entre degolados e devorados, surgem alguns anões que cumprem a promessa: uma arca que pode eternizar Obsidiana. Mas o tempo, aquela “velha senhora” que não se dobra para ninguém, cobra seu preço com vidas e corações partidos. O passado da princesa Obsidiana e o presente da jovem Vitória vão se entrelaçar em um caleidoscópio de tristeza e aventuras angustiantes inimagináveis.

“O mundo inteiro a ama e continuará a amá-la pela eternidade, ao passo que a maioria das pessoas é amada somente por uns poucos e por um breve momento.”

Um livro curto em suas páginas mas gigante em sua relevância. Uma fábula contada com maestria regada a pequenas doses de ficção científica. Com escrita simples, mas elegante, Andri Snaer (autor) nos presenteia com uma profunda reflexão do que devemos realmente nos importar. Uma premiada obra que fala sobre os rumos tomados por nossa sociedade consumista que visa o amanhã sem se apegar ou viver o agora. Procrastinação, superficialidade, imediatismo e o vazio que ocupa o coração dessa geração. O livro constantemente nos lembra da necessidade de se remir e aproveitar ao máximo nosso tempo. Então irei parar por aqui e apenas dar um um pequeno conselho: não deixe para amanhã o que você pode, e deve, fazer agora. Simplesmente compre essa pequena obra magistral.



site: http://acervodoleitor.com.br/a-ilusao-do-tempo-resenha/
comentários(0)comente



Natalia Portel 17/04/2024

Cada dia é um diamante bruto
Um livro que com uma prosa parecida com um conto de fadas, que encanta, te prende, e te faz refletir sobre situações e pensamentos atuais.

O maior ensinamento dessa leitura pra mim foi a preciosidade do tempo e dos momentos ordinários na construção da felicidade. Vi também muitas associações com o uso da tecnologia, mas tbm pode ter sido apenas uma interpretação kk

"Eu não tinha mais certeza se o mundo estava enfeitiçado ou se ele tinha se livrado de um feitiço. As pessoas já o tinham destruído tanto. As pessoas estavam em uma corrida contra o tempo. Tentando acumular tantas coisas e tanto lixo quanto pudessem. Destruíram tudo que havia de belo e agora se fechavam dentro de sua própria idiotice."
comentários(0)comente



Lygia Ambrosio 08/10/2017

" (...) ninguém conquista o mundo se não pode conquistar o tempo"
Este está entre as minhas leituras favoritas deste ano. Um livro muito lindo, encantador, com uma narrativa envolvente e fluida e que traz reflexões importantes.
Quando os economistas preveem uma enorme crise financeira, a família de Vitória, bem com o restante da população da cidade, decidem se esconder em caixas pretas, criadas pela empresa TIMAX, em que o tempo não consegue adentrar, eles programam a caixa para abrir, por exemplo, somente quando a crise financeira passar. Nessas caixas, as pessoas não envelhecem, quando saem das caixas parece a elas que só se passaram alguns minutos mas na verdade se passaram dias, meses e até anos. No entanto, a caixa de Vitória acaba abrindo e ela se vê em uma cidade em ruínas e que foi invadida por animais e pela floresta. Ela encontra um garoto que a leva até a casa de uma senhora, chamada Rosa, onde se encontram outras crianças cujas caixas também se abriram, que lhes conta uma história sobre um rei ganancioso que conquistou o mundo e que desejava conquistar o tempo. Esse rei tinha uma filha e queria protegê-la do tempo, queria preservar sua beleza e juventude para sempre, queria que ela só vivesse dias lindos, ensolarados e felizes e para isso a colocou dentro de uma arca mágica transparente, que o tempo não conseguia penetrar.
Vitória vai percebendo que há uma conexão entre a história contada pela senhora e sua própria realidade.
Embora seja um livro infantojuvenil, pode ser lido por todas as idades. Os adultos entenderão melhor os questionamentos e críticas contidas no livro.
Quanto vale nosso tempo? Será que gastamos e aproveitamos bem o tempo que temos? Como e com o quê utilizamos nosso tempo?
Vale a pena acumular uma quantidade enorme de riquezas e bens, vale a pena conquistar diversos territórios, travar inúmeras guerras, matar milhares de pessoas, alcançar o poder, sendo que depois se morre e tudo fica aí?
Luana Alcântara 08/10/2017minha estante
Ótima resenha. Eu imaginava algo mais YA, mas pelo visto este livro tem um viés bem mais filosófico. Fiquei com mais vontade de ler.


Lygia Ambrosio 08/10/2017minha estante
Também pensava que era mais YA, mas ao ler percebi que tem vários questionamentos importantes. Leia sim, recomendo fortemente!




fran_b07 25/07/2021

"NÃO É POSSÍVEIS CONQUISTAR O MUNDO, SEM CONQUISTAR O TEMPO"
Temos fantasia, ficção científica e fábula aqui. Leve, fluida e fácil de ler. A narrativa é um pouco infantil, mas isso não afeta a grandiosidade do livro.

São contadas duas histórias aqui. Uma se passa nos dias atuais, onde o mundo está prestes a enfrentar a maior crise econômica já vista, mas uma empresa chamada TIMAX tem a solução, caixas do tempo, no momento em que você entrar nela e a fechar o tempo não te afeta mais. Mas logo descobrimos que algo deu errado quando Vitória desperta da caixa e vê que a floresta tomou conta da cidade, e não tem mais ninguém nas ruas.

A outra é uma fábula antiga, que vai contar a história de Obsidiana, uma princesa que perdeu a mãe ao nascer, e o pai que faria de tudo para protegê-la, a colocou numa arca onde o tempo não consegue penetrar, a tornando jovem e saudável para sempre. 

Essas duas histórias vão se intercalando até se juntarem no final.

A Ilusão Do Tempo nos faz pensar no valor do tempo, de que precisamos enfrentar os dias ruins para poder apreciar os dias bons.
comentários(0)comente



Vivi 14/06/2021

Bonitinho
O livro é bem mais infantil do que eu esperava, tanto na linguagem quanto na história, mas mesmo assim foi interessante.
A leitura é muito rápida e a edição da Morro Branco está bonita.
comentários(0)comente



Bruna3731 09/02/2020

Fantasia, Ficção científica e Conto de Fadas.
De repente, a caixa de Vitória abre, mas a dos seus pais não. Ela percorre a sua antiga casa, rua, cidade e tudo está um caos. A mata e os animais tomaram conta de tudo. Não tem ninguém a vista. O mundo humano como um dia ela conheceu está chegando ao fim.
A Ilusão do Tempo foi um livro muito surpreendente para mim, pois quando li a sinopse não entendi nada (kkk). Então conhecemos um futuro bem parecido com nosso presente só que lá os economistas preveem uma crise como jamais vista antes e as pessoas tem um trunfo na manga: para tempos difíceis é só entrar cada um na sua caixa e permanecerem pausados para o tempo até que as coisas melhorem.
Mas desta vez as coisas não vão melhorar é apenas pioram até parecer que será o fim de tudo. Quando Vitória acorda acidentalmente, encontra outras poucas crianças que também tiveram as caixas abertas enigmaticamente é uma velha senhora com uma estória pra contar.
E através dessa estória, que parece um conto de fadas inspirado em A Branca de Neve, que as crianças poderão ajudar a salvar o mundo acordando todas as pessoas que estão nas caixas e convencendo-as a viverem suas vidas.
No conto da velha senhora chamada Rosa, ganha a primeira caixa do tempo da história, onde seu pai, um rei ganancioso que queria consquistar o mundo inteiro, a confina e só a deixa sair em dias especiais, convencendo a jovem que é o melhor para ela, mas todos acabam pagando um preço muito alto por querer dominar o tempo.
O grande ensinamento que o livro me trouxe é que não se pode querer mandar no tempo e que as vezes ter mais tempo não vai tornar a nossa vida melhor. Querer envelhecer mais devagar ou aproveitar apenas os dias bonitos e os momentos bons não nos tornará completos ou mais felizes. A perspectiva de ter um caixa onde pausamos o tempo enquanto algo ruim está acontecendo é muito atraente é claro, mas depende do preço que será cobrado depois.
É uma leitura que pode ser feita por todos os públicos e que nos envolve em diferentes gêneros, com o toque da ficção científica, do conto de fadas e da fantasia que eu amo!
Já leram algum livro que não conseguiram classificar em um único gênero?
comentários(0)comente



Faces EM Livros 10/02/2018

De todos os livros que li esse ano, A Ilusão do tempo me fez querer ter mais tempo para relê-lo! Como o próprio título sugere, a obra deve ser lida com muita atenção e despretensiosamente. Uma leitura gostosa e saudável, que nos faz refletir sobre as várias situações do cotidiano e perceber como o ser humano não tem controle sobre o tempo. Lançado pela Editora Morro Branco, o livro conta com um enredo simples e cativante, que move e nos impulsiona a conhecer o desfecho dessa estória.

"Em toda parte, era a mesma história: casas-fantasma, ruas-fantasma e cidades-fantasma. Tudo abandonado e vazio, mas o mundo em si estava longe de estar morto, estava verde e exuberante, com seus asfaltos e concreto encobertos por florestas. O mundo com certeza tinha sido enfeitiçado."
Uma crise econômica se atém durante o enredo. Os pais de Vitória acompanham tudo pela TV, assim como os seus vizinhos. Os economistas dizem que uma grande crise se aproxima e será preciso fôlego para passar por tudo isso. O pior de tudo é que a garota não consegue entender bem a situação e fica chateada por não ter atenção dos seus pais. Isso nos faz refletir sobre a realidade do nosso mundo e como os adultos não tiram tempo para reviver sua infância. Muitos tem filhos, mas a atenção se volta ao trabalho, as obrigações diárias. Os pequenos são deixados de lado, e quando adultos eles fazem o mesmo!

Para resolver ou melhor para vedar os sintomas da crise... entre os comerciais da TV aparece uma caixa do tempo: TIMAX. A promessa trazida pelo produto é que você pode hibernar e não vivenciar a crise, ou seja, passar por ela sem perceber. Com isso, Vitória observa atentamente os passos do seu pai. Quando menos espera, ela o vê montando uma caixa enorme e em questões se minutos ela é obrigada a entrar dentro deste estranho compartimento. Ao fechar a tampa, ela nem imagina o que poderá encontrar dentro desse mundo "invertido". Se deixando levar por altas expectativas Vitória abre os olhos e percebe que esse mundo é "maluco".

A primeira coisa que a tira do sério é: estar perdida. Sem os seus pais. Além do mais, ela se depara com sua casa abandonada, cheia de animais e plantas. Uma verdadeira arapuca que precisa ser desvendada. Está claro que a natureza manda nesse lugar. Mas, o que seria tudo aquilo? Absorta em seus pensamentos, Vitória encontra um menino que leva até Rosa: uma mulher misteriosa que abriga as crianças perdidas. Na tentativa de acalmá-las, a mulher começa a contar uma estória sobre a criação de Pangeia e de uma linda princesa de nome Obsidiana. É incrível como a princesa tem relação direta com todos os acontecimentos presente na realidade de Vitória. Em meio a narração nós embarcamos como personagens em um enredo que nos comove e move a refletir sobre a preservação dos recursos naturais. Que tal conhecer um pouco mais sobre Obsidiana?

"_ O problema é que as caixas facilitaram a procrastinação - disse Rosa - Tornou-se muito fácil adiar a solução dos problemas. É como se deixar beliscar de leve, gentilmente."

A Ilusão do tempo me tirou de uma ressaca literária enorme. Não consegui me apegar ao livro e aos personagens no primeiro momento, mas mantive a mente aberta para conhecer cada um dos personagens e tentar entender um pouco mais sobre o enredo. EU AMEI.

Incrivelmente madura, Vitória nos cativa por ser uma menina adulta para idade dela. Por pensar mais do que seus próprios pais, ela vê o mundo em que vive de um jeito diferente. Enquanto seus pais se preocupam com dinheiro e tudo mais, ela só quer manter sua família unida e não perder o tempo com coisas vãs. Isto é bem uma realidade de hoje. Principalmente com o pouco tempo que nós temos para as pessoas, para hobbies e outras coisas.

Os capítulos não são longos e isso ajudou muito manter o equilíbrio e não perder o foco da leitura. A escrita da autora é agradável com toques infantis que nos lembra a infância e os contos de fada. A sacada maior do livro é justamente essa: nos fazer pensar como crianças, para que assim sejamos sinceros com a realidade que nos cerca. Você já se perguntou qual criança não é sincera? Pois então. O livro tem essa pegada genial em nos fazer abrir a mente para nossa própria sinceridade.

A diagramação como um todo está lindíssima e a capa traduz bem a ideia central do livro. Sem que você perceba vai se apaixonar por uma obra em que o tempo é inevitável.
comentários(0)comente



Rotina Agridoce 16/01/2018

Um livro arrebatador!
Seguimos com mais um livro da editora Morro Branco que arrebata o coração com sua beleza gráfica! Neste caso a capa de A Ilusão do Tempo, do autor islandês Andri Snaer Magnason, é uma imagem onde você passa muito tempo se perdendo nos detalhes e sempre enxergando algo novo.
O mundo está em crise, a economia não anda bem e a família da jovem Vitória decide que a melhor atitude a se fazer é esperar até que a crise passe, e para isso eles e o resto da população mundial resolvem entrar em grandes caixas pretas programadas para se abrirem quando tudo melhorar. Muitos anos se passam, e a caixa de Vitória se abre, mas ao contrário do esperado ela se vê sozinha em uma cidade invadida pela natureza. Sem saber o que fazer ela caminha pela cidade em ruínas, até que encontra uma casa repleta de crianças e uma senhora que insiste em contar uma estória de um rei que queria conquistar o mundo e que para isso também queria conquistar o tempo, e como ele fez isso? Utilizou uma certa arca que para o tempo, será que é apenas uma coincidência?
Magnason realizou sua narrativa em terceira pessoa de forma muito original, mas repleta de referências dos clássicos contos de fadas. É original porque conseguiu juntar em uma única estória, uma estória no mundo moderno com questões atuais como crise econômica e comportamento social doente, ao mesmo tempo em que narra através da estória contada pela senhora um universo medieval com características de contos, no caso em especial do conto da branca de neve. Seu enfoque é mais no realismo fantástico do que em uma fantasia propriamente dita, logo o que lemos soa mais verídico do que nunca.


Os trechos sob o ângulo de Vitória são pequenos, não conseguimos estabelecer uma ligação com ela ou os demais personagens que interagem com ela. O foco fica na estória narrada, a de Obsidiana que é uma jovem filha de um rei que perdeu a esposa, e com isso se tornou muito protetor com a filha. Para tentar superar a perda da esposa ele quer ter domínio do mundo e dá-lo para filha. Mas ele contata que ele não pode ter o mundo todo, e ter tempo para usufruí-lo, logo ele precisa conquistar o tempo. E é a partir desta busca que tudo começa dar errado em seu reino e na estória de sua filha.
Obsidiana vive em uma bolha, ela não conhece seu reino e nem o que é viver. Tudo que sabe é o que lhe é contato, e tudo que vê é o que a janela do castelo lhe permitem enxergar. Quando seu pai cria uma plano para burlar o tempo e ela torna-se parte dele surgem diversas críticas ao modo de vida do ser humano moderno. Embora se utilizando de ferramentas não diretas para os temas, quando a trama acaba você consegue assimilar facilmente a moral da estória.


As questões discutidas no livro são de importância vital. A empresa que cria as caixas pretas nos tempos modernos vende-as com o slogan de não ter que "passar mais por dias chuvosos, ou invernos", e apenas nesse trecho podemos pensar o quanto o ser humano deixa de aprender e viver a vida lamentando pelas mudanças de tempo, por exemplo, quando cada dia nos oferece momentos únicos e diferentes com novas lições que não devem ser condicionadas a nada além de nós mesmos.

Leia o restante no blog Rotina Agridoce

site: http://www.rotinaagridoce.com/2017/09/resenha-1295-ilusao-do-tempo-andri.html
comentários(0)comente



147 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR