Neve Negra

Neve Negra Santiago Nazarian




Resenhas - Neve Negra


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Biblioteca Álvaro Guerra 25/09/2018

Na noite mais fria do ano, na cidade mais fria do Brasil, um pai de família volta para casa. Pintor de sucesso, passa boa parte de seu tempo em feiras e exposições no exterior. E na sua cidade natal, na Serra Catarinense, se depara com o inesperado. Enquanto a neve cai lá fora, sua família dorme. Mas quando seu filho de sete anos desperta é que começa um pesadelo que acabará com o aconchego do lar. Neste habilidoso misto de terror psicológico e drama familiar, o leitor se depara com paranoias e dúvidas ancestrais da paternidade. É também um raro registro da neve no Brasil, num romance no qual questões existenciais se mesclam com o humor negro de que só Nazarian é capaz.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535929461
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Pandora 15/10/2017

As piores trevas são as nossas
Bruno Schwarz é um artista plástico renomado na faixa dos 50 que faz uma arte vendável e de qualidade duvidosa, o que lhe dá dinheiro suficiente para viver muito bem, mas que lhe obriga a viagens internacionais constantes. Sua mulher e o filho de sete anos vivem praticamente sozinhos na cidade (fictícia) de Trevo do Sul, uma das mais frias da serra catarinense, para onde ele retorna após uma de suas viagens.

Bruno é egocêntrico, cínico, vaidoso, machista e sarcástico, não só com a vida em geral, mas com sua própria arte. Nesta noite da volta pra casa - a noite mais fria do ano, chega até a nevar - ele passa a refletir sobre a sua vida e principalmente sobre seu filho, a quem ele mal conhece, e a paternidade.

Pensa num livro que começa morno e então há uma cena inesperada e você pensa: agora as coisas vão deslanchar. Mas não deslancham. E você segue lendo, a narrativa é estranha e bizarra, mas você só acha tudo muito maluco, uma aura de David Lynch, uma viagem de ácido. Só que sem perceber, você já está envolvido numa atmosfera sinistra e muito tensa e você tem até que dar uma parada na leitura pra tomar um ar porque, quando se dá conta, vê que suspendeu a respiração e que a sensação é de que você está preso numa noite infinita junto com o personagem e que aquelas poucas páginas que leu parecem o dobro. Você perde a noção do tempo.

Este clima insano e claustrofóbico permanece durante toda a leitura. Ele é alternado com flashbacks que explicam melhor quem é o protagonista, sua relação com a arte e com sua família. Mistura lenda urbana com paranoia, tem uma visita estranha na madrugada, animais empalhados, uma historinha infantil macabra - e deliciosa! -, surrealismo, fantasia... enfim, é uma loucura!!! Eu só não dou 5 estrelas para este livro porque com a aparição de uma certa personagem feminina já quase no fim da história o terror psicológico deu lugar a um gore dispensável, que só sujou a narrativa, na minha opinião.

Ultimamente tenho tido a felicidade de me deparar com novos (para mim) ótimos escritores: Afonso Cruz, José Luiz Peixoto, Dulce Maria Cardoso, Altair Martins, Mariana Enriquez... Santiago Nazarian é também um destes escritores que têm um prosa envolvente e original, que fazem a diferença na literatura contemporânea. Eles cutucam, instigam, inovam, incomodam. Gosto disso. Que venham mais Nazarians!
Michael.Maggione 07/02/2018minha estante
Estou lendo o livro e, até agora, está excelente. Menos de duas horas de leitura e já estou quase na página 100. Um clima sombrio perfeito, escrita excelente. Um grande terror psicológico.


Alê | @alexandrejjr 10/02/2022minha estante
Fiquei com muita vontade ler! Talvez conheça o autor por esse livro.


Pandora 11/02/2022minha estante
Alê, tomara que você goste. Ainda não li mais nada dele, sei que foi finalista do Jabuti com Fé no inferno, que parece ser bem diferente deste Neve Negra.




stellasays 14/09/2017

O Iluminado encontra O Bebê de Rosemary
Com influências muito fortes destas duas obras, o autor nacional Santiago Nazarian narra a história de um homem com mais de 50 anos, artista plástico bem sucedido, pai ausente por conta do trabalho e mulherengo (pois apesar de ter uma mulher, nunca casaram, o que permite as escapulidas durante as viagens).
Ele volta de viagem numa noite fria, de neve, e chega em casa de madrugada. Passa a noite rememorando situações com a mulher e o filho enquanto coisas bizarras acontecem na casa.
Num momento ele faz referência direta a O Iluminado, mas na parte mais gore da história senti o mesmo clima de O Bebê de Rosemary.
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