Metafísica do Belo

Metafísica do Belo Arthur Schopenhauer




Resenhas - Metafísica do Belo


2 encontrados | exibindo 1 a 2


Truga 19/04/2021

Bom gente, mais uma obra filosófica original que leio e não foi fácil. Como já comentei, quando vou me aventurar em águas desconhecidas, procuro ler os comentaristas e textos que se apropriem dos autores (e não direto original). Enfim, o Review:

O Metafísica do belo é uma das quatro principais obras de Schopenhauer, e é o conjunto de preleções que foram lidas pelo Schopenhauer em 1820 na Universidade de Berlim. Por isso, o texto está em primeira pessoa do singular. Diferente de outros alemães (Kant e Hegel, por exemplo) Schopenhauer se esforça para ser o mais claro quanto possível no texto, embora ainda faltem exemplos que sustentem mais claramente o que ele quer dizer (pra mim pelo menos que sou leigo).

O tem duas partes principais: na primeira metade Schopenhauer vai tentar te convencer que o que é o belo em si, a relação dele com a Ideia (Platão) e a Vontade. Nesse percurso, ele também discutirá o que ocorre em nós quando o belo nos emociona e defenderá o belo objetivo (é uma coisa do mero conhecimento).

Na segunda metade Schopenhauer explorará como a produção do belo é o objetivo das artes (arquitetura, música, escultura, poesia etc). Nessa parte, Schopenhauer elencará em diferentes graus de ““beleza””, ou, em suas palavras “objetidade da Vontade”. Particularmente gostei da análise que ele faz da arte poética, com diversos exemplos de Shakespeare, Homero e Goethe.

As notas do tradutor ajudam demais, gostei que Jair Barboza em mais de um momento se preocupou em esclarecer as passagens de Schopenhauer, principalmente quando ele se referia a algumas de suas outras obras (em geral era O mundo como vontade e representação).

Para mim, ficou difícil “concordar ou discordar” dos trechos ou da obra. Meio que você aceita alguns dos pressupostos e reconhece que há uma coerência interna durante o percurso (mesmo que nem sempre fique claro o suficiente). Os longos parágrafos, às vezes de várias páginas, também não contribuem. O índice remissivo ao final ajuda no estudo, ponto positivo aí.

RESUMO: leitura específica para pessoal da filosofia ou das artes. Não achei simples por ser meu primeiro livro do autor. Senti que me faltou contexto em alguns pontos (e maior afinco com a discussão dos exemplos). Indico com ressalvas.

IG literário: @trugaindica
comentários(0)comente



2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR