É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Gui 18/02/2022

Que relato!
Não consigo imaginar como o ser humano pode ser tão cruel, sádico e sem sentimentos com o próximo.. Também me admiro demais com a resiliência dos sobreviventes dos Campos, e também dos que não sobrevireram.. E as vezes reclamamos por tão pouco.
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sr. felix 13/02/2022

Adentre o umbral da casa dos mortos.
Li este livro aos dezenove, decidi reler novamente aos vinte e um, e com certeza retornarei quando estiver com cinquenta. Sem dúvidas, é um daqueles livros em que paramos diante das páginas e questionamos se de fato temos dificuldades na vida. Contratempos, uns probleminhas aqui e acolá, isso sim, julgo existir na vida de todos. Mas dificuldades? Ah, não! Isso não.

Pense um instante comigo. E se você perdesse todos aqueles que ama da noite pro dia? E se você fosse levado de sua terra natal a um lugar desconhecido que emana o cheiro acre de morte? E se, ao chegar neste lugar, passasse por uma iniciação que sistematicamente destrói não só todas as suas esperanças, mas também o reconhecimento de si próprio como indivíduo?

Pois bem, este lugar é um "arbeitslager" ? um campo de trabalho. Ou, depois de ler esse testemunho fidedigno de Primo Levi, melhor seria chamá-lo inferno. Ao chegar no campo de trabalho de Monowitz, situado ao lado do campo de Auschwitz, Levi vê acima do grande portão uma frase escrita em alemão com letras garrafais: "arbeit macht frei" ? o trabalho liberta. Uma afirmação que teria sua credibilidade, não fosse o lugar em que estava sendo expressa: os portões da maldade, a máquina de aniquilar seres humanos, o antro que exterminava a vida. Os nazistas erraram na escolha do slogam. Deveriam mesmo era ter parafraseado Dante, nos portais do Inferno: "Ó, vós que entrais, abandonai toda esperança".
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Raylinne 06/02/2022

Final emocionante
Gostei bastante do testemunhos. Achei a edição e tradução falhas. Muitas palavras em alemão que tem de ser deduzidas, pesquisadas... mas o fim, o último capítulo é emocionante demais. Ainda mais por saber que esse relato é real deixa o capítulo interessante demais.
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Rafaela 06/02/2022

Um relato importantíssimo de Primo Levi sobre sua experiência do campo de concentração e, apesar da crueldade e brutalidade que tocou essa parte de sua vida, a expõe de forma esclarecedora.
Analisando o mundo construído a sua volta, põe em cheque a própria humanidade, dos nazistas e dos prisioneiro: "Uma parte da nossa existência está nas almas de quem se aproxima de nós; por isso, não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa antes os olhos de outro homem."
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CCataldi 06/02/2022

Não pode ser esquecido
É o segundo livro de Primo Levi que leio. Ler as histórias dos sobreviventes do holocausto é, ao mesmo tempo, triste e instrutivo. Saber que existem seres humanos capazes de atrocidades e outros capazes de sobreviverem às condições mais perversas e hostis, me mostra toda a capacidade da nossa espécie. Esses livros servem para que nunca esqueçamos desse capítulos horrendo da história e que nunca permitamos que isso ocorra novamente.
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Brenoarf 05/02/2022

A visceralidade dos incógnitos
"É isto um homem?" configura uma profunda reflexão sobre a fragilidade da existência humana em confronto com a sua mais intensa capacidade de sobreviver, mesmo onde há apenas loucura, sofrimento e dor.
A privação da maioria dos recursos de manutenção de vida biológica a um grupo selecionado, imposta por outros seres humanos no auge do egoísmo e soberba, alia-se à suprema miséria e humilhação moral que desconecta a vida e deteriora o intelecto e a alma.
O nascimento do mal, em parâmetros novos, induz a um gradual apagamento dos seres escolhidos como alvos da horrenda destruição executada pelo nazismo de Hitler, que registra o extermínio como fato casual e compreensível para sedimentar uma nova era. Levi, como escritor, ocupa-se, nessa obra, dos judeus do complexo de Auschwitz com quem conviveu e dá voz aos ausentes, aos que foram silenciados pela inexistência física no pós-guerra e que foram em realidade as verdadeiras testemunhas.
Os testemunhos, a negação, o silêncio voluntário e o silêncio pela ausência são um mosaico de sentidos humanos gerados a partir do que a estudiosa Hannah Arendt denominou como "banalidade do mal". Para além de relatar o cotidiano em Auschwitz, em analisar o declínio da humanidade perante seus próprios olhos, Levi deixa, nessa obra, como legado a necessidade de preservar a memória, sendo o testemunho do autor, portanto, a preservação do coletivo. O coletivo que sofreu, morreu e constantemente é alvo de uma tentativa de covardes apagamentos. Isso porque a pergunta que dá título ao livro é um questionamento sem conclusão simples: o homem é o mesmo que matou milhares de judeus, mas também é o mesmo que sofreu com a perda da identidade nos campos de concentração nazistas. O homem é uma incógnita.
A obra de Primo Levi é certamente um dos marcos mais importantes para a narrativa testemunhal a cargo da ficção, de onde saem as palavras em tantos quantos foram os idiomas envolvidos, de onde brotam as imagens cênicas de tantas quanto foram as atrocidades cometidas e de onde emergem as personagens-testemunhas que ultrapassaram "a libertação, num cenário miserável de moribundos, de mortos, de vento infecto e de neve suja [...]" como descreveu Primo Levi.
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Maria.Clara 04/02/2022

Acho muito complicado avaliar esse tipo de livro, porque é uma escrita de uma história muito pessoal, e sobre um assunto muito delicado.
Foi uma leitura muito proveitosa, através do Primo Levi você consegue enxergar com mais clareza como funcionava um Campo de Concentração Nazista. Somado à isso, é uma leitura que me deixou muito triste em vários momentos quando eu parei pra pensar e visualizar tanta barbárie contra o ser humano.
No mais, acho que é o tipo de leitura necessária à todos, pra que a gente não esqueça e jamais permita que isso ocorra novamente!
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Toni 20/01/2022

Não se preocupe. O relato de Primo Levi sobre o holocausto não foi feito para chocar. Aqui, não temos sangue escorrendo entre as páginas. O livro foca em como os campos nazistas tiraram a dignidade dos judeus ao ponto de, em determinado momento, nem mais se importarem com toda a crueldade que sofriam. Chega uma hora que o homem deixa de ser homem, não existe mais dor, nem alegria. Não existe mais esperança.

Achei interessante descobrir detalhes dos campos de concentração que geralmente outras obras não mostram. Afinal, aqui quem escreve é uma pessoa de verdade que realmente passou por tudo aquilo. Todos os sentimentos estão lá. Não tem nem menos, nem mais.

Ótimo livro.
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Tacio.Corbacho 20/01/2022

Simplesmente, a luta pela vida !
É de longe o mais profundo que se pode chegar daquele momento terrível da humanidade, Primo detalha com ricos detalhes sua luta pela sobrevivência (até quando não tinha mais vontade alguma de lutar), ele tira tudo de ti nesse livros, lágrimas, sorriso, espanto, medo, entre outros. Um dos livros que de certeza lerei outras vezes, obrigado por essa obra Primo ! Você venceu !!
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Alê | @alexandrejjr 19/01/2022

O homem é o prisioneiro do homem

Alguém já disse alguma vez e eu repito: a memória é um conjunto infinito de labirintos. É por isso que “É isto um homem?”, exemplar máximo da literatura de testemunho, é essencial. Afinal, como recordar em palavras um dos períodos mais violentos da história humana?

O químico Primo Levi, judeu italiano sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, mostra neste relato impressionante a pequenez humana. Mostra como a liberdade, o bem maior que todos almejamos, pode ser usurpada diante de nossos olhos sem a menor possibilidade de reação. Ao narrar com tremendo esforço e invejável compromisso ético seus dias no inferno nazista, Levi oferece aos leitores, sem juízo de valor algum, uma reflexão sobre a humanidade. O que é o progresso, a ética, a justiça e a política em meio à desumanização? Em meio a um contexto de caos e extrema violência, em que o homem livre é inexistente, Levi consegue nos mostrar que esses conceitos não passam de palavras ou signos em desuso.

Para além de relatar o cotidiano em Auschwitz, em analisar o declínio da humanidade perante seus próprios olhos, Levi deixa como legado em “É isto um homem?” a necessidade de preservar a memória. O testemunho de Levi é, portanto, a preservação do coletivo. O coletivo que sofreu, morreu e constantemente é alvo de uma tentativa de esquecimento, de apagamento. Porque a pergunta que dá título ao livro é um questionamento sem conclusão simples: o homem é o mesmo que matou milhares de judeus, mas também é o mesmo que sofreu com a perda da identidade nos campos de concentração nazistas. Portanto, o homem é uma incógnita.

Após a leitura de “É isto um homem?”, me atrevo a pensar que a clássica frase de Thomas Hobbes, “o homem é o lobo do homem”, merece uma ressignificação: o homem é o prisioneiro do homem. Porque Primo Levi foi - e ainda é - a voz de quem foi silenciado e a nós, meros leitores, basta escutá-lo.
Katielly 20/01/2022minha estante
Sempre bom ler suas resenhas, Alê!  Tenho muita vontade de ler este livro.


Kivia Raquel 20/01/2022minha estante
Já irei incluir este em minhas próximas leituras. Obrigada por compartilhar.


Craotchky 20/01/2022minha estante
Breve e excelente texto.


Alê | @alexandrejjr 20/01/2022minha estante
Katielly, obrigado por acompanhar e comentar sempre que possível!

Kivia, agradeço a leitura! É um livro muito importante mesmo, e de uma beleza - apesar do tema - singular.

Agradeço o elogio, Filipe!


Luciana 21/01/2022minha estante
Sou doida pra ler esse livro! Valeu por compartilhar a resenha!


Alê | @alexandrejjr 21/01/2022minha estante
Eu que agradeço a leitura, Lu! Obrigado!


Tamires Durães 25/01/2022minha estante
Resenha impecável, conseguiu descrever com exatidão as impressões que também tive ao lê-lo! A leitura de É isto um homem? é extremamente impactante e necessária, me interesso muito por leituras com pano de fundo o holocausto, este sem dúvida é o melhor que li.


Alê | @alexandrejjr 26/01/2022minha estante
Agradeço a leitura, Tamires!




Pandora 18/01/2022

Eu não costumo ler livros sobre a Segunda Guerra. Acho um assunto explorado, muitas vezes, de maneira indevida, desrespeitosa e romantizada. Porém, além deste elogiado livro ser o escolhido num grupo de leitura do qual participo, é o livro de memórias de um sobrevivente dos campos de concentração nazistas.

Eu gostei muito da forma como o livro foi escrito, sobre fatos cotidianos do campo e suas lutas diárias internas - que iam muito além do domínio nazista -, mas também com reflexões sobre a humanidade, sobre o que fazemos sob condições adversas, sobre quem podemos ser na luta pela sobrevivência.

Todas as mortes são lamentáveis, mas o que dizer dos que pereceram momentos antes da libertação ou logo após a chegada dos libertadores?

Eu tive sentimentos e reflexões similares aos que senti durante a leitura de Ensaio sobre a cegueira, do Saramago. Quando toda a nossa dignidade nos é destituída… o que sobra? É isto um homem?

“Assim como a nossa fome não é apenas a sensação de quem deixou de almoçar, nossa maneira de termos frio mereceria uma denominação específica. Dizemos “fome“, dizemos “cansaço“, “medo“ e “dor“, dizemos “inverno“, mas trata-se de outras coisas. Aquelas são palavras livres, criadas, usadas por homens livres que viviam, entre alegrias e tristezas, em suas casas. Se os Campos de Extermínio tivessem durado mais tempo, teria nascido uma nova, áspera linguagem, e ela nos faz falta agora para explicar o que significa labutar o dia inteiro no vento, abaixo de zero, vestindo apenas camisa, cuecas, casaco e calça de brim e tendo dentro de si fraqueza, fome e a consciência da morte que chega.” - pág. 182
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Bruno.Flister 17/01/2022

É isto um homem
Retrato sincerro de uma vítima de Auschwitz, desde sua ingressão no campo até a esperançosa saída. Primo Levi retrata o infeliz horror do homem causado pelo homem.
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Marconi Moura 08/01/2022

9,5
Memórias do químico italiano judeu, preso em Auswitz entre 1944 e 1945. Apesar do conteúdo pesado, o autor tem estilo agradável, a leitura é prazerosa. Aborda o tema sob um perspectiva humanista maior, compreendendo muitas vezes o agressor como mais uma vítima. Destaque para o personagem Lorenzo Perrone, sem cuja ajuda o autor não teria sobrevivido; mas Lorenzo não pôde salvar-se de si mesmo.
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sadbroccolitree 05/01/2022

Visceral!
Demorei para finalizar o livro, pois houve um momento que todo o peso da história (e o saber de que se tratava de algo real) se tornou muito pesado. É um livro visceral, mas necessário. Não podemos esquecer as monstruosidades das quais o ser humano é capaz e a memória disso tudo precisa se manter viva para que isso não se repita. Fico imaginando pessoas que passaram por campos de concentração, ou perderam familiares naquele lugar horrendo, vendo, hoje em dia, negacionistas tentando espalhar que nada disso aconteceu. Enfim, uma leitura que é um tapa na sua cara, mas muito necessária!
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Maria.Luiza 02/01/2022

O livro é sobre o campo de concentração de Auschwitz, o autor descreve algumas situações passadas no campo, des da chegada até a saída.
Eu achei o livro pesadíssimo em algumas partes, mas em geral gostei muito.
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