Bruno 25/07/2011
Fraco!
Estava muito curioso para ler esse livro. Romances policiais com elementos históricos e religiosos me cativam bastante. Mas, não foi o que vi nesse livro. De policial, realmente, não tem nada.
O livro é absolutamente linear, de uma progressão simples, tudo muito previsível e superficial. De reviravolta, conto só uma. Clímax, não houve. O final, aconteceu normalmente, foi feito o que tinha que ser feito.
A obra inicial de Sholes e Moore não possui uma teia conspiratória inteligentemente costurada, daquelas que, de tão bem explicadas e construídas, é capaz de convencer alguns ingênuos leitores que de fato são reais. Bem como, achei o livro muito raso, pobre, em matéria de conteúdo, de conhecimentos enciclopédicos, como é praxe nesse tipo de romance.
Também, a superficialidade desse livro, se configura em se limitar tão-somente na pessoa da Cotten Stone e raramente na do vilão, e nunca nos demais personagens, a não ser que estejam participando da cena em que há Stone e o vilão. Por isso da previsibilidade. Sem falar que as cenas de ação são muito clichê.
Os dois personagens centrais são rasos e simplórios, não investigam, não são inteligentes, não possuem qualidades intrigantes e personalidades cativantes, apenas agem segundo a previsibilidade e a lógica da mais simples possível. A ênfase nos principais personagens está nas frustrações do amor, e não da solução dos problemas.
Quando resolvem investigar, entender o que estar a acontecer com eles, os protagonistas forçadamente adivinham tudo em cheio, e olhe que a trama é bem surreal, a ponto de nos arrazoarmos conosco: Poxa! De primeira, assim, a trama foi decifrada? Assim, tão fácil: bastou tirar uma horinha ali para pensar e concluir?!
Pessoalmente, achei o livro muito feminino, extremamente melado com os hormônios e carências de uma personagem altamente necessitada, que, praticamente, só pensa em sexo. Sem sarcasmos, de verdade, creio que os leitores de Crepúsculo gostarão bastante desse livro.
A autora escreve bem, sem confusão, mas o problema é que é um livro linear, simples e raso, para o que, em tese, ela se propõe - romance policial com elementos religiosos. O livro não te enriquece de conteúdo, não te intriga, não te empolga, não te deixa pensativo, e, no fim, não te faz refletir sobre valores humanos. Não há nada de interessante, original, para você admirar esse trabalho. Para quem gosta desse tipo de romance policial, esqueça-o. Para quem gosta de uma aventura, de início e fim bem simples, amores femininos, pode comprar.