Discurso sobre a servidão voluntária

Discurso sobre a servidão voluntária Etienne de La Boétie




Resenhas - Discurso sobre a servidão voluntária


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Felipe.Camargo 04/04/2021

Por que abrir mão da liberdade?
33º Livro do ano (eu tinha pulado esse número ?): Discurso sobre a servidão voluntária ? Étienne de La Boétie
Escrito muito antes do iluminismo e das revoluções europeias, o discurso/manifesto do jovem Étienne, um dos melhores amigos de Michel de Montaigne, faz uma apologia a liberdade. O autor, com pouco mais de 30 anos na época em que escreveu, tenta compreender o que faz com que um ser humano sirva de forma tão intensa um tirano, abrindo mão de sua própria liberdade para viver aos comandos dos outros, tudo de certa forma, para compreender um contexto no qual a monarquia era o sistema político em voga e o absolutismo começara a sofrer suas primeiras rachaduras. O filósofo vai buscar tanto na história, quanto na biologia, justificativas para demonstrar que a liberdade é um ?direito? natural, uma tentativa talvez de inflar as massas contra um poder um poder que ancora em premissas inquestionáveis, que por sua vez, podem ser altamente questionáveis pela investigação racional. Um verdadeiro clássico que antecede o liberalismo e o anarquismo. Leitura rápida, de fácil acesso e importante para todos que se interessam por ética e política.
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Dênis 21/06/2020

Um olhar diferente
Em meio a Ascenção das monarquias absolutistas, o autor corajosamente questiona as formas de poder comumente estabelecidas.
Leitura e . 21/06/2020minha estante
Oii... Boa noitee...Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... te espero lá...?
Obrigado.
@leituraeponto




Ana 03/08/2021

Fui ler por conta de um curso que eu faço, mas acabei gostando muito
Tão bem escrito para a idade do autor e época
Muitas críticas ao homem
Eu adorei
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GuiBatelochio 20/01/2024

Por que não valorizamos nossa liberdade?
Discurso sobre a servidão voluntária é um livro do século 16 que questiona o porquê de um povo ficar à mercê da vontade de apenas um homem (o rei) e de seus homens mais próximos.

Não é de fato racional que milhares de pessoas vivam à mercê da vontade de um único homem, pois poderiam se levantar contra o mesmo, em especial quando se tratar de um tirano. O autor estabelece que há 3 motivos para o povo aceitar esta submissão: pelo costume de já ter nascido nesta condição e não imaginar uma vida diferente, pela construção de uma imagem quase mitológica do líder e pela estrutura de favores e poder que se cria aos que são próximos deste líder.

A ideia principal do livro é de que não importa quanta influência, bens ou status se ganhem sendo servo de alguém poderoso, nada disso terá mais valor do que ser alguém realmente livre, que não se submete às vontades de outrem.

Deve-se levar em conta a época em que o livro foi escrito. Achei diversas ideias interessantíssimas e de muita coragem para a época. A leitura, apesar de parecer simples, me surpreendeu como um todo. Recomendo muito.
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rglacerdaBR 24/11/2020

Liberdade
Em tempos de polarização, de babação por autoridades e figuras públicas este livro é ideal para refletir o quanto somos servos voluntários da tirania política, religiosa ou qualquer outra forma de controlar o gado, seja de qualquer pasto a que ele pertença!
Recomendo
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Gisele 04/04/2023

Um livro necessário para o atual contexto político do Brasil!
Descobri este livro através de uma indicação na internet no final do ano passado, após o resultado das eleições de outubro de 2022. Não me lembro se foi de alguém que sigo no instragram ou se foi em algum podcast que ouvi. Achei o título interessante e ele realmente sugere o conteúdo do livro.

Recomendo a leitura diante do atual contexto político que estamos enfrentando no Brasil. O escritor faz uma análise sobre os motivos que o povo, desde os tempos mais remotos, cede tão facilmente sua liberdade à tiranos, muitas vezes sem contestar. Escrito há 500 anos, ainda é uma leitura atual. Um livro com poucas páginas e a leitura é de fácil compreensão.

Recomendo!
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allanzanetti 08/12/2021

Direito à exploração
A tirania só é possível porque tem um povo disposto a defender o seu direito de ser explorado. O fato deste discurso, publicado no século XVI, ser bem assimilado na atualidade indica tanto a capacidade do autor quanto o avanço relativo da liberdade individual.
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Chico Jr 01/11/2021

Para abrir os olhos...
Obra interessantíssima para entender ainda mais os conchavos políticos, a passividade das pessoas... liberdade é um termo bem distante da realidade que vivemos...
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Carol 08/01/2019

Discurso sobre a servidão voluntária
Lido na edição da Editora: Edipro. Tradução: Evelyn Tesche; Introdução e Notas: Paul Bonnefon.

Um dos livros fundadores do liberalismo clássico, em seu aspecto filosófico, em Discurso sobre a servidão voluntária, La Boétie busca entender como um tirano mantém-se no poder. Sua resposta simples é de que isso ocorrer pelo consentimento do povo, por sua servidão, não coacta, mas voluntária.

A inovação trazida por La Boétie ao pensamento político da época é do quanto há de voluntário na submissão. Ou seja, não estamos diante de uma autoridade porque ela nos coage, mas porque temos esperanças de nos beneficiarmos do sistema estabelecido.

"O poder beneficia muitos, e os que são atingidos ou oprimidos por ele sonham em ocupar um posto no qual possam, de algum modo, oprimir também. Cria-se uma rede de interesses que amplia muito a servidão e a torna mais complexa que uma simples polarização opressor/oprimido."

É preciso situar o contexto no qual essa obra seminal foi escrita. La Boétie é um humanista do século XVI, contemporâneo de Montaigne. O absolutismo régio percorre a Europa. O soberano concentra o poder em suas mãos. É de se compreender o porquê de o Discurso só ter sido publicado postumamente.

Ainda que La Boétie tenha vivido numa Europa não mais existente, sua defesa da liberdade, como bem maior indivíduo, é ainda relevante. Livro seminal dos pensamentos político e filosófico.

"Sede resolutos em não servir mais, e estareis livres. Não peço que o derrubeis de seu posto, apenas que não o tolereis mais, e o vereis, como um grande colosso do qual se retirou a base, ruir sob o próprio peso."
Guilherme 22/07/2019minha estante
Oi, Carol!
Tô pensando em comprar essa edição. Você gostou da tradução? =)


Carol 22/07/2019minha estante
Oi, gostei sim. ? bem fiel ao original em francês.




Virgilio_Luna 16/09/2020

Pensando aspectos de nosso tempo, com adaptação
Antes de iniciar meus pensamentos sobre a obra, gostaria de aliar-me a Deleuze: podemos pegar um filósofo do passado, o seu canto, os seus problemas, e trazê-lo ao presente - esta obra é um convite a pensarmos a política e o Estado de forma mais madura.

Há dois prefácios. Um deles de Leandro Karnal, o qual é bom. O outro, no entanto, aprofunda nos dados historiográficos da obra de La Boétie, falando até mesmo de sua amizade com Montaigne, a reedições de sua pequena obra, o seu pensamento político e sua paixão irremediável pela liberdade.

O texto de La Boétie nos convida a fazer uma suspeita, uma pergunta: Se todos os animais, na Natureza, gritam pela liberdade, o que faz que um homem tolere os abusos de um tirano, de um homem só, com duas mãos, duas pernas, dois olhos, uma boca e duas orelhas? O que faz com que esse tirano saqueie nações, surrupie famílias... Como é possível? Resumindo: como um tirano faz o que faz e, ainda assim, é tolerado pelo povo?

La Boétie nos aponta caminhos para pensarmos isso. O primeiro deles é o costume, um velho argumento, aquele povo já está tão acostumado a viver de tal forma que acha que não há mais nada no mundo, a única possibilidade é aquela - o que, nem de longe, diminui a tragédia, só a amplifica.

O segundo remete às artimanhas do tirano: usando exemplos históricos, Boétie nos lembra de Ciro, que tinha poder sobre a Lídia, a qual, após tentar se revoltar contra ele, sofreu uma repreensão: Ciro mandou que abrissem bordéis na cidade. Os bordéis, o panis et circensis, diluem o povo, deixam-no embriagado, incapaz de agir e de pensar - fazem, inclusive, com que amem o tirano, ora, um homem que nos dá bebidas e festas deve ser um homem bom! Mas o dinheiro das festas, das bebidas, é o mesmo que o tirano surrupiou, que ele roubou de seus cidadãos.

O terceiro, e último, é olharmos que um tirano tem cinco ou seis apoiadores centrais, homens de amplo poder que se beneficiam do governo tirânico. Esses cinco ou seis têm cerca de 600 homens, cada um, que se beneficiam de suas práticas, recebendo cargos públicos. Esses 600, por sua vez, possuem, cada um, 10mil, 100mil homens sob o seu poder. O tirano é um guarda-chuva de tirania: ele cria o próprio habitat do ódio, a sua possibilidade de repreensão. Usando a imagem de Jupiter, podemos dizer que ele é o vértice com vários fios se distanciando, isso ao lado dos outros 6, que dão o nó na ponta.

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Mimiyazawa 27/12/2020

Atual e excelente
Sempre me fascina e me dou conta de minha insignificancia quando leio obras escritas a tanto tempo atrás com ideias tão atuais e urgentes. Refleti bastante sobre o que o autor fala em como é mais cômodo viver em servidão do que em liberdade, isso me remeteu muito ao mundo contemporâneo, onde as pessoas preferem muito mais que os problemas sejam resolvidos pelo governo, e o crescente aumento pelo utilitarismo. Outra ideia passada pelo autor é de que um tirano não governa sozinho, muitos abaixo dele corroboram para sua tirania através de corrupção, achando que por que este tem um vida mais próxima do tirano tem mais regalias, do que nos feudos, e portanto mais feliz, porém, não percebe este que o risco que corre é maior, já que a qualquer momento o tirano poderá pedir sua cabeça. Outro ponto interessante é a visão de como o oprimido que fica muito ressentido vira o opressor, e essa ambivalencia é um tema diário do ser humano.
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Bia 24/04/2022

?São eles que, já tendo nascido com bom juízo, ainda o aprimoram com o estudo e o saber. Mesmo se a liberdade perecesse por completo e desaparecesse do mundo, ainda a saboreariam, e o gosto da servidão não lhes agradaria, por mais disfarçado que estivesse.?
Esse livro foi um dos mais interessantes de ler. Ele vai argumentar como a sociedade perde sua liberdade para se tornarem servos de tiranos. Além disso, o autor intercala suas afirmações com exemplos desses tipos de governos. Em algumas partes a linguagem pode ficar um pouco difícil, mas, em geral, é um livro muito rápido de ler e também muito reflexivo.
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Mama 02/12/2021

Leitura obrigatória!
Esse livro é uma daquelas leituras que dá prazer de ler do começo ao fim! Toda paixão e revolta do autor com a servidão voluntária da população com os tiranos se encaixa perfeitamente a muitas situações atuais, inclusive políticas. Leitura recomendada!
Maria.Jiennalle 03/12/2021minha estante
concordo!!! lembro da época que li. me causou uma inquietação muito positiva.




CassianiMotta 21/04/2023

Texto curto
Um texto que serve para introdução às reflexões sobre a questão do trabalho. Não tem a pretensão de responder perguntas, ao contrário, a cada parágrafo surgem mais ideias e conexões que se enriquecerão com a leitura de outros pensadores.
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