Morte é uma transação solitária

Morte é uma transação solitária Ray Bradbury




Resenhas - Morte é uma transação solitária


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Cíntia T. 07/12/2020

O futuro teria que esperar
O romance policial mais carismático que já li. Ele parece confuso no começo, como um delírio imaginativo, mas em algum momento você engrena acaba vivendo o suspense junto e a emoção das personagens fica quase palpável. Embora não seja a principal na história, Constance Rattigan, é de longe a mais maravilhosa. E tudo parece exagerado, extravagante... No entanto, a nota de fundo da narrativa é deveras sobre a intimidade de ser humano, o que a torna muito poética e exclusiva às vezes, não dá para generalizar ou traçar paralelos. É também um lembrete para não se esquecer de viver o presente.
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Mandark 30/01/2024

Pela beleza da solidão...
Ray entrou no meu caminho de um modo indireto. Fahrenheit 451 entrou primeiro como um marco distópico. Mas eu encarei Ray apenas como um emissário de uma obra marcante e vívida em minha memória. Depois eu o redescobri, finalmente como o artista que pintou para mim alguns dos mais belos e marcantes quadros que minha imaginação visualizou através das palavras dele. Bradbury me deu suas "Crônicas Marcianas", seus contos onde "A Cidade Inteira Dorme", sua mecânica de trabalho através do "Zen na Arte da Escrita", o poder da infância em "Algo Sinistro Vem Por Aí" e em "A Árvore do Halloween"... A primeira vez em que vi o título "A Morte é um Negócio Silencioso" eu simplesmente soube que precisava ler. Não havia opções. Com várias referências autobiográficas, eu vi um desfile de personagens apaixonantes e, acima de tudo, solitários, desfilar em um enredo que não era realmente importante, mas que era apenas um pano de fundo para a visão simples do velho rei sobre seu mundo agreste de imaginação. Vejo esse livro como a descrição da mente de um escritor, onde seus personagens o cercam e aos poucos lhe são arrebatados por sua própria solidão... Mas que não perdem a força, principalmente ao encontrarem descanso em páginas datilografadas pela manhã e ao serem iluminadas pela esperança de uma ligação distante que ainda pode ser feita. Não é meu livro favorito do Ray, mas foi a minha experiência mais pessoal com sua mente genial.
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Rafael_Santiago 26/03/2024

Demora engrenar mas é legal
O livro em geral se trata de um romance noir. Por ser um romance noir se vale de muitos clichês. Já prepara o estômago. Além dos estereótipos estéticos do gênero ele também conta com um clichezão que já deixei de aturar faz tempo em qualquer história: um livro em que o protagonista é um escritor escrevendo um livro? Ahhhhhh ó modorra, viu? Se você for escritor, cara, conta outra, isso já virou a piada do ?não e nem eu?, tema esgotado, chega. Mas o que salva é a escrita do autor, ele sempre põe alguma ironia e acaba quebrando um pouco a previsibilidade.

O protagonista é meio lento e divaga muito e sendo a narrativa na primeira pessoa, o treco às vezes rende mais do que deveria ou ainda se perde no umbral das meadas perdidas?

Chega um ponto em que o livro fica mais movimentado. A mensagem que ele amarra também é bem bacana e acho que talvez até uns signos e personagens personifiquem um pouco disso, talvez numa releitura me atente mais nesses aspectos, tente notar melhor essas ?poéticas?. Bonito ver isso sair de um cenário tão terra arrasada e meio maluco, interessante a modulada que o livro de repente dá e ganha um aspecto mais solar.

No entanto, o que atrapalha um pouco a ação e também a imersão do leitor na trama é o excesso de divagações e dramalhões por parte do protagonista, ele é meio chato e excessivamente dramático. Se ele contivesse um pouco o personagem, o livro seria menor e mais legal de ler. Porém no geral eu curti.
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none 24/03/2019

Goste ou não do gênero policial: leia este livro
Bradbury é conhecido como autor de ficção científica. Não conhecia esse livro, mas tudo o que ele escreve é bom ou muito bom e bem escrito. O que dizer de Zen e a arte da escrita? Poético, engraçado, inteligente. Mas não é essa a resenha apropriada. Simplesmente leia o livro! Esse e este e todos os demais do autor. O protagonista do romance Morte é uma transação solitária é um escritor gordo vivendo numa cidade litorânea da Califórnia convivendo com a ausência da namorada distante a serviço ou estudando no México - só se falam por telefone. Seus amigos são estranhos, artistas aposentados de Hollywood, um barbeiro incompetente, uma cantora de ópera que mal sai de casa e do quarto devido ao peso descomunal. Um crime aconteceu e ele se põe a investigar mesmo sob desconfiança da policia local. Os mortos se multiplicam, dúvidas aumentam, quem seria o assassino? Qual motivo? Por que são atacadas as vítimas mais indefesas e solitárias?
A graça de ler um livro policial escrito por Ray Bradbury que é no meio de tanto mistério e horror o autor intercala momentos curiosos e engraçados. Respeitando a inteligência dos leitores e a característica do gênero do romance. Para quem gosta de literatura é uma diversão.
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Marcelo.Pedroni 19/01/2024

Um romance noir que agrega muito à obra de um dos maiores!
É o primeiro livro de Bradbury que leio e sinto que ousou mudar bruscamente de estilo/gênero de escrita.
Um romance noir, o suspense clássico que remonta aos clássicos dos anos 40 que possuem aquela pegada mais cadenciada e que vai aumentando até o ápice em suas páginas finais, mas que me surpreendeu em qualidade e me manteve interessado do início ao fim.

Sei que muitos não gostam de algumas digressões que o autor faz em momentos importantes, mas para quem já leu algumas obras dele, sabe que é seu estilo e sinceramente eu passei a gostar
Aprecio muito os momentos de referências cruzadas com suas outras obras e os momentos em que não esconde sua admiração por outros autores, principalmente Poe e Huxley.
Por fim, espero muito que Ray não tenha ficado nervoso ao encontrar Huxley, sua obra é enorme tanto quanto, ao menos para esse humilde leitor e admirador.
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Thiago275 04/04/2024

Não empolga
Publicado pela primeira vez em 1985, A Morte é um Negócio Solitário é o primeiro volume da Trilogia de Holywood, série de livros policias noir publicados por Ray Bradbury, o famoso escritor norte-americano mais conhecido por suas obras de ficção científica e fantasia, como Fahrenheit 451 e As Crônicas Marcianas.

A ambientação desse livro, que é dedicado aos mestres do noir Raymond Chandler, Dashiell Hammett, James M. Cain e Ross Macdonald, não poderia se encaixar mais no gênero: estamos nos anos 1940 em Venice, na Califórnia, uma cidade litorânea decadente, com um parque de diversões à beira-mar prestes a ser demolido e constantemente assolada por um nevoeiro que pode ajudar a esconder os cantos mais sombrios do lugar.

O protagonista da história é um escritor nunca nomeado (talvez o próprio Ray?) cuja namorada se encontra no México e que, numa noite de tempestade, sozinho em um bonde que o levava pra casa, ouve um bêbado que acaba de embarcar dizendo a seguinte frase em seu ouvido: “A morte é um negócio solitário”.

Pouco tempo depois, ele encontra o corpo de um idoso em meio às ondas do mar que estão invadindo o antigo parque de diversões da cidade, e uma série de eventos estranhos e até fatais vai começar a acontecer com seus amigos e conhecidos.

Com a ajuda do detetive Elmo Crumley, ele vai tentar desvendar os eventos cada vez mais sérios que passam a ocorrer, e a partir daí nasce uma amizade interessante, entre o escritor cuja carreira possui mais baixos que altos e o policial que também se arrisca nas letras.

Não posso dizer que a leitura me cativou. A trama de mistério não é instigante e a escrita de Bradbury é onírica demais pro meu gosto. Mas o livro possui alguns pontos de interesse, como a gama de personagens que aparece ao longo da história e alguns momentos que me deram arrepios: o que dizer de uma figura que fica parada em frente à porta de sua casa às 3 da manhã?

Ao fim e ao cabo, mais do que a morte, esse livro mostra que a vida pode ser um negócio solitário. Cabe a cada um de nós saber se está disposto a pagar o preço por isso.
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Amal0 06/08/2021

A Morte é uma Transação Solitária
Não gostei nem um pouco, estou quase comemorando essa vitória de terminar esse livro.
História confusa.
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Vitor Hugo 26/12/2023

SE A VIDA É UM NEGÓCIO SOLITÁRIO, A MORTE ESTÁ A CAMINHO!

Venice, Los Angeles, 1949. Um jovem escritor (nunca nomeado no livro), encontra um corpo em um canal de águas poluídas próximo ao mar. Pouco antes, a bordo de um desconjuntado bonde, ouve um homem, que não visualiza, sussurrar mais de uma vez: A MORTE É UM NEGÓCIO SOLITÁRIO. A partir daí nosso protagonista, na companhia do detetive Elmo Crumley, tentará elucidar o caso, ao qual se somarão outras mortes e mistérios. A par de tudo, ele passará a escrever um livro sobre os fatos que vão se sucedendo.

O personagem-narrador bem poderia se chamar Ray Bradbury, já que o autor, ao escrever o livro passado dos 60 anos de idade (a obra foi publicada originalmente em 1985), baseou-se em sua própria vida, por volta dos 27 anos de idade, quando morava em Los Angeles, ainda não era casado e procurava se firmar como escritor, o que acabou ocorrendo, notadamente pela publicação de sua obra-prima, Fahrenheit 451, em 1953.

A obra é uma clara homenagem ao estilo "noir", o que a dedicatória do livro já enuncia, quando, por, exemplo, evoca a memória do escritor Raymond Chandler. E está tudo lá: um lugar decadente, envolto por constante nevoeiro, um detetive sagaz e cínico, uma ex-atriz de cinema provocante e misteriosa, além de vários outros personagens com alguma carga de excentricidade, a começar pelo narrador, que se auto-intitula "doidinho".

Confessor que patinei no início da leitura, vez que as fantasias do narrador, por vezes, dificultaram o entendimento do que estava realmente ocorrendo. Contudo, é a fértil engenhosidade do protagonista que permitirá o esclarecimento das mortes e mistérios e, a par disso, a construção do livro que ele se propôs a escrever (curiosamente, o detetive também embarcou na senda literária e ficou com o título final: A MORTE É UM NEGÓCIO SOLITÁRIO).
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from my window 05/01/2024

Eu não gosto muito de algumas coisas na escrita do Ray Bradbury, por exemplo quando ele tá descrevendo uma cena de ação e parece que corta algumas parte ai fica difícil para o leitor acompanha tudo, isso acontece em alguns momentos do livro e foi um dos poucos pontos negativos que achei da história.
Mas falando da parte positiva o livro tem muitas: vários personagens interessantes que vão surgindo e aumentando o mistério; as referencias do autor são bem diversas desde a Grécia antiga até teorias freudianas; teve um momento particular muito legal que o protagonista tá escrevendo na máquina de escrever o romance ficcional dele e isso meio que cruza com a realidade; uns momento que você duvida que se o assassino não é uma pessoa x(não vou falar para não estragar a surpresa kk); gostei muito também do significado que solitário vai ganhando na história.
É um livro massa não é o melhor suspense/mistério que li na vida, mas se você gosta do gênero e quer conhecer mais do Ray é uma ótima pedida, talvez ele até te tire de alguma ressaca literária que esteja passando.
Tô amando que essa editora tá trazendo as obras do Ray pro brasil, ansiosa para as próximas, quero ler cidade inteira dorme e outros contos em breve, porque não li muitas críticas positivas de as crônicas marcianas que outro grande sucesso dele.
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