Nina 29/10/2020
Muito melhor do que o esperado!
Esse livro é o segundo livro da trilogia The Eldest Curses, enquanto o primeiro se passa durante o espaço de tempo entre Cidade de Vidro e Cidade dos Anjos Caídos (terceiro e quarto livro de Os Instrumentos Mortais), esse desenrola-se poucos anos antes dos acontecimentos de Os Artifícios das Trevas, última trilogia completa da autora.
Justamente pelo fato do livro se passar antes dessa trilogia totalmente postada e já termos uma noção dos acontecimentos futuros, um comentário muito presente em resenhas negativas sobre esse livro, mas que não concordo, é que ele não tem muita relevância para The Shadowhunters Chronicles como um todo. Apesar de não ser um livro que seja de extrema importância para as seguintes leituras no universo, ele aborda algumas coisas que serão importantes em The Wicked Powers, trilogia que será lançada após 2022, principalmente em seu epílogo: e que epílogo, meus amigos... Além desse motivo, também devemos levar em consideração que por ser um universo enorme e cheio de livros, acabamos nos apegando a certos personagens e voltar a ler livros com os mesmos trazem alegria para nosso âmago leitor e isso foi justamente o que procedeu nessa obra.
Apesar de eu ter achado que o primeiro livro foi uma leitura agradável, admito que a estória não me prendeu muito. Entretanto, esse segundo conseguiu me surpreender de maneira ótimas! Os plots de The Lost Book conseguiram ser muito mais cativantes e sinto que ele melhorou em diversos quesito: ação, localização, romance, e enredo. Foi uma leitura muito fluída e divertida, consegui mergulhar na obra de cabeça.
Algo que faltou no primeiro livro e que ficou simplesmente perfeito nesse foi o incremento de outros personagens. Temos toda a gang de TMI, o que me fez muito feliz e com uma nostalgia insana, senti como se estivesse lendo outro livro de Os Instrumentos Mortais só que com eles mais velhos e pelo ponto de vista do Magnus e do Alec. Todas as cenas da gang juntos me fizeram rir, me emocionar e me trouxeram um sentimento de saudade imenso. Além desses personagens, tivemos a inesperada volta de uma pessoa muito querida de ?As Crônicas de Bane?. E também o aparecimento de Jem Carstairs, pudemos saber mais de sua vida pessoal, além de conhecermos seus descendentes do Instituto local.
Outra coisa que evoluiu foi a presença do coescritor, Wesley Chu. Caso não soubesse de sua participação na criação da trilogia, teria pensado que o primeiro livro era apenas uma obra da Cassandra. Entretanto nesse consegui perceber e sentir muito mais sua escrita e posso afirmar que essa dupla obteve um resultado lindo com o enredo e uma obra extremamente bem escrita. Acredito também que foi por causa de Chu que o fundo da cultura asiática do livro conseguiu ser tão realista. O livro se passa em Xangai e tudo foi descrito com muita precisão, consegui imaginar tudo e me senti como se estivesse dentro da cidade.
Meu único receio foi o fato de já sabermos como os protagonistas estarão no futuro, então as cenas em que provavelmente os leitores ficariam frustados e com medo do pior foram facilmente acalmadas por já sabermos que não resultaria em sequelas sérias para os próximos livros.
Obviamente não foi aquela obra literária em que passamos semanas pensando sobre, como são as trilogias principais da Cassandra, e eu não acho isso ruim. Foi um livro divertido, creio que ótimo para quebrar ressacas literárias. Tivemos humor, romance, ação, fantasia e muito mais, na medida certa.