A arte da brevidade

A arte da brevidade Virginia Woolf




Resenhas - A arte da brevidade


52 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Carolina 01/11/2020

Comece Virginia
Se não sabe por onde começar a ler Virginia Woolf, comece por esse livro de contos. Não vai se arrepender, aliás, despertará a curiosidade em descobrir suas outras obras.

Não há o que dizer, a leitura dos contos é um deleite!
comentários(0)comente



crixtine 05/07/2022

Esse é só o segundo livro de Virginia que termino, mas conisgo relacionar a escrita experimental dos contos como se tivessem sido um ensaio aos outros textos de sua obra. Em especial, "Objetos sólidos" me remeteu ao que já ouvi falar sobre "Ao Farol" (que espero ler em breve). Ao meu ver o destaque desse conto é a escrita quase cinematográfica, como se estivessemos assistindo ao registro de uma câmera.
Além disso, em vários momentos, os contos me lembraram alguns elementos da obra de Lygia Fagundes Telles, como a fixação em "Os Objetos", as reviravoltas na última página e os finais marcantes, quase que em um corte seco.

Ainda, vale destacar o show à parte que é o trabalho do tradutor Tomaz Tadeu nessa coletânea. O ponto alto pra mim é a tradução de "A dama no espelho", onde o uso do pronome "one" e a presença de um narrador onisciente/personagem oculto, colocam uma saia justa no tradutor, que se sai brilhantemente com o simples - mas não menos genial - uso de "a gente".

Por fim, a edição bilíngue é uma aula e ótimo laboratório para quem se interessa em tradução de língua inglesa, além de ser uma ótima coleção para quem deseja ser introduzido em pequenas doses à obra de Virginia Woolf.
Guilherme Amin 30/04/2023minha estante
E então, leu Ao Farol? :)


crixtine 04/05/2023minha estante
ainda não, Guilherme :/




Vênus_Alice 05/03/2022

Uma mente brilhante
É um livro que consegue ser leve e denso ao mesmo tempo, que pega um ponto e o descreve desde a forma mais simples á indagações filosóficas, de forma que você não será mais a mesma pessoa quando acabar o livro.
Gostaria de saber mais dos pensamentos de Virgínia Wolf, incrível.
Guilherme Amin 06/05/2023minha estante
Sim! Tive sensações parecidas...




Rogério 13/03/2023

Interessante
Foi meu primeiro contato com a obra de Virgínia Woolf e ainda não sei se foi uma boa começar pelos contos. Esta edição, linda aliás, traz cinco contos com narrativas bem distintas.
O conto " Objetos Sólidos" é o mais surpreendente, onde vemos um político ter sua vida transformada após encontrar um objeto na praia. Agora, os contos "A marca na parede" e "A dama no espelho" nem com notas do tradutor dá pra entender direto; o primeiro tem um fluxo de consciência insano e, o segundo, eu nem sei o que li exatamente.
No geral, os três contos que entendi fizeram a leitura valer a pena.
comentários(0)comente



Vanessa 16/10/2021

a escrita da Virginia conversa comigo de uma forma excepcional! gostei de todos os contos, mas o new gardens roubou meu coração.
comentários(0)comente



babi 06/03/2021

bem virginia mesmo
uma obra apenas de contos, a autora não era focada em contos e eu nunca tinha lido um dela. a escrita é bem virginia mesmo, é inconfundível. gostei de todos! mas deixo ?o legado? como meu favorito
comentários(0)comente



maaryv 22/06/2021

Um livro muito incrível que dá pra ler em 1 dia...
Pra quem quer começar uma leitura dos livros de Virgínia Wolf esse é um bom começo
Estou apaixonada!!!
comentários(0)comente



umtetoparaana 10/10/2021

Virginia Woolf não é uma escrita, ela é A escritora.
Pela primeira vez tive a experiência de ler Virginia Woolf sob o ponto de vista da ficção, já que, já tinha lido algumas coletâneas de seus textos mas que não eram ficção. Sendo assim, acho que talvez os contos da Virginia sejam a melhor porta de entrada pra sua escrita. Isso porque, nesse breve livro com 5 contos, vemos as principais características de sua escrita (como o fluxo de consciência por exemplo). Todos esses contos são extremamente bonitos (os meus favoritos foram o Objetos Sólidos, o Legado e A dama no Espelho), e, abordam da maneira mais profunda as formas de vida e como elas se encontram num só ponto: a solidão.
comentários(0)comente



Livros da Julie 02/05/2020

A beleza mora nos detalhes
-----
O livro é composto dos seguintes contos:

A marca na parede
Objetos sólidos
O legado
A dama no espelho
Kew Gardens
-
"o pouco controle que temos sobre nossas posses, o quanto esta vida é acidental apesar de toda nossa civilização"
-
"isso parece exprimir a rapidez da vida, o perpétuo estrago e a perpétua regeneração; tudo tão casual, tudo tão fortuito..."
-
"o ponto de vista masculino que governa nossas vidas, que estabelece o padrão"
-
"O que são nossos homens de saber senão descendentes das bruxas e dos eremitas que se acocoravam em cavernas e no meio do mato macerando suas ervas, consultando musaranhos e transcrevendo a linguagem das estrelas?"
-
"Entendo o jogo da Natureza - seu estímulo à ação como forma de dar fim a qualquer pensamento que ameace exaltar ou causar dor."
-
"Como seus critérios se tornavam mais rigorosos, e seu gosto, mais exigente, as decepções eram enormes (...)"
-
"tornava-se certamente óbvio que ela devia ser feliz. Era rica; era distinta; tinha muitos amigos; viajava"
-
"a queda do galho lhe sugeria que também ela devia morrer, junto com a futilidade e a evanescência das coisas."
-
"ela era uma daquelas pessoas reservadas cujas mentes mantêm seus pensamentos enredados em nuvens de silêncio - ela estava repleta deles."
-----
A arte da brevidade é o quinto livro do projeto #Virginiando2020, promovido pela @naneandherbooks. Esta edição da Editora Autêntica é bilíngue e de capa dura, um belo exemplar de colecionador. Todos os contos selecionados trazem grandes divagações da autora e evidenciam sua técnica do fluxo de consciência (destaque para os textos explicativos do tradutor).

Em A Marca na Parede, o título já revela o que desencadeia uma torrente de pensamentos que voam livres, desenfreados, sem nada a lhes tolher ou restringir. Virginia deixa claro o uso desse estilo quando a personagem diz que quer pensar em paz e deixar um jorro de ideias fluir e nele mergulhar. A autora também fala sobre as diversas e complexas facetas da personalidade, sobre o autoconhecimento, sobre hábitos e generalizações.

Em Objetos Sólidos, a história se desenvolve em torno de um homem que encontrou um pedaço de vidro em uma praia. Virginia fala da beleza das pequenas coisas, dos detalhes, evidenciando outra importante característica dos seus textos: a atenção dada a cada pensamento, ação, palavra ou objeto. Tudo parece adquirir vida. Virginia mostra a diferença de pontos de vista entre pessoas pragmáticas e pessoas sonhadoras, entre a classe alta, acostumada a lidar e reconhecer beleza e arte, e a classe baixa, que olha pra objetos comuns sem percepção de valor estético. Ela trata da eterna busca humana por algo melhor, da paixão que cega e obceca, da perseguição a um sonho, da incompreensão e do preconceito das pessoas em relação ao diferente ou fora do padrão.

Já em O Legado, um homem passa a conhecer detalhes da vida de sua esposa recém-falecida pela leitura dos seus diários. Virginia retrata a surpresa, o choque que ocorre quando se descobre que não conhece de verdade aquele com quem convive (é possível que ela já imaginasse o que aconteceria com sua própria morte). É um excelente conto, no qual ela aproveita para abordar questões trabalhistas e políticas em voga à época.

Em A dama no espelho, com divagações tão belas que lembram uma pintura impressionista, Virginia novamente traz à tona o tema da morte e de quão pouco conhecemos uma pessoa. A partir de uma interessante metáfora sobre um espelho, ela nos mostra o tanto que nossa visão da realidade pode ser distorcida, encurtada, imobilizada, filtrada pelas mais diferentes perspectivas e pontos de vista. A compreensão da realidade depende de nossa experiência de vida, do que e como se quer ver. À distância, é normal fantasiar ou romancear a realidade, mas ela é mais crua e nua do que se possa imaginar.

Em Kew Gardens, ao discorrer sobre o famoso jardim e seus transeuntes, ela mais uma vez ressalta que cada pessoa e local é um universo desconhecido à parte, do qual vislumbramos apenas fragmentos do seu passado e presente.

site: https://www.instagram.com/p/B_sWgTZj4J8/
comentários(0)comente



Susan.Kelle 01/06/2022

Este livro trás 5 contos de Virginia ao meu ver muito diferentes entre si. O primeiro confesso me pareceu inicialmente absurdamente confuso e sem propósito, porém , me fez sentir também adequadamente apresentada a escrita se Woolf. O fluxo contínuo de pensamento que dizem caracteriza-la de fato estava lá. Os três contos seguintes me foram muito mais prazerosos de ler, não sei se por serem mais lineares ou terem o fluxo correndo mais calmamente
Por fim, o último, Kew Garden, não me conquistou, muito por conta de pular de dupla em dupla. Para um primeiro encontro me senti muito bem lendo Virginia e seu fluxo de pensamento tão famoso, confesso que me dá medo ler mais dela, por ser uma leitura que demanda atenção real do leitor, e também ansiosa por ler mais dela, porque essa demanda faz da leitura de seus livros um desafio e tanto.
comentários(0)comente



Pedro.Gondim 29/01/2022

A função da literatura moderna
"Suponha que o espelho rache, a imagem desapareça, e a figura romântica, com todo o verde das profundezas das florestas à sua volta, não esteja mais ali, restando apenas aquela carapaça de pessoa que é vista pelos outros ? que irrespirável, raso, árido, óbvio é o mundo em que ela se transforma. Um mundo para não se habitar. Quando nos entreolhamos nos ônibus e nos trens subterrâneo, é no espelho que estamos olhando; isso explica o vazio, o brilho vítreo em nossos olhos. E os romancistas do futuro compreenderão cada vez mais a importância desses reflexos, pois, naturalmente, não existe um reflexo só, mas um número quase infinito deles; são essas as profundezas que eles irão explorar, esses os fantasmas que irão perseguir, deixando a descrição da realidade cada vez mais fora de suas histórias, dando-a como coisa já sabida, como fizeram os gregos e talvez Shakespeare ? mas talvez essas generalizações não têm nenhum valor. O som militar da palavra é o que basta." (p. 19)
comentários(0)comente



Giuliana.Fiori 19/04/2020

Uma boa porta de entrada para ler Virgínia Woolf! Na minha opinião, o conto O Legado é a cereja do bolo.
comentários(0)comente



Evelyn 13/05/2022

Aspectos técnicos sem spoiler
O livro é uma reunião de 5 contos de fácil leitura, porém com significados profundos e todos escritos pós primeira guerra mundial. A leitura é muito agradável, com mensagens relativamente claras. Bom livro para começar a ler Virgínia Woolf.
comentários(0)comente



emillebraga 21/03/2021

Maravilhoso e genial!!!
Estou encantada com a escrita de Virgínia Woolf, o livro "A arte da brevidade" é um verdadeiro presente, contendo 5 contos da autora e apresentando uma edição muito bonita e bem organizada. Achei incrível como a autora escreve sobre coisas cotidianas e apresenta reflexões sensacionais a partir delas. Além disso, a forma como ela se "perde" dentro das suas próprias reflexões e pensamentos, mas sem deixar de lado o sentido das mesmas e apresentando e construído os caminhos, é genial. Adorei, foi meu primeiro contato e já quero ler outras obras únicas e contos da autora!!!
comentários(0)comente



Léo 16/04/2021

Contos que se relacionam com a brevidade da vida
Adorei conhecer os contos da Virgínia Woolf, primeira leitura que faço da autora. Confesso que o melhor conto é ?O legado?, foi o mais envolvente que não me vi perdido na narrativa. Nos demais, em alguns momentos, tive que me esforçar para encontrar o que estava ocorrendo.
comentários(0)comente



52 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR