Os Maias

Os Maias Eça de Queiroz




Resenhas - Os Maias


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John 29/01/2011

Esse é um grande romance de Eça de Queirós onde pode-se observar a vida da sociedade portuguesa da época e a luta entre realismo e romantismo.
Tanto o livro quanto a minissérie são ótimos, apesar de que gostei mais da minissérie por ter partes mais dramáticas, como o reencontro dos dois no final e também por desenvolver por mais tempo a história de Maria Monforte e Pedro da Maia.
No fim me perguntei o que seria de Maria Eduarda e Carlos, pois criaram um laço de amor muito forte e depois de tudo terem de se ver apenas como irmãos seria impossível. Mais um livro que com certeza é meu favorito pelas descrições, belezas e dramas apresentados. Não há como não se apaixonar por Maria Eduarda e Maria Monforte e toda a beleza daquela época.

Trecho preferido: " ...ela passou diante deles, com um passo soberano de deusa, maravilhosamente bem feita, deixando atrás de si, como uma claridade, um reflexo de cabelos de ouro e um aroma no ar."
(pág.134)
Roma 27/09/2021minha estante
Essa obra é perfeita! ?




Xaaaa 29/07/2021

Ai Ai prazer!
Que livro mais maravilhoso! Eu tava com um medo HORRÍVEL de ler esse livro porque muita gente sempre fala que é chato, longo, desinteressante, parado, e a lista negativa segue?

Mas logo que eu li o primeiro capítulo, eu sabia que ia ser um livrão! Os capítulos sempre acabavam de uma forma tão inesperada que eu pensava ?só mais um capítulo? e era difícil fechar o livro e sair de todo aquele mundo realista.

Eu adoro livros que são super descritivos por isso eu não tenho nenhuma reclamação? Foi realmente como ver um filme e ouvir cada movimento e fala.
Só senti que faltou algo mais bonito no final, pois a história foi tão cheia e bela.
marri 29/07/2021minha estante
o soco nos betos q n gostam desse livro




Wellington 03/04/2021

Os Maias: 6,5
Um bom exemplo do quão pessoais são as minhas notas. Os Maias é uma obra excelente sob inúmeros aspectos; é fácil perceber por que é considerada a magnum opus de Eça de Queirós. Ao mesmo tempo, me desagrada.

As edições da coleção bolso de luxo da Zahar são impecáveis; sem erros, belos projetos gráficos, papel de qualidade, etc. Zero falhas e só elogios.

A escrita do romance me pareceu seca e torpe. Demora-se 300, 400 páginas para a trama se desenvolver; até aí, descrições são feitas de lugares e acontecimentos cotidianos: jantares entre amigos, passeios, conversas sobre política... É uma excelente obra naquilo que se propõe a fazer: um retrato da Lisboa dos fins do século 19. Mas é uma Lisboa bastante específica: aristocrática, amarga de não ser tão “chique” (sic) quanto Paris, arrogante, herdeira de fortunas que não são suas – e, claro, com exemplos de saudosismo escravocrata, eurocentrismo descarado, desprezo às colônias, etc. As longas descrições e irrelevantes diálogos são magistrais ao expor tal contexto.

Não é exagero: centenas de páginas são dedicadas a isso, antes que a história propriamente dita se inicie. Eu já estava fatigado e de saco cheio da irrelevância dos personagens. O protagonista me repugnou o livro todo. Apenas Maria Eduarda e Rosa me deram algum prazer na leitura; é por elas que minha nota sobe, foi por elas que insisti no livro até o fim; valeu a pena a leitura só para conhecê-las. À exceção delas, são todos mais ou menos iguais. Todos são homens que se queixam de algo, todos fumam, todos invejam Paris, todos desprezam Portugal; há traições para todos os lados, covardia, escárnio, oportunismo – a mensagem é que essa era a aristocracia lisboeta da época e nisso é uma obra fantástica. Só nisso.

No fim, a imagem não me sai. É a história de um velho galho quebradiço se descrevendo em toda sua secura.
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Beto | @beto_anderson 20/02/2021

Esperava mais.
Ainda acho que O Primo Basílio é melhor que Os Maias. O que mais me desagradou neste livro é a extensão do texto com narrativas ao meu ver pouco necessárias para a história. Claro que há toda uma crítica social com as passagens que envolvem as personagens secundárias. Mas para mim metade do livro poderia ser descartado, pois o autor se prolonga demasiadamente em cenas que pouco ou nada contribuem para o enredo central. E o final é meio desanimador , especialmente em relação ao modo como os dois protagonistas recebem a fatídica notícia e reagem a ela. Enfim, é um bom livro, mas o Basílio ainda é mais ?emocionante?.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
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beatrice56 14/05/2024

?? Falhámos a vida, menino!
? Creio que sim... Mas todo o mundo mais ou menos a falha. Isto é falha-se sempre na realidade aquela vida que se planeou com a imaginação. Diz-se: «vou ser assim, porque a beleza está em ser assim». E nunca se é assim, é-se invariavelmente assado, como dizia o pobre marquês. Ás vezes melhor, mas sempre diferente.?
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Maia 20/11/2022

tesouro nacional
"Os Maias" obra de Eça de Queiroz é, devidamente, considerada um tesouro nacional. Depois da devida leitura posso afirmar que é merecido o título. Embora um bocado enfadonho em partes foi um livro muito bom tanto em termos de crítica à sociedade burguesa de Portugal do século XIX tanto em termos do vocabulário tão rico presente em toda a obra. Realmente um ótimo livro.
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Nina 21/12/2021

Leitura de outros tempos
Feliz e aliviada por concluir essa extensa obra. Não assisti a (mini)série, mas conhecia o enredo, o que não estragou a experiência.

Por algumas vezes as visões da época causam asco, mas com o andar da obra me pareceu mais com crítica de costumes que exaltação.

De qualquer modo segue 'O primo Basílio' como meu favorito do autor.
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Reccanello 15/03/2022

"Os Maias", de Eça de Queirós, remete-nos à alta burguesia portuguesa da segunda metade do século XIX, a seus personagens mais representativos e à profunda crise daquela sociedade decadente.
===
Obra máxima do realismo na literatura portuguesa e síntese do talento inovador de Eça de Queirós, "Os Maias" é o retrato de uma sociedade em busca de sua afirmação. Na saga de uma família rica de Lisboa do século XIX, seus personagens vivem as aspirações, os conflitos e as paixões que refletem as forças transformadoras da sociedade em Portugal e no mundo, à época. As intrigas e os acontecimentos que cercam o velho Afonso Maia, seu neto Carlos Eduardo - que se envolve num caso incestuoso com Maria Eduarda, sua irmã -, João da Ega, Raquel e outras figuras que fazem esta epopéia, tornaram-se verdadeiros símbolos de uma nação que debatia seu próprio destino e fracassava em sua construção. A ironia, o sentimentalismo e a crítica mordaz são algumas das características que os estudiosos identificam como componentes fundamentais da grandiosidade literária do autor, grandiosidade que se completa na criação de seus personagens e na construção novelística, e que o aproximam de grandes autores, como Zola e Balzac, na descrição comovente e dramática da vida e da sociedade de seu tempo.

site: https://www.instagram.com/p/CU7USa2g5mJ/
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@li.varal 05/03/2022

Arrastado no início, mas vale a pena
Os Maias: episódios da vida romântica
#EcaDeQueiros
?01.01.2022 a 04.03.2022
?17h35min, 687 p.
@novafronteira

Gostei muito desse clássico da literatura portuguesa, considerado a obra-prima de Eça de Queirós. São quase 700 páginas, então é uma leitura que exige certo fôlego. Não fiquei tão atraído pelo livro durante boa parte da obra. Talvez lá pela página 400 que deu uma deslanchada e aí fiquei realmente conectado, principalmente ao estilo crítico e ácido de Queirós. Além das tramas principais, entendo que a ideia de Eça de Queirós era retratar a sociedade portuguesa do século XIX e por isso as muitas descrições detalhadas de atividades cotidianas, que chegam a ser cansativas. Mas fiquei muito interessado na comparação com o Brasil; aquele Portugal retratado pelo livro tem muito a ver com a nossa realidade, essa sensação de descrença nas pessoas, na dificuldade de evoluir. São muitas personagens e histórias em paralelo. Destaco João da Ega e Afonso da Maia; e a trama principal envolvendo Carlos Eduardo da Maia. A reflexão final sobre o sentido da existência também me pegou, com a avaliação que eles fazem de tudo o que viveram.

"E desde que a água abundava, a cascatazinha era deliciosa, dentro do nicho de conchas, com os seus três pedregulhos arranjados em despenhadeiro bucólico, melancolizando aquele fundo de quintal soalheiro com um pranto de náiade doméstica, esfiado gota a gota na bacia de mármore" (14)
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"Mas tinha nas veias o veneno do diletantismo" (91)
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"Aqui importa-se tudo. Leis, ideias, filosofias, teorias, assuntos, estéticas, ciências, estilo, indústrias, modas, maneiras, pilhérias, tudo nos vem em caixotes pelo paquete. A civilização custa-nos caríssima, com os direitos de alfândega; e é em segunda mão, não foi feita para nós, fica-nos curta nas mangas..." (109).
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"Isto é um país impossível" (216)
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"A vida é feita de desapontamentos" (230)
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"A gente, Craft, nunca sabe se o que lhe sucede é, em definitivo, bom ou mau" (332)
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"A gente queixa-se sempre do seu país; é hábito humano" (666)
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"Não é a cidade, é a gente. Uma gente feiíssima, encardida, molenga, reles, amarelada, acabrunhada!..." (670)
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"O que ainda tornava a vida tolerável, era de vez em quando uma boa risada " (673)
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"Mas todo o mundo mais ou menos a falha. Isto é, falha-se sempre na realidade aquela vida que se planeou com a imaginação. Diz-se: 'Vou ser assim, porque a beleza está em ser assim.' E nunca se é assim; é-se invariavelmente assado, como dizia o pobre marquês. Às vezes melhor, mas sempre diferente" (685)
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"Se me dissessem que ali embaixo estava uma fortuna como a dos Rothschilds ou a coroa imperial de Carlos V, à minha espera, para serem minhas se eu para lá corresse, eu não apressava o passo... Não! Não saía deste passinho lento, prudente, correto, seguro, que é o único que se deve ter na vida" (686)
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Adriana1161 29/11/2022

Decadência e maldição
Livro escrito no fim do século XIX, retrata uma época de transição, de decadência da burguesia, predominância do Realismo.
Descritivo.
Crônica da vida cotidiana e social.
Crítica social, Realismo descritivo, Naturalismo. Movimento realista sendo abordado dentro da própria obra.
Críticas políticas.
Transição romantismo/realismo.
Descrição da cena sociocultural de Lisboa no fim do século XIX.
Decadência da sociedade portuguesa. "Inferioridade" lusitana.
Decadência da burguesia.
Discussões sobre arte, cultura, política.
Personagens marcados pela inércia, pelo diletantismo e pela total incapacidade de realização de seus planos. Oblómovs!
O livro tem algumas partes morosas, mas é uma grande obra, retrata de tudo um pouco! O autor consegue como fazer um resumo de tudo que se passava à época, com ironia, sátira a si mesmo, e à sociedade.
Personagens: Afonso, Pedro, Carlos, Maria Monforte, Maria Eduarda, Ega, Dâmaso, Vilaça e muitos outros
Local: Lisboa - 1875
@driperini
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Larissa3225 21/11/2021

Desculpa, mas é chato.
Avaliar Os Maias foi um tanto difícil para mim. Apesar de conseguir ver toda a qualidade do livro, entender os motivos pelos quais ele é considerado um dos clássicos da literatura portuguesa e reconhecer o esforço feito pelo autor em fazer um retrato da sociedade portuguesa do século XIX, a minha experiência de leitura foi horrível. E é da combinação desses dois fatores que vem a avaliação: cinco estrelas pela qualidade e relevância, uma estrela pela experiência ruim.

De forma resumida, achei o livro extremamente cansativo e arrastado, com alguns poucos momentos divertidos e interessantes. Em alguns dias, eu lia por horas e avançava apenas 20, 30 páginas. E o fato dos capítulos serem infinitos não ajudou nem um pouco.

Porém, a parte estranha é que eu estava interessada na família Maia e gostava de ler sobre o que acontecia com eles. O problema é que, entre uma coisa ou outra que acontecia de interessante com alguém da família, existia um grande nada preenchido com a vida cotidiana dos personagens. E eu entendo que esse era o objetivo: retratar a vida da alta sociedade de Portugal naquela época. Mas isso não impede de a vida dessa gente ser desinteressante. Talvez dizer desinteressante seja exagero, até porque as amizades, as brigas, os casos, as traições são legais de ler sobre. Mas todos os debates sobre política, literatura, economia, como a vida deles é uma merda, o país terrível que era Portugal, etc, era chato de acompanhar.

E por falar em como "Portugal era um país terrível", preciso deixar registrado que não existe um "grupo" de pessoas que não é ofendido (por falta de palavra melhor) por algum personagem: portugueses, espanholAs (sim, mulheres da Espanha), brasileiros, negros, indígenas e africanos (tratados como selvagens), mulheres, pessoas gordas, e por aí vai. Apenas os franceses se salvam. Essas passagens não me fizeram diminuir a nota, porque entendo que eram pensamentos comuns à época (e, infelizmente, ainda existem hoje) e, por isso, faz sentido que estejam presentes no livro. Apenas me chamaram atenção por acontecerem com uma frequência enorme. (Lá pelas tantas, eu já não aguentava mais ler sobre como Fulana de tal é maravilhosamente branca, pálida, como mármore ou porcelana, de um branco ebúrneo, etc).

Acredito que por estar muito mais interessada na vida d'Os Maias do que no retrato da sociedade da época, gostei mais dos primeiros e últimos capítulos do que do meio do livro. Nos capítulos iniciais conhecemos melhor a família e de onde ela vem e, nos últimos, temos a conclusão de um problema familiar. Problema este que, na época, deve ter sido um grande plot twist, mas que agora vem revelado na sinopse do livro. (OK, não existem spoilers de um livro escrito em 1800 e bolinha. Mas não é como se todos os leitores do mundo fossem grandes consumidores de literatura clássica e soubessem de todas as reviravoltas de todos os livros já escritos). Acho que teria gostado de me surpreender com a revelação.

O livro não funcionou para mim. Eu reconheço toda a qualidade e acho que ele faz muito bem o que se propõe a fazer. Dito isso, a proposta é chata. A vida, o cotidiano, as ideias dessas pessoas... É tudo chato. Contudo, existem duas exceções. Preciso enaltecer dois personagens que, toda vez que apareciam, eu já esperava alguma palhaçada divertida: Dâmaso, com sua obsessão em ser "chique a valer", e João da Ega com o seu desprezo pela moralidade.
Ega, vestido de Diabo, chateado que foi pego no flagra é TUDO PRA MIM.
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Kennedy 17/09/2011

Leitura arrastada e cansativa mas que vale a pena; sem dúvidas
"Os Maias", romance escrito pelo português Eça de Queirós, é um retrato da burguesia portuguesa do final do século XIX. Em meio a tantas críticas à sociedade e ao clero, os protagonistas da estória são Carlos da Maia e Maria Eduarda, e por que não, João da Ega.

A estória faz muitas críticas à sociedade, sim, mas não apenas disso ela é nutrida. O livro conta a "trágica" estória da família Maia.

Tudo começa quando Pedro da Maia se apaixona por Maria Monforte. Essa, filha de um homem de caráter duvidoso, faz com que Pedro se desentenda com seu pai, Afonso da Maia, e saia de casa. Os dois se casam, em seguida Pedro recebe uma "galhada" da mulher, que foge com um príncipe. Desesperado e inconsolável, faz as pazes com seu pai e volta para o Ramalhete, como é conhecida a mansão da família.

Permanecendo inconsolável desde o dia que descobriu a traição e com uma dor de cabeça terrível, provavelmente ocasionada pela grande "galhada" que levou de sua "amada" (isso é brincadeira, "ok"?), Pedro não aguenta, tem um chilique, e como é uma pessoa muito ajuizada, dá um tiro em sua cabeça. É claro que morre.

Em seguida começa a segunda fase da estória, que é marcada por uma narrativa que acontece alguns anos depois da morte do jovem Pedro. Afonso da Maia, o velho e indestrutível Afonso da Maia, continua vivo e cheio de vida, criando seu neto, fruto do relacionamento de Pedro e Maria. Afonso é uma verdadeira fibra. Águas vêm, águas passam, céus e terras também, e ali está ele, firme e forte. O rapaz se chama Carlos, Carlos da Maia, e recebe uma educação rigorosa, bem no estilo britânico.

Depois de tantos acontecimentos a estória esfria. Fica parada e é exatamente aí que Eça aproveita para criticar a sociedade burguesa não só portuguesa, mas a classe em geral. E quando eu digo que a estória fica totalmente estagnada - em relação à trama principal - é porque fica muitas, mas muitas, muitas páginas sem coisas - vamos dizer - importantes acontecendo.

"Os Maias" é um livro cansativo. Sim, levei quase dois meses para acabá-lo, mas foi devido à pura rabugem e ócio, e, claro, a alguns problemas pessoais, os quais, em conjunto, fizeram com que eu demorasse a finalizar essa maravilhosa obra-prima que Eça de Queirós escreveu.

Quer queira quer não, tem-se que admitir que o livro enrola bastante. Se fosse um livro de Machado de Assis, teria no máximo umas 230 páginas. Aqui não: são 582 páginas (na edição que comprei, da Martin Claret, ótima editora por sinal). Claro que não quero tecer comparações entre esses dois maravilhosos autores, mas bem que podia, já que são de uma época muito próxima, e fazem parte da escola literária denominada Realismo. Porém aqui vai a minha opinião: simplesmente amei a obra de Eça de Queirós e o acho melhor que Machado, não querendo desmerecer o mestre de nossa literatura, claro. Sabe o que é aquela classe refinada de escrita, aquela calma em desenvolver a estória, de você se saborear mas também se irritar com a enrolação? Foi essa a sensação que tive ao ler "Os Maias". Algumas enrolações são necessárias, outras são completamente encheção de linguiça, consequentemente descartáveis.

No início da segunda fase, marcada pela juventude do filho de Pedro, Carlos, como já dito, a estória se estagna. Conhecemos uma centena de personagens chatos e interessantes, desinteressantes também, alguns completamente descartáveis. Somos espectadores de um bilhão de jantares a que nosso protagonista e seu fiel e inseparável amigo ateu, João da Ega, ou simplesmente Ega, vão. Depois de umas 200 páginas a estória volta a ganhar aquele fôlego, como o romance que surge entre Carlos e Maria Eduarda (não, não é a mãe dele, é uma mulher qualquer, uma simples coincidência; cof, cof, cof) mas não tão forte como seu ótimo começo. Então, até a página 430 - que é quando verdadeiramente a estória anda - temos muita enrolação, algumas coisas interessantes e, de novo, muita enrolação. Nas últimas 150 páginas acontecem muito mais coisas que as 250, 300 primeiras páginas.

"Os Maias" é uma leitura pesada e cansativa, que exige muita paciência, mas, que sem dúvidas, vale a pena e é bastante recompensadora.

Recomendado para todos que gostam de clássicos e bons livros de drama.
Carla Reverbel 08/01/2013minha estante
Eça tem um texto maravilhoso, mas se detinha em detalhes demais, descrições demais... Muito estilo e poucas ações. Um outro ritmo, mais lento, mais para o leitor concentrado de antes. Atualmente os livros exigem mais dinamismo. Mas foi um dos meus favoritos de 2012.


Marli.Ramires 08/03/2022minha estante
Arrastado como foi a minisérie né? Estou no último capítulo. Gostei muito do livro e resolvi assistir a minisérie.... que lentidão!!!! e pelo que entendi a minisérie incluiu situações que no livro não aconteceram. pra mim perdeu na qualidade fazendo isso. Não se muda Eça de Queiroz.... e eu tenho uma relação de amor e ódio com ele. Escreve magnificamente, mas as mulheres sempre são as mais prejudicadas em todas as tramas. Veja o Crime do Padre Amaro.,,,, enfim




Joana 31/05/2021

Os Maias
Achei o livro bem chato no início por ser muitos descritivo, no entanto quando a história esquenta e começa a entrar no enredo real fica bem interessante.

Recomendo mas tem que ter paciência
Keila Peretto 01/02/2023minha estante
"Recomendo mas tem que ter paciência" gostei da sinceridade haha. Estou em 20% da história e só penso que eu devo ter paciência mesmo, a história ainda não tomou muito ritmo...




Isabella 26/02/2010

Caviar
É este Eça que deveriam nos dar para ler na escola. Sim, eu sei que seria impossível pedir que os alunos lessem um romance português tão extenso, etc, mas o fato é que "Os Maias" é incomparável, rico e delicioso em cada detalhe. As frequentes descrições que Eça adora escrever estão todas lá, os estrangeirismos, a excitação do século XIX pelo mundo que sintetizava na palavra "progresso", os tipos e personagens únicos, a filosofia e a as preocupações teóricas. Eça era um engajado em sua causa - conseguia estudar, digerir e pôr em prática as grandes propostas de sua época em sua obra. Como não vê-lo diluído e dissipado entre Ega, Alencar e Carlos? Como não simpatizar com o expoente máximo do realismo português que, ainda assim, se ressente e se expõe como herdeiro eterno do romantismo, no evidente diálogo final entre Carlos e Ega?
Há muito tempo um livro não me comovia tanto e não me dava vontade de gritar em alguns de seus momentos. Os maias, em suas paisagens, personagens e ideias, mudou algo em mim quando pensei que isso não ia mais acontecer - afinal, depois de certa idade, a ficção já não nos surpreende tanto.
O primo Basílio? O crime do padre Amaro? Esqueçam e vão direto ao que interessa.
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