A Rosa e a Adaga

A Rosa e a Adaga Renée Ahdieh




Resenhas - A Rosa e A Adaga


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-Koraline 19/02/2022

Continuou raso
No segundo e último livro baseado no conto das Mil e Uma Noites, Shazi e Khalid estão em busca de anular a profecia. Confesso que gostei mais do primeiro, por achar que vários elementos foram pouquíssimos desenvolvidos, como toda a mitologia dos dragões, a magia que envolve o universo, e até mesmo o conflito político não fez muito sentido. Apesar do final ser sido satisfatório, devo dizer que a história só começa de verdade depois da metate, e os primeiros 50% são só enrolação e páginas gastas. Apesar de tudo, é um desfecho ok pra uma duologia ok.
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Inae 20/03/2023

"A rosa e a adaga" ?
Fiquei bem ansiosa para começar esse livro por causa do final do livro anterior. A história ainda é muito boa mas faltou um pouco.

Fiquei metade só livro esperando pelo reencontro desses dois e quando aconteceu confesso que achei meio sem graça. Vários personagens me irritaram e eu achei o final corrido demais. Vários pontos ficaram em aberto.

Apesar de tudo isso eu gostei ver o fim da maldição e o fim do casal. Gostei de ver a Sherazade descobrindo do que era capaz, além de conhecer mais um outro lado do Khain. Chorei com a morte de um personagem que eu tinha me apegado e achado muito fofo. Foi uma leitura que valeu a pena.
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Queria Estar Lendo 09/03/2017

Resenha: A Rosa e a Adaga
Cedido em parceria pela editora Globo Alt, A Rosa e a Adaga, sequência da duologia iniciada em A Fúria e a Aurora, encontra-se em meio a fantasia, política e um romance arrebatador, entregando aos leitores apaixonados um fim poético de tirar o fôlego.

Sherazade está longe de seu marido. Uma guerra ascende sobre os reinos, ameaçando o reinado de Khalid. Em meio a alianças e ameaças, Sherazade percebe que a melhor chance de salvar Khalid da maldição e impedir que essa guerra destrua tudo que lhes é precioso é arriscando-se em meio ao desconhecido. Traições e revelações importantes aguardam a jornada do menino-rei e da garota que encontrou seu coração.

"- Seja o início e o fim, Sherazade."

E bota traições e revelações nisso, senhoras e senhores. Alguns plot twists dentro da trama me deixaram de queixo caído por horas; um deles eu ainda não consegui superar!

"- Seu futuro não está escrito, minha estrela mais querida. Uma moeda dá muitas cambalhotas antes de chegar ao chão."

A narrativa da Renée traz, mais uma vez, aqueles entalhes poéticos que acabaram marcando sua escrita. É apaixonante, é devastador e é a melhor coisa para se ler em uma história assim. As palavras combinam com os sentimentos, e os sentimentos são tantos e tão variados quanto seu coração pode imaginar. Renée nos entrega um final arrebatador desde o primeiro capítulo até seu epílogo; uma despedida digna aos personagens marcantes que ganharam nossa atenção no primeiro volume. A Rosa e a Adaga é uma obra prima por prometer fantasia e romance e equilibrar ambos muito bem, sem fugir da tonalidade sutil que A Fúria e a Aurora já havia apresentado. Não há aqui uma grande expansão de conhecimento sobre magia e sobre o mundo, mas a promessa disso. O que importa é ver a história de Sherazade se desenrolando, suas conquistas e infortúnios, e é isso que a autora estende para seus leitores.

"Sherazade sabia que era Khalid. Ela sentiu mais do que viu. Como sempre. Como nunca. Como uma rosa sente o sol."

A Rosa e a Adaga mostra o poder do amor, em todas as suas nuances. E eu glorifico histórias que fazem isso. O amor é, de fato, a coisa mais poderosa de toda e qualquer realidade, e é ele que guia a trama dessa história. É o amor de Sherazade por Khalid, pelo menino-rei amaldiçoado, que guia seus passos nessa jornada de descobertas. É para proteger e salvar seu califa que Sherazade aceita riscos e se encontra como uma força. Ela é uma das personagens femininas mais bem escritas que já li exatamente por não se acovardar em relação aos seus sentimentos, por não tratar o amor como algo menos poderoso que qualquer outra emoção. Sherazade aceita e luta por ele, guia os outros a fazer o mesmo. Ela é uma força indestrutível por ele. Uma voz a ser ouvida, uma mulher cheia de poder. O modo como a autora desenvolveu a presença de Sherazade em uma sociedade tão dominada por homens - não só ela, mas também outras personagens das quais já falarei - é digno de aplausos. Toda a luta da protagonista é bastante sutil, entremeada por discursos sagazes, ainda que Sherazade seja explosiva quando necessário, e importante. Toda e qualquer cena de Sherazade é importante.

"- Porque sei que há mais por trás disso. Sei que é a rainha de uma cidade destruída e de um reino na iminência de uma guerra. Que seu rei é um monstro."

É válido falar que o livro não se apoia somente na jornada dela pela salvação do seu amado, mas se expande muito além disso. Temos Khalid, distante da Sherazade, precisando lidar com as consequências da tragédia que recaiu sobre sua cidade no fim do outro livro. Ele é um rei, afinal de contas, o governante de uma nação. A maldição que recai sobre ele não o impede de se arriscar para proteger aqueles sob seu comando; Khalid é muito altruísta e preocupado, distante do monstro que as histórias pintam sobre ele. É um personagem complexo e bem desenvolvido, que entregou seu coração e seus segredos para uma mulher e se curvaria diante dela sem hesitar. Sua confiança em Sherazade vai além do horizonte e dos oceanos e é uma coisa poderosa de se ler. O relacionamento dos dois é bastante empoderador, com Khalid colocando a esposa ao seu lado como sua igual, ouvindo suas ideias, aceitando seus conselhos, apoiando suas iniciativas. Apesar da distância entre eles, você sente a união dos seus corações através das páginas.

"- Você é tudo o que sou.
- E você é tudo que serei."

Uma coisa que esses livros fazem incrivelmente bem é empoderar as personagens femininas deles. Elas são reverenciadas, são ouvidas e participam do que desejam. Elas não são deixadas para trás por sua fragilidade ou medo, julgadas por sua ousadia. Elas são fortes em toda a sua presença, e a história abraça isso. Sherazade e seus discursos inspiradores, suas palavras e histórias capazes de mover montanhas. Irsa e sua doçura e ingenuidade, sua coragem para proteger aqueles que ela ama. Despina e sua personalidade escorregadia, suas atitudes inesperadas e intrigantes. Yasmine e seus traumas e dores do passado, sua vontade de superar isso e se encontrar.

"- A verdadeira força não é soberania. É reconhecer quando precisa de ajuda e ter coragem de aceitá-la."

Outros personagens bastante importantes na trama são Tariq e Irsa. O outrora interesse amoroso de Sherazade e a irmã da mesma.

"Entendeu o que significava se sentir em casa, onde quer que estivesse. Como se pertencesse a todo instante, em qualquer lugar, a qualquer hora."

Tariq foi a minha maior surpresa do livro, e graças à deusa por isso. O rapaz que perdeu a mulher de sua vida para o monstro de Khorasam teve o melhor crescimento dentro da história, fugindo do clichê de interesse amoroso amargo e ressentido para ganhar um final grandioso. Ele está do lado da rebelião, desejoso a ver o rei-menino cair, mas as forças dentro da história acabam por colocá-lo a tomar decisões inesperadas, mudando o rumo do jogo. Uma das interações entre ele e Khalid me deixou sentada num cantinho chorando feito um bebê pela intensidade das palavras e das emoções deles, o modo maduro com que a narrativa tratou aquilo.

"Mas sofrimento muda tudo. Porque é fácil ser bom e gentil em tempos de fartura. Os tempos difíceis eram os que definiam um homem."

Irsa, minha querida Irsa, foi outra surpresa. A irmã de Sherazade ganhou um arco gigantesco e maravilhoso. A garotinha assustada que se viu envolvida em uma guerra, uma guerra que foi começada pela própria irmã. Seu pai está distante, Sherazade tem os próprios problemas, mas Irsa está ali. Ela se faz notar. Ela não é o tipo de personagem que briga e discute e enfrenta, mas lida com as situações racionalmente, de acordo com as emoções. E ela tem emoções demais. Suas conversas com Sherazade foram emocionantes, especialmente por Irsa ainda estar se encontrando nesse mundo caótico sombreado por uma guerra. Ela ainda é uma criança ingênua, mas também uma jovem mulher disposta a se fortalecer. Rahim, melhor amigo de Tariq e um dos soldados da guarnição do mesmo, se aproxima de Irsa e se torna uma peça fundamental no arco dela. Um romance sutil, doce e precioso do tipo que jovens almas inexperientes precisam viver para entender mais do universo. Rahim foi um coração e uma presença e certamente um dos meus favoritos dentro desse segundo volume.

"- Já que não pode dizer, pode ao menos me contar quanto me ama?
- Das estrelas, para as estrelas."

A parte fantástica seguiu o mesmo princípio do segundo volume: ela está ali e ela importa, mas não é a peça central. Não precisa-se dela para ter todo o desenvolvimento da trama. A magia ancestral circundando o mundo deles e as histórias ricas em lições que vêm da Sherazade são importantes para você entender até onde essa história vai.

Despina e Vikram também foram essenciais para a história. Jalal ficou um pouco apagado, mas eu entendo dados os acontecimentos no meio do livro. Ele não desapareceu e nem foi esquecido, mas seguiu o que foi dito pela história e se afastou do seu califa.

Os personagens trouxeram grandes viradas de trama, principalmente os que não irei citar. A maravilha sobre esse livro está em sua simplicidade e na delicadeza com que a Renée entrega todas as reviravoltas. O fim pode parecer apressado, mas ela deu vislumbres dele desde o primeiro volume. A única coisa que destoou um pouco na narrativa foi o epílogo, mas ele foi uma espécie de fanservice, e vocês conhecem o ditado: sou fã, quero service.

A edição está impecável. É o tipo de livro que você pega na mão e quer colocar em um pedestal; eu amo as capas brasileiras desenvolvidas pela Globo Alt e acho que o mundo deveria usá-las. Diagramação e revisão também estão excelentes. O livro todo é uma obra de arte.

"- Não é preciso coragem para matar. Mas é preciso coragem para viver."

Obrigada, Renée, por me entregar uma história que fala sobre amor e magia e sobre o entremeio deles. Obrigada por contar as mil e uma noites e além de Sherazade e Khalid e todos esses personagens, por fazer desses livros uma das histórias que eu gostaria de ver sendo contado de uma rainha para o seu rei do anoitecer até a aurora.
Lu 23/03/2017minha estante
Eu já queria ler essa duologia antes, depois dessa resenha, então!!!


Ariel 31/01/2022minha estante
Eu acho incrivel como as resenhas de vcs fazem eu me apaixonar novamente pelo livro e ter uma vontade absurda de reler?


Queria Estar Lendo 31/01/2022minha estante
Ah, Ariel, muito obrigada!




Ju 06/06/2021

Ok, péssimo.
Sinceramente, foi um parto para terminar esse livro.

Parece que as coisas demoram demais a acontecer, não há um aprofundamento real em certos personagens e alguns só são jogados lá for the sake de mover a história, sem real propósito. Além disso, o fim é corrido demais.

Enfim, achei péssimo. Aos 60% a ação acontece, mas 10% depois já volta a uma chatice sem fim. O primeiro é infinitamente melhor.
Bru 06/06/2021minha estante
Eu achei os dois livros assim meio parados, mas esse segundo Jesus...


Davi 06/06/2021minha estante
As vezes me questiono bastante sobre essas coisas. Começo tentando entender COMO que alguns autores perdem tanto a mão de como deixar a leitura minimamente leve ou atrativa. Daí, reflito mais serenamente e acho que simplesmente não sou o publico alvo. Mas poxa, e quando ja li obras do mesmo autor e adorei... Aí do nada, nao sou mais o publico alvo? É esquisito. Penso muito sobre.




Rafaella Avelar 27/04/2021

Achei a duologia, no geral, bem fraquinha. O primeiro livro conseguiu ser um pouco melhor do que o segundo. Esse foi bem parado. Faltou ação. Os problemas se resolveram muito rápido e de uma forma bem boba.
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Amanda Martins 27/05/2021

Gostei muito
Gostei muito mais desse livro que do primeiro, a partir desse as coisa começam a fica mais interessante afinal tem varias descobertaas o que torna tudo mais emocionante.
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Priscila 25/08/2020

A esperada continuação de A Fúria e a Aurora... Senhor!
Que livro.
Amei cada capítulo. Era difícil fechar o livro na madrugada pra dormir, eu queria mais. Queria saber o desfecho do Califa e de Sherazade.
É empolgante do inicio ao fim. Não da pra respirar.
A possibilidade de uma guerra entre Parthia e Rey te deixa nervoso.
Shazi foi sequestrada e não perde sua majestade.
Um final digno as mulheres do livro.

Acho que merecia um conto, ou extra, de Tariq, Despina, Irsa... Já estou com saudade da personagens.
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Thaise66 30/05/2020

TÃO LINDO QUANTO O PRIMEIRO <3
" - Já que não pode dizer, pode ao menos me contar quanto me ama?
- Das estrelas, para as estrelas".

Acho que fiquei viciada, tenho olheiras, e estou com sono.... Mas terminei o livro e isso é o que conta.
Acho que é interessante frisar que mesmo que o ponto alvo do livro seja de fato a maldição, fica visível principalmente no segundo livro, que o mal não existe principalmente nela, mas nas pessoas que passaram pela vida de Shazi e Khalid.
Vivendo com a família, o desejo de Shazi é somente voltar até a sua cidade e ficar com Khalid, e a personagem honrou do começo ao fim sua característica principal que é a força que ela demonstrou ter desde o começo do livro e isso foi um alivio muito grande que fez meu coração já apaixonado dançar um verdadeiro tango.
Khalid é outro personagem bem construído, com suas fraquezas e incertezas, se identifica com todos os seus súditos e é muito lindo ver que sua personalidade não muda mesmo quando é ameaçado por ela.
Resumindo, todos os personagens, toda a história, todo o cenário, falas e pensamentos foram desenhados e muito bem amarrados, e quando chegou ao fim estava suspirando em busca de mais. Sim, o livro me conquistou de uma forma maravilhosa, teve surpresas e muitas emoções, teve magia e força, teve amizades e inimigos, teve amor e ódio.
Repito: Amei, amei, amei
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A.Maia 26/03/2020

A Rosa e a Adaga #2
Sherazade retorna para junto daqueles que conhece desde o seu nascimento, não por sua própria vontade, mas por questões que a levam a isso. Deixando Khalid para trás com suas terras e o coração aos pedaços. Agora, longe de seu amado e tentando ao máximo quebrar a maldição que o cerca, descobre novas magias, inimigos, seres e situações embaraçosas que elevam o enredo para um lado mais obscuro, o qual não foi tão abordado no livro anterior. Os segredos são revelados e nem todos os personagens são quem realmente mostraram. O estilo de narrativa, em terceira pessoa, continua sendo aquele que faz o leitor não querer largar tal história até terminar!

Este segundo e último volume da duologia não mostra tanto o romance do casal, cada um está em sua batalha pessoal. Ao meu ver, este livro é como a chave de revelações de toda a série, é possível perceber um maior detalhamento de outros personagens e do ambiente fantástico que foi levemente mostrado no antecessor. Apesar de trazer mais os pormenores e ter mais magias e um tapete mágico voador que, para mim, foi o ponto alto de toda a aventura; ainda me mantenho gostando bem mais do primeiro livro devido a todo o romance gostoso de ser lido que torna quase impossível não se apaixonar.

A narrativa permanece com as fortes referências culturais, contando com personagens de personalidades únicas. Além de Khalid não impedir Sherazade de ser ela mesma e de salvar a si própria! E ainda, não só os personagens principais, como também alguns secundários conseguem evoluir por si só! Achei o desfecho um tanto quanto rápido, seu fim pareceu meio corrido, mas ainda assim é forte e de tirar o fôlego.

@oparaisodaleitura

site: https://oparaisodaleitura.com/
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Analu. 24/04/2023

Gostei mas faltou :(
Expectativas nas alturas depois do fim do primeiro livro, achei que a autora ia desenvolver mais a parte de fantasia e até em certo ponto ela fez. Porém deixou muito mais pontas soltas do que no primeiro livro. O que me deu um pouco de raiva já que ela tinha a faca e o queijo na mão, tinha muito potencial mas ficou por isso mesmo sem desenvolvimento e jogado às pressas no final.

Enfim continuo cadelando horrores esse casal, Khalid e Sherazade absolutamente tudo pra mim. Comecei o livro só pelo reencontro mas ao contrário da maioria não achei chato nem parado, tava gostando do desenvolvimento deles e dos novos personagens muito gostoso de ler. O auge foi quando eles se encontraram e aí já se encaminhando pra quebra de maldição/guerra que pra mim foi aonde o livro se perdeu.

Achei cansativo e chato e esperava outras coisas com todo aquele treinamento no templo. Fora que a maldição foi facilmente quebrada, o ódio que todos sentiam pelo Khalid simplesmente esquecido no churrasco? Não entendi muito o desfecho das coisas. Novamente a autora deixou tudo bem superficialmente com mais pontas soltas e personagens que tinham tudo pra entregar não entregaram nada. Queria mais do casal, mais do Khalid e da própria Sherazade todos foram apagados no fim. Fiquei tipo é só isso? Acabou? Num geral eu gostei. Queria um final diferente mas gostei a história, escrita, ambientação e claro meu casal. Recomendo essa duologia pra quem gosta de fantasia não muito densa e rápida de ler, vale a pena??
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Beltrami 17/10/2020

LINDO!
Essas marcas que a faziam que a cada dia agradecesse por estar viva. Por poder compartilhar essa vida com aqueles que amava.
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Tamirez | @resenhandosonhos 19/08/2018

A Rosa e a Adaga
Esse livro era uma das minhas continuações mais aguardadas do ano. Em 2016 A Fúria e a Aurora foi uma bela surpresa. Eu conhecia muito superficialmente a história das mil e uma noite e depois de ler o primeiro fiquei fascinada, querendo inclusive ler o original, que já até adquiri. Desde minhas primeiras manifestações, vi o pessoal que já tinha lido em inglês, ressaltar que o segundo livro era um pouco mais fraco, e eu me preparei pra isso. A Rosa e a Adaga realmente não manteve o mesmo nível de A Fúria e a Aurora, ao meu ver, mas também passa longe de decepcionar.

Essa duologia é uma história de amor sobre um background fantástico, e não o contrário. Grande parte do meu interesse e até apreço por ela vem desse esclarecimento. Vocês sabem que eu não gosto quando o romance toma conta, mas é algo diferente quando a proposta do livro é exatamente essa. E, acreditem, Sherazade e Khalid viraram um dos meus shippes preferidos. Eles realmente são bons juntos. Ele é taciturno, mas também sofrível e apaixonante. Enquanto Sherazade segue sendo Sherazade.

Essa personagem é uma força da natureza. Às vezes até demais. No primeiro livro ela foi meio inconsequente em se voluntariar, e principalmente em achar que daria conta. Foi uma aposta no escuro que deu certo. Mas nesse livro ela atingiu um novo nível. Ela praticamente perdeu todo o juízo e esqueceu que está em território “inimigo” e isso lhe custou algumas coisas, apesar de nada ser suficiente para realmente colocá-la em maus lençóis.

“Como suas vidas chegaram a isso? Amor por ódio, numa mera piscadela.”

Pra mim dois pontos entre a trama e o andamento do livro deixaram a desejar. Primeiro, tudo parece super fácil. Ela acha as respostas com facilidade, se locomove e faz e acontece sem muitos obstáculos no caminho. Algo bem leve acontece somente no final, e mesmo assim não serve para deixar o “caminho difícil”, digamos assim.

Com relação ao andamento do livro, me pareceu que havia pouca conexão entre um capítulo e outro (ou o famoso cliff hanger, só que não somente no final, mas no fim de cada parte). Vou tentar explicar: existem várias formas de um autor escrever seus livros, sendo uma delas a estruturação por capítulos. Antes de começar realmente a escrever ele determina o que vai acontecer em cada um dos capítulos, podendo escrevê-los de forma não linear. Quando isso acontece, é preciso ter uma atenção especial para não negligenciar as conexões entre um ponto e outro. Eu não sei se esse livro foi escrito dessa forma, mas o problema parece ser algo que aconteceria numa situação assim.

Um bom exemplo é a trama que envolve o pai de Sherazade. Temos poucas informações sobre ele já no primeiro livro e, depois do que ele fez, esperava algo grandioso dele aqui. Porém, ele começa a narrativa desacordado, e seu progresso é feito em pulos. Em um capítulo ele está desacordado, no outro está se fazendo e logo a frente já está de pé e aprontando. Com a história dessa forma é difícil definir um tempo para os fatos, bem como tornar o fluxo contínuo, já que a todo momento paramos para pensar em como X chegou a Y.

Não há grandes reviravoltas na história e a única surpresa que ficou para o final é logo desfeita pela autora num virar de páginas. É algo impactante, algo que deveria ter tido um momento singular, ter dado tempo pro leitor absorver, sofrer, cogitar. Mas não, e confesso que isso me frustrou mais do que tudo. Eu gosto de ser chocada, e até meio feita de boba as vezes, se isso foi deixar o livro grandioso, mas achei que não surtiu o efeito desejado aqui pela forma imediata como tudo foi remediado.

“Era parecidos nisso. Shazi e o menino-rei. Arrogantes, audaciosos. Estranhamente presos a suas convicções. Estranhamente honrados.”

Mas não me entendam mal, eu gostei do livro, só acho que ele realmente poderia ter se desenvolvido melhor. Gostei muito da parte final do livro, da aliança que se formou e de como o bem foi o que prevaleceu para os personagens. Isso é uma boa lição. Nem sempre o que queremos é o que vai trazer o melhor resultado, e é importante abrir mão disso para ver outras coisas mais relevantes acontecendo.

Tariq é um personagem complicado aos meus olhos. Eu queria gostar dele, e acho que no final gostei. Mas como foi dado pouco foco nele, e sempre foi a terceira parte, o coitado não teve muita chance. Ele é o Gale de Jogos Vorazes nessa história. Mas ele tem um bom coração e discernimento, o que vai muito a frente de vários personagens que temos em outros livros na posição dele.

Há um jogo político aqui mais alinhado com a trama central do romance e gostei da forma trabalhada. Mesmo sabendo do foco do livro, é bacana ser surpreendida com isso. Dá um peso maior história. Há também a inserção de alguns personagens e a volta de outros. Cada um tem o seu impacto. A maldição, que foi uma sombra durante todo o primeiro livro, aqui é mais uma sombra se apagando. Apesar de ela ser “motivo”, há outras coisas em pauta e o seu desfecho acaba por não ser assim tão enfático.

Fico feliz de ter chegado ao fim dessa história e curiosa para ler mais livros que trabalhem a temática do deserto. Tem funcionado incrivelmente bem comigo, seja qual for a história contada. Também li recentemente As Mil Noites, que também trabalha um reconto da história original e a resenha deve sair aqui em breve. Apesar da mesma temática, são livros completamente diferentes, o que foi bem bacana.

Pra você que leu A Fúria e a Aurora, não deixe de conferir o desfecho da história. Há problemas, mas não o suficiente pra tornar essa leitura algo ruim. E, dependendo do que você leva em consideração na hora de avaliar uma trama, nada das coisas que me incomodaram vão ser interferências. Se você ainda não leu, mas gosta da pegada mais romântica dentro da fantasia, se joga que aqui temos uma boa proposta.

site: http://resenhandosonhos.com/rosa-e-adaga-renee-ahdieh/
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Maisa @porqueleio 29/06/2021

Uma finalização corrida, mas que me encanto mesmo assim
Por se tratar do segundo volume da duologia, essa resenha pode conter spoiler do livro anterior.

Sherazade foi resgatada de Rey por um grupo liderado por Tariq. Para evitar um conflito e proteger Khalid, ela segue para o acampamento, onde descobre um grande grupo que está se unindo para destronar seu marido. Não é vista com bons olhos, afinal, ainda é a califa de Khorasan, e ela acaba percebendo que na verdade, está ali mais como uma arma contra o marido do que como convidada.

Em contrapartida, Khalid está arrasado. Acredita que seu reino está sendo atingido pela maldição, e sofre junto com seu povo. Sabe que há um exército chegando a qualquer momento, e se vê sem alternativas. Até seus aliados mais próximos começam a se afastar. O que o mantém são é a esperança da sobrevivência de Shazi.

A estória de amor de Khalid e Shazi ganham novos contornos por aqui. Acho que esse é daqueles romances que pegam a gente de jeito, eles formam um casal bem construído e que segue firme, mesmo imersos a tantos problemas. Eu só queria mais da mitologia... havia uma promessa no primeiro livro, e um personagem que encanta lá, aparece tão apagado por aqui! As tramas políticas foram bem desenhadas, e a forma como a possível guerra se conclui já tinha um rumo claro para mim – ainda assim, gostei bastante.

A forma como Tariq e Khalid se estabelecem um ao outro foi bem interessante. Tariq merecia um livro só para ele, e não ser tão apagado por esse amor avassalador. Achei fraca a conclusão do pai da Sherazade, não me convenceu. Ao mesmo tempo, a irmã dela, Irsa, cresceu na trama. Já prepare seu lenço! Lágrimas sempre fazem parte de uma boa estória.
Ainda assim, uma duologia deliciosa de ler, com um amor lindo e um epílogo que é puro fan servisse, do jeito que a gente gosta!

“Era parecidos nisso. Shazi e o menino-rei. Arrogantes, audaciosos. Estranhamente presos a suas convicções. Estranhamente honrados.”

site: https://www.instagram.com/p/CQrb4z0L5kG/
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Jenni Sara 02/10/2021

Esse é um livro leve que me fez chorar algumas vezes, um dos motivos é que eu não queria acabar uma obra tão boa, que fez eu me apegar a personagens que irei sentir muita falta.

O final ficou um pouco a desejar por ser o fim de uma duologia, a autora fez tudo muito corrido para não ficar nenhuma ponta solta, mas fez isso com um limite de páginas pelo jeito, o livro deveria ter mais páginas para o final se desenvolver sem muita pressa e ser uma experiência melhor para o leitor. De resto eu amei tudo.

Esse universo é muito bem trabalho, assim como a trama e personagens cativantes.

O epílogo me fez chorar de alegria, fiquei muito felizinha com o rumo de algumas coisas.
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