Leite 04/12/2022
Não temos nada a perder, a não ser os nossos grilhões.
O Manifesto continua sendo uma leitura importante e esclarecedora sobre os mecanismos de opressão na forma do capitalismo e da oposição de classes burguesia-proletariado, além de apontar falhas e má-fé em algumas teorias e acontecimentos históricos que, na falsa pretensão de atenderem às demandas das classes trabalhadoras, na verdade só atuam na perpetuação de um sistema que é, por si só, excludente e explorador.
No período atual, de mais uma crise do capitalismo, e de consequente ascensão do fascismo como cooptação de uma massa descontente, mas não consciente, é imprescindível acessarmos ideias que visam a quebrar as amarras seculares de exploração e desamunização do que é a maioria do povo, aqueles que, de fato, trabalham e produzem, porque só o que possuem à disposição é sua força de trabalho. Tais amarras, tidas como naturais e permanentes, não o são (!!!), pois são históricas e passíveis de (urgente) revisão.
"Os comunistas se recusam a ocultar suas opiniões e seus propósitos. Declaram abertamente que os seus fins só podem ser alcançados pela transformação violenta de toda a ordem social até hoje existente. Que as classes dominantes tremam ante a revolução comunista! Nela os proletários nada têm a perder, a não ser os seus grilhões. Têm um mundo a ganhar."