Nem todas as baleias voam

Nem todas as baleias voam Afonso Cruz




Resenhas - Nem Todas as Baleias Voam


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Maria1885 25/01/2024

Viciei
Primeiro contato com Afonso Cruz e adorei o livro. Peguei despretensiosamente na livraria( interessada pela capa e título rs) e me surpreendeu muito, não consegui parar de ler.Adorei Tristan e Dresner, personagens cativantes que senti falta de mais desenvolvimento nas suas narrativas. Apesar dos pesares,muito poético,gostoso de ler e intrigante! Quero ler mais desse escritor português
starsvhs 25/01/2024minha estante
Me interessei pelo título e pela capa também KKKKKK


25/01/2024minha estante
Vamos comprar um poeta é maravilhoso!


lucaismaia 25/01/2024minha estante
agora leia vamos comprar um poeta, é maravilhosooo


Paulo 25/01/2024minha estante
Trabalho numa livraria grande e lá esse autor está sendo bastante procurado e bem falado, especialmente "Vamos comprar um poeta", também publicado pela Dublinense, editora bem legal


Maria1885 25/01/2024minha estante
Obrigada pela indicação ? já vou comprar




alice 12/10/2023

A vida é um pequeno intervalo na nossa morte
Meu primeiro contato com a escrita de Afonso Cruz foi com o livro "vamos comprar um poeta" e posso dizer que foi amor à primeira lida. Afonso tem uma narrativa poética que brinca com as linhas da realidade, trazendo elementos mágicos de uma forma tão sutil que fica difícil desacreditar de sua existência. Ele toca na ferida da alma mas toca de um jeito tão bonito que as lágrimas que vêm são uma mistura de dor e alívio.

"Já ouvi dizer que é possível morrer de tristeza ou de solidão."

Esse é um livro melancólico que esmiúça sobre ausências, sobre a loucura em seu extremo e como pessoas ruins encontram justificativas para seus atos. Evidencia o poder da música, de ser tocado por ela e do ato de dançar como se o Universo estivesse sendo criado ou destruído nesse exato momento, expõe a poesia que existe nas rachaduras das casas silenciosas, das ruas cheias e dos corações magoados. Afonso escancara o vazio, a cegueira da negação quando perdemos quem amamos e o brotar de uma esperança quando nosso olhar se direciona para um outro canto além da dor esmagadora.

Nem todas as baleias voam é um livro de título bonito, repleto de diálogos marcantes e que me fez pensar nas coisas que eu colocaria em uma caixa de sapato para levar até o museu do sentido da vida, também me fez pensar no que Tristan enxergaria se me olhasse; ele veria traças de preocupação a voar sobre a minha cabeça? Veria a velha morte acompanhando triste as ausências que sinto? Ou um sapato velho em meu ombro representando os arrependimentos que carrego? Não sei, mas assim como Tsilia, invejei a peculiaridade de Tristan em enxergar aquilo que escondemos no canto mais profundo de nosso ser.

"? Podemos deixar de ter medo?
? Não deve ser possível. Nem desejável.
? Não?
? Se não tivéssemos medo de nada, por que motivo não nos atiraríamos de um abismo qualquer?"
Gigi 15/10/2023minha estante
Nossa, que resenha mais lindaaa... já até adicionei o livro na minha biblioteca


alice 15/10/2023minha estante
Muito obrigada :) espero que goste da leitura.


Cristiane 16/02/2024minha estante
O Baleias me deixou confusa no começo pelo enredo. Ao final, a confusão já se tratava de sentimentos. A poética é contagiosa. Que bonitas suas palavras, moça! Realmente, ler os livros do Afonso Cruz (não só dele, claro) deixa a gente assim.




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gabicalafate 24/06/2020

Uma história que de início pode parecer simples, mas se mostra extremamente tocante. Nesse livro, Afonso Cruz escreve lindamente sobre assuntos que atormentam a todos nós: a morte, o amor, os sonhos... Ele nos leva a refletir sobre quais são as coisas mais importantes de nossas vidas ao mesmo tempo que nos envolve em uma trama bastante curiosa sobre o desaparecimento de uma mulher, a investigação de um agente da CIA e o desespero de um pianista - tendo como pano de fundo a Guerra Fria.
Muito sensível e instigante! Amei e mal posso esperar para ler todos os livros de Afonso Cruz.
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Gois 15/11/2022

Curto e legal
Autor português que tem feito sucesso aqui no Brasil, conta a história de um músico que perde sua mulher, os desdobramentos disso e as pessoas ao redor. O livro fala muito sobre música e sobre a importância que ela tem. E um livro muito poético com algumas frases e falas muito legais. Fala sobre vários assuntos, numa trama que tambem tem misterio e amor ao mesmo tempo. Um dos personagens sofre de sinestesia e o próprio livro é meio sinestésico. Achei o fim vago (apesar de não ser exatamente) e isso estragou muito minha experiência. Muito. Mas é um livro curto e legal
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Michele Boroh 01/10/2022

Voltar para avançar
A narrativa de Afonso Cruz dissolve na boca, atiça sinapses, vitamina a imunidade e faz o olho ousar novas perspectivas.

Uma prosa tão deliciosamente poética que até espanta quando percebemos o quanto também é simples.

A gente fecha o livro querendo enxergar sentimentos como Tristan, sem nem de longe sentir que isso seria exótico, mas o lógico. O óbvio.

Nunca o óbvio das ideologias, dos sistemas. Esse que confunde unidade com harmonia sem nem de longe perceber que é o exato oposto, um ruído uniformemente desafinado.

Mas aquele que só cabe na caixa de sapatos de cada um, único, irrepetível, uma melodia não de dedos, mas de digitais.

"Levamos uma vida inteira a tentar perceber o que já sabíamos quando crianças."
Thamiris.Treigher 01/10/2022minha estante
Essa tua resenha tá linda demais!! Amei!!


Michele Boroh 01/10/2022minha estante
Obrigada! Tu que é sempre generosidade. ?




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carolina :) 19/07/2022

Sensível e envolvente;
Para quem gosta de narrativas poéticas, esse livro é um exemplar perfeito. A escrita de Afonso Cruz realmente me encantou, isso pois a forma que ele teceu seus personagens me conquistou além de criar uma ambientação muito clara que coloca o leitor dentro da realidade construída.
Achei a trama de extrema criatividade e autenticidade, isso porque o autor não se mantém preso a um fato só, muito pelo contrário, vamos acompanhar aqui muitos personagens pela visão do narrador, dramas familiares e o aprofundamento na personalidade de cada um deles o que torna a narrativa muito mais realista e palpável; sendo que todos desempenham um papel importante para o desenvolvimento da estória.
O livro tem um quê de mistério, a busca por Natasha e o porquê de seu desaparecimento, mesmo que isso não seja o foco do desenvolvimento, acho que o autor criou esse fundo de forma muito inteligente.
Consignei uma empatia muito grande por Tristan, amo quando existe uma criança no meio da trama e a inocência da infância estabelece algo de mágico sobre as descrições.
Esse primeiro contato com o autor realmente foi muito especial e me inspirou muito, apreciei muito essa experiência de leitura. Acredito que não tardo muito em ler outro exemplar de Afonso Cruz :)
"A vida é a retenção da respiração da alma. Inspira, mergulha, volta à superfície, é isso" (pág 74)
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Edu 15/01/2022

Sinestésico
Você não faz apenas uma leitura desse livro, você encara uma experiência sensorial imersiva dos sentimentos que não conseguimos tocar.

O autor consegue transformar coisas como a saudade, a dor, o amor, a tristeza, a ausência, a presença, em coisas palpáveis, palatáveis, em carne, osso, lágrima e sal.

A música é dos elementos principais do livro. Ela pode ser uma roupa, uma mensagem, um sentimento, uma pessoa e consegue tocar verdadeiramente outras pessoas.

O silêncio se materializa em algo mais que o vazio. A morte é uma senhora com um olhar perdido. O tempo não é linear, ele acontece ao mesmo instante.

Esse livro é quando a baleia vem à tona respirar e expele tudo que sentiu quando estava nas profundezas.
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Kauana.Palma 14/09/2022

QUE LIVRO!
Foi meu primeiro contato com o autor e me apaixonei perdidamente. É o meu tipo de livro.

Uma história lúdica, com narrativa poética que merece lenta degustação. Formado por vários trechos a princípio desconexos somos guiados por um contexto peculiar de diferentes relações, pai, filho, marido, esposa, prostituta, agente? muitos personagens que nos mostram como as palavras são capazes de emocionar todos os sentidos. E eles são a todo tempo provocados nessa narrativa. Protagonistas sinestésico a em uma narrativa sinestésica. Uma poesia incrível.
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ElisaCazorla 20/09/2017

O que você colocaria na sua caixa de sapatos?
Ler este livro foi um enorme prazer! Gostei sobremaneira da forma como Afonso Cruz, nesta obra, me fez sorrir, como me deixou angustiada, como me fez sofrer, como me fez torcer por um desfecho trágico, como me deixou completamente assombrada pela teia que se encontrava escondida e que, aos poucos, vai se revelando. Brilhante! Vivas!
Uma das coisas que mais gostei foi a caixinha de sapatos para os doentes terminais. Fiquei me questionando – ainda estou me perguntando, na verdade - o que é que realmente colocaria lá. Foi angustiante ler sobre o amor de Erik Gould, amor inabalável, infinito, tão vivo que toda a sua obra cresce com a intensidade do mesmo modo como com o sofrimento atroz da ausência. Foi um tapa inesperado e derradeiro descobrir a razão que faz Dresner coxear. Oxalá pudéssemos todos ver as emoções tomarem forma e sermos capazes de enfrentar e acarinhar a nossa morte como Tristan. Foi assustador descobrir que o Escritor não era nada daquilo que podíamos esperar. Nada mesmo! Uma grande e terrível surpresa. Afonso Cruz é, para mim, um dos autores mais incríveis da atualidade e merece e deve ser lido imediatamente. Agora! Leia Afonso Cruz agora!
Marta Skoober 20/09/2017minha estante
Que resenha! Gostei, cheia de emoção. :-)


ElisaCazorla 04/04/2019minha estante
Obrigada, Marta, por sua observação :)




Jansen 11/08/2021

Excelente! O autor é um máquina na criação de frases e conceitos inteligentes, interessantes e únicos. Um Jorge Luís Borges moderno e com gênero diferente. Me lembro de Borges pela maneira inteligente de escrever. Mas Borges é único e meu preferido.
Logo no início mostra sua paixão e conhecimento de jazz, que não é minha praia mas conferi na internet e vi que falava com conhecimento de causa. Há um pouco de magia e fantasia em alto grau, tudo conduzido como se por uma batuta de Toscanini, ou o hoje considerado o melhor maestro, Sir Simon Rattle.
Já li do autor Assim, mas sem ser assim; O macaco bêbedo foi à ópera, todos muito bons. Um grande escritor e um belo livro.
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ElisaCazorla 01/10/2023

Gostaria que coxeasses por mim
Reli este livro para a Flim, Festa Literária de Maringá que acontecerá nos próximos dias e no primeiro dia, 04-10, teremos uma mesa com Afonso Cruz.
Estou muito ansiosa e animada.
Os livros dele, e este é um exemplo disso, são um perfeito equilíbrio com a tragédia e a beleza, a brutalidade e a poesia, a angústia e a beleza.

Gostaria de perguntar ao autor sobre como ele tortura sua inspiração para tirar dela essas histórias doloridas e belas ao mesmo tempo.

Gostaria de perguntar ao autor por que a morte decidiu se afastar de Tristan.

Gostaria de perguntar ao autor o que ele colocaria na sua caixa de sapatos.
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Mari 22/11/2021

A melodia da vida...
Fiquei apaixonada por essa leitura! Uma experiência sensorial que nos imerge em confluências entre a literatura e a música, construindo a partir de ambas uma nova forma de sentir o mundo.
Neste livro, Afonso Cruz usa como pano de fundo o projeto Jazz Ambassadors que, durante a Guerra Fria, pretendia atrair a juventude do leste europeu para a causa americana. Conhecemos, então, Erik Gould, pianista exímio, capaz de visualizar sons e de compor imagens e cores pelas teclas do piano, fazendo de suas canções verdadeiras cartas de amor à esposa desaparecida. Erik divide o protagonismo com seu filho, Tristan, um rapaz profundamente sensível, capaz de visualizar os sentimentos e elementos abstratos personificados. Essa sinestesia partilhada entre pai e filho os leva enveredar-se por uma jornada de autoconsciência em busca de um sentido para a dor que motiva sua arte. Esta é mais uma narrativa maravilhosa de Afonso Cruz, que tem ganhado meu coração com sua escrita delicada. ?


"Imagine-se duas melodias independentes que são a vida de duas pessoas. Imagine-se que as pessoas caminham pela rua, ambas a trautear a sua própria melodia, e, quando se aproximam, à medida que se aproximam, percebem que as notas que a outra trauteia encaixam no meio das notas da sua própria música, criando uma outra melodia, mais complexa. Nem todas as notas caem no meio uma das outras; nos intervalos, algumas coincidem, mas tocam em harmonia."
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Ricardo.Borges 07/01/2022

Sinestesia
Comecei a leitura muito empolgado, surpreso com a poesia que tangenciava uma história complexa, com personagens promissores em uma trama envolvente, não convencional, com muito potencial e que, ao longo da leitura, deixavam espaços magníficos para serem explorados.
No entanto, com tantas possibilidades e sensações, o livro culminou para um final morno, sutil demais para mim, sem um ápice, sem o devido aprofundamento nestes bons personagens que estavam sendo vagarosamente desenvolvidos (alguns ficaram gratuitos e descobri, nas sugestões de leitura, que um deles ?mereceu? seu livro solo) até culminar nas cartas mais poéticas que poderiam ter sido escritas com a devida musicalidade, mas, ao invés disso, forma transformadas em uma narrativa simples, até burocrática? parecia que a história tinha urgência em ser finalizada, infelizmente?
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