O Museu do Silêncio

O Museu do Silêncio Yoko Ogawa




Resenhas - Museu do Silêncio, O


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Camila1586 06/01/2022

Um Museu diferente de todos que existe no mundo.
Uma literatura Japonesa.
Autora: Yoko Ogawa

O museu do silêncio conta a história de um museólogo que não é identificado por nomes, assim como nenhum outro personagem.

Esse homem é contratado por uma senhora rica que mora em uma vila com poucos habitantes,com a incumbência de recolher,organizar e catalogar objetos e relíquias de pessoas que partiram desta para melhor. Essa idosa tem um projeto muito ousado na cabeça, de construir um memorial da morte.

Um museu que colete recordações das pessoas que já morreram naquela vila. A velha, que por sinal era muito grosseira e mal educada, já havia coletado durante toda a vida, objetos das pessoas que iam morrendo na cidade e precisava de alguém mais jovem para dar andamento em seu projeto ambicioso, pois já ultrapassava seus 100 anos.

Os objetos coletados eram sempre muito estranhos, e geralmente roubados, pegos sem que ninguém percebesse. Mas, normalmente coisas sem nenhum valor financeiro, coisas que desapareciam e a família nem mesmo se dava conta. Objetos poucos convencionais, mas que por algum motivo, dentro da história de vida daquela pessoa tinha um significado muito especial, muito particular.

O livro é cheio de símbolos, cheio de metáforas e enigmas, e o museu é batizado pela velha e pelos outros personagens que participaram de sua construção de o museu do silêncio, pois, os itens coletados não contam sua história por si só, não falam, são relíquias que carregam segredos da vida dos que morreram mas que não evidenciam o que de fato são esses segredos.

Em outros momentos do livro, identificamos a simbologia do silêncio, na figura de alguns monges que vivem no monastério, isolado mas próximo dessa vila.
Esses monges prometem que vão ficar calados durante toda vida, são os monges do silêncio. Os moradores da vila os procuram para confidenciar seus segredos, dado que, contam com a certeza que eles nunca serão revelados.


O livro é cheio de mistérios, uma investigação sobre a passagem do tempo, a memória, a vida e a morte. São muitas camadas de significados neste romance original e atípico e acima de tudo uma reflexão bonita, delicada e envolvente, provocadora a respeito da vida, da morte, as diferenças entre a velhice e a juventude. A dificuldade de preservar as memórias, será que existe uma maneira de impedir que a lembrança de uma pessoa que passou pelo mundo seja esquecida?

Recomendo essa leitura, vale a pena viajar por essa incrível história!!!
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dani 24/01/2021

Um museu bizarro?
Um museólogo, ao ser contratado por uma senhora excêntrica e mal-humorada, muda-se para uma vila distante com o objetivo de realizar um projeto um tanto peculiar: organizar um museu com objetos que pertenceram aos mortos. Alguns desses objetos de recordação são engraçados, estranhos ou mesmo repugnantes.

Além de inúmeras reflexões sobre a vida e a morte, o livro também apresenta e questiona a natureza e propósito dos museus. Aprendi um pouco como funciona a museologia e os desafios enfrentados na profissão.

A autora soube construir brilhantemente a trama com clima de suspense e mistério que envolve os personagens, mas não fiquei totalmente satisfeita com o final. Muitos questionamentos permaneceram no ar. Mas talvez, assim como na realidade, muitas coisas nunca serão reveladas, vão desvanecer no silêncio.

Enfim, a impressão que tenho é que há muito mais para absorver, muito mais reflexões e símbolos que ficaram escondidos. Vale uma releitura.
@diego.sabino 01/09/2021minha estante
Qual foi a sua visão sobre o irmão dele?




Diego Rodrigues 28/04/2021

"A partir de agora, coletar lembranças é o seu trabalho"
Seguindo com meu projeto de conhecer um pouco mais da literatura oriental, a escolha da vez foi a japonesa Yoko Ogawa. Nascida em 1962, na cidade de Okayama, a escritora descobriu nos livros infantis sua paixão pela literatura e tem "O Diário de Anne Frank" como sua maior referência de escrita como forma de autoexpressão. No Japão, é vencedora dos principais prêmios do meio literário, entre eles o Akutagawa, o Yomiuri, o Izumi Kyoka e o Tanizaki. Com dezenas de títulos traduzidos para outras línguas, Ogawa quebrou barreiras e caiu nas graças dos leitores norte-americanos e franceses, países onde é muito prestigiada. Sua obra chega ao Brasil pelas mãos da editora Estação Liberdade, que já publicou por aqui "O Museu do Silêncio", "A Fórmula Preferida do Professor" e, mais recentemente, "A Polícia da Memória". Mas é sobre esse primeiro que vamos conversar hoje.

Publicado pela primeira vez em 2000, "O Museu do Silêncio" é um romance que trata do tempo e da morte, embora englobe muitos outros temas. Aqui nós vamos acompanhar um jovem museólogo que é contratado para projetar um museu nada convencional: uma exposição em memória dos mortos. Como se organizar, catalogar, conservar e coletar objetos de pessoas que já partiram não fosse estranho o suficiente, o protagonista ainda tem que lidar com sua contratante, uma velha hostil e egocêntrica, que parece disposta a tornar o trabalho mais difícil. Enquanto trabalha no bizarro acervo e projeta o Museu do Silêncio, nosso museólogo acaba se habituando a sua morada temporária e a seus habitantes: a velha, a menina, a criada e o jardineiro (nenhum dos personagens tem nome nesse romance). Mas a cortina de mistério que envolve o museu e tudo que o cerca está longe de se desfazer. Missionários do silêncio que abriram mão da fala, um irmão que não responde cartas e estranhos assassinatos na vila vizinha, essas são algumas das peças que ajudam a compor essa obra melancólica.

"O Museu do Silêncio" é um livro que nos envolve em uma atmosfera de mistério desde sua primeira página. Cada personagem, cada lugar e cada peça desse estranho museu é um enigma a ser decifrado, aliás, o livro como um todo é, de certa forma, um enigma. Um estudo sobre a passagem do tempo? Sobre a memória? Sobre o luto? Um suspense ou até mesmo um thriller? Pode-se dizer que ele é tudo isso e mais um pouco. Com uma narrativa delicada, Yoko Ogawa nos enreda por caminhos obscuros mas inerentes das relações humanas. Essa foi, sem dúvida, mais uma experiência positiva da minha empreitada japonesa. Embora a obra não traga muito da cultura de seu país, isso propositalmente (o fato dos personagens não terem nome e da história se passar em local e tempo desconhecidos não é por acaso), ainda assim, é uma narrativa que tem uma sensibilidade diferente do que estamos acostumados a ver na literatura ocidental. Com certeza, uma autora que irei revisitar.

site: https://discolivro.blogspot.com
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Bruno 14/12/2016

Vale descobrir
Personagens sem nome, lugar não identificado, gênero literário indefinido, enredo original, tudo contribui para que o livro seja uma interessante descoberta.
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Paty 21/07/2021

Bom, mas com ressalvas
O Museu do Silêncio é um livro bem legal, fácil de ler e com uma história bastante única: um museólogo é contratado por uma velha excêntrica e bem rabugenta para criar e organizar, em uma vila isolada, um museu de itens coletados próximos ao momento das mortes dos moradores dessa vila, e que representassem, de alguma forma, suas vidas ou seus fins trágicos.

Mas mesmo sendo um livro legal e com tema interessante, acho justo deixar certas ressalvas...

A vibe do livro é bem parecida com o que acontece em filme japoneses (até porque a autora é japonesa): se você vai esperando reviravoltas mirabolantes, aventuras de tirar o fôlego e finais de explodir a cabeça, provavelmente vc vai terminar o livro meio frustrado... O livro tem partes mais emocionantes, mas elas não tem o final que a gente esperaria de um livro ou filme ocidental....
Eu acho que o valor dessa leitura acaba ficando mais nas reflexões sobre vida e morte, sobre permanência e efemeridade, sobre comunicação e silêncio, até mesmo sobre valorizar a vivência e não apenas o fim (e, no fim das contas, isso vale tanto para a experiência de leitura desse livro quanto para a vida).

Então, no geral, é uma leitura que eu gostei, aproveitei bastante e até recomendo, mas acho justo que a pessoa já comece a ler sabendo que esse livro está mais para "filme cult japonês" do que para "blockbuster hollywoodiano", pra não acabar com uma quebra de expectativa muito grande com relação aos acontecimentos ao longo da trama.
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voandocomlivros 18/07/2022

Yoko Ogawa já publicou cerca de vinte livros, conquistando diversos prêmios literários no Japão.


"O Museu do Silêncio" foi meu primeiro contato com a autora e já deu pra sentir que sua escrita é especial. Além de possuir uma narrativa belíssima, esse livro também tem um ar misterioso e fantástico em alguns momentos. Logo no início da leitura eu percebi muita similaridade com o filme "A Viagem de Chihiro", como se fosse uma imersão mágica que conduz o leitor por todo o ambiente criado na história.


"O QUE EU QUERO FAZER É UM MUSEU MAIS GRANDIOSO DO QUE VOCÊS JOVENS PODEM IMAGINAR. UM MUSEU QUE NÃO EXISTE EM LUGAR NENHUM DO MUNDO, MAS QUE É ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO."


Com o intuito de alcançar mais pessoas e não causar estranhamentos com a cultura japonesa, a autora optou por não nomear os personagens. A história se passa em um local fictício e tudo começa quando um museólogo chega para uma entrevista de emprego. Uma velha (como é chamada no livro) senhora tem o objetivo de criar um museu que tenha em seu acervo apenas objetos de pessoas já falecidas.


Enquanto o museu vai se formando, muitas coisas interessantes e enigmáticas vão acontecendo. E nas entrelinhas é possível observar a relevância de temas que estruturam toda a obra, como por exemplo: a vida, a morte, a passagem do tempo, a importância da memória, a valoração e a concretude do silêncio e o quanto ele pode nos ensinar sem nada dizer, e, acima de tudo, o quanto cada pessoa é significativa. "MESMO A VIDA MAIS MODESTA DEIXA ALGUMA RECORDAÇÃO."


O desfecho é rápido e não entrega todas as respostas, talvez com o propósito de fazer o leitor pensar e imaginar várias possibilidades.

Esse livro me despertou a vontade de conhecer mais autoras japonesas. 🥰


"NADA DO QUE ACONTECE CONOSCO É INÚTIL. TUDO NO MUNDO TEM UMA RAZÃO, UM SENTIDO E UM VALOR."


Você já conhecia a Yoko Ogawa?? Tem alguma outra autora japonesa para recomendar?


Beijos, um ótimo voo a todos e até a próxima!📚❤

site: https://www.voandocomlivros.com/post/o-museu-do-sil%C3%AAncio-resenha
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Keka_ 08/11/2022

Lugar de memória
Achei muito massa como é detalhado a função do museólogo, e como é importante se ter o profissional no museu. Mas o livro não se trata disso, o museu do silêncio fala de memórias, afetividade, acervo, coragem e respeito por aqueles que partiram.
Na metade do livro vc consegue saber pq o museu leva esse nome, e a partir daí tudo faz sentido. Indico esse livro!
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Christiano 30/07/2019

A Yoko Ogawa como sempre deixando seus personagens sem nome o qual mesmo assim você sabe quem são cada um , livro ótimo .
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Pandora 17/09/2019

Yoko Ogawa é uma escritora japonesa de ficção e não ficção muito premiada em seu país. Desde 1988 ela vem arrebatando prêmios e alguns de seus livros foram adaptados para o cinema e traduzidos em vários idiomas.

Eu já li alguns autores japoneses: Yasunari Kawabata, Hiro Arikawa, Jun'ichirō Tanizaki, Banana Yoshimoto e Ryūnosuke Akutagawa. Em todos, as referências à cultura do país eram muito claras e fortes; não é o caso deste “O museu do silêncio”. Isso não é um desabono, apenas alerta que se o leitor procura por regionalismo neste livro, não vai encontrar.

O Japão é um país de contrastes. Nele convivem o velho e o novo; o atual e o ancestral; o antiquado e o moderno. As crenças japonesas ligam o homem à natureza, numa relação de respeito. Alguns destes elementos são óbvios aqui, outros mais sutis. Mas de todos os livros de autores japoneses que li, este é o, aparentemente, menos japonês. Aparentemente.

A história é a seguinte: um famoso museólogo viaja até uma pequena cidade distante a fim de trabalhar no projeto de um novo museu. Na estação de trem, ele é recebido por uma moça bem jovem que o leva até uma mansão decadente onde sua contratante, uma senhora extremamente velha e mal-humorada o entrevista. Ela é tão grosseira, que ele tem certeza de que não passou no teste, mas está enganado. A partir daí ele passa a morar no terreno da mansão, ao lado do jardineiro e da governanta, que são, além da menina (filha adotiva da senhora) e da velha, os únicos habitantes do casarão. A velha passou a vida coletando objetos dos mortos da cidade e agora ela quer inaugurar um museu, o “Museu do Silêncio”, para exibi-los.

Nesta narrativa ninguém é nomeado: nem os personagens, nem a cidade onde a história se passa. A época também não é explícita: apesar de carros e motos serem citados, não há celulares, por exemplo. A escrita é simples e fluída, com muito diálogo e há espaço para o real e o fantástico.

É uma narrativa muito simbólica e que não se preocupa em esclarecer as coisas. Manda pensar. Um tipo de literatura que eu aprecio, mas talvez porque eu ansiasse por algo mais misterioso e assombrado, não me tocou tanto quanto eu esperava.

De qualquer forma, quero ler mais Yoko Ogawa, tanto que já tenho à espera “A fórmula preferida do professor”.

Um ponto positivo: dá pra ter uma ideia do trabalho que é montar um museu.
Um ponto negativo: eu realmente necessitava que a autora esmiuçasse a história do jardineiro.
Um ponto essencial: tradução direta do japonês.
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Ve Domingues 25/10/2020

Adorei o livro. É uma obra bem diferente abordando o papel das recordações. A autora criou imagens muito potentes para falar sobre memória.
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Suzi 01/11/2020

Intrigante
Um livro sem identificação de lugar, tempo e com personagens sem nome. Uma história aparentemente simples, mas com alguma simbologia e uma linguagem crua que no começo nos soa estranho e chega a ser bizarro, inclusive o enredo. Um profissional é contratado por uma senhora para construir um museu, mas não um museu comum e sim um museu com itens bizarros ?coletados? após a morte dos seus donos, como por exemplo um olho de vidro.
Confesso que eu estranhei no começo, mas ao mesmo tempo não queria parar de ler.
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Martony.Demes 04/03/2022

Imagine ai: O que gostaria que guardasse seu que representa profundamente você, após sua morte?
Agora imagine o que alguém escolheria seu para guardar nesse museu? Essa é a ideia de O museu do Silêncio, da japonesa Yoko Ogawa.

Um museólogo é contratado para pensar elaborar e construir um museu bem diferente com objetos póstumos de pessoas de uma cidade. Uma senhora rica, ranzinza e obstinada de uma pequena cidade que o contratara. E esses objetos de recordação são coletados e eles representam profundamente aquele falecido.

Não suficiente, esses objetos devem ser bem peculiar, estranhos e roubados do falecido e muito pouco convencional mas que tal objeto tenha um grande significado em toda a trajetória de sua vida. Esses objetos guardam segredos, são silenciosos e que guardam muito signficado daquela pessoa.

Nesse cenário, surgem algumas mortes misteriosas coincidentes com a chegada do museólogo. Então…[opa!!!]

Há muito mistério, suspense, toques de ações policiais que deixam o livro bem interessante! E vale a pena a leitura! Mergulhem!!

Então, que objeto representaria você com sua morte?
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Archie 03/11/2021

Uma quinta-feira no Museu
Fiquei positivamente surpreso com a escrita e descrição que a autora faz do ambiente e do universo que construiu. Não é sempre que vemos alguém da Museologia como protagonista de um livro, e isso abre muitas possibilidades de vivenciar o que ele traz.

A história é simples e promete muito: um cara é contratado para criar um museu para uma senhorinha idosa, mas não é um museu qualquer: é um museu para pessoas mortas. Pessoas "normais", como você e eu, sem nenhum impacto grandioso, mas que carregaram uma vida consigo. Entender a história de casa objeto e como ele remete a quem morreu é um processo bonito, inspirador e cativante.

No entanto, em discussões com o Leia Mulheres, percebi que apesar de bem escrito, o livro é uma eterna quinta-feira - o fim de semana nunca chega. Não tem um ápice, um acontecimento expressivo, um clímax importante - o sentimento de rotina e de "mais do mesmo" permanece durante quase todas as 300 páginas, o que pode ser difícil de engajar.

Além disso, há diversos furos e lacunas na história, que poderiam muito bem ser trabalhados isoladamente com mais calma e empenho. Se pelo menos um desses elementos pudesse estar "em holofote", ao invés de vários recortes rasos e sem envolvimento, tenho certeza que a história poderia ser bem mais aproveitada. Sinto que a autora quis usar muito de várias ideias, e acabou usando pouco de cada.

Acho que é uma leitura gostosa, mas pode ser frustrante para algumas pessoas.
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Danielle 24/04/2021

Superou minhas expectativas
Comecei a leitura já amando a narrativa da autora, fiquei bem presa a trama e aos personagens e curiosa pela construção desse museu tão peculiar.
E me peguei muito surpresa com o supense que começou a rondar a trama.
Devorei o livro em poucos dias e ainda queria que tivesse mais páginas.
Já estou louca para ler outro livro da autora.
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