Lorran 14/07/2010WWW.SUBTITULO.COM.BRResenha publicada no blog Subtítulo - www.subtitulo.com.br
Resgatei recentemente das mãos da Nathália meu DVD do belíssimo filme de Steven Spielberg, A Lista de Schindler. O filme dispensa comentários, e quem ainda não viu, veja; o mais rápido possível.
Mas apesar de todo o meu encantamento, nunca havia lido o livro que inspirou o filme. Escrito pelo romancista australiano Thomas Keneally, A Lista de Schindler foi escrito em 1982, e conta a história de Oskar Schindler, um membro do partido nazista, que se transformou em um herói improvável.
Continuo ainda não tendo lido o livro de Keneally, mas li nessa semana A Lista de Schindler - A Verdadeira História, de Mietek Pemper, lançado aqui no Brasil pela Geração Editorial.
Pemper, o autor do livro, é um judeu que atuou - involuntariamente - como secretário de Amon Göth, o comandante nazista do campo de concentração de Plaszow, na Polônia.
Ele diz no livro que Schindler falou que só ele poderia contar essa história da maneira correta. Demorou, mas ele escreveu. Só não acho que devesse ter saído chamando muita atenção para a Lista. Fala-se dela, óbvio, mas o livro é mais um retrato da atuação de Pemper duarante a guerra - notável, diga-se de passagem - do que da lista de Schindler em si.
Corrige alguns fatos mal interpretados sobre a história da Lista e mostra a luta de Schindler e sua esposa, Emilie, durante a barbárie infligida pelos Nazistas. Mas sobretudo, Pemper reconstitui seus momentos ao lado do cruel Göth e como essa proximidade foi "benéfica" tanto para o desenvolvimento da Lista como para a o salvamento de tantas outras pessoas.
Pemper termina o livro pedindo desculpas por não ser tão específico em certas ocasiões, por ser muito dolorido ter de lembrar desta época. Esse é justamente um dos poucos pontos que eu tinha a criticar o livro. A maneira como ele se esquiva, em certas ocasiões, se privando de dar certos detalhes.
Mas perante esse pedido de desculpas, me sinto envergonhado por ter pensado em exigir mais detalhes do autor. Poucos passaram pelo que ele passou e sobreviveram para contar essa história. E lembrar deve ser a última coisa que se quer.