As Idéias Têm Consequências

As Idéias Têm Consequências Richard Malcolm Weaver




Resenhas - As Ideias Têm Consequências


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giani.romao 11/02/2022

Porque vale a pena a leitura?
Esse é um daqueles livros que o simples fato de lê-lo te faz mais inteligente, porque se você é como eu um leitor médio, precisará fazer muito esforço para compreende-lo e aceitar que você não vai apreender tudo em uma só leitura, você precisará voltar a ele mais vezes se quiser entende-lo de verdade.
Nessa minha primeira leitura pude compreender apenas que o autor percebe que há algo de errado com o mundo e que a raiz de todo esse mal pode ser encontrado na História do mundo e suas ideias.
Ele condena principalmente o fetiche moderno pela busca de confortos e o abandono dos ideais e valores elevados que se conquistam através do autosacifício.
Mas ao contrário do que podemos imaginar esse não é um daqueles livros de filosofia que nos roubam a esperança e nos afoga num mar de pessimismo, o autor propõe um caminho de redenção ao homem que passa principalmente pelo desenvolvimento da personalidade e o amadurecido pessoal.
Sei que não estou a altura do livro, não pude esgotar tudo o que ele tinha a transmitir, mas creio que fui capaz de apreender a ideia central do livro.
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Marina 14/12/2023

As ideias tem consequências
Já dizia Albert Einstein: " pensar é causar".
Já diziam os orientais: "karma"
Já dizia o espiritismo: "lei de causa e efeito"
Já dizia o dito popular: " aqui se faz aqui se paga"

Alegar ignorância, sei não se é possível.

Estudar, aprender , realizar.
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Forest 09/08/2021

As idéias têm consequências, consequências bem perniciosas.
É uma tarefa difícil falar a respeito do conteúdo um tanto denso dessa leitura. É denso filosoficamente, mas acessível; no entanto, no sentido afetivo, emocional, é extremamente denso, pesado por colocar o leitor frente a problemas morais e humanos tão antigos e tão complicados que aparentam não ter resolução - e isso fica bem claro com essa leitura, o autor é cirúrgico em suas críticas.
É um pensador conservador, me fez pensar muito em "O que há de errado com o mundo" de Chesterton, e "A abolição do homem" de Lewis, entre outros, que seguem na mesma linha de argumentação brilhante contra o vazio do modernismo. A diferença é que talvez, Weaver tenha ido mais longe nas análises, ao menos no sentido filosófico; eu fiquei com uma sensação bem mais nítida de mal estar lendo esse livro do que lendo Lewis por exemplo, apesar de ser um livro pesado tbm, "mal estar" porque é difícil dizer que o autor não está certo, e a situação na qual nos encontramos está fadada a degradação, como bem testemunham, desde já, os mais sensíveis pensativos entre nós.
O livro apresenta várias e várias sessões de argumentação brilhante mesmo, eu sublinhei e copiei muitos trechos, a habilidade de escrita de Weaver é admirável (a tradução ao meu ver está ótima, bem como a edição). O livro pode por para pensar até os mais brutos, sobre uma variedade de questões importantes para nossa existência. Várias ideologias atuais, são analisadas e dissecadas pelo autor, dando a notar sua perspicácia profética, já que o livro é de 1948. Como ele mesmo afirma no início da obra "é mais um livro sobre a dissolução do ocidente", dissolução essa que ocorre em vários âmbitos, e que, provavelmente pouquíssimas pessoas serão capazes de reconhece-la, a não ser com o auxílio de pensadores críticos dos dogmas modernistas. Recomendo MUITO essa leitura.
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Bernardo.Mucelini 24/06/2021

"A fraternidade nos faz direcionar nossa atenção aos outros, e a igualdade nos faz direcioná-la a nós mesmos" - Richard M. Weaver

É o primeiro contato que tenho com uma obra de Richard Weaver, sendo o autor um filósofo político conservador que enxerga com maus olhos o modernismo, podendo até mesmo considerar algumas de suas ideias como reacionárias.

À primeira vista, o livro em si é bom. Os argumentos de Richard por muitas vezes se fazem convencer, principalmente em relação à desigualdade e hierarquia. Contudo, outras conclusões a que ele chega são um tanto anacrônicas, com ideias que não são aplicáveis para os dias atuais. Além disso, em certos momentos, o autor chega a se contradizer no próprio raciocínio. Não obstante, faz-se necessário explicar que Richard escreveu este livro em uma época pós 2º Guerra Mundial, ainda no século XX, o que pode sugerir o motivo de alguns desfechos de seus pensamentos.

No mais, por ser um livro sobre filosofia política, Weaver escreve aquilo que a política deveria ser, ao invés do cientista político que escreve aquilo que a política é. Por isso, não se espante quando ler algumas observações que seriam, grosso modo, inverossímeis com a realidade a que estamos condicionados a viver.

De todo modo, recomendo a leitura!
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tiagonbraz 13/06/2023

As Ideias Têm Consequências, de Richard Weaver
"Este é mais um livro sobre a dissolução do Ocidente." De tal maneira trágica, Richard Weaver, historiador e filósofo político, introduz seu livro, que examina as causas e consequências da decadência - particularmente moral - do homem ocidental, e por fim tenta propor algumas soluções para o estado atual das coisas. Com uma abordagem filosófica e metafísica, o autor diagnostica os males da sociedade contemporânea - em 1948 -, e que, com alguns poucos ajustes, poderíamos transportar este diagnóstico para a nossa.

Tornou-se um clichê a geração mais velha reclamar da mais nova, mas os jovens, é claro, não dão ouvidos e os taxam de antiquados, ultrapassados e boomers. Tais críticas, via de regra, são genéricas: reclamações das músicas, dos estilos, do comportamento. E, como já vimos diversas vezes, não surtem efeito. De certa maneira, Richard Weaver faz o mesmo, porém de maneira absolutamente genial e com uma análise precisa dos fenômenos que ocorreram para chegarmos ao estado decadente atual (lembrando que o autor fala de até 1948; minha humilde percepção, desde lá, é de uma descida até o fundo do poço). Não se limita a criticar os pontos observáveis da degradação, mas ultrapassar este observável para um diagnóstico mais apurado, com exame minucioso de uma causa primeira.

Weaver revela que esta origem é a perda da transcendentalidade. A falta de uma conexão com algo além de nós, uma referência moral e de retidão à qual podemos nos ancorar, foi o início de uma transformação radical. A partir desta perda, surgem rachaduras nas estruturas da sociedade, como a família. Perdem-se as distinções entre os seres e as hierarquias - com a esperança na utópica igualdade. Cresce o egoísmo, e a existência do homem se resume a conseguir o seu próprio conforto. O dever, a honra, jogados no lixo.  Este cenário pode parecer catastrófico, um exagero - no entanto, ao ler o livro, é impossível deixar de fazer conexões entre as descrições e críticas de Weaver com o cenário atual. E, reitero, o livro tem setenta e cinco anos de existência.

Diante dessa conjuntura, que fazer? Desesperar-se? Aceitar o estado atual das coisas, e resignar-se à vitória do materialismo? Weaver discorda. A próprio ato de escrever o livro é um indício de que ele vê esperança de que o homem pode conhecer e fazer a decisão correta. Para o autor, a propriedade privada é o último direito metafísico remanescente, pois não precisa demonstrar sua utilidade social. Mais do que a subsistência, um fato econômico, sua existência denota o senso de pertencimento e de autonomia -  apesar de movimentos recentes tentando subverter este direito. A partir deste espaço, que é um santuário onde temos maior liberdade, podemos pensar em "ofensivas", como diz Weaver. Estas incluem a retomada da exatidão da linguagem, contra o movimento em curso de separação das palavras e conceitos - basta verificar a promiscuidade com a qual passou a se usar "democracia" e "fascismo". Com a imprecisão da comunicação, a desordem. Contra isso, o autor sugere um treinamento em literatura, retórica, lógica e dialética.

Por fim, a piedade luta contra o egoísmo ao reconhecer a existência de algo além do eu. Weaver tem três coisas como foco da piedade, que sem dúvidas foram atacadas incessantemente pelo modo moderno de ver o mundo: a natureza, nossos próximos - todas as demais pessoas - e o passado. Há um profundo desrespeito e desvalorização de cada uma dessas entidades, com uma expansão do valor do "eu".

Sem dúvidas, por ser um livro escrito na metade do século passado, algumas afirmações tornaram-se datadas e foram superadas pela evolução dos acontecimentos - algumas podem parecer polêmicas aos olhos de hoje. No entanto, o cerne da ideia de Weaver e a grande maioria de seus argumentos é atemporal - e o leitor se surpreenderá com a inevitável identificação dos problemas que o autor descreve com a própria realidade.
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Leonardo 07/01/2020

A farsa do progresso
Livro essencial para quem gostaria de entender o ponto de Weaver sobre a decadência do ser humano, contrariando os progressistas que propagam a evolução das gerações, mesmo que sem esforço algum para superar o antepassado.
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Luís 07/06/2022

Excelente, criterioso e sintético.
Apesar de poucas páginas, o livro se mostrou capaz de sintetizar as consequências prática dos erros filosóficos que geraram a decadência da civilização ocidental.
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Gabriel1994 06/04/2023

O crepúsculo do ocidente?
Há milhares de anos que o oriente difere do ocidente, seja por sua cultura, política e religião. Tais diferenças se mantiveram após diversas situações globais (revolução industrial, 1° e 2° guerra, etc).
Apesar de vivermos em um mundo globalizado, os orientais lidam de forma diferente com problemas atuais e mantém um laço mais forte com suas tradições.

A grande questão levantada pelo autor é: a consequência do que estamos vivendo HOJE no ocidente é resultado de ideias e escolhas ruins feitas há 400/500 anos atrás. Ideias que durante esse tempo foram progredindo no seu potencial destrutivo levando a sociedade para o caos.
Com certeza você deve está se perguntando que raios de ideias são essas, pois bem, posso listar algumas:
? Relativismo
? Pessimismo
? Imaturidade

Quando adotamos uma visão relativista do mundo não temos mais a certeza do que é certo, errado, bom e mau. Acabamos numa ambiguidade patética. Levando à um sentimento de desolação onde floresce o pessimismo que afeta tantas mentes enfermas que não consegue mais visualizar esperança.
A imaturidade é um problema evidente em adultos potencialmente funcionais, mas que não cumpre seu papel simplesmente por uma birra estúpida contra "o sistema".

O autor deixa bem claro que o ponto mais avançado no tempo não significa o momento mais avançado da humanidade.
Seguindo esse raciocínio comparativo entre passado e presente, entre causa e efeito qual será o futuro do ocidente?



Obrigado por ler.
Rodrigo007 01/05/2023minha estante
Comentário fino, senhor ??




Kelly.Maxwell 04/04/2023

Indispensável
Quer entender a loucura do mundo moderno? Só leia este livro.

O autor apresenta causas e possíveis soluções para a doideira do mundo moderno numa linguagem simples, apesar de requerer algum mínimo conhecimento de filosofia em alguns pontos.
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Invasor de mentes 16/01/2024

Espetacular
As Ideias têm Consequências, obra do filósofo político norte-americano Richard Weaver (1910-1963), analisa a decadência da sociedade moderna como resultado dos pensamentos que mergulham o homem num precipício sem fim.

De cabeça para baixo, subimos escadas em direção a um objetivo fora da realidade, na contramão natural dos sentidos das coisas moralmente críveis.

As sensações e percepções obtidas das coisas reais, dão a exata dimensão dos elementos e explica os seus porquês. Estas percepções permitem níveis de abstrações com influências diretas sobre o mundo visível e transcendente. Isso permite o homem imaginar, inventar, recriar e buscar teorias unificadoras. Na filosofia ideias colocam os homens frente as suas limitações por falta das respostas. Isso assusta e move as energias em direção ao amanhã o mais distante possível criando uma nova natureza da alma. Weaver ao analisar esta natureza do homem, sustenta que:

?Todo homem que faz parte de uma cultura possui três níveis de reflexão consciente: suas ideias específicas sobre as coisas, suas crenças ou convicções e sua visão metafísica do mundo. [?] O encontro de mentes, a afinidade entre personalidades que todas as comunidades cultas consideravam como parte da boa vida, exige muito sentimento de um mundo de máquinas e falso igualitarismo, e percebesse até mesmo uma ligeira suspeita de que a amizade, por basear-se na seleção, é antidemocrática.?

?Chegamos a um ponto em que a seguinte pergunta deve ser feita com toda seriedade: será que o homem deseja viver em uma sociedade ou em uma espécie de comunidade animal? Pois, se o banimento de todo tipo de distinção continuar, não haverá esperança de integração senão no nível do instinto.?
Uma vez que o homem vive numa sociedade este se encontra inserido no caleidoscópio de virtudes, vícios, status sociais, dinheiro e poder. Cada um traz em si a marca da sua identidade e não vê no outra esta mesma identidade. Pelo contrário, o outro é um retrato mal formado de sua própria identidade. Sendo assim, a ideia de igualdade tende a ser um agente desagregador do relacionamento interpessoal, portanto, um distúrbio na coletividade. Frente a isso, Weaver faz a seguinte advertência:

?A igualdade e um conceito desorganizador, na medida em que as relações humanas supõem uma ordem. Ela é a ordem destituída de fim. Ela tenta estabelecer uma arregimentação sem sentido e infrutífera daquilo que, desde tempos imemoriais, recebeu uma ordem por meio do esquema da criação.?

?Deveria ficar claro, a partir do que se disse anteriormente, que o homem moderno sofre de uma severa fragmentação em sua visão de mundo. Essa fragmentação leva diretamente a uma obsessão pelas partes isoladas.?
As reflexões de Weaver são um diagnóstico de uma sociedade doente cujo câncer se alastra em metástase em suas estruturas mais básicas. As ideias que permeiam os espíritos mais promissores responsabilizam-se pelas conseqüências destas.
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beleza 09/02/2021

Filosofia?!?
Nunca imaginei que um livro de filosofia poderia ser assim, tão prático
Talvez por não aceitar bem as ideias do autor, tive dificuldade em entender
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Kenner1 23/09/2023

"A paixão pela igualdade coincide com o egoísmo."
Uma obra essencial para tempos como esse, onde como é descrito por Richard:"O conhecedor moderno pode ser comparado a um bêbado que, a medida que perde seu senso de equilíbrio, esforça-se para não cair concentrando-se firmemente em certos detalhes.
[...] Enquanto o tudo ao seu redor dá voltas, ele se aferra a qualquer coisa que possa ser abarcada por sua percepção limitada."

Richard trabalha diversas hipóteses para explicar tal "degradação do ocidente ". Em meio a essas explicações, ele se concentra principalmente em Guilherme de Ockham e sua filosofia, a saber, o Nominalismo.

O principal impacto dessa degradação foi o egoísmo social em que, o homem quer ser "seu próprio juíz sob o bem e o mal".

Obra riquíssima e de facílimo acesso, mesmo como uma obra introdutórias a respeito de diversos temas.
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Estevão TC 19/10/2023

Um diagnóstico
Esse livro apresenta de uma forma muito boa como a sociedade cavou o buraco que hoje estamos, seja através da filosofia, do cientificismo, individualismo, etc. e como ela está morrendo por conta de tantas escolhas ruins.
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JoAo.Padilha 11/02/2024

Não tão fácil
Em as ideias tem consequencias, o autoe expõe temas que no qual ele desenvolve suas consequencias e possiveis soluções e alternativas para elas. Não é uma leitura tão fácil e não me pegou muito o conteúdo. Tem um bons momentos, quem sabe em uma segunda leitura.
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