O Aprendiz de Morte

O Aprendiz de Morte Terry Pratchett




Resenhas - O Aprendiz de Morte


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Clio0 08/11/2023

O Aprendiz de Morte é o quarto volume da série Discworld e o primeiro do arco Morte.

O Morte está cansado e decide contratar um aprendizer, coincidentemente Mortimer.

O jovem Mort é o típico rapaz desengonçado que mal consegue manter um emprego. Ysabel, a filha do Morte (favor não confundir), tenta igualmente fugir de casa e seduzir o novo vivente que seu pai trouxe.

Pratchett foi certeiro descrevendo a relação de um casal de namorados - são brigas, mentiras, manipulações - quase todas pela parte de Ysabel, e romance. Não que esse seja um livro sobre amor, na verdade a sátira cai pesada em cima dos revolucionários-de-fundo-de-quintal e dos magos.

É nesse livro que finalmente vemos um mago da Universidade Invísivel decidir que sexo é melhor que magia, principalmente quando ela é frágil e pouco impressionante.

O destaque fica para a presença de Albert, um famoso mago acolhido por Morte, que permanece num estado de semi-vida como seu servo por medo do que possa estar do outro lado. Cada frase do personagem, é uma paulada de sarcasmo.

Recomendo.
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Coruja 01/06/2011

De todos os personagens criados por Pratchett, talvez o mais emblemático, aquele que sempre reconhecemos independente de qual seja a obra em que ele apareça, é Morte. Mesmo fora da série Discworld, em Belas Maldições, nós somos capazes de reconhecê-lo.

Já o encontramos em livros anteriores – Rincewind tinha uma enorme propensão a se meter em situações nas quais a presença de Morte era em requisito necessário. Mas nessas primeiras aparições, ele ainda não tinha desenvolvido a personalidade com que nos acostumamos – pelo contrário, tinha um certo senso de humor sádico e ficava quase furioso de não levar Rincewind com ele no último minuto.

É nesse volume que vamos encontrar a consolidação da personalidade curiosa da personificação da morte no Disco. E é nele que teremos respostas para uma série de perguntas, tais como o que é Morte, além de um esqueleto coberto de preto com supernovas por olhos? Onde ele fica quando não está trabalhando? Como ele consegue se dividir para dar conta de tanto trabalho? Quem cozinha para ele? E como é o plano de aposentadoria do cargo?

O Aprendiz de Morte começa com Mort, filho de um fazendeiro, indo para uma feira de aprendizes. Seu pai acha que ele pensa demais, o que não é uma ocupação muito comum na família e nem ajuda muito na hora de cuidar das plantas e animais. Sua idéia então é levar o menino para a feira, onde ele poderá ser acolhido sob a tutela de algum artesão e então o problema não será mais dele.

Ao longo do dia, Mort observa todos os outros jovens presentes serem acolhidos, conforme suas características e necessidades do cargo, enquanto ele mesmo fica para trás. Até que, ao soar da meia-noite, quando seu pai já se desespera de conseguir se livrar do filho, surge um forasteiro que se oferece para ser tutor de Mort.

Este forasteiro é alto, fala com letras em caixa alta e produz uma sensação em seus interlocutores não totalmente agradável.


"Lezek piscou os olhos.

- Não vi você chegar - desculpou-se. - Sinto muito... devia estar com a cabeça em outro lugar.

- EU ESTAVA OFERECENDO UM CARGO AO SEU FILHO - informou Morte. - CONTO COM SUA APROVAÇÃO?

- Qual é mesmo o seu trabalho? - perguntou Lezek, encarando o esqueleto vestido de preto sem revelar a menor sombra de espanto.

- CONDUZO ALMAS PARA O PRÓXIMO MUNDO - respondeu Morte.

- Ah - soltou Lezek. - É claro, desculpe, eu já deveria ter adivinhado pelas roupas. Um trabalho muito interessante, bastante estável. O negócio é sólido?

- JÁ ESTOU NELE HÁ ALGUM TEMPO - considerou Morte.

- Excelente. Nunca pensei nisso como trabalho para o Mort, mas é uma boa profissão, uma boa profissão, bastante segura. Qual é o seu nome?

- MORTE.

- Papai... - interveio Mort.

- Nunca ouvi falar da empresa - considerou Lezek. - Onde fica?

- DAS PROFUNDEZAS DO MAR A ALTURAS QUE NEM AS ÁGUIAS PODEM ALCANÇAR - respondeu Morte.

- Nada mal - considerou Lezek. - Bem, eu...

- Papai - insistiu Mort, puxando o casaco de Lezek. Morte pôs a mão no ombro do menino.

- O QUE SEU PAI VÊ E ESCUTA NÃO É O QUE VOCÊ VÊ E ESCUTA - explicou. - NÃO O DEIXE PREOCUPADO. ACHA QUE ELE GOSTARIA DE ME VER... EM CARNE E OSSO, SE FOSSE O CASO?

- Mas o senhor é o Morte - retrucou Mort. - Sai por aí matando as pessoas!

- EU? MATAR? - indignou-se Morte, notadamente ofendido. - CLARO QUE NÃO. AS PESSOAS SÃO MORTAS, E ISSO É PROBLEMA DELAS. EU SÓ ASSUMO O COMANDO A PARTIR DAÍ. AFINAL, SERIA UM MUNDO BASTANTE IDIOTA SE AS PESSOAS FOSSEM MORTAS SEM MORRER, NÃO É MESMO?"


Eis como Mort se torna aprendiz de Morte e vai parar nos domínios de seu quase xará, onde conhecerá Ysabell, a filha adotada e um tanto arrogante do chefe, e Albert, outrora o maior mago do Disco e fundador da Universidade Invisível, agora criado pessoal e faz-tudo do grande ceifador.

Morte sente uma estranha... fascinação pela humanidade – se é que podemos aqui falar de sentir no sentido próprio do termo. Ele é uma criatura de Dever, em suas próprias palavras, e leva suas responsabilidades muito a sério. Volta e meia, contudo, perde-se em conjecturas sobre o que faz um ser humano... um ser humano.

Para tentar conseguir essa compreensão, ele tenta mimetizar comportamentos humanos – o que muitas vezes confunde Mort. Por exemplo, por que uma personificação antropomórfica teria adotado uma filha? Por que ele permite que Albert permaneça em seus domínios? Por que cargas d’água ele tem um banheiro?

Claro que Morte pode apenas mimetizar esses comportamentos, mas sem compreender a significação deles. É por isso que seu banheiro tem tolhas feitas de pedra e encanamentos que não funcionam.

Seja como for... com um aprendiz dentro de casa, Mort começa a deixar mais e mais responsabilidades para Mort, enquanto se distrai com sua inesgotável vontade de compreender a humanidade – a ponto de arranjar um emprego como cozinheiro em Ankh-Morpork.

O problema é que no curso de suas tarefas, Mort, que tem uma noção de justiça mais forte que o senso de Destino, acaba por salvar a vida de uma princesa em vez de recolher sua alma após terminado o tempo da ampulheta – o que se traduz num desvio do tecido espaço-temporal, a criação de uma nova dimensão e o fim do mundo.

De novo.

Nada como um dia de trabalho após o outro, não?
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Paulo.Brito 06/12/2016

Resenha do livro, O Aprendiz de Morte
Discworld é uma obsessão geek pouco disseminada no Brasil, mas a falta de reconhecimento não significa menos diversão, e O Aprendiz de Morte é uma ótima porta de entrada para o mundo de Terry Pratchett.

site: http://leitura-pop.blogspot.com/2016/11/resenha-do-livro-o-aprendiz-de-morte.html Concluído
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O Tolo de Amarelo 12/06/2023

O Morte nunca foi tão divertido!
Pratchett mais uma vez nos brinda com muito humor e aventura.

Nessa jornada, conhecemos mais do mundo de Morte, numa divertida expansão do vasto universo de Discworld.

Cada nova leitura dessa franquia me torna ainda mais fã. Que trabalho sensacional!
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Bruno Leandro 13/07/2011

Quem diria que a Morte um dia precisaria de um assistente?
Mort é um garoto muito desajeitado, que parece ser feito exclusivamente de joelhos e cotovelos. Quando seu pai o leva para uma feira de aprendizes, ninguém parece querê-lo. Até que surge um cavalheiro misterioso que decide tomá-lo como seu aprendiz. Isso seria ótimo se o cavalheiro não fosse a própria Morte, que anda precisando de uma forcinha. Como o trabalho não exige estar morto para exercer a função, Mort aceita o cargo e trabalha muito bem, até que ele se apaixona. É aí que tudo dá errado.
Aqui Pratchett resolveu falar um pouco de um personagem de quem não gostamos muito de ouvir notícias, mas que é o último que vamos encontrar em nossas vidas. Bom, na verdade, ele fala mais da função desse personagem do que propriamente dele. O mais engraçado é ver um humano com o poder sobre a vida e a morte de outras pessoas. E o curioso é que sua função não é exatamente matar ninguém, mas separar a alma do corpo no momento da morte, o que é bem diferente. Mort é um garoto legal e você até gosta dele, mesmo com todo o seu jeito desajeitado. A filha de Morte (falei que Morte aqui é masculino e que ele tem uma filha?) é uma “gracinha de pessoa” e o homem que trabalha nos domínios da Morte é um porco e maníaco por mingau. Parece que é a única coisa que come! Mas é interessante saber que ele tem seus próprios segredos, quando chega nessa parte.
O Aprendiz de Morte é uma história divertida, quarto livro publicado no Brasil do autor sucesso de vendas no Reino Unido e que tem aquele toque certo de ironia e sátira que são marcas registradas de Pratchett. Quer se divertir e ter uma experiência descompromissada com a morte? Leia este livro!
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Beagbazil 24/09/2023

Eu amei o livo! O primeiro do Disckword que eu li ja me cativou,eu fico triste em saber (e lembrar)que foi um filme cancelado pela Disney
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Luciano.Maia 07/09/2019

Divertido
Meu primeiro contato com o autor. Sabia que a cor da magia era uma invenção dele, a tal octarina, oitava cor do arco iris. Também sabia que o autor era muito conhecido e apreciado em terras inglesas... mas nunca tinha lido nada dele ainda.

Adorei... a História tem uma simplicidade e senso de humor cativantes. Quando a gente acha que vai virar clichê o autor surpreende com uma guinada na narrativa. Vale a pena a leitura. Vocabulário rico. Descrições bem elaboradas. Verve fértil. Divertido e filosófico ao mesmo tempo.
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primuuu 14/04/2020

Dos 4 primeiros, pra mim o mais fraco até agora. O que não quer dizer que seja ruim, pelo contrário. Gostei da aparição, mesmo que de leve, de um personagem dos outros livros. Até o fim do ano leio pelo menos mais um da série.
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anisios 27/06/2020

Engraçado e épico.
Muito melhor em história e piadas que o volume 3. Também bem épico. Uma surpresa extra é Rincewind e Macaco roubando a cena e contextualizando, finalmente, a cronologia dos volumes 1 e 2 com a do 3.
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Thiarles 22/08/2020

Humor crítico
As situações absurdas e as piadas são a marca deste livro. Ele brinca com tantos estereótipos e tem algumas tiradas tão boas que se torna agradável demais a leitura, assim como os outros livros da série.
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Andre 19/07/2023

Dando sequência à minha empreitada de ler todos os livros da série Discworld em ordem de lançamento, terminei agora o seu quarto volme "O aprendiz de Morte".

Como já é de praxe, todos os livros da série são ótimas aventuras, com personagens cativantes e senso de humor extremamente afiado.

Mesmo sendo mais clichê e previsível que seus antecessores, o mínimo que se pode esperar de qualquer um desses livros é passar boas horas se divertindo com a leitura e aqui não é diferente.
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Fimbrethil Call 10/06/2009

O máximo!!!
Realmente, eu me surpreendi, esse livro é o melhor que eu já li até agora do Discworld, mas o problema é que todo livro do Discworld que eu leio é o melhor que eu já li hehehehehehehehehehe

mas na verdade é porque o MORTE é o meu personagem preferido, e ver ele em crise emocional foi demais de engraçado.

Eu resolvi que quero ser aprendiz de morte!. ahahahahhahahahahahaha
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Leonardo Gomes 04/11/2013

Discworld Brasil
Nova fan page criada para todos que gostam da série Discworld e outros trabalhos do genial Terry Pratchett! Visitem, curtam, compartilhem, participem!


site: facebook.com/pages/Discworld-Brasil/654211031285752?fref=ts
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Luciano Luíz 28/02/2018

O APRENDIZ DE MORTE, quarto livro da série Discworld é o melhor até o momento. TERRY PRATCHETT aqui faz um trabalho muito superior se comparado aos anteriores em absolutamente tudo: desde a qualidade narrativa (escrita) e o enredo (ok, a história não é um estouro, mas é legal).
Morte é o cara encarregado de levar as pessoas da vida... ele é um esqueleto que usa manto negro, tem olhos azuis e sua foice... o cavalo que galopa é o Pituco. Um dia ele passa por uma vila e tem um pai procurando serviço pro filho, pois lá no interior não tem muitas oportunidades. Curiosamente, o rapaz enxerga Morte como ele é, enquanto seu pai vê uma pessoa comum oferecendo algum emprego. O jovem, chamado Mortimer (ou apenas Mort) acaba gostando da experiência de acompanhar Morte, mas não de ver ele ceifando a vida do povo. O mais bizarro é que Morte diz não saber o que acontece depois, quando os mortos começam a sumir e por aí vai. Mort então tem de fazer esse serviço sozinho e obviamente não gosta disso quando acaba tendo como missão ter de fazer algo com uma bela princesa...
O livro é o mais bem trabalhado desde o início da série. O melhor de tudo é que esses volumes podem ser lidos em qualquer sequência, mas optei pelo caminho mais comum que é o de data de publicação.
No entanto, ler desde o primeiro é mais interessante e aproveitador.

site: https://www.facebook.com/lucianoluizsantostextos/?pnref=lhc
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Gui 29/01/2020

Não há justiça apenas EU!
Terry chega no seu quarto volume da série Discworld demonstrando total controle - e coerência - em seu universo. Se no volume 1 e 2 ele ainda estava "engatinhando", saindo um pouco do tom pretendido vez ou outra, aqui, após o terceiro volume fantástico, Terry brinca, ri, critica e se diverte como ninguém!
Em O Aprendiz de Morte está tudo que aprendemos a amar no Terry assim como suas diversas técnicas de escrita para criar os diferentes efeitos de quando se ler algo do Discworld (o uso de um efeito cinematográfico na escrita é hilário além de ser inteligente), porém para além disso o livro carrega uma mensagem bonita, poderosa, e cruelmente verdadeira, sobre os fins, é muito mais que apenas uma mensagem sobre a morte, as diferentes percepções de morte, etc. Penso que é um verdadeiro passeio sobre o confronto do FIM conosco, humanos, meros mortais, pessoas comuns vivendo suas vidas. Quando Morte, o suposto aprendiz do Morte, decide que certo indivíduo não deve morrer - pois perder algo que ainda não e tem é doloroso - nos aventuramos em um verdadeiro jogo contra o fim - inevitável - e como esse confronto faz surgir o melhor, e o pior, de nós.
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