spoiler visualizarNicole Almeida 06/09/2023
O poder da música
A música não foi inventada pelo ser humano. Na verdade, ela é um dom precioso de Deus que possui papel fundamental na adoração ao Senhor. Além disso, ela é útil para edificação pessoal, conforto em momentos sensíveis, para elevar os pensamentos, inspirar, entre outras diversas funções que podem ser longamente listadas. Em Israel, a música possuía o propósito especial e santo de despertar no adorador devoção e gratidão para com Deus. Ali, as letras das canções não expressavam mensagens perversas, pelo contrário, elas erguiam os pensamentos ao que era puro e digno de louvor. Seu papel também era pedagógico, pois fixava na mente do adorador as lições ensinadas por Deus.
A música era ensinada nas escolas e também nos lares em Israel, sedo que o tema central desta educação era a Lei de Deus. Dessa forma, com intelectos santificados, os adoradores eram capazes de tirar dos tesouros de Deus coisas novas e os Espírito de Deus se manifestava no cântico sagrado. Nesse ponto, porém, Ellen G. White faz uma comparação entre a maneira como a música era usada antes e como é no período em que ela está escrevendo a esse respeito. De acordo com a autora, as canções passaram a ser empregadas para exaltar o eu ao invés de glorificar a Deus, tornando-se um meio de distrair a mente do dever da contemplação das coisas eternas.
Apesar dos incontáveis benefícios que a música oferece para a vida do adorador, suas características e objetivos têm sido deturpados ao longo do tempo. As características inicias da música envolviam tons claros, suaves, sem estridência, beleza, poder, ternura para comover, poder para testemunhar, volume moderado e tonalidade natural, além de solenidade, reverência e melodia. Porém, Satanás conhece profundamente a importância da música e seu poder de manipular a mente daquele de canta. Por isso, deturpa suas características e a usa como uma ferramenta para gradativamente incutir na mente dos filhos de Deus que o profano é natural e aceitável.
A autora também afirma que músicas com vozes estridentes, linguagem confusa ou dissonância, exibição e exaltação pessoal devem ser evitadas, pois a música utilizada inadequadamente é perigosa. Por exemplo, valsas e músicas que elogiem o homem são inaceitáveis, uma vez que o objetivo primordial da canção é adorar ao Criador e não aos seres criados. Como uma estratégia de satanás, a música mundana é capaz de envolver pessoas em divertimentos seculares que corrompem o caráter e não geram nenhum tipo de crescimento ou elevação espiritual. A associação com entretenimentos seculares relacionados à música é um terreno perigoso, ao passo que dessa maneira, satanás consegue mais facilmente desviar homens e mulheres do plano de Deus para suas vidas e assumir o controle de duas mentes.
A respeito da música secular, a obra não se aprofunda sobre quais músicas seculares são aceitáveis. Porém, revela alguns premissas que contribuem para discernir o perfil de músicas que são adequadas. Por exemplo, músicas suaves e harmoniosas, com vozes esplêndidas. Avançando para a temática sobre os músicos, a autora pondera que eles devem ter o coração consagrado, enternecido e santificado, pois sem essas características, a canção produzida não é aceitável a Deus. Músicos que possuem o desejo de exibição e sentimentos impróprios irão produzir músicas que ao invés de leva-los a se lembrar de Deus, leva-os com frequência a esquecê-lo.
Já nas páginas finais do livro, Ellen G. White dedica espaço para relatar um testemunho pessoal no qual ela fala a respeito do irmão U (um regente de coral) que era convencido, e sensível a qualquer crítica sobre suas ações. Embora tivesse bom conhecimento de música, ele possuía educação musical de índole inapropriada para a solene adoração a Deus. Com esse testemunho, a autora tem por intenção demonstrar que o ato de cantar é mais que adoração, é pregação. Por isso, qualquer desvio de caráter envolvido chama a atenção das pessoas e destrói a elevada impressão que deve ser o resultado da música sacra. Uma pessoa como o irmão U seria um peso à igreja, a menos que entrasse em um relacionamento mais íntimo com Deus.
Por fim, o livro apresenta a filosofia Adventista do Sétimo dia com relação às musica lançando mão da análise da Palavra de Deus que é a única regra de fé e prática dos Adventistas do Sétimo Dia. Acreditamos que Deus compôs a música exatamente na estrutura da sua criação e, por isso, partilhamos do amor e da apreciação pela música com todos os seres criados. De fato, a música pode atingir as pessoas e tocar com um poder que vai além das palavras ou qualquer outro tipo de comunicação. Somando-se a isso, também são apresentadas orientações gerais com relação à música, isto é, quais músicas são aceitáveis nos cultos para a IASD (Igreja Adventista do Sétimo Dia) na américa do sul, às quais são baseadas na bíblia, no manual da igreja e em livros de Ellen G. White.