Suave é a Noite

Suave é a Noite F. Scott Fitzgerald




Resenhas - Suave é a Noite


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Franco 15/10/2010

A história vai calma, sem muitas expectativas ou tensões. Elas existem, mas são modestas.

O que fica como destaque e compensa a leitura são algumas dualidades implícitas na trama. Pobres e ricos, aristrocacia e burguesia, americanos e europeus. Coisas que dão a cor do contexto presente no livro e possibilita entender a história como algo mais do que simplesmente um retrato de pessoas ricas em suas vidas vazias.

Um segundo destaque, e mais compensador que o primeiro, é o desenrolar dos personagens; um desenrolar particularmente psicológico e envolvente.
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Luiz Souza 03/02/2024

Ricos Boêmios
O livro conta a história de Rosemary que se entrelaça com um casal de ricos os simpáticos Dick e Nicole , ela é uma atriz em início de carreira mas com um futuro promissor.
Rosemary se apaixona por Dick e vira uma fixação para a moça que o homem se renda aos seus encantos.

A história é dividida em três partes , confesso que gostei mais da parte 1e 3 kkk, a trama tem como pano de fundo a vida cotidiana dos ricos no século passado e suas preocupações que as vezes era bem estranho por sinal , eles bebiam muito iam pra festas esplendorosas , dizem que o livro é inspirado no próprio autor do livro com sua esposa.

Gostei bastante do livro , esse autor parece que gosta de retratar a burguesia e suas excentricidades.

Ótima leitura.
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Marcelle 11/01/2014

SUAVE É A NOITE – Por Trás da Geração Perdida
Depois de ler O Grande Gatsby, não quis acreditar que desse livro viesse todo reconhecido talento do americano Scott Fitzgerald. E ainda bem que não acreditei, caso contrário não sei quanto tempo levaria para resolver ler Suave é a Noite, que por muitos, é considerada a verdadeira obra prima do autor.
Trata-se, na verdade, de um romance predominantemente psicológico, no qual se disseca a vida do casal Diver, debridando cada camada até a raiz de sua relação interpessoal e consigo mesmos. Tudo isso ambientado na inebriante atmosfera da Era do Jazz (a mesma do filme Meia-noite em Paris). Trata-se ainda de um romance autobiográfico. Refletidos nos protagonistas, temos o próprio Fitzgerald, sua esposa Zelda e seus conflitos. É sabido do problema de Scott com o álcool, da instabilidade de sua conjugue, dos amantes de ambas as partes, das festas sem fim que regiam suas vidas, os inúmeros amigos de quem viviam cercados, nada disso fica de fora.
É muito interessante ver a evolução do casal, desde a paixão inicial à farsa que se torna. Corrompido pelas diferentes perspectivas, pela exaustão emocional, pela conturbada relação de poder e dinheiro, pelas diferentes influências que sofrem da vida. Acompanharemos seu apogeu e decadência, tal qual em O Grande Gatsby: do começo da festa quando a música toca, ao final, quando se apagam as luzes e não resta mais ninguém.

“Era uma sensação triste e solitária aquela de terem o coração tão vazio em relação um ao outro.”

E esse texto é menos uma resenha que um comentário. Afinal, optei por não antecipar nada da história. Li alguns textos e comentários em outros blogs e redes sociais e percebi que não foi um livro bem aceito por muitos, considerado “monótono” inclusive. A verdade é que por seu caráter psicológico, seu sucesso não está no enredo, mas nas sensações que desperta. Para tal, é preciso sincronizar-se com ele, usar toda sua empatia para com cada personagem, questionar seus questionamentos, sofrer seus dramas. Não saber o enredo ajuda nessa tarefa. Quando não se espera nada, tudo o que acontece é uma surpresa.
A minha impressão sobre Fitzgerald mudou completamente após essa leitura. Percebi nele um grande entendedor não só de sua época, mas da alma humana em seu sentido mais universal, com análises minuciosas, perspicazes de comportamentos e sentimentos alheios. De acordo com a opinião de Huxley, na arte há simplicidades mais difíceis do que as mais cerradas complicações. Para mim, o grande mérito de Scott foi justamente o de transformar uma história tão simples, em algo tão elevado.

Nota 10/10


site: Essa e outras resenhas, no sagaranando.blogspot.com.br
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Mariana 14/03/2021

"Havia sido uma longa lição, mas ela aprendera. Ou você pensa - ou então outros têm de pensar por você e lhe tirar o poder, perverter e disciplinar seus gostos naturais, civilizar e esterilizá-la."

É difícil fazer uma análise crítica das obras de Fitzgerald uma vez que amo a escrita do autor. Nesse específico, um pouco diferente dos outros, o final é agridoce, e não poderia esperar outro final tão cru e real. Minha edição ficou cheia de post-its, o que demonstra o quanto sempre fico tocada com as reflexões mundanas que o autor traz. Uma leitura gostosa, suave e cheia de impasses humanos, como não poderia deixar de ser.
Alê | @alexandrejjr 11/11/2022minha estante
A Penguin-Companhia lançou uma edição decente desse livro, agora vou poder ler esse romance, finalmente! Achas que é uma boa porta de entrada, Mariana, ou prefere os contos?


Mariana 14/11/2022minha estante
Não estava sabendo que a Penguin tinha lançado uma edição deste livro.
Olha, Alexandre, eu sou muito suspeita para falar porque não gosto muito de contos e gosto muito do Fitzgerald, então eu começaria pelo Grande Gatsby, mas Suave é a Noite pode ser uma ótima porta de entrada também, eu inclusive considero esse melhor que o Grande Gatsby, apesar desse último ser o mais famoso.
Mas, se você gosta de contos, eu sei que a L&P tem um livro de contos dele que eu gostei bastante na época que li, pode ser interessante também. Era "O diamente do tamanho do Ritz e outros contos".
De qualquer forma, esse é um autor que eu acho que escreve muitíssimo bem, difícil se decepcionar com ele


Alê | @alexandrejjr 14/11/2022minha estante
Excelente! Obrigado por esse retorno riquíssimo, Mari!




Valério 31/03/2015

Camaleão
Suave é a noite é daqueles livros em que cada um vai ler algo diferente. Cada um vai entender uma mensagem diferente. E até mesmo o final será diferente para cada um. Haverá quem entenderá que foi um final feliz. Outros que enxergarão um final melancólico. Já outros, que não houve final.
Para mim, o livro trata, essencialmente, dos planos que fazemos para nossa vida e o quão ilusórios eles podem ser, se remamos com a maré. Há muito por ser vivido, demais por ser alcançado e experimentado para nos preocuparmos em seguir os padrões e a fórmula "um bom casamento" e "um bom trabalho".
Cada leitor também identificará um herói no livro. E talvez também um vilão. Sempre diferente.
Assim como em "O grande Gastby", vejo uma crítica à sociedade e seus valores. Mas, aqui, bem mais sutil do que lá.
A realidade cruel (ou não) de nossas vidas é exposta sob holofotes de várias tonalidades.
Grande obra. Suave, sutil, forte.
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Pris 22/06/2009

Essas histórias de pessoas ricas com vidas vazias não me atraem.
Celso 31/08/2014minha estante
Nem à mim, a vida dos personagens é um tédio sem fim.


Mari 12/01/2020minha estante
Foi uma leitura bem cansativa.




Nathya Carmylle 09/12/2009

Suave
Um livro delicioso, e enamorante.
Demorei meses pra terminar, mas foi suve como a noite.
E tea for two, foi a melhor parte.
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Ingrid 10/07/2023

O quarto, e último, romance completo do autor, inicia-se no Sul da França, quando Rosimary Hoyt, uma nova celebridade americana, conhece Dick e Nicole Diver e seus amigos; em grande parte americanos.Apesar de ser um casal glamoroso, e até um tanto perfeito, Rosemary pressente algo errado com Dick e Nicole, o que não impede seu envolvimento romântico dom Dick, e a faz ter mais certeza de que existe um segredo entre o casal e que impede que o casamento termine, e mais ainda que impede que Dick viva o suposto amor por Rosemary.O pressentimento dela só aumenta com a convivência com os amigos do casal, como se houvesse um círculo de proteção dos amigos ao casal, em especial para Nicole. Aos poucos, o autor vai revelando mais sobre o casal e sobre o passado deles, como o fato de Dick ter sido o médico psiquiatra de Nicole, que aparentemente sofria de algum transtorno psiquiátrico por uma suposta relação complicada com seu pai. A relação se estabelece por motivos diversos: Dick pela riqueza da família de Nicole, que pode ajudá-lo a alavancar sua carreira e ainda viver de forma luxuosa e extravagante; já Nicole acredita estar apaixonada e dependente desse amor, o que leva ela e sua família comprarem um marido para ela. Isso vai levar a um casamento que sobrevive mais por interesses do que por amor! E até mesmo uma inversão de papéis, uma vez que com o tempo a fragilidade e dependência de Nicole vai deixando de existir e ela vai se fortalecendo; enquanto o brilhante médico se vê cada dia mais dependente do dinheiro da mulher, e da bebida. Ao final do livro a sensação que se tem é que Dick nunca esteve no controle da situação e do seu casamento, e sua ganância apenas o cegou para o fato de ter sido usado pela família de Nicole; até que não mais tivesse utilidade. Faz ainda pensar que a classe mais alta “permite” que uma classe mais baixa faça parte do seu mundo, mas sempre deixando claro que esse mundo nunca será para as pessoas de classe mais baixa; nunca serão aceitas e serão substituídas quando assim for conveniente.
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Andre.S 12/01/2021

Esperava mais
Sempre tive desejo de ler Scott Fitzgerald e escolhi este ?Suave é a noite? para iniciar. Confesso que esperava mais e achei esta uma leitura meio chata, personagens pouco cativantes e uma história sem atrativos. Não é o meu tipo de livro.
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Zeka.Sixx 14/05/2021

O último - e grandioso - romance de Fitzgerald
Este foi o primeiro romance de Fitzgerald em quase uma década - o livro foi lançado em 1934, nove anos depois de "O Grande Gatsby" - sendo seu último romance publicado em vida. Escrito durante a fase mais conturbada de sua vida - entre o final dos anos 20 e o início dos anos 30 - o livro conta a história de Dick Diver, um promissor psiquiatra, que se casa com Nicole, sua ex-paciente, uma jovem muito rica mas com transtornos mentais, com histórico de abuso sexual por parte do pai.

A ação do romance transcorre entre 1924 e 1929, com alguns flashbacks para 1918, quando Dick e Nicole se conheceram. A maior parte do livro, contudo, aborda a fase decadente do casal, quando Dick se apaixona por Rosemary Hoyt, uma jovem estrela de Hollywood, e o casal entra então em uma irreversível espiral descendente.

Como em outros livros de Fitzgerald, muito de sua própria vida está nas entrelinhas do romance: seus próprios sentimentos acerca do fracasso de sua carreira, seus sentimentos conflitantes com relação à esposa, Zelda, diagnosticada com esquizofrenia, sobre o caso extraconjugal dele próprio, com uma jovem atriz, e de Zelda, com um aviador francês, sobre o seu alcoolismo cada vez mais fora de controle... Está tudo ali, nas linhas deste romance arrebatador, escrito de maneira magistral e recheado de passagens dignas de serem sublinhadas.

Como em todos os romances de Fitzgerald, o mais impressionante do livro é a sua atemporalidade: os conflitos dos personagens permanecem atuais, e o leitor se vê envolvido de tal maneira que parece que pedaços de sua própria vida estão refletidos ali. Obra-prima, que foi recebida de maneira morna à época, para enorme desgosto de Scott, que considerava o livro o seu melhor trabalho.
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Mariella Ayana 19/02/2013

Apaixonante.
Quando resolvi ler Suave é a Noite tinha expectativas moderadas, afinal, achava improvável que Fitzgerald houvesse criado uma obra ainda mais rica que O Grande Gatsby. E, inicialmente, confesso que me decepcionei. Ao conhecer a frívola atriz juvenil Rosemary, temi que a história baseasse-se em um relacionamento infiel, imaginei que seria apenas mais um simples romance envolvendo uma garota ingênua, um esposo entediado e uma esposa ciumenta. Dificilmente seria possível estar mais enganada.

Fitzgerald sempre teve como característica marcante sua capacidade de entender e analisar as relações entre os indivíduos. Esse talento ele utilizou para trabalhar os sentimentos dicotômicos do doutor Dick Diver, tanto herói quanto prisioneiro, e de Nicole Diver, paciente e esposa. Foi fascinante entender aos poucos o cárcere de sacrifícios em que vivia o casal rico e aparentemente perfeito.

Informação interessante: essa obra tem traços autobiográficos, há uma clara semelhança entre Nicole Diver e Zelda Fitzgerald, esposa do autor.
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Victoria361 30/07/2023

A arrastada história dos Driver
Contexto: A obra se passa em Riveira, e narra em 3 pessoa a vida dos Drives, Dick e Nicole, casal influente, ricos e poderosos que vivem de viagens e festas entre amigos. O livro está divido em 3 partes, sendo a primeira a versão de uma terceira personagem, Rosemary, jovem estrela em ascensão de Hollywood, que conhece esse casal e assim como leitor, tem muita curiosidade sobre eles, e aos poucos a obra nos fornece mais, trazem-os como foco.

Minha opinião: Como uma admiradora do Fitzgerald, e grande fã de Gatsby, peguei o livro sem ler a sinopse (edição de 1976 capa dura sem sinopse), e foi meu principal erro. Mas não tanto como o do Scott em pecar muito nessa obra. O livro é muito lento, mesmo com a incrível ideia do autor, os detalhes e situações corriqueiras e banais tornam toda a obra cansativa de ler. Se eu fosse redatora teria cortado tanta coisa desse livro, que todas as 361 páhinas se transformariam em 250. FINALMENTE EU TERMINEI ESSE LIVRO SUPER CHATO. E apesar de tudo, eu parabenizo o Fitzgerald, porque é um bom livro, mas muito chato. O melhor foi o final! Mas ao longo, com a Rosemery como amante, o Dick sendo esse médico poderoso e bastante aproveitador, e a Nicole como a estrela do livro e 'mulher louca' que só queria aventura, é incrível a construção dos personagens. Confesso que esperava mais protagonismo da Nicole, ela se resumiu como uma esquizofrenica que sempre precisa de um cara para ser cuidado, mas eu não culpo, ela sempre teve isso, principalmete com o abuso do próprio pai. Os capítulos da segunda parte sobre o Dick foram essenciais para mudar completamente minha visão sobre ele, e eu gostei bastante dele por isso. Toda a questão de classe e poder social que os Drives tem foi incrível de ler ao longo da obra, mas bastante arrastada. Tratando-se do Scott, com certeza ele se inspirou na própria vida e li que ele se inspirou na esposa para retratar a Nicole. Bom, acho que o fim perfeito seria Nicole e Dick juntos e com suas aventuras. Eles cuidavam bem do outro, apesar de tudo.

Minha frase favorita: "Era uma pena que tão bela obra da natureza não pudesse manter-se de pé, precisasse do apoio de alguém — o dele." (Fitzgerald, Suave é a Noite, 1976, p. 223).
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zimmerman1 04/05/2020

O réquiem do amor romântico
Fitzgerald trata as relações humanas como sempre tendentes a efemeridade. Uma história que se amargura com o tempo como são as relações tratadas no romance. Nada é duradouro, nada é sentimentalmente construído. É o pessimismo de uma geração que não mais é. Os loucos anos 20 cheios dos excessos da boêmia e das luzes artificiais da noite são superadas pela grande crise do capitalismo moderno em 29, Os ricos são todos cheios de valores em seus sentidos todos e tão vazios de sentido.
Rosemary, a nova estrela de cinema cheia de inocência e vida é nos apontada como o inicial núcleo da trama, o que não ocorre nas demais partes do livro onde Dick Diver, seu amante é protagonista de uma vida e casamento apresentados sob visão de ascensão e queda desde seu envolvimento com Nicole paciente de doenças mentais e todo o desenrolar de uma vida de classe alta aristocrata regida a desesperanças e frustrações. O ruir das relações fundamentais do sentimentalismo humano.
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