Tânatos

Tânatos Vitor Abdala




Resenhas - Tânatos


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lisa hallowey 31/01/2018

De boca aberta
Elisangela Domingos da Silva
Agora mesmo ·
#dicadelivro
Com certeza esse livro irá para minha lista de melhores livros de contos... Eu ainda me pergunto PQ eu demorei tanto para ler esse livro😑(pq eu sou burra😂😂) Enfim... já disse isso sobre o outro livro dele, mas vou repetir... ESSE CARA É PERTURBADO😑😂e eu sinto que sou um "anjo" ao lado dele. Se vc tem medo de contos de terror, te RECOMENDO esse livro( e o melhor horário para ler ele é as 3 da manhã😑).
Tânatos é um livro de contos que PUTA QUE PARIU. Vitor Abdala sabe muito bem explorar as tragédias, o ocultismo de uma forma que vc fica pasmo. Cara, já virei sua fã de carteirinha... Os contos que mais gostei foram Vodu, que me lembrou com perfeição o famoso culto "mortos ambulantes", que ocorre em uma aldeia no Haiti e Prisão Perpétua....
Vc está de Parabéns!
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lisa hallowey 31/01/2018

De boca aberta
Elisangela Domingos da Silva
Agora mesmo ·
#dicadelivro
Com certeza esse livro irá para minha lista de melhores livros de contos... Eu ainda me pergunto PQ eu demorei tanto para ler esse livro😑(pq eu sou burra😂😂) Enfim... já disse isso sobre o outro livro dele, mas vou repetir... ESSE CARA É PERTURBADO😑😂e eu sinto que sou um "anjo" ao lado dele. Se vc tem medo de contos de terror, te RECOMENDO esse livro( e o melhor horário para ler ele é as 3 da manhã😑).
Tânatos é um livro de contos que PUTA QUE PARIU. Vitor Abdala sabe muito bem explorar as tragédias, o ocultismo de uma forma que vc fica pasmo. Cara, já virei sua fã de carteirinha... Os contos que mais gostei foram Vodu, que me lembrou com perfeição o famoso culto "mortos ambulantes", que ocorre em uma aldeia no Haiti e Prisão Perpétua....
Vc está de Parabéns!
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D.A. Potens 30/01/2018

O Deus Grego da Morte ficou feliz por ter seu nome neste livro
Nota 05/05
Gênero: terror/horror.

Insidiosa é a morte sobre todas as coisas. Vitor Abdala trás á tona a essência deste fenômeno universal de putrefação, utilizando como pano de fundo a cultura e entidades brasileiras. O desenvolvimento dos contos é muito bem feito, auxiliado pela disposição deles ao intercalar textos longos e curtos, fazendo com que o tédio não nos abata a fim de atrair o leitor a finalizar sua coletânea de uma vez só. Assim aconteceu comigo, e digo com satisfação que o autor conseguiu atingir seu objetivo ao despertar o sentimento de curiosidade, apresentando casos peculiares e verossímeis do horror e do terror urbano e selvagem. Por todos estes motivos, recomendo o livro a todos os fãs do gênero.
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Maurício da Fonte Filho 26/01/2018

Contos de terror da melhor qualidade
Nesta antologia, Abdala nos apresenta nove contos macabros, que nos prendem para depois nos deixar com uma sensação de desconforto. Destaque para as histórias "Vodu", "Soterrados" e a minha preferida desta coletânea, "Amanhã vai ser Pior". Recomendo bastante para quem gosta de um terror bem escrito e arrepiante.
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Jackie Sabino 08/06/2017

Nacional que não perde pros queridinhos estrangeiros
Confesso que tenho os dois pés atrás com autores nacionais ainda mais de terror, que é meu tema favorito. Nenhum preconceito por trás dessa minha frase inicial.

Escrever sobre terror não é nada fácil e são pouquíssimos autores que fazem isso muito bem. Causar arrepios sem conectar imagens é muito difícil. A minha primeira impressão de Tánatos foi muito boa e achei Vitor extremamente promissor. A muito tempo não sentia arrepios e incômodos na leitura de livros ou contos de terror. Conto nos dedos os que me deixaram assim. A leitura de Tánatos é bem fluida, os contos são bem amarrados e convincentes. A linguagem não é rebruscada (ufa) e nem simplória demais (ufa de novo). Gostei demais de "Mensagem instantânea", mas foi um dos que senti que mesmo pequeno, poderia ter uma finalização melhor. Eu fiquei com frio na espinha e queria que o conto prosseguisse um pouco mais. Outra coisa que me incomodou imensamente foi o prefácio. Desculpa, mas acho que contou o livro. Sinceramente não quero saber no prefácio que nem em todos os contos as pessoas vão encontrar a morte. Terror é fator surpresa, gente. Então isso o prefácio já me tirou. Por mais que os contos me causassem incômodo do horror, eu ficava tranquila porque sabia que o prefácio já tinha me adiantado que não haveria morte. Ou não uma morte física, mas sobrenatural. Achei desnecessária essa informação. Isso me desanimou.

No mais, super indico o livro. Vitor é extremamente gentil na pré e pós venda. Fez dedicatórias fofas (sou dessas que faz muita questão) e acho que o autor tá num caminho super certo. Já sou uma seguidora pra acompanhar as novidades dele.
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Claudia Mina 03/06/2017

Pegada clássica de terror num formato contemporâneo
Tânatos me pareceu um livro com uma pegada clássica de terror num formato contemporâneo. Embora haja descrições de cenas sangrentas e de violência em alguns contos, no geral, o livro me passa a sensação de conter um terror mais psicológico. Muitas vezes fica a cargo da imaginação do leitor pensar no que aconteceu. Os finais em aberto não me agradam tanto, mas acredito que sejam condizentes com o estilo dos contos. Um dos pontos positivos da maneira de escrever do autor é conseguir descrever os acontecimentos de maneira detalhada, mas sem pecar por excessos. Acho uma qualidade muito grande ser bem explicativo e objetivo ao mesmo tempo. Também é bem evidente a influência da carreira de jornalista do escritor em seus textos.

Agora vou falar um pouco dos contos que mais me chamaram a atenção:
Combustão é um conto terrível, que neste caso é um elogio. É uma história forte, com descrições de tortura e terror impactantes. Uma ótima escolha para começar o livro.
Gostei muito da ambientação dos contos que se passam no Haiti (Vodu) e no sul do Pará (Índios). As descrições me faziam viajar junto com os personagens. Este último me fez sentir uma pegada lovecraftiana.
Também gostei do conto Prisão Perpétua, apesar do final ser previsível. Acredito que o clima de mistério desenvolvido está no ponto certo.
Meu perfil de leitor elege Soterrados como conto preferido. A história é muito bem contada. Além disso, tem como um dos personagens um político que se beneficia de um desastre que destruiu inúmeras vidas. Ler o conto me dá aquele gostinho de vingança como cidadão.
Talvez o conto que eu menos tenha gostado seja o Mensagem Instantânea, que me pareceu um tanto clichê, mais num estilo de filmes de terror para adolescentes. Só que é coisa mais de gosto mesmo, acredito que outros leitores possam apreciar a história.
Por fim, vou citar o conto Amanhã Vai Ser Pior. Ele não me agradou particularmente, mas achei muito interessante a sensação de tensão constante. A experiência pela qual o personagem passa é simplesmente aterrorizante. É um daqueles contos que você fica relembrando e pensando nele mesmo depois de ler, imaginando o horror que seria se uma situação semelhante de fato ocorresse.

Então é isso, acredito que Tânatos seja uma seleção muito interessante de contos de terror. Com certeza o leitor encontrará uma história que vai lhe agradar.
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Vitor Silos @vitus_livrus 29/12/2016

Nem sempre a morte é o pior
Tânatos é um livro curto e grosso, usando uma expressão bem comum, são 9 contos que falam basicamente sobre a morte ou a vontade de morrer dependendo do que acontece quando ela não vem.
Os contos são bem curtinhos, alguns até demais, gostaria de saber um pouco mais sobre os personagens e até talvez uma descrição mais apurada de certas passagens, mas acredito que a idéia do escritor Vitor Abdala seja exatamente essa, em uma curta e rápida leitura te deixar arrepiado. E foi bem sucedido! rs
As histórias são bem reais e cotidianas, você encontra facilmente folheando as páginas de jornais, o que dá uma sensação mais verídica ainda. A escrita é bem prática, de fácil leitura.
Gostei bastante, principalmente do conto Combustão, Tem uma coisa dentro de mim e Índios.
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Tauami 17/11/2016

Coletânea de contos do estreante Vitor Abdala provoca arrepios que se mantém em nossa pele
Durante toda a história da humanidade o tema falecimento foi abordado de modos distintos. Diferentes culturas trataram sobre essa temática levando em consideração suas práticas e dogmas. Algumas afirmam que quando chegarmos ao final da vida encontraremos portões gigantescos onde nossos corações serão postos em uma balança para medir nossos méritos. Outras falam sobre a existência de um barqueiro que nos assegurará uma travessia tranquila até nosso último repouso. Existem ainda aquelas não acreditam em um final definitivo e que depois dessa ainda teremos várias outras vidas.

Isso deixa mais que evidente a incapacidade de falarmos desse, que talvez seja um dos últimos grandes mistérios remanescentes: A morte. Sendo um assunto capaz de ter tantas lendas e fábulas ao seu entorno, não é de se surpreender que vez ou outra os acontecimentos que se relacionam com ele sejam o tópico de trabalhos literários. Um bom exemplo disso é Tânatos – Contos Sobre a Morte e o Oculto, escrito pelo estreante Vitor Abdala.

Essa coletânea de contos traz nove histórias que revisitam esse lugar tão explorado no gênero do horror. De modo admirável e original, essas histórias usam como pano de fundo questões que vão desde corrupção política até conturbados

Em Combustão, somos espectadores dos últimos momentos de um jornalista que é condenado à uma morte brutal por traficantes (claramente inspirado pelo caso de Tim Lopes). Vodu falará sobre um homem que, em desespero, vai até um vidente buscar uma explicação paras as incrivelmente dolorosas agulhadas que afligem seu corpo diariamente. No conto Amanhã Vai Ser Pior, acompanhamos o relato de uma pessoa que começa a ter sua pele cortada sem ter como explicar de onde vem essas feridas. Com Soterrados, vemos o relato de um ex-assessor político que começa a se preocupar com o estado mental de seu antigo chefe. O sintético Mensagem Instantânea acompanha o desespero de uma mulher que começa a receber mensagens misteriosas no seu celular. Tem Uma Coisa Dentro de Mim nos coloca diante da aterradora história de dois irmãos gêmeos que tentam lidar com uma macabra enfermidade que assola um deles. Em Prisão Perpétua temos a história de um prisioneiro que teme ser deixado para trás na sua cela enquanto o presídio é implodido. No surpreendente O Assassino Hesitante presenciamos um aspirante a assassino que depois de muito hesitar decide ceifar a sua primeira vida. Por fim, Índios, nos guia para dentro de uma selva no sul do Pará, mostrando que, para o bem de nossas vidas, devemos respeitar as lendas que por lá circundam.

O livro é extremamente bem escrito. As frases são sintéticas e eficientes, tornando a leitura agradável e fluída. Isso deriva do fato de Abdala ser jornalista há mais de dez anos. Muitas vezes, durante o desenrolar das histórias, tive a impressão de estar lendo relatos reais de pessoas que vivenciaram situações supostamente paranormais. Esse tato do escritor permite que pequenos arrepios se mantenham em nossa pele ao final de cada conto.

Outro ponto que me deixou embasbacado com esse pequeno livro foi o modo como ele lida com a morte. Mesmo que os temas dos contos não sejam de fato originais, existe uma percepção muito singular à cerca da morte em si que nos permite dividi-los em dois grupos: aqueles que a colocam localizada em um ponto geográfico e em outros como sendo abrigada no próprio corpo humano. Essas categorias trazem consigo elementos muito significativos e bem executados dos gêneros góticos e do body horror, mostrando que o autor se esmerou tanto na escrita, quanto em sua pesquisa para o desenvolvimento do livro.

Tânatos – Contos Sobre a Morte e o Oculto é um livro de leitura rápida que não peca na finalização de suas histórias, apesar de seu tamanho. Ele agradará tanto os leitores causais, que buscam apenas sustos rápidos, quanto os amantes de um bom texto literário, bem articulado e com um ótimo subtexto.

Ficha técnica:

Tânatos – Contos Sobre a Morte e o Oculto
Vitor Abdala
2016
Editora Giostri

site: https://101horrormovies.com
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Bia 25/10/2016

Resenha publicada no blog Lua Literária
Tânatos é o livro de estreia do jornalista Vitor Abdala, que reúne nove contos cuja temática é o terror sobrenatural. A morte está presente em todos eles, de forma direta ou indireta.
Seguindo a linha das coletâneas de contos atuais, não precisamos ler o livro na ordem. Podemos pegar um conto aleatório e ler, pois eles não tem relação no que condiz ao enredo e personagens, apenas na temática.
Como ocorre na maioria das coletâneas de contos que leio, houve aqueles que me agradaram mais outros menos.
Vou contar um pouquinho sobre os que mais gostei:
“Soterrados” tem como protagonista um ex-assessor político. A região serrana do Rio de Janeiro enfrentara uma tragédia em 2011, quando uma tempestade a atingiu. Várias pessoas morreram soterradas na lama. E o prefeito, como manda a tradição nacional, tirou vantagem disso. Assim sendo, contrariado, o assessor pedira demissão de seu cargo. Anos mais tarde, o prefeito parecia assombrado quando entrou em contato com seu antigo funcionário. Era aterrorizado por vultos, escuridão, sendo vítima de agressões em sua própria casa. Mas quando a polícia chegava, não encontrava vestígios de invasores, apenas lamas em alguns pontos de sua morada. Delírio? Consciência pesada? Ou as vítimas haviam voltado ansiando por justiça?
É o conto mais longo da coletânea e talvez por isso consegui um maior envolvimento com os personagens e a situação que eles enfrentavam. Percebi um diferencial até mesmo na escrita do autor, acredito que ele tenha chegado ao ápice dosando elementos sobrenaturais com realidade. Nos demais contos, também encontramos essa mistura, mas senti que nesse, em específico, essa característica foi melhor trabalhada, o autor teve tempo para nos fazer acreditar no que estava acontecendo, deixando a dúvida no leitor se era um delírio do político ou um acontecimento sobrenatural.
“Mensagem instantânea”, talvez o mais curto, também me agradou muito. Quem nunca recebeu uma mensagem de um remetente desconhecido? Agora vejam bem, e se seu celular, ao receber tal mensagem, não funcionasse para se comunicar com nenhuma outra pessoa, apenas com esse desconhecido que se mostra muito ameaçador? E se tal desconhecido se mostrasse ainda, totalmente sobrenatural? Me imaginei ali no lugar da personagem, e fiquei com o coração na mão quando compreendi a origem do tal desconhecido.
“Tem uma coisa dentro de mim” é sinistro. Temos dois personagens principais neste conto, irmãos gêmeos por sinal. Um deles, após ter um desconforto estomacal, passa a vomitar unhas, dentes, pedaço de carne. Repugnante, eu sei. Mas, a pergunta que não cala é: o que está dentro do estômago dessa pessoa? Fiquei perturbada, instigada e não queria piscar durante a leitura.
Em “O assassino hesitante” temos um protagonista psicótico, que desde pequeno sente prazer em matar. Mas, apesar de saber o que era esse sentimento, ainda não havia matado nenhum humano. Até que um dia toma coragem e escolhe sua vítima. O que ele não poderia imaginar, é que teria uma surpresinha bem tenebrosa.
Levando em consideração o livro como um todo, acredito que o autor deveria investir mais no que diz respeito ao envolvimento enredo-leitor. Em suma, ele foi muito objetivo na maioria dos contos, impedindo que se desenvolvesse aquela fantasia que dá o clima ao terror. A narrativa é ótima, como viram houve contos espetaculares que me prenderam por completo, porém, quando analiso o livro inteiro, sinto que faltou esse elemento fantástico que pra mim é imprescindível no gênero. Essa é minha crítica negativa, que acaba se tornando muito pessoal, já que existem leitores que preferem justamente essa objetividade.
A edição está perfeita, simples, porém significativa para os apreciadores do gênero. Fiquei apaixonada pelo efeito da capa.
Recomendo o livro, principalmente para quem busca algo rápido e sombrio para ler. Eu li em duas noites, considerando que meu tempo para leitura está bem curto.
Para o autor, meu muito obrigada pela confiança. Amei a oportunidade de ler a obra e participar desse acervo de leitores que estão te redirecionando pelo caminho da escrita. Os contos mais longos e mais sombrios por assim dizer, onde você me permitiu viajar, foram os mais envolventes a meu ver e por isso, em minha concepção, acho que deve investir em mais páginas, e ainda em aumentar esse clima do medo e mistério por parte do leitor. Esperarei (ansiosa) por mais obras.


site: http://lua-literaria.blogspot.com/2016/10/resenha-tanatos-contos-sobre-morte-e-o.html
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Rodrigo Ramos 14/08/2016

Explora não só o terror da ficção, mas também o do dia-a-dia do país, criando contos de terror trágicos e realistas!
“Se você fosse obrigado a escolher uma opção dentre as seguintes, qual seria: passar a eternidade num velho presídio, ser carregado pelos mortos para debaixo da terra, ser esquecido pela morte durante uma lenta e excruciante agonia ou passar o resto de sua vida preso a um corpo “sem alma”? Para sua sorte, você não tem que escolher nenhuma delas. Mas, se tiver coragem, pode acompanhar, como um observador privilegiado, esses e outros pesadelos enfrentados pelos personagens dos contos deste livro, que reúne histórias de terror sobrenatural’.

Esta é a sinopse de Tânatos – Contos Sobre a Morte e o Oculto, primeiro livro do jornalista carioca Vitor Abdala, que faz sua estreia com uma excelente antologia de contos de terror com uma pegada urbana, quase realista, fruto dos mais de dez anos trabalhando como repórter e que imprime um tom bastante trágico e pessimista à leitura, aumentando ainda mais o horror contido nas páginas do livro.

A opção de Vitor em iniciar sua empreitada através do mundo da ficção de horror com um livro de contos é acertadíssima. O formato eternizou escritores como Edgar Allan Poe e H.P. Lovecraft e está entre os melhores trabalhos de Stephen King e Clive Barker. O número reduzido de páginas não dá espaço para sobras, concentra a atenção apenas no necessário e dá um ritmo ágil e urgente à leitura. Algo muito bem-vindo em uma história de horror. Não há espaço para divagar. O leitor se depara com o medo sem poder desviar o olhar e vai ter que encará-lo até o final.

A leitura se transforma em uma espécie de montanha-russa, comparação um tanto clichê, mas que funciona bem aqui. Talvez a comparação melhor, dado as origens jornalísticas do autor, seria como uma ronda policial noturna, avançando pela cidade de chamado em chamado, com pequenas pausas para o café entre um caso e outro. Casos muitas vezes inexplicados, onde o leitor será testemunha de alguns fatos, mas não caberá a ele investigar e chegar a uma solução.

Claro que, como toda antologia de contos, sempre há uma ou outra história que será superior, enquanto outras não serão tão boas, mas em Tânatos – Contos Sobre a Morte e o Oculto, a qualidade em geral é bastante homogênea, com os textos superando uns aos outros mais em inventividade e criatividade do que na qualidade realmente. Os contos “Amanhã Vai Ser Pior”, “Mensagem Instantânea” e “Tem Uma Coisa Dentro de Mim” são, de longe, os mais interessantes e criativos. Os finais chocantes e em aberto remetem aos quadrinhos de horror da EC Comics, mas com identidade própria.

Esta identidade é outro ponto alto do livro, uma vez que Vitor Abdala toma a decisão correta de situar as histórias de Tânatos – Contos Sobre a Morte e o Oculto no Brasil e explorar, não só o terror da ficção, mas também o do dia-a-dia do país. Assim temos contos que mostram execuções do tráfico, tortura em penitenciárias, umbanda, genocídio indígena, corrupção e desastres naturais. Não há aquele vício bobo de usar nomes como “Jack” ou “Betty” e mandar as histórias para Londres ou Nova Iorque. Aqui temos o horror que se vê nos jornais todos os dias aliado ao horror fictício da melhor qualidade.

site: http://bocadoinferno.com.br/literatura/2016/06/tanatos-contos-sobre-a-morte-e-o-oculto-2016/
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