Um Reflexo na Escuridão

Um Reflexo na Escuridão Philip K. Dick




Resenhas - Um Reflexo na Escuridão


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Ronaldo 03/02/2020

Viagem total
Nesta obra psicodélica do autor de ficção científica, Philip K Dick nos entrega sua obra mais sombria, resultado do envolvimento com todo tipo de droga que teve em algum momento de sua vida. Não espere um final feliz, só a verdade nua e crua.
Nas palavras do autor: " Eu mesmo não sou um personagem neste romance: eu sou o romance"
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Marcos Pinto 28/11/2016

Dick para quem gosta de Dick
A substância D, também chamada de morte lenta, é uma droga letal que possui um número gigantesco de usuários. Ela destrói, lentamente, as conexões cerebrais, causando danos irreversíveis. Por ser letal e por ser potente, ela é viciante. Como vício atrai dinheiro, os traficantes se fazem presente nas ruas de Los Angeles.

Na tentativa de combater o crime organizado e o tráfico de drogas, a polícia se utilizada de agentes infiltrados. Um deles é o nosso protagonista: Bob Arctor. Ela se passa por um pequeno traficante de drogas; assim, tenta descobrir os grandes traficantes, aqueles que causam realmente mal à sociedade. Contudo, o próprio Bob passa a ser um usuário da tal droga, mostrando todos os sintomas que ela causa: confusão mental, paranoia e destruição das conexões cerebrais. Tudo piora quando ele começa a investigar o grupo que ele está envolvido; ou seja, seus amigos e si mesmo. A partir deste momento, a sua confusão é completa. O que é real? O que não é?

Philip K. Dick mostra, nessa obra, porque é um dos grandes pilares da ficção científica. Com uma premissa simples, ele cria uma trama complexa, altamente psicológica e psicodélica, deixando o leitor abismado com sua capacidade de criar. Dick mostra também, mais uma vez, sua qualidade de escrita ao não deixar cair nenhum dos dois lados do protagonista: nem o viciado, nem o policial. Assim sendo, cada parte da vida desse complexo personagem é abordada profundamente, dando uma verdadeira aula de como construir livros.

“Provavelmente a Substância D é um ingrediente de todo e qualquer medicamento que sirva para alguma coisa, pensou ele. Uma pitada aqui e ali de acordo com a fórmula secreta e exclusiva do laboratório de origem alemão ou suíço que inventou isso” (p. 15).

Contudo, isso obviamente tem um preço: a escrita, por ser mais trabalhada e profunda, é lenta. Contudo, não se deve confundir lentidão com uma trama preguiçosa e arrastada ou, até mesmo, com uma escrita ruim. O livro é arrebatador. A obra não ganha pela ação viciante, ela te sequestra com sua trama complexa e com a construção de um enredo psicodélico altamente envolvente. Ou seja, Um Reflexo na Escuridão não é uma obra para se ler do dia para a noite; ela requer atenção e esforço. Contudo, as melhores obras são assim.

Outro ponto que torna a obra ainda mais fascinante é o fato de ser atemporal. É claro que temos características da época em que ela foi escrita originalmente (1973), contudo, o assunto abordado não poderia ser mais contemporâneo. Afinal, a licitude ou não das drogas, o conceito de liberdade individual e suas consequências sociais e os efeitos de substâncias legais e ilegais são assuntos “quentes” até hoje. Ou seja, além de desfrutar um clássico magistral, o leitor ainda ganha a possibilidade de refletir sobre a realidade.

Merece também destaque a edição feita pela editora Aleph. A capa segue o ritmo da obra, deixando o visual tão desconcertante e psicodélico quanto o livro. A diagramação, por sua vez, é simples, mas cumpre seu objetivo que é proporcionar uma ótima leitura para os desbravadores. A edição ainda conta com um pequeno artigo sobre a obra e uma entrevista com o autor, enriquecendo ainda mais o universo criado por Dick.

[reflexão sobre a droga] “A vida biológica continua, pensou ele. Mas a alma, a mente... Todo o resto está morto. Uma máquina com reflexos. Igual a um inseto. Fadado a repetir padrões, um único padrão para todo o sempre. Fosse isso apropriado ou não (p. 80)”.

Ou seja, não faltam atrativos e motivos para você conferir Um Reflexo na Escuridão. A obra é genial, com uma premissa envolvente e uma escrita de quem realmente sabe tecer um bom livro. Aposte nessa leitura; você não irá se arrepender.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/11/resenha-um-reflexo-na-escuridao.html
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Sandro 28/08/2016

Distorção
Mais uma vez PKD me deixou de boca aberta.
Conforme a história se desenrola e o protagonista Bob/ Fred tem o cérebro deteriorado pela droga, a ponto de não saber mais quem é, mais angustiante a leitura fica.
A duplicidade e a psicose fazem desse livro uma espécie de "O médico e o monstro" mais sombrio e regado a muitas viagens de ácido.
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Camila Mantoanelli 24/02/2021

Interessante
Comecei esse livro acho que em 2019 e não conseguia engatar. O final meio que conecta o livro inteiro, mas pra chegar no final foi meio difícil. Um livro bom, de temática importante e interessante.
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Vitória 18/03/2017

Poderia ter sido melhor
Fred/Arctor é um agente policial que trabalha duplamente disfarçado: como traficante de drogas que mora com dois colegas em um apartamento, e como policial perante seus próprios colegas de profissão. Mas quando o trabalho de traficante começa a se tornar mais perigoso, Fred/Bob vicia-se na substância D, uma droga, também conhecida como morte lenta, que tem como um de seus efeitos mais devastadores a separação dos hemisférios esquerdo e direito do cérebro, criando dois homems com personalidades distintas e independentes dentro de uma única pessoa.


Ele tinha tudo para ser interessante, tudo mesmo. Bom enredo, linguagem fácil e simples. Mas quando chegava nos trechos em que Arctor virava Fred, eu me encontrava totalmente perdida, porque ele começava a falar de si mesmo em terceira pessoa e me confundia toda quanto a história, além das diversas paranoias que o agente criava, como por exemplo, quando achou que um de seus amigos havia danificado seu carro de modo que sofressem um acidente.

A primeira metade do livro é bastante agradável, você começa a entender aos poucos do que ele se trata. Mas chega determinados capítulos, que não é possível entender mais nada do que se está lendo, e a verdade nua e crua só é revelada nos capítulos finais, quando a reviravolta que cai sobre Fred/Arctor o leva para seu objetivo principal, ainda que por caminhos distorcidos e letárgicos.
Thays 02/09/2019minha estante
Mas ele falava de si mesmo em terceira pessoa porque não se enxergava mais em Bob, entendia como sendo realmente uma terceira pessoa, e não ele mesmo.




Gustavo Simas 03/01/2017

Psicodelia à full
A Scanner Darkly - título em inglês do livro - traz uma história em parte autobiográfica de Philip K. Dick. Apresenta personagens perturbados, viciados e insanos, recheando com visões psicodélicas e alucinações - efeito das drogas usadas pelos personagens.

Robert Arctor (ou Fred), o policial que se torna traficante e se vê sofrendo uma separação entre os hemisférios do seu cérebro devido à Substância D. Constantemente lutando para pensar e descobrir o que está acontecendo consigo, não sabe mais qual é a sua verdadeira parte, quem realmente é (questão que está presente em diversos outros livros de Philip, a tentativa de encontrar a própria identidade).

Philip K. Dick traz uma história memorável, de dor e humor, revelando aventuras, o sofrimento, a diversão e angústia de jovens usuários de droga, nos revelando o que pensa: elas não necessariamente precisam ser tratadas como maldição, mas sim como escolha; mas os que as usam experimentam as consequências...

(A adaptação aos cinemas de Richard Linklater também é boa: O Homem Duplo - título em pt br)
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Silvio 19/10/2016

Um reflexo na escuridão poderia ser um simples relato sobre o mundo das drogas e os seus efeitos sobre quem as utiliza, baseado em pessoas e situações reais que o autor conheceu nos anos 60 e 70. No entanto, trata-se de um romance de Philip K. Dick, então você pode esperar uma forma surpreendente de ver essa realidade.

Morte lenda

O livro conta a história de Fred, agente infiltrado da divisão antidrogas que se passa pelo traficante Bob Arctor. Entre outras drogas, acaba se viciando na poderosa “substância D” (apelidada de “morte lenta” pelos próprios usuários) e à medida que se afunda no vício, começa a sofrer os seus efeitos colaterais: a cisão dos dois hemisférios do cérebro. Fred/Arctor passa a achar que são dois caras diferentes e se vê investigando a si mesmo. Com o talento que o transformou em um dos maiores escritores de ficção científica, Philip K. Dick usa o tema como fio condutor para um questionamento muito mais profundo: o que constitui a nossa identidade, o nosso “eu”?

Afinal, quem é real: Fred, o agente obrigado a usar um “traje borrador” (que impede que outras pessoas identifiquem sua aparência e até mesmo sua voz, mostrando-o apenas como um borrão indefinido) para não revelar sua verdadeira identidade e que passa a maior parte do seu tempo assistindo a horas de horas de gravações holográficas investigando seu disfarce; ou o próprio Bob Arctor, que para se manter infiltrado entre os drogados precisa realmente viver como um traficante e envolver com eles?

Entrevista

A primeira edição da Editora Aleph traz como complemento duas análises sobre livro e uma entrevista do autor na época do lançamento do livro que ajudam a compreender um pouco mais sobre o contexto da obra.

site: https://www.tumblr.com/blog/salvopelaficcao
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Horroshow 20/07/2016

Resenha por Wallace Santos (Blog Horrorshow)
Este livro foi uma cortesia da Editora Aleph

Até onde você é você? Se conhece por inteiro? Nunca se surpreendeu fazendo ou dizendo coisas que, em situações normais, não faria ou diria? Estudos neurológicos afirmam que todo ser humano tem mais de uma consciência em sua mente e, aquela que achamos ser a nossa única, é apenas a que conseguiu escravizar ou suprimir as demais. Sendo assim, poderia existir algum momento onde uma consciência escrava ou reprimida se faça presente? E se sim, até onde isso contrasta com aquilo que acreditamos ser? O que você faria se você fosse duas pessoas?

Todos esses questionamentos eu consegui extrair de um dos livros mais psicodélicos que já li na vida: Um Reflexo na Escuridão, de Philip K. Dick. O autor, um dos pilares da ficção científica, teve esse título lançado pela primeira vez com o nome de “O Homem Duplo”, e a Editora Aleph relançou em 2016 numa capa muito legal que está padronizada com a nova coleção de K. Dick.

(...) Leia mais no link abaixo

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2016/06/um-reflexo-na-escuridao-philip-k-dick.html
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