Uma menina está perdida no seu século à procura do pai

Uma menina está perdida no seu século à procura do pai Gonçalo M. Tavares




Resenhas - Uma Menina Está Perdida no Seu Século à Procura do Seu Pai


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sara320 02/10/2021

uma obra profunda
no geral, as análises feitas na obra são bem pesadas. temos tatuagens psíquicas marcantes do jeito ruim evidenciadas; o sentimento de não pertencimento e abandono; traumas expostos de forma indireta e a parceria de pessoas que se entendem por terem passado pelo mesmo - as quais também dividem o medo de terem essas situações compartilhadas apagadas pela história. o autor escreveu bem sobre as cicatrizes deixadas pela guerra nas pessoas - é um ótimo livro para reflexão. no fim, todos sorriem para algo, e há esperança.
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Marina 23/03/2023

É sobre abandono...
Eu tenho muito pouco para falar sobre essa narrativa.
Lógico que é um livro sobre as misérias humana, sobre está perdido, sobre está sozinho, abandonado e sem rumo.
É sobre amizade e compaixão também.
Mas é em si um livro lento, cansativo e morno, muito morno.
Enfim, não recomendo aos que gostam de um desenvolvimento natural da história.
Aqui a gente persiste muito e as vezes é preciso voltar algumas páginas, pois facilmente você se perde.
??
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Camila Faria 18/05/2016

A história se desenrola entre os escombros e as ruínas de uma Europa pós-Segunda Guerra. Marius encontra Hanna, uma menina de 14 anos, portadora de síndrome de down em busca do pai e decide ajudá-la. Juntos vão conhecer uma série de figuras curiosas (e surreais) e vão parar em um estranho hotel em Berlim, cujos quartos não têm números, mas carregam os nomes de campos de concentração nazistas. O livro é, ao mesmo tempo, sombrio e simpático. Os personagens, interessantes e inesquecíveis. O autor vem sendo comparado (com razão) a uma espécie de Kafka português. Recomendo!

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-8/
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Marilia Bonna 24/09/2019

Estar à procura
Não é só o nome do livro, é toda a imagem: uma menina está perdida em seu século à procura do pai – esta menina perdida, esta menina à procura, é a metáfora de todos nós, ocidentais: todos um pouco à deriva – conforme nos diz Gonçalo Tavares – depois das guerras, depois dos tantos buracos das guerras. O livro não é sobre a guerra, que fique claro, o livro é sobre as pessoas de depois da guerra e as pessoas de muito depois da guerra – o livro é sobre nós, este povo cheio de feridas abertas e buracos e abismos.

Tem outra coisa sobre essa menina: ela não é uma menina qualquer, é uma menina com Trissomia 21, ou seja, uma menina com Síndrome de Down, uma menina que sorri a tudo, mesmo à tristeza de estar perdida, mesmo à tristeza de estar à procura: talvez tenha sido abandonada, mas sorri; talvez nunca mais volte pra casa, mas sorri. E tem alguma dificuldade, esta menina com Trissomia 21, de se comunicar. Como nós.

Tal “dificuldade” de se expressar, comunicação truncada, chega ao leitor não só através da imagem da menina, mas da própria narrativa, que passa da terceira à primeira pessoa e vice-versa, como que arranjando jeitos de contar essa história estranha – a de que um homem encontra uma menina perdida à procura do pai e resolve levá-la consigo, num percurso também estranho, nele encontrando pessoas estranhíssimas: pessoas que não esquecem; pessoas que enxergam tanto, mas tanto, que não enxergam nada; pessoas sufocadas pela memória, pessoas à procura não se sabe exatamente de quê. Como a menina perdida. Como Tavares em sua narrativa. Como nós.
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Babi.Dias 07/05/2018

Há muito tempo eu não era tão impactada por um livro como fui por esse.
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Gregs 28/05/2021

Uma excelente reflexão...
O livro possui um início encantador, me faz não parar querer de ler, MAS, da metade para o fim para mim ele deu uma boa recaída, por mais que ele traga várias reflexões sobre o holocausto e as consequências pós-segunda guerra que são bastante interessantes.
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Leticia 27/08/2016

Uma menina está perdida no seu século à procura do pai conta a história de uma dupla, Marius e Hanna. Ele, uma pessoa com vários segredos e totalmente fechado. Ela, uma criança que cativa à todos. Hanna é portadora da trissomia do 21, a síndrome de Down e com seu espírito alegre, conquistou Marius de tal forma que ele passou a tratá-la como se fosse uma filha. A escrita é agradável e logo no começo já conquista o leitor. Além destes, as demais personagens possuem personalidades inusitadas, tornando o romance interessante e diferente. A história se desenvolve muito bem, entretanto achei que o final poderia ser melhor. Senti falta da explicitação dos sentimentos das personagens em determinadas cenas. No geral, é um bom livro, muito bem escrito e com uma ótima história.
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HinaCarol 09/06/2017

2 GUERRA MUNDIAL
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Luciano Otaciano 08/12/2019

Livro espetacular!
Olá queridos leitores e leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.

Aqui nesse livro fui agradavelmente surpreendido por Gonçalo M.Tavares. Chamado de "O Kafka da Língua Portuguesa", ele traz uma narrativa suave, mas com uma força difícil de se ver hoje em dia. Os exemplos cotidianos terminam virando alegorias de outras realidades - até paralelas. Além disso, Hanna, a menina perdida na Europa pós guerra, portadora da (Síndrome de Down), encanta em todos os sentidos, e nem por sua simplicidade, a personagem deixa de ser deliciosamente complexa. Marius, que a acompanha, também faz da trama uma impecável obra literária.

Para este que vos escreve, o escritor mais original dos nossos dias é, sem a menor sombra de dúvida, Gonçalo M. Tavares. Tão original, dono de uma voz tão única, que é difícil dizer qualquer coisa a respeito desse português amalucado que faça jus ao seu talento. É impressionante, acima de tudo, como ele não cessa de surpreender o leitor (a) e levá-lo (a) a pensar (e imaginar, e sonhar...!) de formas que nunca antes havia pensado. Ler os seus livros, adentrar no domínio do que ele é capaz de fazer com as palavras, é como tomar uma droga benévola que realmente abra as portas da percepção sem causar alucinações que distorçam a razão. Que delícia de livro, é como o néctar dos deuses!

Gonçalo M.Tavares, um dos poucos escritores vivos e em atividade que eu reverencio como se já fosse um clássico, é um desses sujeitos que dão bananas para as uniformidades normativas do mundo moderno e se põem a fazer literatura de verdade, arte radicalmente pessoal. Ele é um daqueles escritores que entraram ou entrarão, pois ele ainda vive entre nós para o seleto grupo de "reis" da escrita.
Rompendo toda a lógica concebível para criar um mundo de devaneios com uma lógica cem por cento particular – íntima em natureza, mas universal em alcance –, Gonçalo M. Tavares, desde seu primeiro livro, está usando seu estilo inimitável, com originalidade que evoca os grandes nomes da literatura mundial, como Borges ou Kafka, para criar um corpo de obra incomum, que transcende qualquer classificação, mas que ainda assim permanece estranhamente coeso: eu diria que tavarianamente coeso, por falta de palavra melhor.

Para aqueles (as) que não o leram, essa obra é, provavelmente, seu livro mais acessível, e constitui a melhor porta de entrada que eu conheço para esse universo novo que, uma vez que nele se entre, não é mais possível imaginar o mundo sem sua existência. Esse livro é mais que recomendado para todo aquele (a) que gosta de literatura de qualidade inquestionável. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
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José Vitorino 22/09/2020

É um texto para releitura. Na forma tem focalização heterogênea, inúmeros, embora curtos, capítulos, orações quebradiças (quanto aposto, quanta pausa) e um protagonista que se empresta ao leitor, tamanha a subserviência ao discurso do outro, qualquer outro personagem.

Mas há muito mais por trás de todo o processo de busca que percorre a história. Não sei, ainda, se a busca se dá, de fato, no horizonte da narrativa, com Hanna; se é uma busca insinuante pelo próprio material histórico, pelas ruínas do pós guerra; ou se não há busca alguma, e algo ficou pelo caminho entre as cismas de Gonçalo Tavares e a minha inabalável subjetividade.

Reitero, é um texto para releitura.
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Maris 19/02/2022

Um livro grafite
"Você, se quer um conselho, tenha pelo menos uma parte do seu corpo um pouco afastada do mundo, senão não sobreviverá".

Um livro com várias passagens desconfortantes. Passei a entender a dinâmica do livro e a me interessar de fato, apenas nos últimos capítulos.

Gostei.
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Calina 05/03/2023

Uma menina está perdida no seu século -- que título e que história!
Findei a leitura desse livro exatamente agora e decidi vir escrever essa resenha para poder organizar a ideia sobre o que essa narrativa me fez perceber/entender. O título do livro foi o que me prendeu, não vou mentir, achei-o tão interessante e original (na minha percepção, certo?). Pela imagem da capa, já percebemos que o livro se passa em um cenário de caos, que na história é no pós Segunda Guerra Mundial.

A narrativa apresenta dois personagens principais que entram “em uma jornada” em busca de um objetivo, encontrar o pai de Hanna, uma garotinha de 14 anos com síndrome de down. O personagem Marius é um tanto interessante, com um ar misterioso, ele age como se fugisse de algo, algum acontecimento muito ruim que, de início, não é apresentado no livro e o mais curioso foi que o li, não somente para descobrir se o pai da Hanna seria encontrado ou não, mas para eu entender o porquê de Marius ter tanto receio e preocupação.

O livro no geral, mostra os encontros peculiares no decorrer dessa “jornada” e os impactos que a Segunda Guerra deixou na vida de muitos, mas principalmente, naqueles que são diferentes ou foram esquecidos. A riqueza com que o autor aborda a temática é admirável. Cada personagem com toda a sua estranheza e peculiaridade faz-nos refletir sobre a nossa própria vida (foi assim comigo).

Por fim, indico demais a leitura, não é uma leitura difícil, o autor é cuidadoso nas palavras e em como ele monta esse enredo. Gostei bastante, apesar de eu ainda estar um tanto confusa com esse final (que com certeza foi proposital), sei que vai me fazer refletir por alguns dias mais ainda.
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