A Famosa História da Vida do Rei Henrique VIII

A Famosa História da Vida do Rei Henrique VIII William Shakespeare




Resenhas - A Famosa História da Vida do Rei Henrique VIII


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Francisco.Guimaraes 03/10/2023

Fugindo da Polêmica ?
11 em cada 10 obras baseadas na vida de Henrique VIII puxam para o lado da polêmica: suas várias esposas, ataques de fúria, execuções, dificuldade em gerar um herdeiro, etc.

Fiquei curioso para saber como o coitado do Shakespeare sairia desse.

Afinal, ele escreveria sobre o monarca Tudor em pleno reinado Tudor (de Elizabeth I).

Porém, o gênio sempre encontra um caminho, e Shakespeare encontrou estratégias interessantes: vilanizar o cardeal Wosley, mostrar Ana Bolena (muito) pouco, e criar um Henrique VIII enérgico mas não bufão é inconsequente.

Acho que funcionou.
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Sira Borges 19/02/2024

Henrique VIII
Mais um rei de Shakespeare pra conta! Essa foi a peça mais chatinha de Shakespeare que li até agora. A impressão que tive é que fala de tudo, menos do rei...
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Mari 13/07/2022

Deve ser a primeira peça histórica de Shakespeare que leio que não tem uma guerra como pano de fundo e intrigas políticas (embora tenha umas mortes por traição).

Essa peça é mais ?light?, provavelmente escrita p/ agradar a monarquia da época, e vai do divórcio de Henrique e Catarina de Aragão ao batizado de Elizabeth.

Não é a melhor dele, mas é boa.
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Fabio Shiva 03/10/2010

Realmente procede o título de “famosa”...
...de todos os reis retratados por Shakespeare em seus dramas históricos, certamente o mais conhecido é o Henrique VIII, não tanto por seu reinado, mas por ter se casado seis vezes, e por ter recorrido ao machado do carrasco para providenciar dois de seus “divórcios”...

Talvez por ser uma história mais próxima da época do próprio Shakespeare, o Bardo não tenha podido recorrer tanto à sua imaginação poética para trazer mais dramaticidade à história. E não podia, certamente, expor esse lado mais sinistrão do Henrique VIII, que na peça posa de soberano bom moço.

O resultado é que a peça é super envolvente até o terceiro ato, mas depois o ritmo cai drasticamente. Os méritos vão todos para o vilão Wolsey. Já até havia esquecido da força dos vilões de Shakespeare! Cada um deles tem sua característica própria, seu charme peculiar... No caso do Cardeal Wolsey, acho que o Bardo emprestou toda sua fina poesia para adoçar e embelezar a fala e o veneno de cobra coral do vilão. Dá uma raiva danada ver como Wolsey consegue distorcer tudo com sua eloquência e transformar o bem em mal e vice-versa.

Só que a situação de Wolsey é resolvida logo no terceiro ato. E daí pra frente é só anticlímax. As novas tramas e complôs que surgem são fracas em comparação. Curiosidade foi ver o Thomas More (autor de “Utopia”) aparecendo de relance na peça.

Shakespeare concentra-se nos dois primeiros casamentos de Henrique VIII, com Catarina de Aragão e depois com a igualmente célebre Ana Bolena. Como o rei é retratado como bonzinho, a peça termina antes que Ana Bolena fosse decapitada para que o rei pudesse se casar pela terceira vez...

Aliás, saindo um pouco do terreno da peça, que bizarro é saber que a Igreja Anglicana foi fundada unicamente para que Henrique VIII pudesse se divorciar e se casar novamente à vontade... somente mais uma das loucuras que os homens fizeram ao longo da história sob a alcunha de “religião”. Muito muito muito bizarro!!!

(03.10.10)

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Emme, o Fernando 25/09/2017

Não convence!!!

De todas as peças, essa é a que mais tenta agradar ao poder estabelecido. É a menos crítica ou pelo menos a crítica passa de maneira muito sútil, muito tangente.

Há um cuidado extremo em não "pintar" ninguém com cores muitos fortes, todos os personagens têm MUITAS qualidades, todos são no fundo muito bem intencionados. Até mesmo o Cardeal Wolsey, que utiliza o poder do rei para desviar uma fortuna em causa própria e arma mil artimanhas para afastar do poder os seus inimigos (ou simplesmente críticos), é elogiado como um homem de muitos méritos (ele fundou a Christchurch de Oxford e ajudou muita gente...) ....

A parte de Ana Bolena prescinde de comentários: em uma época absolutamente aristocrática em que era necessário pertencer a pelo menos três gerações de pessoas com títulos de nobreza para se ser realmente nobre (o próprio Shakespeare teve um título questionado se bem me lembro), Ana Bolena é imediatamente aceita como uma ótima pessoa, uma dama muito boa da qual viriam bons frutos (em uma fala dela, ela diz "não quero ser rainha", "isso não me interessa"....).... Sério !!!!

Essas loas constantes a todos os personagens (todos são no fundo muito bons, muito puros, muito cristãos) torna a peça quase surreal...

Definitivamente não convence!!!

A crítica suave que tangencia o texto é o que vale mais a pena: o modo absurdo como os julgamentos são conduzidos (não se julga de facto nada, o réu já está condenado antes mesmo de o julgamento começar).... o julgamento serve apenas para dar uma aparência de legitimidade à intriga que se arma (qualquer semelhança com o cenário político brasileiro é mera coincidência kkkkkk )....

Nesse último quesito, a passagem em que a rainha Catarina de Aragão questiona seu julgamento vale muito a pena....
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Mariella Ayana 25/01/2021

Ah, essa linguagem poética....
O que mais me encanta nesses livros é a linguagem e o vocabulário. Nosso português é tão rico, descobri nesse livro que há palavras específicas para descrever a cor do nascer do sol, a fraqueza de espírito, a pessoa que vende relíquias religiosas.... Triste como a cada ano nossa língua materna fica mais pobre, cada dia mais simplificada.

Sobre a história em si, é quase certo que grande parte não foi escrita por Shakespeare. Críticos concordam que a estilística de mais da metade da obra condiz com John Fletcher, que hoje é reconhecido como coautor.

Uma curiosidade é que o teatro onde a peça estava sendo apresentada foi incendiado e completamente destruído após apenas 2 ou 3 apresentações. O motivo seria um problema técnico em um canhão que faria um 'efeito pirotécnico' no momento da entrada do Rei Henrique VIII em cena.

Não é possível ter certeza sobre a data dessa obra, mas o mais provável é que tenha sido escrita em 1613, visto que o incêndio do teatro ocorreu em 2 de julho desse ano. Assim, ela data de apenas 66 anos após a morte de Henrique VIII e 10 anos após a morte de Elisabeth I. O pouco tempo explicaria os eufemismos e o tom positivo com que cada uma das figuras histórias é descrito.

Contudo, uma das últimas falas de Crammer, o grande discurso sobre as glórias da Rainha Elizabeth, poderia indicar que a obra é anterior, e a fala seria para agradar a regente. Também pode simplesmente ter um caráter de homenagem póstuma. Frustrante ser incapaz de saber com certeza.
Mariella Ayana 25/01/2021minha estante
'Nobre dama, os defeitos dos homens são gravados no bronze, mas as boas qualidades escrevemo-las na água.'
pg. 118
Griffith para Catarina.




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Biblioteca Álvaro Guerra 20/07/2018

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site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788588069725
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Leonardo.s.lopes 13/05/2024

Uma peça bem "Mais ou Menos..."
Evidentemente, a experiência de ler uma peça histórica de Shakespeare é bem diferente da de ler uma de suas comédias como "Sonho de uma Noite de Verão" ou uma de suas tragédias como "Hamlet". O contexto temático é outro. A abordagem é outra.

Contudo, esperava muito mais dessa peça. Fiquei extremamente desapontado. O rei que dá título à peça é um personagem rodeado por uma imensa polêmica, tanto dentro da História da Inglaterra quanto da História da Igreja.

Mas fiquei com a impressão de que Shakespeare (e Fletcher) decidiram apresentar um rei "mais ou menos" evitando posições do que rei que gerassem ainda mais polêmica. Henrique VIII aparece como um personagem fraco, quase "um personagem de segundo plano".

Esperava muito mais. Catarina aparece pouco, Ana Bolena menos ainda. O melhor da peça é o personagem Wolsey que morre muito cedo.

Mas recomendo que cada um leia a peça e tirei suas próprias conclusões...
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