Gisa 08/12/2014Esse é um livro bem antiguinho (1996).
Eu já tinha lido esse livro quando tinha uns 12 anos. Eu não lembrava a história, mas sabia que tinha gostado muito.
Então quando eu fui na biblioteca e vi esse livro ali, paradinho, peguei para ler.
E minha surpresa ao ler a capa, eu descobri (porque eu nunca tinha parado pra olhar) que o autor é o Marcelo Carneiro da Cunha, escritor gaúcho Só tem talento nesse meu RS lindo, autor de Codinome Duda que é um dos melhores livros infanto juvenil que eu já li e eu li vários, porque eu me amarro
Inclusive, no meu livro Justa Causa há uma citação do autor "Mas saber a gramática é uma coisa. E eu acho que é super importante. Contar histórias é outra. Às vezes, elas se juntam sem problemas, às vezes, não."
Quem já leu algum livro do autor, vai entender bem essa frase. Marcelo escreve, como se estivesse contando a história para um amigo.
Mas vamos parar de enrolar e conhecer essa história???
Nesse livro, nós somos apresentados a Cláudia, uma menina de uns 16,17 anos que mora com o pai, Rafael. A Cláudia é diferente de todo o mundo (pelo menos na concepção dela, já que é a narradora principal) que estuda com ela. Ela gosta de ler, quer ser cientista, gosta de ficar na internet acho que em 96 isso era ser diferente. Mas hoje, em 2014, se você não acessar a internet, você é que é o diferente. Então ela tem uma turma virtual que ela conhece e conversa todos os dias.
Em uma viagem com o pai dela, ela acaba conhecendo a Déa (uma mulher bem mais velha) e o Homero (um garoto que também narra a história e que aparece misteriosamente na sua turma da internet). O problema é que tudo começa a ficar confuso quando a Déa depois de se tornar sua melhor amiga se apaixona pelo seu pai. E Homero depois de se tornar um grande amigo, confessa estar apaixonado por Cláudia. Até onde é possível levar a amizade? E quando um relacionamento acaba, também acaba a amizade?
Bem, galera, é bem difícil falar desse livro. A história é isso aí mesmo, nada muito complexo.
Mas percebi ao ler esse livro, como a nossa percepção muda com o tempo. Como eu disse, eu li esse livro quando tinha 12 anos e adorei. E agora, aos 21, casada, mãe de família tenho uma gata isso já conta, depois de viver e perder amores, não curti nada a leitura.
Acho que eu virei meio cricri, mas o livro traz algumas críticas que me incomodaram. Como, por exemplo, quando a Cláudia conhece a Déa e ela diz que não lê só porcaria do tipo Sidney Sheldon. E que fique claro que eu nunca li nada desse autor; mas achei essa atitude uma tremenda falta de respeito.
Há outros casos também. A Cláudia se acha super moderna, mas quando ela vê um casal gay se beijando Ó!!!! Eu sei, eu sei. O livro foi escrito em 1996. As coisas eram diferentes. Tenho certeza que a minha resenha da época em que li pela primeira vez seria outra, mas agora é essa.
Ah e as gírias genteeeeemmm. Sou TOTAL cricri por achar isso. Vocês já devem estar TOTAL cansados dessa resenha longa. O Marcelo se lesse isso ia ficar TOTAL chateado. Galera, tem alguém aí que foi adolescente em 96? cara, vocês eram chatos hein!!!
De positivo, tenho pra dizer que o livro é muito fácil de ser lido, a Déa é uma personagem incrível e as narrações do Homero são as melhores.
Então para finalizar, eu não indico para quem já tem mais de 20, tem casa, família e todas essas coisas. kkkk. falando TOTAL sério agora não ia perder a piada , indico para quem está começando a adolescência e goste de leituras leves. Mas definitivamente, não é uma história para quem espera personagens e enredo maduro.
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