Quadros de Guerra

Quadros de Guerra Judith Butler




Resenhas - Quadros de Guerra


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Silva 02/05/2021

Impressões...
É desafiador resumir sucintamente o conteúdo deste livro.

Dentro do vasto arcabouço teórico-filosófico solidamente fundamentado, é possível identificar como ponto de partida as análises sobre os enquadramentos, uma espécie de normatividade, da vida, e as considerações acerca de sua precariedade, entendida como uma condição radical da vulnerabilidade da existência humana, especialmente no contexto das vidas que não recebem o devido reconhecimento público (visíveis).

As condições de vulnerabilidade da vida remetem à sua ontologia, ou seja, à própria natureza da existência humana, pois o simples fato de existirmos nos expõe a um processo de modelagem e a uma inserção na estrutura social. Todavia, as questões abordadas neste texto suscitam reflexões sobre os mecanismos e modalidades de violência e violação dessa existência, gerando uma condição precária, amplamente difundida, por vezes desapercebida ou não reconhecida, e que, sob determinadas circunstâncias políticas, pode se tornar intensificada ou veementemente repudiada.
É impraticável resumir de maneira abrangente em poucas palavras, porém, gostaria de provocar uma reflexão que permeia grande parte dos capítulos: não se trata apenas de levar uma vida boa ou qualificada, mas sim de questionar se a vida é, e em que medida, verdadeiramente vivível em sua totalidade.
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Kevin 25/07/2020

A normalidade implica relações de poder. A autora percebe como a ontologia, a normatividade, estiveram a serviço de algumas vidas em detrimento de outras, as vidas pelas quais há enlutamento, a comoção pública, a arquitetação da comoção, etc., enquadramento, a violência, multiculturalismo, enfim, são muitos temas, ao mesmo tempo em que parecem poucos, por estarem concatenados.
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Alanna Fernandes 28/05/2021

Fantástico! Esse livro mudou minha vida e minha percepção sobre a realidade e como os enquadramentos se organizam a fim de estabelecer determinada normativa que se organiza a fim de designar quais vidas são ou não passíveis de luto e porque. Ainda mais, tendo em vista o argumento de que algumas vidas não são consideradas humanas, portanto não passíveis de luto, apenas visando a manutenção do status quo. Um belo exemplo (que a autora não cita no livro) é a permanência do racismo e a implementação do monopólio de uso da força do Estado brasileiro em cima da população negra a fim de que estruturas de poder se mantenham.
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Soraia 15/08/2021

Qual a vida é digna de luto?
Quais vidas validamos como aquelas que merecem nosso luto ou que merecem ser enlutadas?
Que critérios utilizamos para essas escolhas?
Leitura forte, triste e mobilizadora!
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Isabelle 28/09/2021

Confesso que adiei essa leitura pela linguagem complicada e nas primeiras páginas fiquei extremamente confusa e desmotivada. Acho que o medo de muitas pessoas em ler Butler é esse, de não entender suas ideias complexas e seu modo de expressar. Apesar disso, dei uma chance e me surpreendi. Gostei demais do que a autora propôs e várias vezes me via pensando fora da caixinha com ela. Recomendo pra quem se interessa em discussões pós-estuturalistas e discussões de gênero e afins. Tenho mais um para ler dela e depois formarei uma opinião melhor de sua escrita.
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carolina 07/11/2021

Nessa obra a autoria Judith Butler faz observações sobre a política imperialista perpetrada pelo governo dos Estados Unidos, na era George Bush, contudo é facilmente aplicável a conjuntura política atual.
As análises focam nas violências simbólicas (e as não-simbólicas) com base nas relações contemporâneas.
A palavra "quadros" que forma o título se refere aos enquadramentos sociais construídos históricamente, esses enquadramentos categorizam classes que são passíveis de luto e as que não são, essas são vítimas de discursos que modelam e oprimem as minorias.
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rorolovespizza 03/06/2021

Muitas reflexões...
Esse livro fez minha cabeça explodir (no bom sentido) de tantas reflexões. Uma leitura importantíssima para todas as pessoas.
Infelizmente a segunda metade do livro foi arrastada para mim, por motivos que não tinham a ver com o livro em si e por conta da escrita complexa de Butler.
Creio que esse é um livro para ser lido e relido de tempos em tempos.
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Messias 03/05/2024

O livro oferece ótimas reflexões, especialmente para pensarmos na construção de um certo pensamento em torno do Islã que tem uma base completamente racista. É preciso considerar que o livro foi feito a partir de uma série de artigos relativamente independentes. Assim, embora a construção teórica de Butler vá se desenvolvendo ao longo da obra, alguns pontos são tratados de maneira um pouco repetitiva. No entanto, fica nítido que a autora retrabalhou nos textos para compor o livro, enriquecendo os diálogos possíveis entre os artigos.
A edição é agradável tanto no formato quando na diagramação do texto.
Um ponto negativo é que o texto da introdução é um pouco truncado, pouco fluído, mais difícil de compreender. Mas, superando o início difícil, os cinco artigos que compõe os capítulos são de leitura mais fácil e agradável.
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Alanna Fernandes 28/05/2021

Fantástico! Esse livro mudou minha vida e minha percepção sobre a realidade e como os enquadramentos se organizam a fim de estabelecer determinada normativa que se organiza a fim de designar quais vidas são ou não passíveis de luto e porque. Ainda mais, tendo em vista o argumento de que algumas vidas não são consideradas humanas, portanto não passíveis de luto, apenas visando a manutenção do status quo. Um belo exemplo (que a autora não cita no livro) é a permanência do racismo e a implementação do monopólio de uso da força do Estado brasileiro em cima da população negra a fim de que estruturas de poder se mantenham.
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