Kelly Oliveira Barbosa 14/02/2024Falar sobre castidade e pureza no mundo de hoje, infelizmente, é já esperar ser ridicularizado, zombado, cancelado e até perseguido. Porém, numa sociedade doutrinada pelo humanismo secular, que trocou o amor pela luxúria, que reconhece como “amor” todo tipo de perversão, não existem assuntos mais urgentes de serem apregoados. Especialmente, à geração mais jovem.
Revolução Moral: a verdade nua e crua sobre a pureza sexual, publicado originalmente em 2011 nos Estados Unidos, é um livro que propõe uma resposta a essa crise moral que estamos vivendo (piorada em muito em 13 anos do lançamento do livro). Os autores defendem uma nova revolução sexual para a geração fruto da Revolução Sexual da década de 60. Sim, o que vemos hoje, inclusive na sociedade brasileira, é o resultado do “amor livre”, “da liberdade”, do “sexo, drogas e rock and roll”, que desafiou o então padrão tradicional sexual ou da família, os valores e princípios judaico-cristãos. A conta sempre chega, e chegou já tem muito tempo.
A obra tem uma linguagem muito acessível para jovens e adolescentes, que são seu público alvo. No primeiro capítulo, eles trazem uma alegoria linda sobre o valor da virgindade e do compromisso do casamento. Nos capítulos de 2 a 5 e o 7, eles exploram várias questões relacionadas a pureza sexual, como: a diferença entre o amor e a luxúria, o propósito de Deus para sexualidade, o namoro cristão, as diferenças entre os gêneros: homem e mulher, etc.
O capítulo 6, de onde vem a citação inicial, traz uma verdade dura, os autores tocaram realmente na ferida. O Kris Valloton diz: “Uma coisa que todos nós precisamos entender sobre essa propaganda [pornográfica, da promiscuidade] é que ela não é realmente sobre sexo ou luxúria; ela trata mais de dinheiro. Os grandes promotores da versão mundana do sexo são, na verdade, homens de negócios que estão faturando bilhões com isso. Porque a luxúria vende…” (p. 132). Falou o que poucos querem admitir. A lógica é a mesma das redes sociais: qual ou quem é o produto?
E o deus mamom também é atacado no capítulo 9, quando também o Kris, resolve colocar na mesa a questão do aborto. Um assunto que muitos preferem desconectar da liberação sexual e de jeito nenhum aceitam que se diga que por fim, o que está em jogo é dinheiro. Muito bom esse capítulo!
Concluindo, sempre que o assunto é ou envolve a sexualidade segundo os padrões de Deus, o risco da hipocrisia ou da religiosidade é grande. Porém, achei os autores bem preparados, equilibrados. A obra não omite a verdade bíblica, mas não cai em extremos, e o tom é de Misericórdia e Graça, sempre apontando o caminho da restauração que existe em Deus para queles que perderam a batalha por sua própria pureza. Recomendo!
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